23 de agosto de 2013

O Texto que Não Vai ser Lido

Existe uma tela em branco na minha frente.

Duvido que eu consiga deixa-la assim por muito tempo. É provável que eu comece a jogar letras ao acaso nela, somente para pintá-la com uma historinha qualquer. Porque escrever é o que escolhi fazer da minha vida. Se eu consigo ou não, é outra história, em outra tela. Mas a tela com a história sobre o que escolhi fazer... Esta não está em branco. Está preenchida há anos.

Algumas pessoas se sentem gratas por possuir um dom - se eu tivesse um dom, me sentiria da mesma forma. Como não tenho, agradeço por ter aprendido a gostar de ler desde cedo. Afinal, foi lendo que aprendi a escrever, mas aprendi principalmente que queria escrever. Lendo, eu descobri alguns truques e macetes que uso em alguns dos meus textos. Porém, lendo, eu descobri que gosto de escrever, e gostar de escrever é algo que uso em todos os meus textos.

Então, não perco muito tempo agradecendo por um dom que não tenho, mas sim por ter a sorte de gostar de ler. Sim, sorte. Num país de poucas letras, você aprende a gostar de ler somente se tiver sorte ou se for burro a ponto de achar que ler vale a pena. Como meu instinto me impede de associar as palavras “leitura” e “burrice”, eu prefiro dar crédito à sorte mesmo. Isso vale para você também. Você gosta de ler? Parabéns, você tem sorte.

Tive a sorte de gostar de ler num país que não lê. Mas eu gasto esta sorte todos os dias, escrevendo em um país que não lê. Tive a sorte de poder escrever na internet. Mas eu gasto esta sorte todos os dias escrevendo em uma internet que não... Ok. A internet lê. Mas lê bem pouco. A internet prefere ler coisas com poucas letras, como vídeos e imagens com frases engraçadas.

É uma pena. Mas são as regras do jogo.

Arredondando para cima, já são quase dez anos escrevendo crônicas aqui, ali.

E quase sempre sobre mim. Ou, ao menos, nos primeiros anos. Na época, eu não entendia o motivo disso, mas hoje entendo melhor. Acho que seria quase uma falta de educação com meus personagens colocá-los no meio de um texto mal escrito – afinal, se eu não escrevia bem, a culpa disso era minha e não deles. Meus personagens não precisavam pagar pela minha falta de habilidade.

Esse é um dos motivos pelos quais gosto tanto desse blog: eu estou aqui. Inteiro. E não falo apenas do amor colocado em cada texto, mas da minha história. Existem anos e anos da minha vida aqui. Eu apenas transformei tudo em crônicas, da mesma forma que teria feito caso eu estivesse num bar contando esta história para quem lê.

Por isso que eu me espanto quando alguém diz que lê meu blog inteiro. Uma pessoa que fez isso sabe mais sobre mim do que eu mesmo – não, não estou exagerando. Existem anos e anos da minha vida, seja em post mais engraçados, seja em posts mais sérios. Eu posso estar no Twitter, posso estar no Facebook, mas eu sou, mesmo, nestes blogs.

Lembrei agora, enquanto escrevia, de uma vez – foi no meio daquela noite maluca que eu passei 24 horas escrevendo sem parar, em tempo real – que um leitor comentou no Twitter algo como “é impressionante o carinho que o Rob tem com os leitores”. Antes de continuar, eu deixo uma pergunta no ar: como não ter carinho com alguém que leu quase dez anos da sua vida?

Engraçado que mesmo me definindo como escritor, nos primeiros anos eu não me sentia totalmente desta forma. Talvez fosse o preço que eu pagava por – como disse acima – escrever histórias do jeito que eu as contaria para um amigo. Então, eu me sentia mais como um contador de histórias que como escritor propriamente dito, mesmo com algumas pessoas me elogiando como escritor.

Com o passar dos anos, isso mudou. Deixei de ser contador de histórias e virei escritor. Claro que para isso eu tive que escrever muito, descobrir técnicas, tentar encontrar meu estilo – aliás, você sabe qual meu estilo? Porque eu escrevo tanto que às vezes acho que não tenho estilo algum, ou que meu estilo é não ter estilo. E arrisquei gêneros. Fui da comédia para o drama, do drama para a ficção científica, da ficção científica para o romance, do romance para a fantasia...

Mas, enfim, basicamente, me reinventei.

Tem um texto... Esta talvez seja a primeira vez que conto isso. Eu tenho um texto que foi escrito na véspera do natal. Quando eu terminei, minha vontade era chorar. Não pela história em si – sim, eu já chorei muito escrevendo – mas pela sensação que o texto me deu. Quando eu terminei de escrevê-lo, fiquei emocionado demais. Era a primeira vez na vida que eu me sentia como um escritor. Um escritor e nada mais.

O processo de me reinventar teve fatores externos. Outros sites começaram a me convidar para escrever. De repente, eu acordei um dia e descobri que era roteirista de uma história em quadrinhos premiada. E escrevendo, escrevendo. E batalhando aqui e ali para pagar as contas – nada atrapalha mais alguém que escreve no dia a dia que o próprio dia a dia – somente para ficar tranquilo a ponto de escrever mais.

Deixando estilos e técnicas de lado, me reinventei de uma forma que pode ser resumida assim: hoje eu não enxergo mais um texto apenas como algo que gostaria que as pessoas lessem – criar algo e não ter retorno é pior que ter um retorno negativo – mas sim como parte de algo maior. Algo que ainda vai me levar onde quero chegar. Chega a ser contraditório, já que eu escrevo cada texto que faço como se fosse o último da minha vida. Mas, ao mesmo tempo, eu quero que o melhor texto da minha vida seja sempre o próximo.

Contudo, enquanto eu me reinventava, descobri também que é mais fácil você apenas “contar histórias” do que ser escritor. Pois, quando você é escritor, a expectativa que você tem pelo seu texto é muito mais alta. Deixou de ser farra, virou trabalho. Deixou de ser brincadeira, virou arte. Arte. Até a palavra pesa.

Resumindo: o texto deixou de ser um objetivo e se tornou parte do caminho. Ele amadureceu e, como qualquer coisa que amadurece, precisa dar frutos. E, sim, já tive frutos pelos meus textos. Mas eu ainda tenho uma cesta aqui que não tem metade dos frutos que eu quero – e aqui eu peço licença, pois sei que já fiz alguns de vocês sonharem com meus textos, então hoje quem está sonhando um pouco sou eu.

E ser escritor de ficção na internet é muito difícil. Teoricamente, deveria ser o contrário: você está em contato com o leitor, tem retorno imediato, publica de graça. Mas é difícil. Pois você passa metade do seu tempo produzindo cultura; a outra metade do tempo você transforma seu texto em um produto e tenta vendê-lo. Não basta escrever. É preciso ser escritor e vendedor.

E a concorrência na internet é forte. E não estou falando de outros escritores, mas da internet como um todo. Na internet, todo mundo adora ler, mas pouca gente lê de verdade. A internet não tem gostos, ela tem assuntos; ela não tem preferências, ela tem polêmicas. Um texto ruim sobre o assunto do momento vale mais que uma crônica muito bem escrita sobre, sei lá, um casal.

Na internet não importa como você escreve, importa sobre o que você escreve.

Na internet, tudo é sempre “agora”. É o assunto de agora, a briga de agora, a polêmica de agora, a música de agora... Num mundo onde tudo é “agora”, nunca é a hora de um texto atemporal, com uma história que pode ter acontecido ontem ou que possa acontecer amanhã. Ou que pode estar até acontecendo agora.

Claro, existe espaço para ficção. Dia desses vi as pessoas elogiando um blog e fui atrás. Gostei do que vi. Algumas crônicas eram exatamente o que eu fazia cinco anos atrás, mas não tive problema algum com isso. Como eu disse, é preciso ser escritor e vendedor. Se ele soube vender bem, parabéns para ele. E fico feliz, pois abre mercado para todos nós. Por que eu, sabendo disso ou não, estou aqui tentando abrir mercado para isso há anos.

Talvez num meio onde a cada dez minutos se cria uma novidade, alguém que está aqui escrevendo há dez anos deixou de ser novidade. Não sei.

Muita gente me pergunta qual o segredo para escrever na internet. Eu não sei. Eu tenho algumas dicas que aprendi depois de pastar um bocado – e não se referem a “estilo de texto”, mas sim a escrever na internet. A maior delas é não deixar de acreditar no que você quer escrever.

Eu, por exemplo. Às vezes eu desabafo sobre política no Facebook e os posts são um sucesso. Mas não vou começar a escrever somente sobre isso, em nome da audiência. Faço para desabafar, não por prazer. E na maior parte das vezes, o assunto do momento – que é o que se vende na internet – não me interessa como tema de crônica ou de um conto.

Talvez agora, como escritor, seja o momento de me reinventar.

Lembra-se do que eu disse lá em cima, sobre “gostar de escrever”? No momento que eu começar a escrever sobre assuntos que não quero, estarei dando o primeiro passo para deixar de gostar de escrever. Não, eu ainda quero escrever, e escrever sobre as coisas que gosto – e, como eu sempre falo, se um texto muda o dia de um único leitor, ele já valeu a pena (se um texto meu mudar seu dia, por favor, não se esqueça de me avisar).

E já que não vou reinventar meus textos – posso experimentar, mudar o estilo, criar algo novo, mas jamais mudar a essência deles – preciso reinventar o meu relacionamento com meus textos.

Pois no momento que você tem expectativas sobre seu texto, numa mídia onde, em cada dez minutos, surge o novo assunto mais importante da história, é muito fácil sentir que o texto foi irrelevante. É muito fácil sentir que o texto mudou apenas seu dia e não de algum leitor – e não estou falando de comentários, mas sim de forma geral; e não estou reclamando de nada, apenas constatando.

Como eu disse, talvez seja hora de me reinventar.

Talvez seja a hora de recuar e voltar a escrever mais para mim, sem “tentar vender” os textos, sem competir com a foto com a piadinha ou com o vídeo engraçadinho. Pois, como alguém que cria, me incomoda perceber que estou perdendo espaço para coisas das quais as pessoas nem se lembrarão mais em duas ou três horas. E nada é mais desestimulante que ver uma obra sua não ir tão longe quanto você sabe que ela poderia.

Hoje, tudo é descartável. E eu não consigo enxergar meus textos dessa forma. E se a regra é criar coisa descartáveis... Não, desculpe, não consigo. Só quando o assunto me interessa. E se o assunto me interessa, ele não é descartável. E meu texto também não vai ser. Não para mim.

Talvez seja hora de voltar a escrever um pouco “para mim”, sem maiores expectativas.

Talvez seja a hora de ficar sozinho com meus textos. Voltar a ser mais escritor que vendedor. Talvez este seja o caminho. E, com isso, buscar novos textos. Novos projetos. E voltar a “vender” meus textos quando eu achar que existe “mercado” para eles. Até lá, escreverei para mim e deixarei os textos para quem quiser lê-los (sim, eles estarão aqui) e nada mais.

Pois existe uma coisa muito melhor que escrever: escrever sem o compromisso de “ficar bom”, de “ser vendável”. Escrever apenas pelo prazer de escrever. Isso sempre foi o que me motivou: criar. Criar mundos, criar histórias, criar pessoas. Ser lido – ou não – é apenas uma consequência.

Se você escreve para a internet, não se esqueça disso. Eu faço um mea culpa aqui e admito: esqueci. E é hora de me lembrar disso, de lembrar que as pessoas não têm tempo para ler o que você escreve.

Assim, este é o conselho que eu dou para quem quer escrever na internet: escreva. O que vier depois disso é lucro.

E se o texto mudou somente o seu dia, que bom. Ao menos ele mudou o dia de alguém, e deve ser bom.

Tomara que seja lido.

Se os meus estão sendo lidos? Não sei. E não vou procurar saber isso agora. Tem uma tela em branco na minha frente, e estou com vontade de criar uma história.

Depois eu me preocupo se alguém está lendo.


Caso você seja leitor habitual deste blog, este texto não foi divulgado em lugar algum. Se você gostou do texto e quiser comentar, fique à vontade; se gostou do texto e quiser divulgar, fique à vontade. Isso vale para todos os posts, e você não faz ideia do quanto eu lhe agradeço por isso.

10 comentários:

Elise disse...

Ah, Rob, você sempre me faz lembrar do quanto eu gosto - ou gostava? - de escrever, nem que fosse só pra mim... e toda vez que eu lembro disso eu lembro também que parei de escrever com frequência, ou por achar que não valia a pena, ou por achar que havia algo mais importante a ser feito...
Acho muito, muito, MUITO bom que você esteja se reinventando, revendo o que você gosta/quer fazer com o seu dom - nem adianta, pra mim o que você tem é um dom, mesmo, e posso enumerar vários exemplos que corroboram a minha opinião =P - porque isso mexe com algo lá dentro. Eu até estranhei quando vi que você comentou que estava incomodado com algo em relação aos seus textos, mas acabei nem comentando sobre o meu estranhamento. Agora eu sei.
De qualquer forma, escreva. Crônicas, textos, cartas, poemas, diálogos, qualquer coisa. Mas escreva sempre o que você achar que deve ser escrito. E do jeito que você quiser. E quando você quiser. Você diz não saber se eles estão sendo lidos, mas eu arrisco dizer que estão, sim. E quem lê gosta muito.

=)

Amanda Tracera disse...

Por ser ainda muito nova e estar nessa vida de leitor/escritor-de-internet tem pouco tempo, não sei se posso dizer que o seu texto realmente me deixou meio sem palavras. De qualquer forma, teu texto mudou meu dia, e só queria deixar isso avisado. Hahahaha Beijos.

Rafiki Papio disse...

Vamos por partes.

Sim você tem razão, pessoas não leem, não leem também na internet. Isso me lembra um pesquisa, que não está totalmente relacionada à blogs, mas a websites em geral que diz que usuários realmente não leem, eles mal escaneiam os sites.

Eu creio que eu já comentei por aqui, que uma pergunta que culmine com a resposta "sou escritor" deve ser muito boa de responder. E eu concordo com você, se colocar como produtor de arte tem uma responsabilidade imensa sim. Eu me coloco como consumidor de arte, e como tal tenho uma definição muito pessoal do que é arte. Para mim arte é que me desvia da rotina, sabe a rotina que me deixa com o olhos pálidos?(Você escreveu algo sobre um belo lugar, eu comentei algo sobre os meus olhos já estarem pálidos, em outro texto), então arte é minha morfina ou talvez o catalizador dos meus dias, o que recarrega minha bateria, um alimento. Desde que a arte me roube da rotina, eu vou sobreviver.

Eu acredito em você quando você diz que está por aqui, nos seus textos. Mais que acreditar eu acho que entendo. Eu meio que tiro fotografias quando escrevo, não só de situações, mas de mim mesmo. Quando leio coisas antigas que escrevi, noto a evolução do meu jeito de escrever e minha própria evolução como pessoa. Eu sempre escrevi para aliviar aquela sensação que transborda, quando não há espaço em mim, sempre há espaço no papel. É bem legal no entanto, quando alguém lê e comenta, é aí que eu vejo como a poesia não é minha, pois mesmo quando já perdeu o sentido em mim, ela vive de outra forma em alguma pessoa que leu. Eu acho muito divertido ver a interpretação que cada um dá há algo que eu escrevi.

Eu não posso dizer muito sobre seus motivos, mas o que eu posso pedir é que você continue produzindo arte, pois tem pessoas que como eu precisam de arte pra viver. Ainda que seja só pra você, será para mim também, pois é assim com a poesia que mora em toda arte.

Saudações!

Lucas Reis disse...

Rob, pelo que eu acompanho desse blog nos últimos quatro anos e pelo que eu vejo no seu Twitter, você é uma das pessoas mais lúcidas que eu já li.

Eu gostei especialmente desse texto porque você conseguiu mostrar preocupações que são minhas também: questões que me inquietam, principalmente o caráter efêmero dos assuntos na internet (o que me faz lembrar de um tweet seu falando que a expressão "Tumblr do dia" é prova disso).

As pessoas estão acostumadas com as muitas doses de imagens no Facebook e eu acho que as pessoas não leem porque as redes sociais nos deixam mais agitados, mais ansiosos... Por que me dedicar a um texto tão grande quanto esse que eu acabei de ler?

Enfim, seus textos sempre mudaram o meu dia. Eu estou sempre compartilhando com meus amigos e eles se emocionam junto comigo. E, mais uma vez, um elogio à sua lucidez.

Abraço.

Anna disse...

Rob, eu comento muito pouco por aqui, mas já leio seu blog há anos. Desde 2009, se não me engano. E uma coisa que aprendi sobre você nesse tempo é que seus textos sempre valem a pena. Eles mudam meu dia sim, constantemente. Tanto que, mesmo não tendo mais tempo pra quase nada, sempre dou uma pausa na rotina pra ler o que você escreve. E eu nunca me arrependo. Isso tudo o que você disse sobre a internet é verdade, mas eu acredito que enquanto existirem pessoas que escrevem como você, vai haver quem leia :)

The New Me disse...

Olá, Rob!
Li o seu texto e ele me deu uma sensação boa. Uma vontade de ser eu mesma, de voltar às minhas próprias raízes e a certeza de que conseguirei fazer isso mesmo após tantas mudanças por outrem. Finalmente poder olhar no espelho e me ver de verdade.
Muito obrigada!
Seus textos são sempre ótimos.

Anônimo disse...

faz todo sentido.

Anônimo disse...

Muito bom!

Lara disse...

eu sou uma dessas pessoas que leu seu blog inteiro. alias, os dois, vinyl e chronicles. foi por sua causa que comecei e continuo lendo o terapia. e mais ainda, leio papo de homem sempre que você escreve.

isso tudo porque eu gosto de você. gosto dos seus textos. gosto da maneira que você se dedica a isso. gosto da sensação que eu tenho ao terminar cada um dos seus escritos (e incluo aqui também o twitter e o facebook)

já chorei aqui e já ri de gargalhar também. torço por você como escritor e como pessoa (inclusive, adoro sua mulher também, sem nunca ter chegado nem perto de nenhum dos dois só pelas coisas que vocês se escrevem)

vim comentar aqui porque nunca comento (acho que por vergonha, sou dessas que vê tudo meio de longe), mas de tempos em tempos é importante te lembrar que o que você faz é maravilhoso e que eu te admiro demais.

Nelson disse...

Gosto de escrever só por escrever, e escrevo só pra mim quando tenho vontade de falar sobre algo. Não me sinto confortável em divulgar meus textos, apesar deles serem públicos.

Minha arte é a música, e minha vida melhorou bastante quando adotei essa postura de fazer música porque gosto, o que vier é lucro. Creio que esse seja um dos motivos que eu desisti de tocar profissionalmente.

Sou fã do Championship Vinyl, já li todos os posts daqui. O Chronicles eu leio raramente; prefiro o formato dele em papel... aliás, aguardo ansiosamente o próximo livro, senhor Rob Gordon.

Creia que você já mudou a vida de muita gente. Não existe uma pessoa que eu mostrei seus textos que não tenha gostado, e não foi "nossa, que legal", foi um "porra, esse cara chega numa profundidade rara de se ver por aí".
Deveria comentar mais nos seus posts, mas sempre me pego querendo dizer o que já foi dito nos outros comentários, aí penso que se não for acrescentar nada é melhor ficar quieto.

Tenho certeza que um dia eu vou ver uma entrevista sua e dizer pro meu filho "sabia que ele escreveu um texto pra mim e pra sua mãe quando nos casamos?", e ele vai olhar espantado. Aí eu vou me foder pra achar o post aqui no meio do blog, me toquei que não tenho ele salvo ainda, hahaha.

Abração Rob, e continue. Qualidade você tem de sobra.