5 de setembro de 2011
Amor de Quatro Patas
Eu me lembro da primeira noite que passei no meu apartamento após decidir morar sozinho. Era uma quarta-feira à noite, e fiquei cerca de duas horas arrumando meus livros na sala, ouvindo heavy metal no volume máximo. Acho que era Judas Priest, não me recordo bem – mas meus vizinhos certamente ainda se lembram disso.
Passei três meses nesse clima. Tudo era motivo para eu mostrar a mim mesmo que morava sozinho. Quem nunca comeu melado, quando come, se lambuza. Andava de cuecas pela casa, resolvia fritar ovos com bacon no meio da madrugada e, às vezes, desafiava a resistência dos fusíveis ao deixar a televisão, o aparelho de som e o computador ligados. Vale lembrar que, muitas vezes, eu não estava usando nenhum deles, e sim lendo em algum canto.
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17 comentários:
Ah tá!
Ler este texto após ter assistido Marley e Eu ontem (tá eu sei que estou atrasada...rs) só me fez repetir bicas e bicas de lágrimas.
Lindo né?! Pra variar!!!!
Claudia
Obrigado pelos elogios! (E eu nunca tive coragem de assistir ou ler Marley & Eu - adivinhe o motivo?).
Beijos
Rob
Rob, você descreveu a minha vida. Eu também dava boa-noite para a TV... Mais do que isso, você traduziu em palavras o meu amor pelo meu filho peludo, a minha rotina (a dele, na verdade), e explicou de um jeito simples o que eu mesma nem sempre consigo entender, que é como pode ser tão forte esse laço.
E claro, como é de praxe, me fez chorar, seu canalha. :-)
Rob, Oi!
Acabei de conhecer seu blog por conta deste texto, que uma amiga compartilhou no facebook... E quero te dizer que estou passando EXATAMENTE por isso.. Aos 28 anos resolvi me mudar de cidade e morar sozinha, deixando pra trás uma salsichinha pequetuxa linda pros meus pais cuidarem... Por ela ser muito carente, resolvi não trazê-la comigo, pois sei que ela não suportaria ficar sozinha o dia todo, já que há um ano está sempre cercada de nós, sua família... E agora, estou ponderando ter ou não um cachorrinho comigo... Sinto falta de bagunça na casa, da alegrias que eles trazem, da companhia, do carinho, da amizade e do amor incondicional... Sinto que acabei de tomar minha decisão depois de ver seu depoimento....
Obrigada...
E parabéns por todos os textos.. Bom, não consegui ler todos ainda, mas com certeza ainda vou mexer bastante aqui no seu blog!
Bjs!
A propósito... Marley & Eu ainda é tranquilo de assistir.. O pior é "Sempre ao seu lado"... Choro de soluçar.... É lindo, mas pra quem ama esses peludinhos, é bem difícil!!!!
Eu não gosto de cachorros, mas acho muito legal essa relação que certos donos têm com os seus.
E, a propósito, gostaria de "ouvir" a versão do Besta-Fera dessa história...
Besta Fera <3
Mas Rob, só um adendo. Como dona de gatas, posso dizer que sinto a mesma coisa delas. Então, não são só cachorros, mas animais em geral. As loucas daqui de casa são tudo pra mim. E toda noite, elas me recebem na porta, miando como quem diz "mamãe, estava com saudade". E sim, são minhas filhas. Podem não ter vindo da barriga, como a minha filha humana. Mas vieram do coração, essas duas pestinhas.
Owwwwn, que coisa mais linda!
Rob, eu não esqueci do email que ia te mandar. Só perdi seu e-mail. E agora eu clico no "contato" aqui e o trequinho de email não abre por algum mistério tecnológico. Meu email é csnpm.blog@gmail.com.
Abraço.
Renata de Toledo:
Obrigado pelos elogios. E desculpe ter feito você chorar. Mas, pelo tom do seu comentário, tenho certeza que você sabe que foi por uma boa causa.
Beijos
Rob
Maria Cláudia
Obrigado por ter se dado ao trabalho de procurar o blog e achar este meu canto aqui. Espero que goste do que encontrar por aqui - e, quanto ao cachorrinho... Bem, se eu tivesse dinheiro aqui comigo, apostaria tudo que você vai estar com um cãozinho em casa no máximo em alguns meses.
Quanto a Marley & Eu, esqueça. Não vou assistir nem amarrado. O mesmo vale para Sempre ao Seu Lado, seja na versão com o Richard Gere ou no original japonês.
Beijos e, mais uma vez, seja bem vinda!
Rob
Filipe
Obrigado em dobro pelo comentário - já que você não gosta de cachorros, seria fácil demais simplesmente ignorar o texto. Obrigado de verdade.
E, realmente, a relação entre cães e seus donos é difícil de explicar. Basicamente, é como estar apaixonado. Você sabe o que sente, mas sempre que decide colocar em palavras, a explicação parece ser suficiente.
Já a versão do Besta-Fera para esta história é uma boa ideia. Quem sabe um dia isso apareça no blog?
Abraços
Rob
Michele:
Concordo com você, o "amor de quatro patas" independe de ser cachorro, gato etc. E posso falar isso sem demagogia, pois já tive gatos também. No caso deste texto, foquei bastante em cães somente por estar falando do Besta-Fera, mas ele vale para qualquer animal que "vem dar oi" quando você entra em casa.
Beijos
Rob
Miss Sbaile
Obrigado pelo elogios!
Ainda hoje mando um mail para você!
Beijos
Rob
Sua história com o Besta-Fera é exatamente a minha com o Otelo. E, olha, vou te dizer: não há xixi no sofá, ou pote de biscoito que ele quebrou e comeu o que tinha dentro, ou pé de mesa roído que me faça amar menos esse cachorro. Até meus pais - que não gostam de bicho dentro de casa - ele conquistou. E teve carisma suficiente pra me fazer ter a disciplina de sair todos os dias de manhã e à noite de casa, faça sol ou chuva, para levá-lo para passear. Mesmo que isso signifique que eu preciso acordar às 05:45 nos dias de semana. O motivo? Simples, gente: é amor. A gente se esforça por aquilo que ama.
Kel
Acho que esta é a magia dos bichinhos. As histórias são diferentes, mas sempre têm a mesma essência, normalmente repleta de bondade. "A gente se esforça por aquilo que ama". Puta frase. Obrigado pelo presente.
Beijos
Rob
Mas não é verdade? :-)
Kel:
É verdade verdadeira. :)
Beijos
Rob
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