16 de outubro de 2011

Os Bons Companheiros

Eu sempre fui muito apegado aos meus amigos. E, quando digo amigos, me refiro àquele pequeno grupo de pessoas que, num dia como qualquer outro, você percebe que irão passar o resto da vida com você, não importa o que aconteça. São pessoas que você conhece em diferentes lugares e épocas, mas que formam uma espécie de segunda família.

Alguns destes amigos, eu conheci na faculdade. De lá para cá, já se passaram quase vinte anos (eu entrei na faculdade em 1995), mas estamos aí, sempre juntos. Ou não, já que hoje nosso grupo se espalhou literalmente pelo Brasil inteiro, e a correria do dia a dia impede que mesmo aqueles que moram próximos uns dos outros se vejam com a frequência que seria justa.

Mas a distância não impede que nós mudemos. Nem mesmo o tempo. Alguns estão casados – no caso de um deles, fui eu quem realizou a cerimônia, que é uma das maiores honras que carrego comigo – um punhado deles já possui filhos. Mas nós continuamos os mesmos: as memórias e as histórias aumentam, mas o prazer de estarmos juntos não muda nunca.

Pelo contrário. Como agora conseguimos nos ver direito somente em casamentos, o prazer em estar junto aumenta a cada vez que nos encontramos. Justamente por isso que cada ocasião desta é um evento para cada um de nós: podemos voltar a ter 20 e poucos anos por algumas horas, e transformar qualquer acontecimento em piadas de você – às vezes, literalmente – cair no chão de tanto rir.

Porque basta estarmos juntos para começar o festival de bobagens. Costumo dizer para algumas pessoas que o volume de gargalhadas que eu soltei nos meus quatro anos de faculdade é maior que o de todas as outras épocas da minha vida somadas, e é bem provável que isso seja verdade.

E somos assim desde o tempo da faculdade. Unidos – um deles em especial está sempre comentando aqui no blog – e dementes – entre meus leitores, há um ex-professor nosso que certamente se lembra do nosso comportamento em aula.

Quando estamos juntos, as piadas se tornam afiadas, se emendam com outras – nós praticamente nos desafiamos a ver quem consegue superar o outro em termos de falar bobagem – porque falar bobagem é uma arte: demanda talento, inspiração e raciocínio rápido. E, modéstia à parte, nós temos isso de sobra. É quase um campeonato, onde todos são vencedores.

E foi isso que aconteceu este final de semana. Com o casamento de um deles, nos encontramos. Não todos, mas quase. Não todos, mas o suficiente. O suficiente para que eu fosse dormir com o maxilar doendo.

Claro que, como em qualquer casamento, a bebida ajudou. Eu tenho evitado beber quase totalmente por causa da depressão, mas os remédios não me impedem de beber. O que é uma benção – caso contrário, eu teria morrido neste final de semana. Vale lembrar que o álcool começou já na sexta-feira, com o aniversário da leitora-que-virou-amiga @nataliamaximo.

Mas a coisa ficou feia mesmo ontem, ao lado dos amigos da faculdade. Foi quase uma fórmula com uísque, piada, gargalhada, uísque, piada, gargalhada. E quando eu digo gargalhada não estou falando de rir alto. Sabe aquela gargalhada que você não consegue parar de rir, e a barriga começa a doer? Quando estamos juntos, um de nós solta uma dessas em cada dez minutos, sem exageros.

As bobagens começaram já no início da festa e, conforme o uísque subia, o volume das piadas subia junto. Em poucos minutos, começamos a achar todo mundo parecido com todo mundo – somos mestres nisso, como já falei antes aqui no blog – começamos a conquistar a festa.

Achamos um Gollum e, bêbados, fomos tirar foto com ele – cada um com um anel, fazendo cara de “Precious” e o velhinho, no meio, tão bêbado quanto nós, rindo alucinadamente com nossas palhaçadas. Fizemos uma aposta sobre quem acabaria a noite com a tia do uísque – especialmente porque demoramos quase uma hora para descobrir se era tio ou tia – e todos tiramos fotos com ela. Devemos ter tirado fotos com os outros garçons – sinceramente, não lembro ao certo – já que muitos deles rachavam de rir assim que chegavam perto de nós.

Digo “perto de nós” e não “perto de nossas mesas” porque a esta altura já não éramos mais convidados em uma mesa, éramos a festa. Isso sempre acontece com a gente. Quando percebemos, a festa inteira estava ao nosso redor, com outros convidados – gente que nunca vimos na vida - gargalhando com a gente e querendo participar de tudo.

E desce uísque. E mais pessoas começam a aparecer ao nosso lado. Certamente, devem existir pessoas que hoje se lembram de nós como “aqueles animais que estudaram com o noivo”, mas sei que muita gente hoje se lembra de nós como “os loucos”. E desce uísque. Lembro-me de ter que fugir em alguns momentos para fora do buffet em busca de ar, de tanto que eu ria, e ser acompanhado por pessoas que não sabia nem o nome, e riam mais que eu. E desce uísque.

E de repente, você se descobre bêbado. Bêbado e feliz. E vamos deixar claro aqui que “feliz” não é uma consequência natural de “bêbado”, por mais que seja charmoso achar o contrário – eu não tenho bebido justamente por medo do que pode acontecer comigo neste momento em que estou vivendo. Este final de semana foi uma exceção.

Mas, como disse, de repente você se descobre bêbado e feliz. Você tem 20 anos novamente – não tem preocupações, não tem as mesmas responsabilidades. Não existe nada, a não ser seus amigos e a próxima piada.

E, no meio de tudo isso, a Ana. Brilhando no meio do salão, no meio da bagunça, como se ela tivesse feito parte daquilo desde sempre. E você percebe que ali é o lugar dela, no meio daquela confusão de piadas e gargalhadas, rindo aquela gargalhada gostosa que só ela tem.

E, no momento que você está se divertindo como há muito tempo não se divertia e percebe que sua namorada está se divertindo tanto quanto você – sempre com um cuidando do outro o tempo todo, com o rabo do olho – você sabe que está no lugar certo, na hora certa, ao lado da pessoa certa e com as pessoas certas.

Sim, as pessoas certas. Porque nem só de bobagem nós vivemos. Em meio à farra, conversamos sério.

A esposa do amigo que casei me puxou de canto e me agradeceu pela cerimônia do próprio casamento – ela acha que nunca vai conseguir me agradecer à altura, quando já expliquei que eu que preciso agradecer. E ela e o marido perguntam de mim, sobre a vida, sobre os remédios, que querem muito que eu melhore – sempre entre uma piada e outra.

E ficam ao lado da Ana o tempo todo em que não estou por perto, conversando, contando histórias sobre mim, sobre nós, os três gargalhando. É praticamente a forma que eles encontraram para dizer a ela “bem vinda”. E de repente, a Ana não é mais minha namorada. Ela é da família.

Porque é isso que somos: uma enorme família. E, como toda família, temos nossa história, que foi exibida no telão durante a festa, com a retrospectiva dos noivos. E eu me vi – e aos meus amigos – em algumas fotos, totalmente diferente. Um Rob Gordon mais jovem, com mais cabelo, às vezes sem barba, em bares, festas, outros casamentos.

E duas ou três versões da nossa foto clássica: todos parados com cara de blasé e o cigarro caído na boca. Ontem tiramos esta foto, claro, com um adendo: a noiva, agachada no chão, e o cigarro pendurado na boca. É a nossa foto Pacino – não tente entender, é coisa nossa. Por isso que em todas as festas eu levo dois maços de cigarro: um para mim, outra para distribuir na hora da foto.

Mas, se somos o centro da festa, nosso centro, claro, são os noivos. Abraços o tempo inteiro, beijos estalados na bochecha, agradecimentos por termos ido, xingamentos por agradecer este tipo de coisa, para de ser babaca. E lágrimas. Lágrimas boas, lágrimas de saudade, lágrimas de tempos uma puta história juntos.

E o noivo me puxa e me abraça e conta o quanto é importante estarmos com ele ali, e me apresenta para as pessoas, e eu puxo a noiva e abraço e peço a ela apenas para que seja feliz com ele, e que estarei sempre por perto. Porque sei que eles estão sempre perto de mim. Sempre.

E, claro, desce uísque.

E a questão de estar perto vale para os outros, os mais próximos: de vez em quando eu ganhava um abraço de alguém que me perguntava se “você está bem?”. E eu respondia que estava.

Porque, com o perdão da palavra, eu estava bem pra caralho. Porque, mesmo a 150 quilômetros de casa, eu estava em casa. E digo para a Ana que não aguento mais beber, ela diz ao meu amigo que não aguenta mais beber, ele diz à esposa que não aguenta mais beber, que diz para mim não aguenta mais beber, e eu digo para todos que esperem aí que vou chamar a tia do uísque que a gente está precisando beber.

E, de repente, hora de ir embora. Pois a festa já acabou e nós estamos ali, tentando prolongá-la ao máximo, pois não sabemos ao certo quando iremos nos reunir novamente. Mas tudo o que é bom acaba em algum momento.

Mas sempre há espaço para um chorinho, que veio na forma do Spartacus. Descobrimos um velho igualzinho ao Kirk Douglas e, claro que ele passou a ser chamado de Spartacus – aliás, toda vez que ele se aproximava de nós, o cercávamos e gritávamos “I am Spartacus!”, sem que ele entendesse – mas se divertia, talvez mais que nós, com tudo aquilo. E, ao final da festa, ele fez uma declaração de amor para mim, brincando que eu havia conquistado seu coração e que não podia ir embora com a Ana. Dito isso, me abraçou e simulou um beijo na minha boca, daqueles que (felizmente) se coloca a mão entre as bocas para não acontecer.

Claro que bateram foto disso. E claro que eles vão dar um jeito de colocar estar merda no vídeo retrospectiva do meu casamento, sem eu saber. Pode apostar nisso, eu conheço meu eleitorado.

E o Spartacus, assim que me largou, segurou a Ana pelo braço e disse que “você sabe que é brincadeira”, com medo dela estar brava. Mas ela não respondeu, pois ria mais que todo mundo. E, assim, a noite terminou com gargalhadas e, especificamente para mim, com a sensação de que há muito tempo eu precisava de uma noite dessas, com exatamente estas pessoas.

E, no dia seguinte, beijos, abraços e precisamos nos ver logo. E uma lição aprendida. Durante a cerimônia, o padre disse que as pessoas não casam por amor, e que, na verdade, elas se casam para “aprender a amar”. Pois, dentro de um casamento, um irá magoar o outro o tempo inteiro, por serem pessoas diferentes, mas aprender a amar é aprender a perdoar isso – caso contrário isso constrói um muro entre o casal.

Concordo. Se existe algo que aprendi nesta viagem, foi isso. E, no caminho de volta, meio cochilando, de mãos dadas com a Ana, percebi que isso não vale somente para um casamento, mas sim para qualquer relacionamento. E isso inclui a amizade.

Talvez seja por isso que eu e meus amigos ainda estamos juntos, como sempre fomos, mesmo depois de quase vinte anos. E certamente estaremos do mesmo jeito daqui a vinte anos. Talvez um pouco mais velhos. Mas, com certeza, um bando de moleques.

Um adorável bando de moleques.

Este texto é dedicado ao Grupo Nascô.
Muito obrigado por tudo. Sempre.


51 comentários:

Anônimo disse...

Cara, a beleza da amizade é justamente essa atemporalidade e essa coisa de ficar sem se ver e parecer que pouco mudou por dentro, mesmo pro muito que mudou por fora!
Tenho amigos assim do meu tempo de escola técnica, e são amigos que fiquei uns anos sem ver e, mesmo assim, não pareceu ter passado mais do que as férias...

Amizade é um treco mágico, que faz a gente ter o tempo nas mãos e a cabeça em outro mundo ^^

Que seus amigos te ajudem a melhorar, pois isso é o melhor remédio pra alma que o mundo possui!

Anônimo disse...

Parabéns por suas boas amizades e principalmente por saber dar valor a isso, acredite, tem muita gente que não sabe.
Felizmente não é meu caso, me vi retratado no seu relato pois tenho amigos valorosos, inteligentes e "comediantes", rir é o que fazemos de melhor.

Parabéns de novo, Rob.

Thaís Tamaoki disse...

"E, quando digo amigos, me refiro àquele pequeno grupo de pessoas que, num dia como qualquer outro, você percebe que irão passar o resto da vida com você, não importa o que aconteça."

Mandei o texto para o meu pequeno grupo. Obrigada por ele.

=)

Claudia Iarossi disse...

Rob

Acho que já disse uma vez à você que não vale me fazer chorar num domingo à noite.
Pô, vou trabalhar de olho inchado amanhã novamente?rs

Amei!!!

Beijos

Charlie Dalton disse...

Lendo isso, só consigo suspirar. Ai, ai...

Natalia Máximo disse...

Primeiro: que honra ser citada aqui! De novo, fiquei muito, muito feliz de vê-los na minha festa, estava com muitas saudades! É muito bom ter vocês como amigos, de verdade!
Segundo: é CLARO que a Ana ia brilhar horrores nesse casamento! Desde a minha festa, ela já estava lindíssima. Aliás, tenho certeza que vocês dois brilharam muito.
E acho que essa é uma das coisas mais valorosas da amizade. Não importa a distância, não importa quanto tempo você fique longe, não importa o que cada um é: quando você se junta com aquele grupo incrível, é como se o tempo não tivesse passado e que tudo continuasse como era antes; talvez mais simples, mais descomplicado, a mesma diversão...
Amei esse texto porque sábado que vem, vou ao casamento de dois amigos que eu amo muito - na verdade, eles até me adotaram como filha, o que é uma honra - e estou muito empolgada. Acabei de chegar do chá-bar deles e, cara, a alegria deles foi indescritível pra mim. E estou muito, muito feliz de saber que as chances de eu passar o resto da vida com eles é enorme!

G7 disse...

A parte menos bela da historia é agora: segunda cedo indo trabalhar. Sem voz, sem dinheiro, quase sem fígado... Mas, pronto para o próximo!

Nicole disse...

É mesmo muito difícil cultivar as amizades, principalmente quando a distância e/ou orgulho não ajudam.

Esse padre tem toda a razão e você também, todo relacionamento é um aprendizado de como conviver com as diferenças sem pirar. Infelizmente, alguns não conseguem :(

Gostaria de ter te conhecido no aniversário da Natália, mas cheguei nos 45 do segundo tempo, literalmente! hahaha

Abraço!

Varotto disse...

Esse é O tratamento...

Anônimo disse...

Ter amigos assim é um PRESENTE, cara. De verdade.

Se algum dia voltar à "minha" nobre cidade (já que não nasci aqui), me avise e vamos afundar o pé na jaca de tanto comer, rs.

Anônimo disse...

Se pudesse apenas bater palmas nos comentários, estaria o fazendo de pé.

Texto SENSACIONAL.

Nelson disse...

Esse círculo de amigos-familiares é realmente indescritível. Eu tenho amigos que eu posso passar anos sem ver, e quando nos vemos é a mesma coisa de sempre... parece que o tempo e a distância não existem, e o companheirismo se mantém sempre o mesmo. É realmente incrível, e eu sei bem o que você sente ao ver a mulher que você ama ser inclusa nesse grupo naturalmente, e ainda por cima se destacando nele. Essa foi uma das coisas que me fez ver que a Aline é a mulher da minha vida, rs.

grande abraço Rob!!!

Pri disse...

Cara, quase chorei aqui, só não foi por estar no trabalho!

Beatris disse...

Fiquei feliz de ver a felicidade transbordando por aqui!

=]


Sensacional!!

Nicole disse...

É mesmo muito difícil cultivar as amizades, principalmente quando a distância e/ou orgulho não ajudam.

Esse padre tem toda a razão e você também, todo relacionamento é um aprendizado de como conviver com as diferenças sem pirar. Infelizmente, alguns não conseguem :(

Gostaria de ter te conhecido no aniversário da Natália, mas cheguei nos 45 do segundo tempo, literalmente! hahaha

Abraço!

Michelle disse...

Pqp! Já tô acostumando a ler seus textos com uma caixa de lenços de acompanhamento! :) Texto sensacional e espero q vc tenha muitos outros momentos mágicos como este! Muita força nessa caminhada e espero q em breve vc esteja 100%!

Rob Gordon disse...

cmmarcondes:

Continuando o que conversamos no Twitter, realmente não existe nada mais bonito que uma amizade de anos e anos. Gostei demais do trecho do seu comentário com "amizade é algo que faz a gente ter o tempo nas mãos". Achei genial demais isso!

Abraços

Rob

Rob Gordon disse...

Marcio Sarge:

Estranhei um pouco quando você disse que "tem gente que não sabe", porque, para mim, dar valor a amizade é a coisa mais natural do mundo, a ponto de eu não conseguir enxergar o assunto de outra forma. Mas, se realmente tem gente assim... Sério, tenho muita pena.

Valeu pelo comentário!

Abraços

Rob

Rob Gordon disse...

Thais Tamaoki:

Sinceramente? Se minhas palavras serviram para você se lembrar dos seus amigos a ponto de querer dividir isso com eles, eu que agradeço. Fico honrado de verdade.

Beijos

Rob

Rob Gordon disse...

Claudia Iarossi:

Sabe, eu tive um problema com este texto. Apesar da Ana ter me dito que muita gente iria se emocionar com ele - ela leu antes de eu publicar - eu, mesmo achando que ele é bonito, o vejo como um texto muito engraçado. Mas isso é porque eu estava no casamento, e começo a me lembrar das piadas e das palhaçadas e as gargalhadas são inevitáveis.

E, pensando sobre isso (recebi outros comentários de pessoas que também se emocionaram) cheguei a conclusão de que gargalhar é a forma que estes meus amigos, especificamente, me emocionam, mesmo quando conversamos sobre assuntos sérios.

Desculpe por ter feito você chorar - mas aposto que foram lágrimas boas.

Aproveitando, vi que você comeu a cabaninha (eu vi no Twitter quando estava na rua, e, como cheguei horas depois, esqueci de responder, desculpe). Agora, me diga com sinceridade: não é o melhor doce da história?

Beijos!

Rob

Rob Gordon disse...

Charlie Dalton:

Suspirar é bom. Suspire sempre. Mesmo.

Abraços

Rob

Mari Hauer disse...

Eu acabei de ler seu texto agora, com lágrimas nos olhos e com uma nostalgia, se vc soubesse...

Fiquei pensando nos momentos que eu já tive com os meus amigos de uma vida e lembrei da sensação boa que eu sempre senti de satisfação e felicidade de estar com eles...

Porque é exatamente nesses momentos que a gente lembra quem a gente é. E eu estou muito feliz por vc ter lembrado com tanta propriedade de quem vc REALMENTE é. Que tem muita coisa que vai e vem, e fica. Que não fazem muito parte da gente, e vai se incorporando. Pelo bem e pelo mal, né? Mas são nesses encontros que a gente se renova. E renova os votos e laços, que nem sempre são ditos ou prometidos. Mas que, mesmo assim duram pra sempre!

Um brinde aos amigos de sempre! Porque eles sabem quem são! :)

Rob Gordon disse...

Natalia:

Antes de mais nada, a honra foi minha. De verdade. E creio que posso falar isso em nome da Ana também.

E concordo com você quando você diz que uma das coisas mais valorosas da amizade é isso de não ter o tempo - como disse o cmmarcondes lá em cima, é a questão de ter o tempo nas mãos. Entra ano, sai ano, a sua vida e a dos seus amigos mudam, mas a amizade entre vocês permanece a mesma, apenas cresce em intensidade.

Eu tenho certeza de que este casamento do próximo sábado será muito importante para você - talvez até mais do que você imagine. E tenho certeza de que você vai aproveitar cada minuto - e cada gargalhada e cada lágrima dele.

Beijos

Rob

Rob Gordon disse...

G7

A parte do sem fígado em negrito, por favor.

Abraços

Rob

Rob Gordon disse...

Varotto:

Se não for "o" mais importante, entra no Top 5 sem nem precisarmos parar para pensar.

Abraços!

Rob

Rob Gordon disse...

Lilian:

Disse tudo, é um presente. Dos mais bonitos e importantes.

Desta vez foi uma correria insana, mas prometo que na próxima vez eu e a Ana avisamos você e enfiamos o pé na jaca com classe.

(E obrigado pelo e-mail enviado a respeito do post Sobre Quedas e Fé).

Beijão

Rob

Rob Gordon disse...

odeioejustifico:

Obrigado por ter me dado um dos elogios mais bonitos que recebi por um texto. Obrigado de verdade.

Abraços!

Rob

Rob Gordon disse...

Nelson:

Vou ser repetitivo e dizer para você o que disse para a Natália. O que o ccmarcondes disse define muito bem, é "como ter o tempo nas mãos". e a sensação de ver a Ana se comportar (e da forma com que meus amigos se comportaram com ela) como se ela conhecesse todos ha anos realmente é emocionante demais, quando você olha do outro lado do buffet e percebe isso.

Falando na mulher da sua vida, favor arrumar um tempinho e entrar aqui no dia do seu casamento.

Abraços

Rob

Rob Gordon disse...

Pri:

Desculpe por ter feito você quase chorar no trabalho - quando isso acontecer, pense novamente no Gollum, na tia do uísque ou no Spartacus - mesmo sem vê-los, aposto que você vai gargalhar tanto quanto nós!

Beijão

Rob

Rob Gordon disse...

Beatris:

Muito obrigado por isso. Eu fiquei bastante feliz demais pelo fim de semana que tive - pena que não nos vimos no aniversário da Natália - eu estava precisando DEMAIS de dois ou três dias bons seguidos. Foi muito importante mesmo!

Obrigado, de verdade!

Beijos

Rob

Rob Gordon disse...

Nih_x:

Discordo do que você disse sobre a distância. Se a amizade é verdadeira, ela não atrapalha - hoje, muitos dos meus amigos foram de São Paulo (alguns deles, fora do Brasil) e nossa amizade continua muito, muito forte.

Mas a questão do orgulho realmente pega bastante: não sei se quero colocar isso como um defeito, acho que é mais um "traço de personalidade", mas, especialmente no que diz respeito a amizades e relacionamentos, pode se tornar um grande problema, justamente por impedir (ou, ao menos, atrapalhar) que se aprenda a conviver com as diferenças dos outtos, sem pirar (e, mais importante, sem magoar o outro).

E foi uma pena mesmo - pelas contas, eu e a Ana devemos ter ido embora pouco antes de você chegar! Quem sabe na próxima vez nós acertamos o timing?

Beijos

Rob

Rob Gordon disse...

Michelle:

Obrigado pelos elogios ao texto - e desculpe pelas lágrimas. Se vale como minha defesa, juro que tive a melhor da intenção enquanto escrevia.

Quanto à caminhada que você disse... Estou indo devagar, passo a passo. Passos pequenos, sempre. Mas sempre contanto com o apoio dos amigos (os deste post são bem importantes para mim), da Ana, da família e de vocês, leitores.

Muito obrigado, de verdade!

Beijos

Rob

Rob Gordon disse...

Mari Hauer:

Aposto que esta nostalgia foi uma daquelas gostosas, que logo se transforma em saudade. Mas não uma saudade amarga ou triste, e sim doce, que logo se transforma em risadas.

E concordo com você: muita coisa acontece, muita coisa muda, mas os amigos de verdade estão sempre ali, ao redor. E, aproveitando seu gancho, são eles que me ajudam a não esquecer quem sou. E muitos deles têm feito isso todos os dias. E isso conta, conta muito.

Como eu disse para a Natália (no aniversário dela), eu nunca vou conseguir agradecer a Ana pelo que ela está fazendo por mim. E o mesmo vale para alguns amigos. E a Natália disse, como resposta que, "talvez você nunca precise nem agradecer".

Acheo bonito demais, porque eu sei que estas pessoas nem mesmo aceitariam o "obrigado" - porque eu já tentei agradecer e não deixaram.

Bom ver você de volta aqui.

Beijos

Rob

Claudia Iarossi disse...

Sim, sim foram lágrimas boas...rs

Cabaninha: meu, o que é aquele doce. Viciei e a culpa é toda sua.

Rob Gordon disse...

Claudia:

Tinha certeza de que as lágrimas seriam boas. :)

Quanto à cabaninha, faço questão de ser culpado mesmo! E faço minhas as suas palavras: o que é aquele doce, hein?

Beijão

Rob

Anônimo disse...

Rob,

Falei isso pq o tempo é relativo ao que experimentamos: uma amizade faz a gente ter a idade que tinhamos quando conhecemos a pessoa, e nos faz sentir o que sentimos naquela época, sob a ótica do hoje.
Essa é a beleza maior da amizade: é a única coisa realmente atemporal que o ser humano experimenta.

Conhece os quatro amores gregos? Eros, Storgé, Physis e Agapé? Os gregos definem cada amor de uma forma única, mas com nuances complementares..

Eros é o amor físico, tangível e carnal, manifesto em corpo principalmente.
Storgé é o amor dos amigos, que não vê fronteiras e é indeciso entre o corpo e a mente.
Physis é o amor dos pais e filhos, dito aquele dos familiares, que nos faz querer ficar junto das pessoas num nível íntimo, mas não carnal.
Agapé é o amor transcedental, aquele que não sabemos como começa e nunca vemos o fim, aquele que é tão imenso e encompassatudo o que experimentamos que nos faz sentir completos por simplesmente amar.

Meus amigos me levam à Agapé e, pelo que vc escreveu, acho que vc tbm sente isso!
Abraços e, se quiser, meu blog está aberto pra ti!

Nelson disse...

Tentarei sim Rob, provavelmente só vou ter tempo de entrar à noite, mas entro sim.

E desculpa o sumiço nos comentários, as coisas andam meio corridas/estressantes por aqui.

grande abraço

Michele disse...

amigos assim são tão bons, né? esquecer da vida, dos problemas e estar em um momento em que somos ó nós e eles, como se nunca tivéssemos envelhecido, como se fosse ontem a última vez que dissemos tchau.

é bom te ver contando histórias boas... fico feliz =D

Ana Savini disse...

Nem sei a quanto tempo eu não me divertia tanto como nesse fim de semana.
Se eu brilhei pelo salão, e nesse momento eu estou aqui morrendo de vergonha de falar isso sem dizer um "para com isso que eu fico sem graça e nem concordo com você", foi porque eu estava ali com você, no meio dos seus amigos, os mais engraçados e os mais "gente fina" do universo, vendo o quanto você está melhor e o quanto eu me sinto orgulhosa e feliz de estar ao seu lado.
As gargalhadas foram as melhores, a bebedeira foi ótima, os amigos foram sensacionais, mas você é o que faz tudo ficar absurdamente especial.
Te amo deveras, Luv.

*Nat, se era para eu ficar sem graça você conseguiu. E obrigada por se tornar essa amiga que você se tornou. <3

Rob Gordon disse...

cmmarcondes:

Cara, que comentário fantástico! Vou guardar aqui comigo, para ter os quatro amores "mapeados". E assim que tiver um tempo, vou fuçar no seu blog, com certeza - e certamente vou colocar o link dele aqui quando atualizar os "parceiros e fornecedores".

E você matou a charada de verdade, agora. Agapé, certamente. Não há começo ou fim - o que ceramente deveria ser uma regra para amizades!

Abraços, e, mais uma vez, valeu pelo comentário genial!

Rob

Rob Gordon disse...

Nelson

Relaxe, imagino a correria que você está passando aí, todos os dias!

Abraços

Rob

Rob Gordon disse...

Michele:

É justamente isso. Com um deles, em especial. Às vezes passamos meses sem nos vermos (ele não mora mais aqui em SP) e, quando conseguimos nos encontrar, parece que jantamos juntos na véspera. E o bom é que mesmo com essa sensação, sempre temos assunto. E, nas poucas vezes que não temos, inventamos.

Beijos

Rob

Rob Gordon disse...

Ana:

Vamos pular a parte de você ficar sem graça. :) Um dos motivos de eu ter me divertido tanto quanto você neste final de semana é ver o quanto você estava feliz nestes dois dias. E, a respeito de você brilhar no salão, um dos motivos de eu estar feliz é que você brilha o tempo inteiro, em todos os lugares.

Te amo assaz.

Beijos

Rob

Hally disse...

Ah, Rob, você não sabe o quanto é bom ler um texto desses. Faz o dia se tornar mais leve, e a gente começa a ver tua melhora, o que, por si só, já é uma alegria imensa!

Devo ter 2 ou 3 amigos desse tipo. Que nos levam pra vida deles, aonde ela for, e a gente também leva pra onde a nossa vida vai. Não vou me prolongar no comentário porque estou com um meio que vazio no peito, pensando em armar algo com o povo no final de semana. E rir, até a barriga doer...

Obrigada pelo texto, de verdade.

Rob Gordon disse...

Hally:

Obrigado pela mensagem, de verdade. este texto foi muito importante para mim, não apenas por ser sobre estes meus amigos, mas por eu me sentir mais leve escrevendo. Obrigado por ter "sentido" isso também. Obrigado de verdade, você não faz ideia da importância disso para mim.

Beijos

Rob

Fernanda disse...

Obrigada pelo texto, Rob. Eu queria dizer umas coisas para umas amigas, algumas de longa data e outras mais recentes, e uma ou outra, nem lá e nem cá. Vou mandar esse texto e dizer: "se eu tivesse o dom da palavra, escreveria algo assim, mas por favor, saibam que dentro do meu coração é assim que eu me sinto por vocês".

Fantástico, como sempre.

Melhoras. Anda se cuidando, né?!

Bjo pro Besta Fera e pra Ana!

Rob Gordon disse...

Fê:

Eu que agradeço. Acho que a grande graça de escrever é que, falando sobre a própria vida, você escreve sobre a vida dos outros - por isso eu fico tão feliz e orgulhoso quando alguma pessoa assume para si um texto meu, em especial um destes, e o manda para alguém que ela gosta.

E ando me cuidando sim, e melhorando. Muito obrigado pela preocupação!

Beijos

Rob

Fê do Babu disse...

Que bom que você curtiu tanto!! Vocês com certeza fizeram a diferença e colaboraram para a nossa festa ser tão incrível como eu acho que foi. Gosto demais de vocês, me sinto realmente fazendo parte da família. Não tenha dúvida de que estaremos sempre com vc!! Beijos da noiva!

Rodrigo, o noivo disse...

Cara, a agora minha esposa insiste em dizer que bebi demais no casamento e que agradecia a todos por estarem lá e ficava dizendo q amava todos. Sim eu bebi bastante, mas quando a gente esta entre amigos o papo flui a bebida desce melhor e a gente acaba bebendo mesmo...

Confesso q teve umas partes da festa q nem mesmo lembro direito, mas a festa tava demais, a gente só acaba sentindo falta de poder ficar mais tempo com todos da festa, principalmente os nascos.

Outro dia encontrei com a dona do buffet e ela disse que nunca fez um casamento onde haviam bebido tanto uisque como no meu e que ela olhava da cozinha e a festa pulsava inteira das crianças ate os mais velhos.

Apenas para conhecimento o filho do Spartacus é casado com a filha do golum e sempre tem um churras na casa de um deles.

Passados mais de um mes do casorio vamos colocando a casa em ordem e só agora a fe me mostrou esse texto e posso dizer q adoramos ter nosso casamento retratado aqui e dizer obrigado, nao apenas pela presença mas tambem por ser esse grande amigo, gostamos mto de vc e vc sabe disso.

Quando estiver a fim de mudar de ares pegue a mulher e venha passar um fds aqui em sjcampos, nao vai ter tanto uisque mas a casa ta de portas abertas pra vcs.

Ahh e precisamos marcar um encontro de fim de ano como chegamos a fazer algumas vezes

Babu (o noivo)

Rob Gordon disse...

Fê do Babu:

Nós fizemos a nossa parte? Talvez - eu estava bêbado demais para prestar atenção nisso. Mas com certeza foram vocês dois, e o amor que vocês sentem um pelo outro e pelos amigos, que fizeram a festa ser inesquecível. Uma das melhores noites de 2011, com certeza!

Beijos

Rob

Rob Gordon disse...

Babu, o Noivo:

Babu, sua esposa não precisa insistir no fato de que você bebeu demais - quando nós conseguimos reunir toda a turma sem beber demais?

Quanto à festa em sim, como eu disse para a senhora sua esposa acima, foi uma das melhores noites de 2011. Aliás, sempre que nos reunimos é uma das melhores noites do ano, independente do local, do motivo e do ano.

E, a respeito do convite, certamente ele será aceito! Já comece a gelar a cerveja!

Abraços pantagruélicos!

Rob