31 de dezembro de 2010

Dia 31/12 – E 2011?



Com a palavra, o dono do blog.

Cordialmente

Besta-Fera

"2010 foi um ano difícil.

Não, não aconteceu nada demais – pontualmente falando – mas foi um ano corrido, com muita porrada (e algumas surras). Nunca trabalhei tanto como em 2010 e, se por um lado isso é bom, por outro fez com que eu chegasse ao final do ano virtualmente destruído física, mental e emocionalmente.

Foi um ano em que o dinheiro foi curto. Muito disso é por minha causa, e se Deus quiser eu vou aprender finalmente a brincar de Jogo da Vida em 2011. Aliás, se Deus quiser, não. Eu vou. Em 2010 minha periodontite resolveu atacar com todas as forças e marchou pela minha boca ao som de Wagner, deixando claro que vai me fazer companhia até o fim da minha vida, eu querendo ou não.

Em determinado momento de 2010 eu percebi que estou com metade de 70 anos. 70 anos, cara. 70 anos para mim é idade de avô, e eu estou na metade disso. Meio caminho andado para isso. Quando você pensa por essa lógica, a coisa se torna assustadora. Engraçado... Minha vida é totalmente diferente da que eu imaginava que teria com 35 anos quando criança. Mas não é melhor nem pior.

É a minha vida.

E gosto dela. Preciso aprender muito ainda, mas gosto dela.
Mas 2010 teve seus momentos, alguns inesquecíveis. Em 2010 eu ganhei um sobrinho, casei um amigo e lancei meu livro. Em 2010 eu vi um Beatle, eu conheci muita gente muito legal (Max e Davis, os “Meeting Max Reinert” e “Meeting Davis Sousa”não entraram no blog por pura falta de tempo, jamais por desinteresse – desculpem!) e as pessoas que estavam aqui estão, cada vez mais presentes, como a Sra. Gordon, meus pais e o Besta-Fera.

Quanto ao blog, confesso que chegou um momento – logo depois do lançamento do livro – que eu me perdi um pouco. Passei um bom tempo com a sensação de “não tenho mais o que escrever”, como se tivesse escrito tudo o que queria ou poderia na vida. Talvez tenha sido reflexo do lançamento do livro, não sei... Mas, aos poucos, passou.

Idéias de novos livros vêm surgindo na cabeça (alguns deles totalmente diferentes do que as pessoas imaginam), mas quanto mais eu fico sem escrever, mais vontade de escrever eu sinto. Hoje, depois de quatro anos blogando e com um livro nas costas, eu já posso dizer com certeza que escrever é a grande paixão da minha vida.

E 2011?

Bem, não sei.

Se eu fosse um daqueles adivinhos, diria que este ano a Xuxa vai encontrar o grande amor da vida; que Mano Menezes irá balançar no cargo de técnico da seleção, mas depois irá se acertar; que a Dilma vai passar por um período conturbado em seu primeiro ano de governo; e que um ator ou cantor muito famoso irá morrer.

Mas, sinceramente, não sei. E, quando a gente não sabe, o que importa é torcer. Então, em 2011 eu pretendo não apenas fazer minha parte, como torcer. Torcer para que você que está aí do outro lado da tela tenha um ano maravilhoso, e um réveillon inesquecível, que mude sua vida de alguma forma, exatamente como acontece com o casal abaixo.





Afinal, esta cena mostra que o Ano Novo é sobre amor e velhos amigos. E "amor" e "velhos amigos" são quase sinônimos.

Cabe a nós, e somente a nós, fazermos com que o resto do ano, a partir do dia 2 de janeiro, também seja sobre amor.

Feliz 2011.

Rob."

29 de dezembro de 2010

Feitiço Havaiano - Parte Final

(leia a Parte I aqui)

O dia em que Deus se cansar definitivamente de nós e decretar o apocalipse, os mortos vão se levantar das sepulturas para caminhar nas ruas. Assim, a população mundial (contando vivos e mortos) vai se multiplicar por quinze. Não haverá espaço para ninguém.

Mas dentro das Lojas Americanas ninguém vai nem reparar na diferença.

Isso porque aquilo é o inferno na Terra. Primeiro, a densidade demográfica do lugar é superior a de Pequim. Se você acha impossível seis pessoas coexistirem no mesmo metro quadrado, dê uma volta pelos corredores das Lojas Americanas (se você for mais ambicioso e estiver pensando em dez ou doze pessoas por metro quadrado, sugiro ir direto para a fila dos caixas).

Como se não bastasse a loja viver lotada, ela ainda é habitada por criaturas que existem somente com um propósito: atrapalhar a vida dos outros. Toda vez que o diabo resolve testar alguma novidade, implementa um projeto piloto dentro das Lojas Americanas para ver se o negócio funciona. Foram lá que nasceram as velhas com sacola; as famílias de dezenoves pessoas cujos membros andam de mãos dadas pelos corredores; e as crianças que andam chorando e possuem um cavanhaque dourado, formado de farelo de Cheetos e mucosa nasal.

E, para completar, a disposição das mercadorias nas prateleiras das Lojas Americanas segue uma lógica indecifrável. Se você vai até lá comprar um caderno, é preciso passar horas e horas lá dentro, com bússolas e mapas e estudando runas antiqüíssimas, até descobrir que os cadernos ficam na seção de CDs, entre as melancias e calcinhas.

E era neste local que eu estava entrando para comprar meu Chinelo do Réveillon. Sandálias havaianas. Lojas Americanas. Talvez alguma outra pessoa conseguisse fazer um trocadilho interessante com América e Havaí, mas eu só conseguia pensar no aspecto “fim de carreira” daquela situação como um todo. Lojas Americanas. Sandálias havaianas. A cada passo que eu dava dentro da loja, me sentia como uma pessoa que marchava implacavelmente em direção ao fundo do poço.

Mas algum evento climático estava acontecendo dentro da loja. Tomando cuidado, desviei das ondas e mais ondas de pessoas que se chocavam furiosamente a uma prateleira de chocolates em ofertas, e me aproximei da primeira pessoa com cara de funcionário que encontrei.

– Onde ficam os chinelos?

– Aqui e no fundo.

– Aqui? Ou no fundo?

– Tem um pouco aqui e um pouco no fundo.

Entenderam o que eu quis dizer com lógica indecifrável?

Receando me afogar no dilúvio de donas de casa que se digladiavam por uma das últimas caixas de chocolate, resolvi checar os chinelos da parte do fundo. Custei a encontrá-los, mas acabei descobrindo que eles estavam em um canto próximo aos brinquedos (olhem a lógica incompreensível aí novamente) e ao lado das meias femininas (o que deve ser apenas coincidência).

Para completar, os chinelos ficavam próximos à parte de CDs, de onde vinha uma cantoria sobre “segurar na mão de Deus” num volume que a Organização Mundial de Saúde desaprovaria completamente. Assim, enquanto boa parte do meu cérebro era catequizada, tentei me concentrar em encontrar um chinelo do meu tamanho dos meus pés.

Pés”.

Estranhamente, esta palavra ficou na minha cabeça de alguma forma. Não dei atenção e comecei a procurar o chinelo.

Mas, aparentemente, a numeração das Lojas Americanas também segue a mesma lógica caótica: em uma arara ficam apenas os calçados cujos tamanhos são números primos; em outra, apenas aqueles cujo tamanho é formado pelos algarismos da data de aniversário da namorada do gerente; e por aí vai.

Pés. Porque eu estou pensando nisso?

Assim, após muito custo, achei um do meu número.

Segura nos pés de Deus! Não... Não é isso.

E preto, ou seja, o mais discreto possível, com sorte as pessoas não reparariam que eu estaria com aquilo nos pés.

Pés. Aquilo nos pés. Nos pés.

E foi aí que eu percebi o que meu cérebro estava tentando me dizer: chinelos são calçados. E calçados devem ser experimentados antes de serem comprados. Eu precisava checar se aquele chinelo servia.

Olhei ao redor procurando por um banquinho. Nada. Provavelmente, existe um banquinho para as pessoas experimentarem os calçados, mas fica na seção de sucos. Pensei em chamar um vendedor e avisar a ele que eu gostaria de experimentar o chinelo, mas algo me disse que ele, na melhor das hipóteses iria me ignorar; e na melhor delas, acharia que sou louco e me levaria para a sala da segurança.

Ou seja, nada feito.

Mas eu estava decidido a experimentar o chinelo de qualquer maneira, era uma questão de honra. Desta forma, joguei os chinelos no chão e, me certificando de que não havia ninguém olhando para mim (minutos antes, havia uma criança brincando de jogar cabides para o alto por perto, mas, quando um dos cabides quase me acertou, eu me virei para ela com meu olhar de “você vai morrer” e ela voltou correndo para a mãe) e tirei o tênis.

Tentei colocar o pé no chinelo rapidamente, mas evidentemente que a meia não deixou.
Força daqui, vira dali, esconde os pés sob uma prateleira e sorri para o atendente que passa pelo seu lado e nada do pé entrar na porra do chinelo. Neste momento, eu calçava um tênis e ¾ de um chinelo.

Não havia jeito. Abaixei-me e resolvi aquilo.

E, como eu sou eu, da pior maneira possível.

Dizem que os alcoólatras possuem lampejos de consciência. Eu tive um deles e foi aí que eu percebi o que estava fazendo da minha vida. Após atingir o fundo do poço, eu havia encontrado um alçapão com uma escada e descido mais uns dez metros. Sim, porque apenas isso poderia explicar o fato de eu ter me transformado em uma pessoa que estava num corredor das Lojas Americanas com um pé calçado e outro descalço, experimentando uma havaiana e segurando um pé de meia na mão.

Subitamente, eu havia me tornado em um ícone da pobreza humana.

Mais alguns minutos daquele jeito, e era provável que o Sebastião Salgado anunciasse seu próximo projeto: fazer as fotos do meu réveillon. Meses depois, a Igreja Católica anunciaria que a Campanha da Fratenidade 2011 teria como lema “chinelos para quem não pode caminhar” e um pôster com minha foto. Semidescalço. Nas Lojas Americanas.

Felizmente, meu lampejo de consciência ordenou que eu acabasse logo com aquilo. Vendo que o chinelo servia, tratei de me recompor para ir embora logo dali. Dobrando a perna, comecei a colocar a meia nos pés...

Acontece com qualquer um. Já deve ter acontecido com você. Na pressa de colocar a meia, você calça a meia tentando se equilibrar somente em uma perna. Mas, ao menor sinal de desequilíbrio, tudo o que você consegue fazer é sair pulando numa perna só, torcendo para não cair.

Acontece com qualquer um. Já deve ter acontecido com você. Comigo, aconteceu dentro das Lojas Americanas.

Lutando para não cair, comecei a dar pulos com a perna esquerda – os mais velhos talvez se lembrem do Pulador Q’bert, do Atari –, invadindo a seção de meias femininas e deixando os chinelos e um pé de tênis para trás. Ao mesmo tempo, lutava para colocar a meia no pé, mas os pulos tornavam a tarefa impossível.

Eu já havia dado quatro pulos (em distância, creio que isso ultrapassou um metro), ainda não havia conseguido acertar a meia no pé e avança rapidamente em direção a uma prateleira abarrotada de meias-calças.

Estava quase conseguindo colocar a meia até o calcanhar, em algum momento entre o quinto e o sexto pulo, quando tentei desviar da prateleira. Consegui fazer uma parte do meu corpo escapar dela, mas o pedaço que sobrou – o ombro direito – se chocou violentamente com o móvel, causando (de forma ruidosa, claro) uma pequena avalanche de meias Trifill pela loja.

Não fiquei para ver o que tinha acontecido. Aproveitando minha altura, abaixei o corpo me escondendo atrás de outras araras, correndo discretamente – um pé com tênis, outro com somente metade da meia, o que faria os olhos do Sebastião Salgado brilharem – para recuperar meu outro tênis e os malditos chinelos.

Olhando de relance, vi que dois funcionários haviam se aproximado para recolherem as meias e identificar o autor daquele pequeno atentado.

Não me viram. Eu já estava do outro lado da loja, na fila do caixa, suado e ofegante, segurando meu par de chinelos e fingindo estar distraído com algo no celular. E conformado com o fato de que os primeiros modelos “Ô Fase – 2011” certamente já devem estar circulando pelas ruas.

E, pior, alguns deles pulando num pé só, feito imbecis.



Dia 29/12 – O bom de 2010 foi...



Esta aqui o Rob fez questão de responder.

Mas sem texto, apenas com uma foto.



Cordialmente,

Besta-Fera.

28 de dezembro de 2010

Dia 28/12 – O problema de 2010 foi...



De acordo com o Rob, os problemas de 2010 foram a falta de dinheiro, a falta de tempo, o excesso de trabalho, e o azar que o persegue insistentemente.

De acordo comigo, o problema de 2010 foi o Rob mesmo.

Cordialmente,

Besta-Fera.

27 de dezembro de 2010

Feitiço Havaiano - Parte I

Vou explicar a vocês a diferença entre propaganda e realidade.

Imagine a Giovanna Antonelli ou o Reynaldo Giannechini entrando numa loja de havaianas à beira da praia. As paredes do estabelecimento são cobertas por havaianas, de todas as cores e modelos. O(a) vendedor(a) é lindo(a) e atende a pessoa maravilhosamente bem. Logo, uma pequena gracinha dá um toque de humor ao filme, e o logo das havaianas explode de forma multicolorida na sua frente.

Isto é uma propaganda.

Antes de continuarmos, deixe-me dizer que vou viajar no réveillon. Vou para Paraty, destino que dez entre dez personagens ricos de novelas da Globo passam os finais de semana. Vamos em quatro: eu, Sra. Gordon e um casal de amigos. Promete ser o máximo – especialmente em termos de risadas – mas, toda viagem, os preparativos são a pior parte.

No meu caso, os preparativos incluem comprar coisas para a viagem, arrumar as malas e deixar o Besta-Fera na casa da minha mãe, onde ele passará o Ano Novo ao lado dos meus pais e do gato da minha mãe. De acordo com as bolsas de aposta da família, uma vitória do Besta-Fera no duelo vindouro está pagando 4 para 1 (uma vitória do gato, que também não é nenhum exemplo de coragem, mas conta com a vantagem de conhecer o território, para 3 para 1).

E, claro, comprar o maldito chinelo.

Isso porque faz semanas que a Sra. Gordon está falando que eu preciso comprar um chinelo para a viagem. Veja bem, eu não uso chinelo, eu sou bicho de cidade. Eu uso tênis. Ah, e dentro de casa? Dentro de casa eu fico descalço (quando está calor, porque quanto está frio, fico de tênis). Expliquei isso para ela.

– Mas nós vamos até a praia. Você não vai de tênis na praia.

– Eu vou descalço.

– Mas a areia é quente.

– Aí eu refresco os pés na água. Se eu não me engano, toda praia tem água. Lembro de ter escutado algo assim na escola. E a água serve para isso.

– Rob?

– Eu.

– Você vai comprar um chinelo.

Se fosse um debate político, o tom de voz dela não teria dado possibilidade de o mediador falar algo como “candidato Gordon, sua tréplica?”. Pelo contrário, ele teria se virado para mim e dito algo como “é, candidato: fudeu”.

Resignado, comecei a pensar sobre chinelos. A minha implicância com chinelos é histórica. Eu tive uns dois ou três pares quando criança, e só. Assim, comecei a pensar sobre chinelos e descobri que minhas opções não eram muitas.

A primeira delas era aquele modelo tipo Rider, que eu descartei logo de cara. Existem dois tipos de pessoas que usam chinelos Rider: aposentados e gordinhos losers. Preste atenção na rua. Todo gordinho loser que você vê na rua – aquele que tem cara de quem apanha do resto da turma o dia todo e que vai dar o primeiro beijo na boca com uns dezenove anos usa aquele chinelo Rider.

Ou seja, eu, como sou gordinho e velho, poderia muito ser confundido tanto com um loser quanto com um aposentado.

Não, o Rider definitivamente estava fora.

O que me deixava com somente outra opção: as malditas havaianas.

Em primeiro lugar, eu acho aquilo desconfortável demais. Não me conformo com aquelas pessoas que dizem que havaianas são confortáveis. Não são. Você tem que andar pela rua com uma tira de borracha enfiada no meio dos dedos, em algo que contraria totalmente a natureza (alguém realmente acha que Deus pensou algo como “vou deixar um espaço maior entre estes dedos aqui, por causa do chinelo”?).

E, em segundo lugar, eu tenho 35 anos. Qualquer pessoa da minha idade sabe que hoje em dia as modelos internacionais usando havaianas quando passam suas férias em St. Barth é fruto de uma jogada de marketing genial da empresa, já que, coisa de vinte anos atrás, as sandálias havaianas eram usadas somente por pedreiros, e vendidas em supermercados. E mesmo os donos de supermercado não pareciam muito felizes em vender aquilo, deixando os chinelos expostos num local não muito visível – sempre na parte inferior das prateleiras, no corredor menos visitado do local.

Tentei argumentar isso com a Sra. Gordon, mas foi em vão. Inclusive, este ano eu nem escrevi carta alguma para o Papai Noel, pois era capaz de ela pegar a carta escondida, rabiscar todo o texto e escrever “ELE QUER UM PAR DE CHINELOS!!!!!” por cima.

Ou seja, derrota total.

Assim, hoje pela manhã acordei, peguei meus tênis pretos, ideais para se andar na cidade, e disse a eles que precisávamos conversar. Sentei-me com eles no sofá e expliquei que eu vou ter que comprar chinelos para a viagem, mas que eu ainda gosto muito deles, e que eles vão comigo na viagem, e sempre que possível vou dar uma escapadinha com eles em Paraty, para eles conhecerem a praia.

E, como agora à tarde eu estava no Shopping Paulista, resolvi comprar os chinelos. Dei uma olhada nas vitrines e não vi chinelo algum. Na verdade, vi um par, mas desisti de comprar porque a etiqueta de preço que estava ao lado dele não se referia aos chinelos em questão, mas provavelmente a todos os produtos da vitrine somados.

Sério, como um chinelo pode custar isso?

Desta forma, tentando fazer a conta de quantos meses um pedreiro precisa trabalhar para comprar uma havaiana, fui embora do shopping, certo de que resolveria o problema antes de voltar para casa.

Realmente, em menos de cinco minutos, encontrei um lugar que vendia havaianas.

Lembrem-se do exemplo de propaganda que apresentei no começo do texto?

Então, agora imagine o Rob Gordon entrando numa loja para comprar o maldito chinelo. A loja está lotada, e cada pessoa segura uma sacola em uma mão e uma criança na outra. As crianças berram, choram e mexem em tudo. Os vendedores são tão atenciosos e carinhosos quanto um porco-espinho assustado. Enquanto Gordon desaparece no meio da multidão, a câmera, ainda da calçada, sobe um pouco e focaliza o logo do estabelecimento.

As palavras Americanas Express surgem à sua frente. Em vermelho. Vermelho-sangue. Vermelho-inferno

Isto, evidentemente, é realidade.

(Continua aqui)



Dia 27/12 – Meu momento "Carla Perez" em 2010 foi...



Oi?

Cordialmente,

Besta-Fera.

26 de dezembro de 2010

24 de dezembro de 2010

1º Amigo Secreto do Clube Secreto dos Amigos Secretos do Champclub Secreto

Alguns meses atrás, um grupo de leitores aqui do blog começou a conversar via Twitter. Na verdade, eles já conversavam frequentemente nos comentários do blog, e o Twitter somente facilitou o contato entre eles. Do Twitter, a coisa foi para o e-mail. Do e-mail para o show do Paul McCartney. Do show do Paul McCartney para o mundo. Sim, para o mundo, já que tem gente até mesmo de outros países na brincadeira.

Eu? Apesar de ter ido ao show do Paul McCartney, parei no Twitter, já que o volume de e-mails trocados é tão grande que eu simplesmente não consigo abrir as mensagens. E, quando consigo e envio uma resposta, descubro que as pessoas já estão oito assuntos na minha frente. E aí começam comentários do tipo: “O Rob, coitado, esclerosou, não consegue mais acompanhar nada...”.

Ô fase.

Mas algo que eu consegui acompanhar foi a elaboração do amigo secreto deste Champclub – que levou o nome já que estas pessoas se conheceram orbitando ao redor aqui do blog. Sorteio feito, começam agora as postagens sobre quem sorteou.

Felizmente, são postagens, porque não existe nada mais cafona do que pessoas que fazem isso em restaurantes. Manjam aqueles amigos secretos de empresa? Os diretores dando em cima da estagiária, o gerente de vendas contando mentidas, e a secretária solteirona em cima de uma cadeira, já meio bêbada, dando dicas (aos berros) de quem é o amigo secreto dela, aos berros de “beija! beija!”, “discurso! discurso!” e o inevitável “experimen-tá! experimen-tá!”. E você ali, na mesa ao lado, amaldiçoando tudo e tentando comer.

Mas estou me alongando. Enfim, fui sorteado por uma fotógrafa que, a exemplo destas outras pessoas, deixou de ser uma leitora para se tornar uma grande, grande amiga. E uma pessoa de extremo bem gosto. Afinal, o que mais pode ser dito de alguém que dá, como presente de amigo secreto, o Blu-ray deste filme aqui?





Ou seja, além de talento para a fotografia, ela tem quase um dom na hora de escolher presentes inesquecíveis. Muito obrigado, Bia! Já está ocupando um lugar de honra na minha coleção.

E, agora, desejo um feliz natal a todos e é hora de part...

Oi?

Como assim? Que amigo secreto?

Quem eu sorteei? Oi? Que dicas? Dicas do quê?

Só um minuto. Já volto.

**********************

Oi, voltei. Desculpem. Então, ao que parece, eu tenho que dar dicas sobre quem eu sorteei aqui. Eu não sabia disso, pois, como já disse, não consigo abrir e-mail do #champbclub nenhum por aqui, estava por fora disso.

Mas, tudo bem. Vamos com as tais dicas:

Если глобализация была компьютерная программа, моим тайным другом будет значок. Смотри, парень бразильского, жил в Канаде и владеет русским. Кроме того, он полностью многозадачность: журналист, археолог, фотограф - и все еще находит время испытывают большие приключения вместе со своим другом Кролик. Нет, ребята, не Донни Дарко, или Даффи Дак. И хорошо, что он хотел представить то, что я сделал, что сделал все лучше - и нет, не с точки зрения экономики, а потому, что я чувствовал честь быть другом этого человека, и поделиться этим с ним, и Вас.

E qualquer erro de concordância fica por parte do Google Translator.

Um Conto de Natal

Jonas: O que você está fazendo?

Besta-Fera: Estou tratando a foto do nosso presépio, o Rob vai colocar no blog.

Jonas: Ele sabe que você está mexendo nisso?

Besta-Fera: Não, ele está dormindo.

Jonas: Espere, eu me lembro de quando tiramos essa foto. Faz uns dois dias.

Besta-Fera: Sim.

Jonas: Eu estava na foto! Você me apagou?

Besta-Fera: Evidente que não. Mas você é um fantasma, é claro que você não vai aparecer.

Jonas: Como assim? Já vi dezenas de sites com fotos de fantasmas!

Besta-Fera: Aquilo são montagens toscas. Para conseguir tirar a foto de um fantasma, é preciso uma câmera especial. E o Rob tirou a foto com o celular, é claro que você não iria aparecer.

Jonas: Porra, que sacanagem. Eu até me penteei para sair na foto. Fiz minha melhor cara de morto.

Besta-Fera: Sinto muito. Olhe, no próximo Natal eu dou um jeito, ok?

Jonas: Porra. Bem, não vou passar o natal aqui mesmo.

Besta-Fera: Não?

Jonas: Não, eu e uns amigos vamos assombrar um restaurante lá na Lapa. Parece que tem leitão na ceia.

Besta-Fera: Olhe, vamos fazer o seguinte? Eu coloco na legenda que você é o espírito do natal, que tal?

Jonas: Que legenda?

Besta-Fera: A legenda que vai abaixo da foto, quando eu publicar.

Jonas: Você vai publicar isso?

Besta-Fera: Eu não. O Rob vai. Ele deixou o post programado. Mas eu resolvi mexer na foto antes do post ir ao ar, para arrumar alguns detalhes.

Jonas: Não sabia que essa foto iria para o blog.

Besta-Fera: Vai, o Rob resolveu montar um presépio Champ. Preguiça de escrever, você sabe como ele é.

Jonas: Mas para montar um presépio Champ, precisaríamos ter todos os personagens. Os demônios, por exemplo...

Besta-Fera: Jonas, é natal. Não vamos colocar os demônios aqui.

Jonas: Ok, tem razão. Mas e a síndica?

Besta-Fera: Impossível. Se ela estivesse no presépio, não haveria natal. Imagine ela na manjedoura? Ia mandar uma reclamação formal a José e Maria dizendo que as normas do condomínio proíbem partos no prédio após as dez da noite. Além disso, iria reclamar que os Reis Magos estão segurando o elevador e os animais estão fazendo barulho.

Jonas: É... Tem razão.

Besta-Fera: E se José reclamasse, ela exigiria ver os últimos quatro boletos do condomínio da manjedoura pagos. Não haveria natal com ela.

Jonas: Sim... Mas se você não está colocando os outros personagens, o que você está fazendo com a foto?

Besta-Fera: Arrumando alguns detalhes.

Jonas: Luz, apagando reflexos, essas coisas?

Besta-Fera: Não, estou fazendo justiça a mim mesmo.

Jonas: Como assim?

Besta-Fera: Eu acho que a diferença de tamanho entre eu e o Rob estava errada. Talvez pelo ângulo da câmera, não sei. Estou arrumando isso, deixando na proporção correta.

Jonas: Espere! Você não é deste tamanho!

Besta-Fera: Sou sim. Ao menos, metaforicamente. Quem você acha que é a estrela deste blog? Além disso, eu quem estou cuidando do meme das antigas inteiro. Os leitores têm adorado.

Jonas: Será? Não tenho visto estes posts receberem muitos comentários...

Besta-Fera: Isso não quer dizer nada. Beethoven não vende tanto quando Zeca Pagodinho. Mas qual dos dois é genial? É a mesma coisa aqui. Os posts do Rob são divertimento para as massas. Os meus agradam a uma elite cultural, que ele nem sonha que existe. Além disso, ele é burro. Deixou a senha do blog comigo.

Jonas: É, não foi muito esperto mesmo.

Besta-Fera: E vou até deixar a foto em alta, meus fãs podem querem baixar para colocar como papel de parede. Eu sou maior que o blog. Ou, ao menos, maior que o Rob.

Jonas: Você diminuiu o Rob também! Ele vai ficar puto quando descobrir isso.

Besta-Fera: Francamente... Você se importa?

Jonas: Claro que não.

Besta-Fera: Então, por que acha que eu me importaria? O Rob que se foda. Pronto, acabei. Acho que está bom. Gostou?

Jonas: É... Mais ou menos.

Besta-Fera: Eu já disse que vou colocar você na legenda. Deixo até em negrito, se você quiser.

Jonas: Tá bom, tá bom. Ficou boa. Vem cá, não dá para tirar o Rob da foto?

Besta-Fera: Eu tentei, mas não consigo reconstruir o fundo atrás dele.

Jonas: E se deixássemos ele de costas?

Besta-Fera: Não, é mais difícil ainda. Precisaria de horas para fazer isso, e o post entra no ar em cinco minutos.

Jonas: Você ouviu isso?

Besta-Fera: Ele está acordando! Rápido, esconde uma meia dele para dar tempo de eu desligar aqui!

Jonas: Ok. Não se esqueça da legenda. É sacanagem eu ficar de fora.

Besta-Fera: Fique tranqüilo. negrito e caixa alta, que tal? Agora corra, não deixe ele chegar aqui. Preciso de uns dois minutos.

Jonas: Estou indo. Vou quebrar o zíper da calça dele, isso deve dar uns cinco minutos para você.

Besta-Fera: Boa idéia! Corre lá! Depois que ele sair, vamos trocar presentes, não se esqueça!

Jonas: Oba!

Besta-Fera: A foto está entrando no ar! Vou para o sofá!



Que o espírito JONAS de natal torne o dia de hoje muito feliz para você e sua família.
Estes são os votos do Rob Gordon, Besta-Fera e de toda a família Champ.

Feliz natal!




Rob Gordon [off]: Merda de zíper! Merda de calça! Merda de vida!

Dia 24/12 – Meu momento "Eu sou Ryka" em 2010 foi...



O que é “eu sou Ryka”? Desculpem-me, não conheço essas gírias de internet.

Cordialmente,

Besta-Fera.

23 de dezembro de 2010

Itikarê

Um dos presentes de Natal que vou dar este ano para minha avó é um porta-retratos, já contendo uma foto que mostra ela com meu sobrinho no colo. A foto eu já tinha, precisava somente sair atrás do porta-retratos. Então, fui até uma lojinha de presentes que tem aqui ao lado de casa (fica na Fradique ou na Mourato, eu nunca consegui decorar qual é qual) em busca disso.

É uma daquelas centenas de lojinhas de presentes que existem em São Paulo, administras por famílias de imigrantes asiáticos. Já entrei em muita delas e confesso que nunca encontrei grandes problemas. Além disso, quem mora em São Paulo já entrou ao menos uma vez em um Stand Center ou Promo Center da vida, e bastam duas horas lá dentro para você aprender meia dúzia de palavras em chinês.

Contudo, esta loja é diferente. Enquanto as outras são razoavelmente organizadas, esta é uma bagunça só. Na verdade, ela deve ter mudado de dono, pois logo que vim morar em Pinheiros entrei lá um dia para comprar alguma coisa e era uma lojinha normal com seus brinquedos vagabundos, bijuterias, bibelôs e os inevitáveis porta-retratos.

Hoje, por outro lado, a loja estava apinhada de mercadorias das mais diversas cores, formas e tamanhos. Se existir um grupo de rebeldes que luta contra a Lei Cidade Limpa, do Kassab, ali certamente é o quartel-general deles.

As prateleiras ficam próximas umas das outras, e incluem dragões chineses, coisas que não consegui identificar, mas cuspiam fumaça no ar e um macaco de pelúcia imbecil que assovia quando alguém passa por perto. Aposto que se eu procurasse com cuidado, certamente encontraria um mogway (gremlin, para os não iniciados) por R$ 29,90.

Some isso ao fato que a iluminação do lugar remete diretamente à idade das cavernas e pronto: eu estava na Xangai dos anos 20.

E, no meio de tudo isso, uma poltrona, ocupada por uma velha que deve ter nascido na época da China medieval. Sim, de todos os lugares que ela poderia colocar sua poltrona (porque atrás dos balcões laterais há espaço), ela decidiu, sabe-se lá o motivo, se instalar num dos únicos corredores livres, exatamente no meio da loja. E ela passa o dia ali, provavelmente fumando ópio e atrapalhando a passagem de todas as pessoas. Alguém precisa urgentemente aconselhar a velhinha a procurar outro consultor de feng shui, porque o atual, aparentemente, não manja muito do assunto.

E o problema é que não a vi quando entrei na loja. Era tanta informação visual que foi difícil detectar a velhinha ali. Assim, eu estava na loja há menos de dez segundos quando a velhinha (provavelmente alertada sobre a minha presença pelo macaco, que soltou um assovio ensurdecedor quando me viu) se materializou do meu lado, fazendo com que eu desse um pulo para trás, quase derrubando uma boneca de porcelana.

Em pé, ela deveria ter uns 80 centímetros. Pela primeira vez na vida, descobri como as pessoas altas se sentem. Ela olhou para mim e deu as boas vindas da forma mais sucinta da história:

– Oi! Oi!

– É... Oi, tudo bem?

– Oi! Oi! Oi!

Será que ela é um brinquedo, uma boneca que anda e fala “Oi! Oi!”? Achei melhor não procurar outra vendedora para perguntar qual o preço da velhinha (e se ela já vinha com pilhas) podia dar briga lá dentro.

– Oi! Oi!

Olhei para ela. Algo me dizia que ela queria saber o que eu queria lá dentro. Meus neurônios começaram a gritar para que eu respondesse “eu estou procurando por um mestre Jedi chamado Yoda”, mas me contive. Fui sincero.

– Eu queria um porta-retratos de 10x15cm.

A velhinha deu meia volta e fui para um dos balcões. Eu fui atrás, tomando cuidado para não esbarrar em nada e certo de que, a qualquer momento, o Harrison Ford podia atravessar a loja correndo e dando tiros em um replicante. Me apoiei no balcão e a velhinha, do outro lado, apontou uma prateleira atrás dela, com diversos portas-retratos.

– Itikarê?

– Oi?

– Itikarê? – ela repetiu, apontando um dos porta-retratos.

– Isso, porta-retratos.

Ela estendeu a mão e pegou um álbum de fotografias do outro lado da prateleira e depositou no balcão.

– Não, não é o álbum. É o porta-retratos.

– Oi! Oi!

– O porta-retratos! Ali! – eu apontei.

– Retrato! Retrato! – ela repetiu, batendo no álbum.

– Não, olhe... É um retrato só. Não são muitos. É um porta-retratos.

– Oi!

Tive uma ideia. Peguei a foto da minha avó (eu levei na loja para eles colocarem a foto no porta-retratos antes de embrulhar para presente) e coloquei-a no balcão, ao lado do álbum, em pé.

– Porta-retratos!

– Retrato! – ela respondeu, batendo no álbum com mais força.
Eu guardei a foto e apontei novamente para os porta-retratos da prateleira.

– Aquele ali. Um.

– Itikarê? – ela respondeu, apontando um deles.

– Isso, o porta-retratos.

Ela estendeu o braço e pegou um porta-retratos que parecia um móbile, com espaço para umas 12 mil fotos. Mesmo se meu sobrinho vivesse por 500 anos ele conseguiria ter fotos suficientes para ocupar aquela merda inteira.

– Não, é o do lado. Aquele para uma foto só.

– Itikarê?

– Isso. Aquele ali. O itikarê ali, de metal.

Ela pegou o porta-retratos e me entregou. Para minha sorte, havia uma etiqueta de preço no porta-retratos, caso contrário eu ficaria até o carnaval tentando descobrir quanto aquilo custava.

– Posso ajudar?

Olhei para trás e uma menina de uns vinte anos de idade estava em pé, ao lado da poltrona.

– Sim, sim. Eu quero este porta-retratos aqui.

- Oi! Oi! Oi! – opinou a velhinha.

– Pode vir até o caixa pagar?

Fui, paguei e, minutos depois, estava saindo da loja com o porta-retratos já com a foto da minha avó com seu bisneto e embrulhado para presente. Estava saindo da loja quando passei ao lado da poltrona, e a velhinha resolveu se despedir de mim.

– Itikarê?

– Itikarê – eu respondi sorrindo.

– Oi!

– Feliz natal para a senhora também.

– Fiuuuuuuuuuuuuuuuuu, acrescentou o macaco que assovia.

Sai da loja e apertei os olhos, que já estavam desacostumados com a claridade.

Guardei minha carteira, resmunguei um “forget it, Jake. It’s Chinatown”, e voltei para casa.


Dia 23/12 – E o troféu me mata de orgulho de 2010 vai para...



Desculpem, mas não tem como fugir disso.

Tem que ser para isso aqui.

Cordialmente,

Besta-Fera.


Meme das Antigas


O dono da idéia é o Max, do Pequeno Inventário de Impropriedades. Mas veja quem também está participando:

Ana Kormanski do DDA Descontrol
Lan do Aracajueiro
Dragus do Pensamentos Equivocados
Ana Savini do L'Hippopotame
Bel Lucky do Mundo ao Redor
NaraTéP. do Na Ponta dos Dedos
Bia Nascimento do Aquela que Traz a Felicidade
Isadora do Is-Adorable
Nana do Escuta Meu Bem
Angela do Coisas Acontecem Sempre
André Sobreiro do Informações Despretensiosas
Natalia Máximo
Ana do Mulher ao Cubo
Evandro Cesar do Parem o Mundo
Simone Miletic do Porque Minhas Opiniões não Cabiam na Telinha da TV
Marcos Rodrigo do Eh Bien
Letícia do Chá-Tice
Larissa do O Elemento Fogo
Túlio do Túlio P&B
Aline HallyRocker do Mode ON/OFF
Marina do Do Fundo do Mar
Tyler do Blog do Tyler
ACLB, do Aclb
Vera Lúcia do Ponto Cruz Ponto Com Misses
Otávio Cohen do Meus Anos Incríveis
Samantha Shiraishi do A Vida Como a Vida Quer
Marina do Novadoxa
Liber do Liberland
Aline Kelly do Pensar é Perigoso, mas Prefiro Arriscar
Suzi Daiane do Colorindo o Ser
Jéssica do Litlle Heart
Marcos Freitas do Passageiro do Mundo
Raquel Sampaio do De Tudo...Um Pouco
Kel Sodré do Armário de Coisinhas
Pollyana do Uma dose de Polly
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Gabrielle Rocha do Volta ao Mundo
Stephanie Martins do Dare to Dream
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Sabiana do Asas Vadias
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Liliane Ferrari do Liliane Ferrari
Equipe do Gate4
Rogéria do Um Espaço Para Chamar de Meu
Sil do Querido Diário
Lili do Lili Fala Tudo.

22 de dezembro de 2010

Dia 22/12 – E o troféu vergonha alheia de 2010 vai para...



Vocês estão acompanhando todos os dias do Meme das Antigas?

Ótimo.

Tenho apenas uma coisa a dizer sobre vergonha alheia: o post de 9/12.

Cordialmente

Besta-Fera

21 de dezembro de 2010

Dia 21/12 – Em 2010 eu quis matar...



Quatro moscas, três pernilongos, uma lagartixa e um Rob Gordon. Não exatamente nesta ordem.

Cordialmente

Besta-Fera

20 de dezembro de 2010

Dia 20/12 – Em 2010 eu descobri que...



O Rob é, antes de tudo, humano.

Não quero me alongar sobre isso (e não vou fazer a piada de que, no caso dele, isso é um exemplo claro de evolução).

Cordialmente,

Besta-Fera.

19 de dezembro de 2010

Dia 19/12 – Em 2010 eu quase...



Este ano, eu quase consegui ler Guerra e Paz.

Em russo.

Infelizmente, acabei conseguindo terminar somente em português. Mas até o carnaval devo finalizar a versão original.

Cordialmente

Besta-Fera

18 de dezembro de 2010

Dia 18/12 – Em 2010 tive inveja de...


Eu não preciso trabalhar nem estudar. Não pago contas e tenho casa, comida, água, cama, sofá e brinquedos.

Desde quando eu preciso invejar alguém?

Cordialmente

Besta-Fera.

17 de dezembro de 2010

Seis Seis Seis




Um agradecimento especial aos leitores pela marca de 666 posts.

Dia 17/12 – Em 2010 eu consegui...




Terminar de ler Guerra e Paz. Queria ler faz tempo, adoro os russos. Mas confesso que não me preocupei em voltar as páginas o tempo inteiro, para ver quem era parente de quem.

Cordialmente

Besta-Fera

16 de dezembro de 2010

Dia 16/12 – Em 2010 eu tentei...




Eu tentei ser feliz. Nada mais. E consegui, algumas vezes.

Mesmo sendo um cachorro, creio que me dei melhor que muita gente. O Rob, por exemplo. Em 2010, ele tentou dormir 8 horas seguidas e não conseguiu.

Teve uma noite, em maio ou junho, que ele quase chegou lá. Mas, quando ele completou 7:40 dormindo, eu comecei a latir do lado dele. Chupa, Rob.

Cordialmente,

Besta-Fera


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14 de dezembro de 2010

Who'll Stop the Rain?

– Tomou chuva?

Respiro fundo e olho fixamente para a pessoa.


Uma hora antes...
Aproveitando que a chuva havia parado, decidi ir até o banco. Precisava trocar minha senha do cartão pela segunda vez este mês. No final de semana, a máquina do caixa daquele Jack Ribs do shopping Villa Lobos estava com problemas, não reconheceu minha senha e bloqueou o cartão. O atendente do Bankline me disse que ele seria desbloqueado automaticamente em 24 horas. Como esperei 72 horas e nada aconteceu, fui até o banco trocar a senha.

55 minutos antes...
Coloco os pés na rua e o tempo está aberto. Talvez o Sol apareça.

54 minutos antes...
Começa a chover novamente. Mas a água não cai em gotas, e sim em baldes. A Pedroso de Moraes começa a alagar. Eu começo a praguejar.

45 minutos antes...
Após andar três quadras, já estou encharcado. Minha camisa está colada no corpo, e meu organismo, prevendo uma pneumonia quíntupla, está entrando em lojas virtuais para adquirir uma nova remessa de anticorpos. Chego ao banco e os portões estão fechados. Um dos seguranças – provavelmente o Príncipe Submarino – está parado na calçada, barrando a entrada das pessoas.

– Como eu faço para entrar no banco?

– A agência está fechada.

– Oi?

– Estamos sem energia.

A chuva continua.

44 minutos antes...
Sem encontrar uma jangada para retornar à redação, decido almoçar. Abro a carteira e vejo que possuo R$ 15,00. Sem cartão do banco, estas são todas as minhas economias. Tenho 35 anos, R$ 15,00 e estou na chuva. Se um dia escreverem um livro sobre fracasso, certamente me convidarão para escrever o prefácio. Olho ao redor procurando alguma fonte de alimento que possa ser adquirida por R$ 15,00. As alternativas são Habib’s e água das poças. Escolho Habib’s. A chuva continua.

40 minutos antes...
Entro no Habib’s deixando um rastro de água no meu caminho. As pessoas olham para mim como se eu fosse um refugiado da Atlântida em busca de asilo político. Cruzo o salão e vou ao banheiro me secar. A chuva continua.

39 minutos antes...
Constato que o porta papel toalha do Habib’s é automático, daqueles que funcionam com sensores. Ainda pingando, coloco as mãos sob o aparelho e espero por quinze segundos. Nada acontece. Coloco as mãos novamente. Nada acontece. Dou um soco no negócio. Nada acontece. Um segurança abre a porta do banheiro para ver o que está acontecendo. Ignoro a presença dele e pego meio rolo de papel higiênico para me secar. O segurança vai embora. Enxugo meu rosto. A chuva continua.

35 minutos antes...
Termino de recolher os pedaços de papel higiênico que ficaram grudados no meu rosto e vou para uma mesa. A chuva continua.

31 minutos antes...
Consigo ser atendido e peço três esfirras. A chuva continua.

25 minutos antes...
Espremo o limão em cima da esfirra e dou uma mordida. Aparentemente, ela não foi assada num forno, mas sim no núcleo de uma estrela. O limão escorre pelo lado da minha boca, carbonizando metade do meu lábio. Eu cuspo a esfirra e grito de dor. O Habib’s inteiro olha para mim. A mulher na mesa ao lado larga a comida e pede para fechar a conta. Um casal esconde os filhos de mim. Eu ignoro todos eles e fico pensando sobre os motivos da vida ser assim. A chuva continua.

22 minutos antes...
Após passar um bom tempo molhando meu dedo em Coca Cola e esfregando-o cuidadosamente no meu lábio, volto a comer, com cuidado redobrado. A chuva continua.

10 minutos antes...
Pago a conta e recolho meus R$ 2,00 de troco. Até a luz do banco retornar, este é todo dinheiro que tenho na vida. Parto em direção à redação. A chuva continua.

2 minutos antes...
A chuva aperta. Muito. Capaz da nota de R$ 2,00 dissolver dentro da carteira, reduzido minhas economias a uma pasta que um dia havia sido papel moeda.

1 minuto antes...
Entro no saguão do prédio pingando água e escorrego, quase caindo sobre a catraca. Chamo o elevador.

No presente...
Entro na redação pingando água, pobre e com a boca queimada. As pessoas olham para mim e uma delas pergunta:

– Tomou chuva?

Respiro fundo e olho fixamente para a pessoa.

A tempestade continua lá fora. Repentinamente, me lembro do Spike Lee em Faça a Coisa Certa e sou tomado por uma vontade repentina de pegar um latão de lixo feito de metal e jogá-lo contra uma vitrine gritando “ÓDIO!”. Como não acho latão algum, apenas encaro a pessoa fixamente, respiro fundo e respondo:

– Não, me jogaram para fora de um navio ali na Pedroso! Como você percebeu?

– Precisa ser grosso?

Resmungo um “vai tomar no cu” e volto para minha mesa.

A chuva para.

Abro o Word e começo a escrever meu tratado sobre a teoria do caos, provando matematicamente que a expressão “se uma máquina de Visa Eletron estiver quebrada no Shopping Villa Lobos, você queimará a boca num Habib’s em Pinheiros dois dias depois” está correta.

Antes disso, porém, deixo vocês com o Top 5 Melhores Respostas para a Pergunta “Tomou Chuva?”:

1.
“Não, tomei no cu.”
2. “Não, as pessoas começaram a cuspir em mim na rua.”
3. “Não, estou fazendo um frila de salva-vidas.”
4. “Não, eu estava procurando pela sua genialidade no esgoto da cidade.”
5. “Não, minhas chaves caíram no vaso sanitário e foi difícil recuperá-las.”


Dia 14/12 – Em 2010 eu pela primeira vez...



Mijei na cama do Rob.

Ok, não foi exatamente a primeira vez que eu fiz isso. Mas foi a primeira vez que eu fiz isso naquele canto especifico.

Cordialmente,

Besta-Fera

13 de dezembro de 2010

Dia 13/12 – Meu melhor dia de 2010...



O ano não acabou.

Gosto de pensar que o melhor dia dele ainda não aconteceu.

Sou um sonhador, eu sei. Me deixem.

Cordialmente,

Besta-Fera

12 de dezembro de 2010

Dia 12/12 – Meu pior dia de 2010...




Por um lado, 2010 teve muitos dias péssimos, sendo um ano bastante difícil para mim (na verdade, foi difícil para o Rob, mas isso reflete em mim); por outro, é difícil apontar um dia específico, já que nenhum deles foi tão marcante assim (foram porradas homeopáticas, sabe?)

Ou seja, não posso apontar o pior dia do ano. E, como ainda faltam três semanas para 2010 terminar, prefiro mudar de assunto e não dar sopa para o azar.

Próxima pergunta?

Cordialmente,

Besta-Fera

11 de dezembro de 2010

Dia 11/12 – Minha compra de 2010...




A do Rob foi, evidentemente, o PlayStation 3.

A minha, justamente por causa disso, foi um protetor auricular. Ou vocês acham que é fácil estudar os filósofos gregos enquanto ele joga Red Dead Redemption? E o problema nem são os tiros, é o Rob xingando o tempo todo.

O que me leva a pensar: um videogame não deveria, teoricamente, ser divertido? Acho que o do Rob veio com problemas.

Não, pensando melhor, os problemas estão no Rob. O que nos leva novamente ao protetor auricular. Melhor compra de 2010, indubitavelmente.

Cordialmente,

Besta-Fera

10 de dezembro de 2010

Coisas da Vida XIII

O Pinheiros passa neste ponto? Estou aqui há meia hora e ele ainda não passou. Não é possível, é muita falta de respeito com as pessoas. O transporte público paulistano é horroroso. As pessoas dizem que o metrô funciona, mas não funciona não. No horário de pico, ele tem onze pessoas por metro quadrado. Sim, onze pessoas. Isso não é “funcionar”. É um time de futebol por metro quadrado. Mas isso é na linha Azul, claro. Na linha vermelha são oito pessoas por metro quadrado. Na linha verde, são seis. A segunda maior média do mundo é a Coréia do Sul, sabia? No metrô de lá tem 6,5 pessoas por metro quadrado. Mas isso no horário de pico. Eu fui para Nova York no começo do ano. Passei dois dias lá. Meu irmão foi a trabalho e eu consegui passar dois dias com ele. Tirei passaporte, fui com ele e fiquei apenas dois dias. Saí um dia para conhecer a cidade. Todo mundo anda de metrô ali. TODO MUNDO! Porque lá, sim, o metrô funciona! Olhe! O Pinheiros está vindo! Finalmente! Vou reclamar com o motorista, isso é muita falta de respeito!


Se você conseguir falar este texto inteiro sem parar para respirar (e consequentemente sem abrir espaço para mais ninguém falar), parabéns!

Você está oficialmente habilitado para integrar o grupo de loucos que tem como propósito vir conversar comigo na rua.

Favor comparecer ao Sindicado dos Anormais Paulistanos com sua documentação e retirar sua carteirinha, uma foto recente minha, e o mapa (atualizado) dos locais de São Paulo que eu costumo freqüentar.

Dia 10/12 – Minha música favorita em 2010




Confesso: o que sei sobre rock, eu aprendi morando com o Rob. E, ao lado dele, descobri muitas músicas. Boas, ruins, inesquecíveis.

Mas somente uma pode ser classificada como hipnótica.



Eu e ele ouvimos muito esta música, ao long deste ano, antes de dormir.

Cordialmente,

Besta-Fera.


Em tempo: ele pediu para não esquecer de deixar este link aqui, pedindo para que fosse dedicado à @is_adorable.

9 de dezembro de 2010

Dia 09/12 – Meu show preferido de 2010



Qualquer pessoa que falar em Paul McCartney certamente nunca teve a oportunidade de assistir ao Rob dançando a música de abertura de The Office enquanto espera a comida esquentar. É inesquecível.

Cordialmente

Besta-Fera

8 de dezembro de 2010

Dia 08/12 – Meu lugar preferido em 2010



Tenho dois cantos.

Durante o dia, fico sobre o sofá, num canto próximo à parede. Além de ser mais fresco, é onde guardo meus livros – e basicamente o único lugar da casa em que posso ler tranquilamente. À noite, meu canto é na cama, ao lado do Rob. Ele dorme totalmente torto, de bruços, com uma perna dobrada. Eu me encaixo entre a sua cintura e sua coxa, e apoio a cabeça nas costas dele. É assim que eu durmo.

Cordialmente,

Besta-Fera

7 de dezembro de 2010

Dia 07/12 – Meu parceiro/a de 2010



Hoje eu não vou falar com vocês. Hoje eu vou falar com ele.

Nosso ano poderia ter sido muito melhor. Nós brigamos muito e nos encontramos pouco – ou menos do que gostaríamos. Mas nós brincamos muito, assistimos a filmes juntos, passeamos de coleiras dadas, conversando ou em silêncio.

E, sabe... Quando se elimina tudo, no final das contas, é isso que sobra: estarmos juntos. Porque eu me sinto mais à vontade em silêncio ao seu lado do que conversando sobre qualquer outro assunto, com qualquer outra pessoa. Porque eu gosto mais de passar um ano turbulento ao seu lado que um ano perfeito com qualquer outra pessoa. Rob, obrigado por mais um ano inesquecível.

Cordialmente,

Besta-Fera

6 de dezembro de 2010

Dia 06/12 – Meu livro favorito em 2010



Dêem graças a Deus por eu estar respondendo a este questionário. Se o Rob estivesse aqui, a resposta seria, certamente, alguma bobagem de Star Wars. Contudo, como meu gosto literário é um pouco mais refinado, meu livro predileto, dentro todos os que li em 2010, foi A Divina Comédia, de Dante. Mas também gostei bastante de Deus está Morto, de Nietzsche.

Anônimos e Urbanos? Comprei, mas ainda não li inteiro. Está lá no banheiro.

Cordialmente,

Besta-Fera

5 de dezembro de 2010

Dia 05/12 – Um vídeo do YouTube em 2010






Troque um dos westies (o mais feio deles) pelo Rob, e você tem o retrato exato de nós dois brincando à noite, quando ele chega do trabalho.

Cordialmente,

Besta-Fera

4 de dezembro de 2010

Dia 04/12 – Meu site/blog preferido em 2010




Adivinhem? Vocês têm uma chance. É fácil, vou dar dicas. É um blog.

Não sabem ainda?

Bom... Vamos tornar tudo ainda mais fácil: começa com Champ.

E termina com Chronicles.

Cordialmente

Besta-Fera.

3 de dezembro de 2010

Dia 03/12 – Meu filme preferido em 2010...



Não gosto de cinema. Apenas dos clássicos. Então, vou de Sete Homens e um Destino, que o Rob comprou este ano, em Blu-ray. Ele ainda não viu – aquela ladainha de que não tem tempo e tal, vocês já devem ter ouvido isso. Mas eu já vi quatro vezes.

Se eu fosse uma pessoa, gostaria de ser o Steve McQueen.

Cordialmente

Besta-Fera.

2 de dezembro de 2010

Aces High


Centro de operações: Bombardeiro XP-12, qual seu status?

Bombardeiro XP-12: Voando a 50 pés de altitude, com estabilidade.

Centro de operações: Os dois caças estão lhe escoltando?

Bombardeiro XP-12: Positivo.

Caça 1: Acompanhando XP-12. Na escuta.

Caça 2: Até aqui, tudo tranqüilo. Ordens?

Centro de operações: Mantenham o curso.

Caça 1: Positivo.

Caça 2: Positivo.

Centro de operações: Vocês entrarão em espaço aéreo inimigo em questão de minutos. Não abram fogo, ainda não temos autorização presidencial. Repito: não abram fogo.

Bombardeiro XP-12: Positivo.

Caça 1: Entendido.

Caça 2: Entendido.

Centro de operações: Bombardeiro XP-12, status do armamento?

Bombardeiro XP-12: Carga ajustada e pronta para ser disparada.

Centro de operações: Vocês estão entrando em território inimigo em três... Dois... Um... Senhores, vocês estão agora em espaço aéreo inimigo.

Bombardeiro XP-12: Entendido.

Caça 1: Entendido.

Caça 2: Positivo.

Centro de operações: Todo cuidado agora é pouco, senhores. Não queremos um incidente diplomático antes da luz verde para o ataque.

Bombardeiro XP-12: Nosso alvo é uma instalação militar?

Centro de operações: O alvo ainda é confidencial, piloto.

Caça 2: Estou captando algo no radar.

Caça 1: Está vindo em nossa direção. Alerta amarelo.

Centro de operações: Não abram fogo. Apenas se forem atacados. E protejam o bombardeiro.

Caça 1: Sim, senhor.

Caça 2: Veja! Está mudando a rota.

Caça 1: Sim, está se afastando!

Caça 2: Centro de operações, alarme falso. Repito, alarme falso.

Caça 1: Desativando alerta amarelo.

Centro de operações: Senhores, o presidente autorizou o ataque. Estou transferindo os dados e a posição do alvo para seus computadores de bordo.

Bombardeiro XP-12: Alvo registrado. O alvo estará ao alcance em menos de um minuto.

Caça 1: Alguma resistência próxima ao alvo?

Centro de operações: Segundos os últimos relatórios de inteligência, não.

Caça 1: Entendido.

Caça 2: Entendido.

Bombardeiro XP-12: Trinta segundos para termos o alvo no alcance. Operações, o alvo é pequeno demais, ou o computador está fora de escala?

Centro de operações: O alvo é pequeno e móvel. Mesmo se você não destruí-lo, é de vital importância que ele sofra o maior dano possível.

Bombardeiro XP-12: Entendido. No alcance em cinco... Quatro... Três... Dois... Um... Alvo travado.

Centro de operações: Você tem permissão para disparar.

Bombardeiro XP-12: Esperando melhor ângulo de tiro... Quase lá...

Centro de operações: Caças, permaneçam alertas.

Caça 1: Sim, senhor.

Bombardeiro XP-12: Quase lá... Quase lá...

Caça 2: Entendido.

Bombardeiro XP-12: Fogo! Carga a caminho do alvo! Impacto em dez segundos.

Centro de operações: Bom trabalho, rapazes. Precisamos de confirmação visual do impacto. Após isso, retornem imediatamente para a base, o tempo vai esquentar.

Caça 2: Entendido.

Caça 1: Positivo.

Bombardeiro XP-12: Impacto em cinco segundos... Três segundos... Um segundo...

Rob Gordon: VAI TOMAR NO CU! POMBO FILHO DE UMA PUTA!

Bombardeiro XP-12: Operações, o alvo não foi destruído. Acredito que acertei apenas um pé. Repito, o alvo não foi destruído.

Centro de operações: O estrago foi suficiente. Bom trabalho, senhores.

Caça 2: Operações, o alvo está se preparando para responder fogo. Ele parece estar procurando algo no chão. Talvez uma pedra.

Caça 1: Continuamos o ataque?

Centro de operações: Não abram mais fogo. Retornem imediatamente à base.

Caça 2: Entendido.

Bombardeiro XP-12: Positivo.

Caça 1: Positivo.