Eu não lembro direito como foi.
Porque aconteceu tudo agora de manhã, mas parece que faz
anos. Ou, melhor dizendo, parece que foi em outra vida, com outra pessoa. Não
comigo.
Pensando agora nas últimas horas, parece que foi outra
pessoa, e não eu, quem acordou com o celular da Esposa tocando. Os primeiros
momentos são extremamente confusos para mim. Lembro-me dela me dizer que era
meu irmão, falando que o Besta-Fera tinha sumido, que havia escapado por um buraco no
muro da casa dos meus pais que está em reforma; que estavam andando de carro
pelo bairro inteiro atrás dele e nada dele aparecer.
Eu não lembro em qual das frases eu estava fora da cama
colocando a roupa. E não lembro quanto tempo demorou até sairmos de casa. Podem
ser três minutos, pode ser quase meia hora. Não faço ideia. Sei que foi tempo
suficiente para eu sentir um medo que, por mais que eu tente, não consigo
descrever em palavras. E foi tempo suficiente para eu experimentar uma sensação
de impotência que eu não sabia que era possível.
No caminho até a casa dos meus pais, a Esposa tentou ser
prática. Disse que como ele é um cachorro de raça, talvez estivesse com alguém.
Que teríamos que fazer cartazes para espalhar pelo bairro, que talvez alguém
tivesse visto, que a cachorra de não sei quem demorou quinze dias para ser
encontrada. E eu só consegui pensar que eu não aguentaria sentir tudo o que eu estava sentindo nem por mais nem alguns
minutos, quanto mais quinze dias.
Porque eu não sabia ao certo o que eu estava sentindo. Porque
nessas horas você não consegue ser racional. Eu me culpava desesperadamente,
não pelo Besta-Fera ter desaparecido, mas por não saber o que estava
acontecendo com ele naquele momento.
Naquele momento, ele poderia estar em qualquer lugar. Poderia
estar acontecendo qualquer coisa com ele. Ele poderia estar machucado, com
medo, assustado, sangrando. E eu não estava ali, protegendo ele, como protegi a
vida inteira, desde que ele entrou na minha casa, com três meses de idade. E eu
não queria ser prático, eu não queria fazer cartazes, estratégias, nada. Eu
queria meu cachorro. Eu daria tudo para ter meu cachorro de volta.
Por isso que entrei na casa dos meus pais e fui direto para
o quintal. Tentei passar pelo vão do muro para a casa do vizinho. Não consegui,
então voltei para a rua e entrei na casa do vizinho, que também está em
reforma. Perguntei aos pedreiros sem ouvir as respostas. Andei pela casa
inteira esperando que assim que eu entrasse em um dos aposentos, eu o encontraria
num cantinho, e tudo acabaria. Tudo teria sido um sonho ruim, um susto. Ele não havia
desaparecido. Eu que havia reagido de forma exagerada.
Mas nada dele aparecer. Foi quando eu entendi, de verdade, que não era uma brincadeira, ou exagero da minha parte. Meu cachorro havia desaparecido.
Não me lembro de quando saí da casa do vizinho e ganhei a
rua. Sem olhar para trás nem para frente, somente para os lados. Às vezes,
olhando para o asfalto infantilmente, tentando encontrar pegadas dele. A casa
não está em reforma? Então deve ter cimento nas patas dele. Tentei adivinhar
qual caminho ele teria feito, me agarrando na esperança de que eu o conheço melhor
do que qualquer outra pessoa.
E nada, nem cachorro, nem pegada. Nem sinal dele.
Enquanto isso, ele continuava deitado do meu lado na cama,
quando eu era solteiro, dormindo com a cabeça nas minhas costas a noite
inteira. Enquanto isso, ele estava andando pelo encosto do sofá, lambendo a
minha cabeça. Enquanto isso, ele continuava praticamente se atirando na minha
direção de tanta alegria quando eu entrava em casa. Enquanto isso, ele
continuava sentado ao meu lado, no chão da sala, ouvindo pacientemente eu
conversar sobre a minha vida com ele.
Tudo isso dentro da minha memória. A casa passo, uma memória
nova e nem sinal dele. E eu não queria memórias, eu não queria me lembrar de
nada.
Eu só queria meu cachorro de volta.
Talvez tenha sido por isso que eu comecei a perguntar para
as pessoas na rua. Ninguém havia visto nada. E talvez seja por isso que eu comecei
a chamá-lo pela rua, mesmo sem saber se ele podia me ouvir. No começo, num
volume que ele só ouviria se estivesse ao meu lado. Porque eu queria acreditar
que, caso ele não aparecesse, era porque não me ouviu, e bastava eu falar mais
alto. Eu não queria lidar com a ideia de que ele não estava perto. Ou melhor,
com a ideia de que eu não fazia menor ideia de onde ele estava. Ou de como ele
estava.
Assim, eu o chamava baixinho na rua. Mas, em meio ao turbilhão
de memórias, uma saltou à minha mente: a primeira vez que eu o levei para
passear. Ele ainda era filhote, havia acabado de tomar as vacinas. Comprei sua
coleira e fomos para a calçada. E ele, criado dentro de um apartamento,
congelou ao ver o mundo enorme lá fora. Congelou, tremia de medo e de susto.
Depois se acalmou e começou a ganhar confiança.
Mas a lembrança dele com medo, se sentindo totalmente
desprotegido e indefeso na rua, fez com que eu começasse a chamar por ele cada
vez mais alto. Quase gritando. Porque a memória dele com medo me deixava
apavorado. E a ideia de nunca saber o que aconteceu com ele me deixava
totalmente em pânico.
Neste meio tempo, meu telefone tocou. Era a Esposa, ainda na
casa dos meus pais, querendo saber onde eu estava e que iria me buscar. Eu
disse que estava voltando para casa e desliguei. Mas eu não queria voltar.
Voltar seria desistir de procurar. E desistir de procurar seria assumir para
mim mesmo que ele havia se perdido para sempre, que eu nunca mais o veria. E eu
preferia passar o resto da vida gritando o nome dele pelas ruas do bairro do
que me conformar com tudo isso. Porque eu não teria força para me conformar com
isso de forma nenhuma.
Andei mais umas quadras quando meu telefone tocou de novo.
Era o meu irmão, dizendo que parece que encontraram e eu tive vontade de sentar
no meio da rua e chorar. Mas não chorei porque eu queria ouvir tudo, e escutei
cada sílaba.
Escutei meu irmão falando que uma mulher que tem outros dois
cachorros da mesma raça encontrou um cachorro perdido perto da padaria, que
levou para casa com medo dele ser atropelado, que deixou o telefone dela na
padaria, e que agora ela estava na academia e voltaria só depois de uma hora.
Ainda não sei ao certo como este telefone caiu nas mãos dos
meus pais, da Esposa, do meu irmão. Parece que minha mãe perguntou na padaria.
Não sei. Sei que foi a hora mais longa da minha vida, porque a esta altura tudo
o que eu queria era poder ver o cachorro, ver que era ele, ver que ele estava
bem.
Todo mundo passou uma hora me falando que “é claro que é
ele, é coincidência demais para ser outro cachorro” e eu mal ouvia. Pensando
logicamente, era evidente que era o meu cachorro. Mas eu mal ouvia as pessoas
falando ao meu lado.
Na verdade, acho que eu estava com medo demais para ouvir,
ou concordar. Medo de chegar lá e descobrir que não era ele. Medo de me agarrar
a um fiapo de esperança somente para ver ela se romper de verdade. Medo de
nunca mais ver meu cachorro na vida.
Nunca uma hora demorou tanto para passar. E, quando o
telefone tocou, corremos até lá. Ela estava esperando na porta, contou toda a
história. Não consigo me lembrar do rosto dela, somente do nome: Renata. Não
consigo me lembrar da história que ela me contou, somente que ela havia dado
água para ele. Não consigo me lembrar de entrar no apartamento dela, lembro apenas
que o marido e mãe dela estavam ali, e a televisão era grande e estava ligada.
E me lembro de ajoelhar e abraçar o meu cachorro.
Sem saber o que falar, sem saber como agradecer, sem saber
direito quem era eu. Tudo o que eu sabia é que ele era ele. E que ele estava
bem.
Levamos o Besta-Fera para casa, demos água. Ele andou pela
casa, correu, brincou. E eu ali, ainda em choque, tentando entender o que havia
acontecido. Talvez sem conseguir imaginar o tamanho da tristeza que eu estaria
sentindo agora caso o desfecho fosse outro. Talvez tentando voltar para dentro
de mim, pois eu passei as primeiras horas do dia sendo outra pessoa, vivendo
outra vida. Morando dentro de um pesadelo.
Minutos depois, quando ele subiu no encosto do sofá da minha
mãe e começou a lamber minha cabeça, eu acordei. Acordei com seus olhos me
olhando cheios de amor, como eu acordei muitos dias desde que ele entrou na
minha vida.
Nessa hora, eu dei graças a Deus por estar acordado.
E por ele estar ali.
50 comentários:
Ai, Rob. Senti um aperto no coração lendo esse texto e chorei no fim. Ficaria muito triste se vocês não encontrassem o Besta-Fera, mas ainda bem que tudo deu certo.
Abraça o Besta-Fera de novo e não larga, por favor.
Beijos a todos vocês.
Ele tá contigo agora, rob. Fica bem. Ele tá bem.
Ai, putamerda. Ainda bem que eu vi a foto de você com ele antes de ler o texto, senão teria ficado angustiada o texto todo antes de saber que você tinha encontrado! Ufa, que alívio. Ai, que aflição. Perder cachorro deve ser ruim demais, gente. Já teve vez de a coleira do Otelo se soltar da minha mão e ele sair correndo em disparada na minha frente pela rua. E o pior é que meu cachorro é uma praga. Então, se eu começava a correr atrás dele, ele achava que eu estava brincando e corria - e como corria! - mais ainda na minha frente. Precisei de um sangue frio do capeta pra esperar ele parar em algum lugar pra cheirar alguma coisa, ir me aproximando devagarzinho e pisar em cima da ponta da guia. Se, vendo o cachorro, eu já senti um aperto no peito e suava frio, imagina sem saber onde o bicho está!? Credo!
Grazadeus que a história acabou bem. E tela nesse buraco no muro! :)
O texto mais desesperador que eu já li aqui no Champ.
Porque eu tenho um cachorro que eu amo mais que tudo nessa vida, e eu já tive pesadelos terríveis com a possibilidade dele sumir assim, e eu senti cada palavra do seu desespero.
Mas ele está de volta! =) E agora eu estou feliz de novo, de verdade. Por você e pelo Besta-Fera!
Bjs!
Ah, só não chorei de soluçar aqui porque to na fila do Pão de Açúcar. Que bom que ele está bem!
Relembrei porque eu sigo seu blog: por causa do seu amor pelo Besta-Fera.
Foi um texto sobre ele que me fez ficar. Deu uma angústia imensa ler o texto, queria pular logo para o fim.
Agarra ele, tá? E não solta.
bjssss
Puta merda. Tou chorando aqui. Entendo perfeitamente o que você sentiu porque já aconteceu comigo: meu cachorro também fugiu, procuramos pela vizinhança inteira, ninguém sabia, ninguém tinha visto. Foi só muito mais tarde, no auge da minha tristeza, quando voltei pra casa - já sem esperança de reencontrar meu cachorrinho - que eu o achei, DEBAIXO DO GUARDA ROUPA, dormindo como um anjinho. Ele era pretinho e pequenininho, estava no fundo do móvel e eu havia procurado lá, mas no desespero eu não o vi. Nem preciso dizer que não sabia se chorava ou ria de alegria quando ele veio até mim, sem entender nada, tadinho.
Perder um bichinho de estimação é perder um pedaço da gente. Uma das coisas mais dolorosas da vida! Que bom que acabou tudo bem.
OI... essa manhã começou comigo com minha mãe me ligando... Minha esposa que atendeu e passou para mim...
em 5 minutos eu estava tirando o carro (moro na rua dos nossos pais) e com meu pai andando pelo bairro...
Nossa mãe que teve a ideia de perguntar na banca de jornais.. e o cara disse que na padaria teve um zum zum sobre um cachorro branco....
Eu que liguei para a esposa do Rob pq minha mãe não queria..... ela estava se sentindo culpada sem ter culpa... algo que só as mães podem entender...
Eu conheço o Tchu(para mim ele não é o Besta-Fera) pessoalmente faz pouco mais de 2 anos. Desde que começamos a conviver ele passou a ser como se fosse meu também. Sou absolutamente enlouquecida pelo cachorro. E posso dizer que é recíproco(o Rob pode confirmar isso).
Quando o irmão do Rob ligou eu estava dormindo. Atendi, ouvi a notícia, fiquei um tempo em choque e falei "nós estamos indo para a". O Rob acordou, contei o que tinha acontecido e, no momento que ele saiu do quarto, eu sentei no chão e fiquei. E um milhão de coisas começaram a passar pela minha cabeça enquanto algumas lágrimas escorriam pelo meu rosto e meu coração parecia que ia explodir. Me senti culpada por ele não estar conosco (já que ele não mora com a gente por causa dos meus cachorros)e me senti totalmente impotente já que eu sabia que o cachorro tinha sumido há algumas horas. Um dos meu maiores medos na vida, e o Rob sabe disso, é perder um dos meus bichos. Tenho tanto pavor disso que só de pensar me dá taquicardia. E estava acontecendo e era logo com o Tchu. Não que se fosse com os meus seria menos desesperador, mas eu sei o quanto o Rob adora esse cachorro e se eu estava assim, podia imaginar o desespero que ele devia estar sentindo.
Respirei fundo, tentei me acalmar o máximo que eu podia, afinal, eu sabia o quanto o Rob também precisava de mim naquele momento, me troquei e fomos para a casa dos meus sogros.
O Rob não estava perto de mim quando falei com a Renata no telefone. A hora que ela falou que tinha encontrado o Tchu e descreveu ele pra mim as lágrimas imediatamente começaram a rolar de novo. Dessa vez de alegria e de alívio.
Quando chegamos no apartamento dela o Tchu nem olhou na nossa cara. Tinha uma Westie por quem ele tinha se encantado que era muito mais atraente do que os dois bocós desesperados. O que nos deixou mais aliviados pois ele estava bem e feliz, que era o mais importante.
E agora ele já ganhou uma coleira com uma plaquinha em forma de ossinho com nossos telefones. E em breve vai ganhar um chip.
ai, Rob!
me deu um desespero lendo isso! eu lembro de quando a Monica sumiu(tava escondida em cima da porta do quarto da Mia. não me pergunte como ela foi parar ali).
mas que bom que ele tá bem. e agora, agarre, aperte e não largue mais.
e PQ ele não tinha coleira ainda, gente???
beijos e que bom que tá td bem...
ps.: essa história do chip, me fala depois qt fica, tou querendo por nas miaus de casa...
Putz, que susto! Ainda bem que tudo acabou bem! =)
Rob, talvez este tenha sido um dos textos que mais sofri lendo aqui no blog. E foi um alívio descobrir que deu tudo certo. Só consigo imaginar como deve ter sido difícil, mas fico muito feliz de saber que o final foi feliz.
Agora, depois eu acho justo o Besta-Fera dar a sua versão sobre o assunto, hein? [Não tem aquela história que depois a gente acaba rindo de tudo? Então. :)]
Mas que alívio, cara.
Nossa, meu pior pesadelo é imaginar que isso um dia pode acontecer comigo também. Minhas cachorras são meio descontroladas e adoram 'novidades'. Como elas moram com a minha sogra em uma casa com quintalzão, elas poderiam ficar só alí naquela selva, mas nção...a rua, puxa, aquilo é sempre uma grande aventura pra elas.
Toda vez que a minha sogra me liga em horarios incomuns, eu fico imaginando se isso aconteceu, e eu imagino o seu desespero quando você ouviu q o Besta Fera fugiu!
Assumo: foi a primeira vez nesse blog que eu pulei o texto todo pra saber se o BF tinah sido encontrado, e aí sim, respirando novamente, eu fui ler tudo.
Ainda bem que o moço da banca e da padaria puderam ajudar e vcs conseguiram localizar o BF! Ainda bem. Que bom que com a coleira e o chip vocês vao ficar mais tranquilos ainda.
(pena que eu não posso usar da mesma idéia da coleira, pq uma come a coleira da outra, e não adianta mais tentar isso... tenho que ficar de olho mesmo!)
Camila:
Felizmente, acabou tudo bem. Nem consigo dizer aqui o alívio que eu senti. Obrigado, de verdade!
Beijos!
Rob
SirLucas:
Eu sei, cara. Foi foda. Mas agora tá tudo bem. Valeu a força!
Abraços!
Rob
Varotto:
É. Pior que é.
Abraços
Rob
Kel:
Uma vez isso aconteceu com o Besta-Fera: a coleira escapou e ele começou a correr desesperado em Pinheiros, bem na calçada da Cardeal, que é uma puta avenida movimentada. Consegui pegar ele rápido (pisando na guia também), e até hoje, quando eu me lembrava disso, sentia até um certo embrulho no estômago de nervoso, pois sempre penso "e ele tivesse corrido na direção dos carros"?
Mas, depois de hoje, isso virou uma memória quase tranquila. Mas ainda bem que deu tudo certo. Ainda bem.
Beijos e muito obrigado!
Rob
Hydrachan:
E acredite em mim: o texto não reflete metade do desespero que eu senti durante a manhã inteira. Mas, como você disse, que bom que estamos todos aqui!
Beijos!
Rob
Renata de Toledo:
Desculpe pelas quase lágrimas. :)
Mas, sim, ele está bem. É o que importa. Obrigado!
Beijos!
Rob
Elaine Gaspareto:
Ele está mais que agarrado. Pode ter certeza disso. E obrigado pelas palavras: ele - e o que sinto por ele - é muito importante para mim!
Beijos!
Rob
Lilian:
Você tem razão, perder um bicho é perder um pedaço da gente. É muito dolorido. Que bom que as duas histórias - a minha e a sua - acabaram bem. É algo que não tem preço, especialmente depois do medo e tristeza que a gente sente.
Beijos e muito obrigado!
Rob
Irmão do Rob:
O dia foi difícil para todo mundo. Muito obrigado pela ajuda, cara. Você sabe o quanto ajudou, especialmente aí perto dos nossos pais desde que a merda explodiu.
E, sim, mães são aquelas pessoas que se culpam quando descobrem que não há culpados.
Beijos!
Rob
Ana:
Durante toda a parte do dia em que nada havia sido resolvido, eu me lembrava do seu medo de perder um bicho - algo pelo qual você já passou - e ficava ainda mais assustado.
Mas eu queria que você soubesse que, sem você, este dia teria sido muito mais difícil para mim. Mais do que ele foi. Agora estamos em casa, e bem, mas quero agradecer você por ter estado comigo, ao meu lado, em todos os momentos. Por ter arrancado forças sabe-se lá de onde para me ajudar. Sem você ali, certamente eu teria perdido o controle mais cedo ou mais tarde.
E, sim, o puto não estava nem aí para a nossa preocupação. Mas, no momento que a gente colocou os olhos e viu que era ele... Quem se importa?
Muito, muito obrigado. Por tudo. Por sempre.
Te amo.
Beijos
Rob
Michele:
Ele tem coleira, mas trocamos por uma que é peitoral, então ele não usa o tempo inteiro. Agora já está com a coleira e a plaquinha com nome e telefones.
E está tudo bem sim! Obrigado!
Beijos!
Rob
Elise:
Ainda bem! Obrigado!
Beijos!
Rob
Megale:
Cara, você nem imagina o alívio que foi. Ainda bem que deu tudo certo.
E a versão dele? Olha, é uma ideia. Mas deixe eu me recuperar primeiro. :)
Abraços!
Rob
Fê:
Como eu e a Ana estávamos conversando hoje. Entre o cara da banca, o da padaria, a mulher que pegou ele... Tivemos muita sorte. Como a Ana disse também, era domingo, a rua estava vazia, com poucos carros, não foi de madrugada...
Ainda bem que tudo acabou bem. Ainda bem.
Beijos e obrigado!
Rob
Nunca li tão depressa, querendo e temendo também o desfecho do caso. Quando cheguei a ele, o coro de Aleluia explodiu entre neurônios fazendo a dancinha da vitória...
Feliz que ele está bem!
Como costumo dizer. a noite terminou justa e perfeita...
Como o Juba aqui em cima (o nome do cara de cima, não meu cabelo, que até está um pouco juba), também li depressa, com esperança de que, no fim, encontrariam o cachorro. Graças a Deus encontraram. Graças a Deus. Tive 4 cachorros na minha vida, todos morreram de forma trágica, mas acredito que o sentimento de perder é diferente, mas tão perturbador quanto (pela sensação de estar em algum, aquela falsa esperança, aquela preocupação eterna). Graças a Deus encontraram. graças a Deus.
Ana, gostei do Tchu. Diminui um pouco a pompa e circunstância original.
(mas não sei qual seria a opinião dele sobre isso...)
Rob, entendo perfeitamente o que vc deve ter sentido, pq já passei por isso diretamente, e o cachorro nem é exatamente meu, e sim da minha irmã. Mas foi "cria" nossa né? afe, que agonia. Mas graças a Deus nosso Bestinha já está de volta e devidamente identificado. é o mais importante agora. e mesmo em obras, cerque de todos os lados. Se ele arrumou uma "peguete" no "rolê" é capaz dele querer escapar de novo. Uma pergunta: ele é castrado?
Angustiante...
Ainda bem que você não precisou de cartazes.
Tudo fica bem quando acaba bem.
Aguardo o Besta-Fera postar a versão dele da história...
Que angústia!
Chorei ao ler seu texto, Rob.
Entendo seu desespero. O Zeca sumiu de casa uma vez e eu fiz exatamente o mesmo, saí gritando pelas ruas até encontrá-lo.
Que bom que o desfecho foi feliz. E que ele não suma nunca mais.
A gente não consegue imaginar a vida da gente sem esses bichos depois que eles entram na nossa, né?
coitado do cachorrinho, queria se livrar do dono mas acabou sendo achado.
qual o motivo pra seu cachorro fazer isso? ok, ele é irracional, mas esse amor incondicional que eles possuem parece nao ter sido levado muito em conta nessa fuga... os caes tem disso né, quando fogem saem correndo desesperados, como se o vento contra o focinho fosse a coisa que eles mais quisessem.
cuidado, amor demais sufoca.
mas depois me atentei a um detalhe: casa dos seus pais...
será que foi por isso?
para nao haver duvida, façamos um teste: solte ele da sua casa e ve o que acontece.
desculpa meu tom agressivo, é que na verdade eu amo mais os animais do que as pessoas, e essas atitudes deles me deixa fudido.
Juba
E põe dancinha da vitória (e dancinha do alívio) nisso! Obrigado!
Rob
Irmão do Rob:
Justa e perfeita. Gostei.
Beijos
Rob
Fagner:
Eu penso justamente da mesma forma. Também já vi bichos meus morrerem - graças a Deus, não de forma trágica - mas você acaba se conformando. É aquela história de que o tempo cura tudo. Mas perder um animal deve ser muito pior. Você consegue se conformar de uma dor, mas não consegue se conformar de uma dúvida que dura para sempre.
Obrigado pela torcida.
Abraços!
Rob
Juju:
Graças a Deus ele está de volta. Graças a Deus. Obrigado! :)
Beijos!
Rob
Isabele:
Olhe, ainda bem mesmo. Sempre morro de pena quando vejo esses cartazes. Tenho pena do animal, pena da família... Ainda bem que não precisei passar por isso.
Beijos.
Rob
Ricardo Wagner:
Exatamente. Quem somos nós para discordarmos de Shakespeare? E a versão dele... Quem sabe? :)
Abraços!
Rob
Bel Lucky:
Você disse tudo: mesmo com o Besta-Fera morando hoje com meus pais, eu não consigo imaginar a minha vida sem ele. Nem quero tentar, na verdade - ele é muito importante, muito importante mesmo para mim.
Beijos
Rob
Borealis:
Não me sinto apto a responder seu comentário, pois não entendi boa parte dele. Na verdade, não entendi o propósito dele também.
A única parte que entendi de verdade foi o primeiro parágrafo, que achei de extremo mau gosto. Espero - de verdade - que eu o tenha interpretado mal.
Grato.
Rob
Pobre Borealis:
.
Animais criados em apartamentos ficam perdidos facilmente sozinhos em lugares mais amplos.
Cães não amam como os humanos... Amam de forma surpreendente, é claro, (quem tem animal sabe disso) mas não funciona como amor de gente.
Amor nada tem a ver com a "fuga" do bichinho.
Animais são curiosos.
Vi vc mencionar que ama muito os animais, e também senti que vc tentou atribuir que o cãozinho teria fugido por excesso de amor.Ou, por estar na casa dos pais do Rob, que poderia ser maltratado lá... ou infeliz.
Não entendi, enfim, a intenção da sua mensagem.
Primeiro que não cabe a você, exigir ou sugerir teste pra descobrir coisa nenhuma a respeito da fuga.
E outra, qualquer que seja o motivo da fuga do bichinho, ou a sua intenção em escrever a mensagem, você apenas incomodou uma pessoa num momento e num assunto muito sensíveis.
Não entendi o que vc disse de ficar fudido (sic) com essas atitudes dos animais. Pode ser que vc esteja dizendo que compartilha da dor do Rob e fica doido com o comportamento de animais fugirem. Sei lá e nem quero saber.
Saiba apenas que vc incomodou. Seja essa sua intenção ou não.
Acho que todos perdoam seu tom agresivo. Pessoalmente eu também seria agressivo se não conseguisse amar pessoas.
Torço, de coração, que um dia vc encontre alguém para amar mais do que ama os animais.
Talvez não seja falta de amar. Mas de ser amado.
"Animais criados em apartamentos ficam perdidos facilmente sozinhos em lugares mais amplos." - óbvio.
"Cães não amam como os humanos... Amam de forma surpreendente, é claro, (quem tem animal sabe disso) mas não funciona como amor de gente.
Amor nada tem a ver com a "fuga" do bichinho.
Animais são curiosos." - vc pode tipo ser chamado de sr. obviedade.
eu tenho uma gata, ela está comigo há onze anos, no momento ela está com cancer, um tumor que cresce cada vez mais no peito e que já está em carne viva, chegando a manchar de sangue nos locais onde ela deita, inclusive em cima de mim, coisa que pouco me importa -sujar uma camisa de sangue. Moro num sobrado e a frente ela tem o telhado e o mundo a explorar. Ela nao fica presa. Quando dá na telha dela, ela vai e faz sua exploração, coisa que raramente foge dos do alcance dos meus olhos.
mas é claro que isso vai da criação e do temperamento do animal, né, sr. obviedade?
a questão que coloco, sr. obviedade, é que, apesar da angustia de ter um animal desaparecido (eu mesmo acho que nem dormiria por dias), no meu caso, me sentiria tb com raiva, a raiva de quem foi traido. Dá pra entender, sr. obviedade?
e minha intenção foi incomodar mesmo. pra que mais serve a internet?
ah, e mais uma coisa, sr. obviedade:
Amor? Não fale comigo sobre amor.
Nossa que sufoco!
Parei no meio do texto e fui até o final para ter certeza de que estava tudo bem, só então voltei para ler tudo...
Passei por isso quando minha cadelinha seguiu um ex-namorado pela rua e não conseguiu voltar sozinha. Ele não gostava de cachorros e nada fez vendo ela segui-lo. No final deu tudo certo, achamos a Violeta (dois dias depois) e terminei o namoro.
:)
Nossa, Rob, que aflição! Eu não consigo nem pensar em algo assim acontecer com a Coca. Graças a Deus que terminou tudo bem e que vc pode acordar do pesadelo.
Bjs!
Só li esse post agora, depois da @camicap ter comentado comigo a respeito.
Entendo seu desespero porque entre outras coisas, acompanho seu dengo com esse cachorro.
Não importa as circunstâncias que hoje levaram ele a morar com seus pais, é o SEU cachorro e o amor que a gente tem por esses bichos é amor de pai e mãe.
Li o texto inteiro chorando porque se eu perder por meia hora que seja uma das minhas pestes amadas, acho que não vou me perdoar nunca.
Que bom que ele voltou, que foi encontrado por alguém que curte cachorro, que não foi atropelado.
Tomara que vc nunca mais passe por nada parecido com isso.
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