18 de maio de 2011

"Embrulha para Presente, Por Favor?"

– Quer de presente para você?

– Ah... Não...

– Você gostou, não gostou? Eu vi seu olho brilhando.

– Gostei. Claro.

– Então. Eu dou de presente.

– Mas é caro...

– Não tem problema. Mesmo.

– Mas não precisa...

– Eu quero dar de presente para você. De verdade.

Eu sempre gostei de dar presentes. Sempre. Ou, ao menos, até onde posso me lembrar, já que, até os 15 anos de idade, eu não tinha dinheiro algum – e sair por aí dando presentes comprados com o dinheiro dos pais não deve contar muitos pontos no céu.

Mas, no início da década de 90, aconteceu uma coisa que me ensinou a ser generoso com quem está ao meu lado: a adolescência. E, com ela, veio meu primeiro emprego, numa loja de material de limpeza – o estabelecimento pertencia à minha tia, mas era um emprego de verdade, com carteira assinada, roupas manchadas de cândida e tudo que eu tinha direito. E, claro, vieram os primeiros salários.

E, com eles, descobri a generosidade.

– Vamos tomar uma cerveja?

– Estou sem dinheiro.

– Eu pago. Você paga a próxima.

Claro que eu não saía pela rua oferecendo cervejas de graça para qualquer pessoa – mesmo porque, com meu salário de auxiliar administrativo, eu não chegaria nem na esquina se fizesse isso – mas sim aos amigos. Ou melhor, aos “melhores amigos”. Você conhece o tipo. São aqueles que andam com você para cima e para baixo pelo bairro, são aqueles que vão para a sua casa quando você está doente e não pode sair.

Nesta época, eu tinha dois grandes amigos – ainda são grandes e ainda são amigos, mas não nos vemos com a freqüência que gostaríamos. Enfim, todo aniversário e todo natal, lá vinham os presentes. Nada demais: um CD, uma camiseta. Até onde eu sei, éramos os únicos que fazíamos isso no bairro, e fazíamos somente entre nós. Quase uma maçonaria. Posteriormente, adotamos mais um amigo e viramos um grupo de quatro, obrigando a abandonar a acunha de Los Três Amigos e passando a chamar o recém-chegado de D’Artagnan. E cada um passou a ganhar mais um presente no aniversário e no natal.

Foi graças a eles que eu descobri a graça de dar presentes. Poucas recompensas eram maiores do que passar a tarde na galeria do rock escolhendo um disco (sim, quando eu tinha quinze anos, comprávamos discos de vinil) para um deles e ver nos olhos dele que você tinha escolhido certo no momento em que ele abrisse o embrulho.

Porque isso mostra que você conhece bem a pessoa a ponto de saber o que ela quer. E quanto mais especial a pessoa for para você, maior sua responsabilidade em conhecê-la bem e saber o que ela quer. Tanto de aniversário como da vida. Assim, você dá de presente o que ela quer de aniversário, ao mesmo tempo em que torce todos os dias – ajudando e apoiando – para que ela consiga o que quer da vida.

Porém, com os vinte e poucos anos, outro elemento surgiu na “equação dos presentes” da minha vida: as namoradas. E foi com elas que descobri de verdade como dar presentes, e que este ato, para mim, significa demais. Pois, quando eu estou apaixonado – já me apaixonei sem namorar, mas nunca namorei sem estar apaixonado – eu quero dar o mundo inteiro para aquela pessoa.

É uma das formas que eu encontro de mostrar que o mundo inteiro deveria pertencer à pessoa, justamente porque a pessoa é o meu mundo inteiro.

Não se trata de comprar um sorriso, não se trata de querer impressionar, mas sim de ver, nos olhos da pessoa, aquele brilho que, por alguns segundos, faz a sua vida inteira brilhar por dias. E você se sente o melhor homem do mundo, o mais correto, o mais sortudo, o mais feliz. Daí a minha paixão em dar presentes. Amo apoiar quem amo, amo me dedicar a quem amo, mas sou apaixonado por dar presentes.

E, veja bem, não estou falando em dar jóias ou aparelhos eletrônicos caríssimos, apesar de já ter dado os dois. Uma ex-namorada minha, por exemplo, estava se apaixonando por música clássica. Assim, combinei com a mãe dela e, no natal, eu dei um aparelho de som, enquanto minha ex-sogra deu uma coleção com não sei quantos CDs do gênero. Já quanto à jóia: como não entendo nada do assunto, passei horas dentro da joalheira mandando as vendedoras experimentar cada peça que eu gostava para ver qual “caía” melhor e qual teria mais a cara da minha namorada (precisei de uma hora e meia e três vendedoras para isso).

Mas, como eu disse, não precisa ser caro. Desculpem o clichê, mas basta ser com amor. Um bombom comprado na padaria com amor tem mais valor que uma televisão comprada de qualquer jeito. Então, eu nunca vi problema em dar presentes pequenos. Como já falei: a intenção nunca é impressionar (mas vamos ser honestos, quando você impressiona, é melhor ainda), mas sim mostrar à pessoa que ela é especial. Ou melhor, que ela é única. Mostrar à pessoa que você pensa nela mesmo quando está longe, porque você pensa nela o tempo inteiro.

E isso não é uma jóia no aniversário ou um aparelho de som no natal que irá mostrar. Quando você namora, presentes de natal, de aniversário, de Dia dos Namorados e de aniversário de namoro (ou de casamento) são obrigações. É o mínimo a ser feito no quesito “presente”. O que importa são os presentes fora de hora. Os presentes sem data. São esses presentes-surpresa que fazem a diferença. Ao menos, para mim. Não são os presentes que damos por convenção (como num aniversário), mas que damos estritamente por amor.

Brincando com as palavras aqui, estes presentes fora de hora são os únicos que podem ser chamados de “presentes”. Pois são eles que agradecem de verdade pelo passado e dizem de verdade que você quer aquela pessoa no futuro.

Por isso que estou sempre procurando presentes, mimos, coisas engraçadinhas que vão enfeitar o quarto ou o corpo da pessoa. Quando entro numa loja ou caminho pelo shopping, estou sempre procurando algo para mim, mas ao mesmo tempo, caçando algo para quem amo. E é por isso que eu tenho dois olhos.

De repente, algo brilha em uma vitrine. De repente, algo tem a cara, o jeito e a cor da pessoa que amo e descubro que algo foi inventado para a pessoa que eu amo. Pode ser um livro caríssimo como um pequeno mimo, um bonequinho qualquer em uma loja de brinquedos. Independente do preço, o objeto se torna a coisa mais importante do mundo naquele momento. Porque ele é da pessoa que eu amo, mesmo que ela ainda não saiba disso.

E me dá aquele estalo, que repete a sensação que tive quando olhei a pessoa pela primeira vez. Olho com calma todos os modelos, as cores, pergunto para a vendedora qual é o mais bonito, qual ela daria de presente. E saio de lá com um troféu nas mãos, tomando cuidado para ele ficar por cima sacola e não amassar o embrulho.

É caro? Não importa. Quando eu me apaixono pelo presente, eu preciso dar o presente. Dou um jeito. Coloco no cartão, deixo de comprar algo para mim. Eu sou apaixonado pela pessoa, logo sou apaixonado pela ideia de mimar esta pessoa. E, para mim, paixão não tem preço.

Às vezes, claro, eu faço o presente. Já fiz textos e mais textos de presente, é evidente. Mas já fiz livros, já fiz montagens de fotos, vídeos. E, quando eu não sei fazer, não desisto. Peço ajuda. Diagramadores, por exemplo. E, quando o presente está pronto (ou seja, exatamente da forma que eu imaginei), eu sinto orgulho demais dele. E tento caprichar o máximo possível na letra, do cartão, como um garoto que está fazendo sua primeira lição de casa. Porque eu estou ali, inteiro, naquele presente.

E, por mais que eu tenha inúmeros defeitos, jamais dei um presente em substituição a algo. Presentes nunca substituem, por exemplo, apoio incondicional a respeito de tudo o que a pessoa quer ou decida para ela – algo que eu me esforço o tempo inteiro para dar. Eu apoio, eu incentivo, eu aconselho, eu até discordo. E eu dou presentes. Faço única e exclusivamente por amor, porque boa parte do que sinto por aquela pessoa está naquele pequeno objeto, escolhido com cuidado e carinho. É um símbolo do que sinto e do que quero com aquela pessoa.

Logo, é um símbolo do que sou.

E, por gostar tanto de dar presentes a quem amo, gosto de fazer a coisa da melhor forma que consigo. Assim, tento me reinventar a cada minuto. “Não são as flores que importa, mas sim o cartão” é algo que todo homem deveria decorar. As flores morrem, e o cartão fica – minha avó me mostrou, outro dia, o cartão que mandei para ela junto com as flores, num aniversário alguns anos atrás. O presente pode ser lindo, mas sem o melhor cartão do mundo – e, por favor, escreva o melhor cartão do mundo em todos os presentes – ele não funciona.

Mas, tão ou mais importante quanto o cartão, é o modo de dar o presente. Como sou ansioso, tenho uma dificuldade muito grande em guardar segredo. Então, eu tento colocar o “segredo” na hora de dar o presente.

Já simulei dor de barriga no meio do shopping para fingir que ia ao banheiro e correr (correr mesmo) pelos corredores do shopping em direção à loja, para comprar algo que a pessoa havia visto e se apaixonado dez minutos antes, voltando para a mesa com o embrulho e um sorriso no rosto. Já pedi para a pessoa esperar um pouco no meio de uma avenida, entrar escondido num jardim e sair de lá com uma flor. Já escondi CD na bolsa da pessoa, já fiz mágica e fiz bombons surgirem do nada, no bolso do casaco que a pessoa está vestindo. Já fiz até mesmo caça ao tesouro dentro da minha casa, com a pessoa tendo que seguir dicas escritas em papeizinhos até achar o presente.

Coisa de criança? É, é assim que eu sou. Eu posso fazer muitas coisas (certas ou erradas) como um adulto, mas amo como menino.

Isso nunca vai mudar, é o que sou. Quando eu tiver um filho, um dos presentes será um mapa da minha casa, com o X marcando o lugar do verdadeiro presente (ou “do tesouro”, como vou falar para ele). Talvez eu até queime a ponta do mapa para envelhecê-lo e crie um pirata, morto há séculos, para ser o dono original do tesouro.

E, claro, existem outras formas de dar presentes. Estou na loja com a pessoa e ela se encanta com algo, mas não tem dinheiro. Os olhos dela brilham, mas ela não pode pagar. Se eu não posso também, guardo mentalmente aquilo para comprar assim que tiver dinheiro. Mas, quando posso, me ofereço para dar de presente ou para ajudar a pagar. “A gente racha, fica de presente para você, que tal?”. E se a pessoa reluta, eu insisto, seduzo, brinco com o presente nas mãos, danço com ele no meio da loja dizendo que “você vai adorar este livro”, ou que “você ficou linda nesta roupa”.

E, quando consigo, nunca cobro. Ou melhor, cobro, dizendo, na porta da loja, que “este presente vale... Hum... Deixe-me ver... Uns seis abraços. Pode ser?”.

Porque presente de verdade tem que ser dado sem que se espere absolutamente nada em troca, a não ser um sorriso de criança nos lábios e o brilho de amor nos olhos. E todo o presente que dei na vida – seja uma jóia, seja um vidrinho de esmalte; seja algo que escolhi sozinho, seja algo que a pessoa viu numa vitrine e entramos para comprar – foram presentes de verdade.

E é por isso que quando me agradecem, me abraçando, eu abraço de volta, mas é muito difícil eu dizer o tradicional “de nada”.

Eu digo sempre “você merece”. Porque eu realmente acredito nisso. “Você merece porque estou feliz do seu lado”. “Você merece porque me faz querer ser uma pessoa melhor”. “Você merece porque me dá o maior presente do mundo que é a capacidade de sonhar”.

“Você merece porque eu amo demais a pessoa que sou quando estou ao seu lado”.

Por isso que eu amo dar presentes. Presentes feitos, presentes comprados, presentes escolhidos a dedo, presentes com meses de planejamento, presentes decididos ali na hora. Presentes escritos, presentes com som, presentes com fotos.

E talvez seja por isso que eu dê tanto valor a cada presente que recebi na vida. Porque dar presente para mim é algo especial, mas, como eu sempre dei muito mais que recebi, não estou acostumado a ser presenteado. Meu nome normalmente está no “de”, e não no “para”.

Talvez por isso que eu seja tão fácil de ser agradado, de não saber como agradecer direito, de não saber onde enfiar a cara, e, às vezes, até mesmo de sentir os olhos encherem de lágrima. Porque eu sou fácil de ser agradado, mas não pelo presente, e sim pelo gesto. Por me sentir mimado por alguns minutos. E me emociono demais.

O diálogo que abre este post aconteceu de verdade, alguns dias atrás.

Eu estava numa livraria, folheando um livro que sempre namorei e que descobri em promoção. Ainda estava caro – estou desempregado, lembram-se? – então me contentei apenas em olhar para “matar a saudade”, torcendo para que ele ainda estivesse em promoção quando eu recebesse algum dinheiro.

Aí, este diálogo aconteceu. E eu saí da livraria com o embrulho embaixo do braço, me sentindo mimado, querido, cuidado. Sentindo exatamente o que eu quero que a pessoa sinta quando eu dou um presente. E, confesso, subi a Teodoro de volta para casa, com um nó na garganta. Porque é muito difícil para quem mima muito mais que é mimado se sentir assim.

Mas é inesquecível. E tomara que todos os presentes que eu dei, na minha vida, tenham sido inesquecíveis também.

Porque eu estou em todos eles.


"Obrigado, mãe. Adorei."

24 comentários:

Renata Schmitd disse...

de emocionar.

Becka Cupaiolo disse...

Que maldade esse post. Ele é TODO eu. Ou eu sou todo ele. hahaha

Se, pessoas que REALMENTE me conhecem, lessem esse texto não seria difícil que acreditassem que foi escrito por mim.

"como eu sempre dei muito mais que recebi, não estou acostumado a ser presenteado. Meu nome normalmente está no “de”, e não no “para”." Sensacional.

E o final, "Porque é muito difícil para quem mima muito mais que é mimado se sentir assim.", não tinha como ser mais eu, todos os dias.

Fico feliz por saber que eu não sou sozinha nessa "necessidade" de presentear aos que são tão importantes para mim. Às vezes digo que as surpresas, os presentes, são mais por mim do que pela pessoa, porque faço sem esperar qualquer reação, apenas pela minha felicidade de fazê-lo :)

Natalia Máximo disse...

Tenho uma confissão a fazer: sou péssima para comprar presentes. Sério, uma vergonha. Ou compro algo que a pessoa já tem, ou algo que ela não gosta, ou algo que nunca vai usar... Não sei o que acontece, mas sou uma negação para comprar presentes.
Mas para fazer... Ah, é um super prazer montar coisinhas, nem que seja enrolar um brigadeiro. Me sinto muito mais à vontade colocando a mão na massa pra fazer um presente pra uma pessoa que eu amo, porque aquilo lá sou eu, na melhor forma possível. E, ainda bem, isso tem agradado todo mundo!

E faça a caça ao tesouro com seu filho, certeza que vai ser uma das coisas mais legais possíveis!

Você ainda vai ser muuuito mimado, porque você merece, viu? E espero um dia poder te dar um presente desse tipo, de fazer os olhos brilharem (mas não reclame das minhas técnicas artísticas, hein? hahahaha).

Trauti Lang disse...

Posso dizer que te amo? Esse post é sensacional. Eu queria dizer o quanto me identifiquei com ele, mas seria covardia, são poucos que tem essa sua sensibilidade. Também adoro presentear quem amo dessa forma despropostial, mas você vai bem além. Tenho uma queda pela "caça ao tesouro", adoro. Acho criativo, pessoal, íntimo, divertido. Acho que a caça se torna o aperitivo, um segundo presente. Aquele friozinho na barriga é tudo!

Ai, me emocionei. Vou suspirar por uns dias. Muito, MUITO obrigada por esse presente :*

littlemarininha disse...

Posso falar? Deu uma vontade de ganhar um presente seu! Haha
Sério.
Que fofa a sua mãe!
E que delicado esse texto! Bonito, sensível, sincero.
Esse jeito de amar como menino é apaixonante, Rob.
Apaixonante.
=)

Nathalia Alvarez disse...

incrível e lindo, só isso...

Hydrachan disse...

Você é o tipo de homem que chora quando assiste 500 Days of Summer?

Eu também adoro dar presentes, mas não chego aos pés do seu envolvimento com isso.

As pessoas devem ser muito felizes quando são amadas por você. =)

Benito Bondoso disse...

Tá bom,eu confesso: Chorei, tá, foi bem pouco, praticamente uma ou duas lágrimas...

Claudia Iarossi disse...

Acho que acabei de ganhar um presente: este post!

Amei!!!!

Anônimo disse...

Você descreveu mais ou menos o que eu era há um tempo atrás. Só que meu problema é que eu sempre presenteava as pessoas erradas, em qualquer nível de relacionamento. Hoje eu não presenteio mais ninguém. Muito raramente, aliás. Queria ainda poder ser assim, sabe?
Lindo post. Todo presente deveria ser assim, independente do valor.

Michele disse...

sabe que eu penso assim? esses dias eu comprei uma caneca do Marvin e um chaveiro da Millenium Falcon pro meu noivo(o moço mostrando a língua comigo na foto ao lado). Precisava ver a cara de feliz dele. Ele, que odeia mais de um chaveiro junto p segurar as chaves, está com dois, o da equipe NERDS de legenda(é, busted =P) e a Millenium Falcon.

eu gosto de ver o sorriso da pessoa, mesmo que (quase) nunca acertem meu gosto...

e ser mimado é tão bom, né? esses dias finalmente pude ter a honra de ter o 1984 na minha prateleira de livros, presente de Dia Das Mães. Tô nas nuvens até agora.

PS.: Adorei o nome do livro, e por consequencia, o assunto. Kubrick é vida.

.a que congemina disse...

Meu deus, Rob, eu não aguento mais chorar com os seus textos!

Sou desse time que faz TRAMÓIA pra dar presente, sabe? Encomendar, fazer eu mesma - geralmente presenteio pessoas queridas com comida, que é o que eu sei fazer melhorzinho na vida. Adoro ver as caras de surpresa, de contentamento. É quase egoísta, sabe? Faz bem pra mim.

É lindo seu texto. Queria dar um abraço na sua mãe! ^^

Milla disse...

da sessão "textos para sorrir" :) me identifiquei.

bjs

Fábio Megale disse...

Eu já disse algumas vezes que sempre me identifico com seus textos, tanto aqui como no Chronicles. E isto é algo tão recorrente que fico até sem graça de comentar o tempo inteiro, mas hoje é inevitável: cara, me identifico PRA CARALHO com o que você escreveu, e acho que isso resume tudo o que estou sentindo agora.

Vaneça disse...

as pessoas costumam me chamar de maníaca dos presentes, eu entendo exatamente o que você disse aí.

e a coisa mais triste é você saber exatamente o que vai fazer a pessoa feliz, comprar, ver os olhos dela brilhando quando você entrega e ela dizer "você precisa parar de me dar presentes", como quem diz "eu não vou fazer o mesmo por você".

sinal de que ela não entendeu como o negócio funciona, né?

(acabei de passar por isso, tô sentimental :P)

Varotto disse...

Acho que você já sabe que também penso assim...

P.S.: De qualquer forma, só para esclarecer, você sabe que eu gosto de você mas não desse jeito. Sabe como é, como dizia o Premê: a gente é homem e o povo vai estranhar... :o))

Bia disse...

Vou sair agora e comprar um presente...

Pri disse...

Não sou boa de dar presente mesmo, mas agora lembrei de quando demorei umas 4 horas fazendo um vídeo com fotos para o meu namorado, foi incrível a reação dele ainda lembro como se fosse hj! Fiquei super feliz...

Nelson disse...

Eu não ando na rua procurando presentes, mas parece que os presentes certos vêm a mim.

As vezes eu olho alguma coisa e penso "nossa, eu preciso dar isso pra fulano", e isso fica na minha cabeça, não importa o tempo que demore até eu comprar o bendito presente. O exemplo é que já se vão 8 meses que eu quero dar um presente pra minha namorada, e mesmo apertando o cinto não sobra nada, então tá difícil guardar a grana necessária... mas um dia vai dar certo.

E eu não gosto de ganhar presentes. Não sei porque, mas me sinto incomodado... parece que só eu tenho que agradecer por aquela pessoa estar alí.

E belo texto, Rob. Curta bastante Kubrick.

abraço

Anônimo disse...

Qro mais Rob Gordon em minha vida!

Ana disse...

já que vai te fazer feliz, pode me dar um presente, vai.

faço de td pra ver os outros felizes

Anônimo disse...

Pronto, emocoinei.
À propósito, parabéns pelos 500 seguidores. Vc está totalmente à altura desse número.

Anônimo disse...

Adoro dar presentes, se a pessoa ficou feliz por algo que eu fiz, mesmo que por um milésimo de segundo, me basta.

Daniela disse...

Que coisa, existem mais pessoas como eu do que jamais pude imaginar! E sempre pensei assim de presentes, sempre falei: mais vale uma flor roubada de jardim dada com amor, que um diamente só "pro-forma". Obrigada pelo texto Rob, pra mim foi um presente especial!