Muita gente sabe que eu passei mais de dez anos trabalhando nos mercados
de cinema e vídeo, escrevendo sobre o tema. Mas o que pouca gente sabe é que
antes mesmo de eu trabalhar com cinema, eu já trabalhava com cinema.
Explico: além de ser monitor de história de cinema na faculdade, eu trabalhava
aos finais de semana como indicador de filmes em uma conceituada rede de
locadoras paulista – talvez a mais conceituada de todas. Assim, se você
quisesse me achar aos sábados e domingos, bastava ir até a loja da Avenida
Paulista (que ainda existe, por sinal) e me procurar ali.
Antes de continuarmos, cabe falar um pouco sobre o cargo de indicador de
filmes. Era difícil, mas extremamente divertido – afinal, eu era obrigado a
resolver os, digamos, problemas cinematográficos da loja.
Assim, eu atendia desde redações de grandes jornais que procuravam filmes
para ilustrar suas matérias, até clientes que queriam descobrir qual era o
filme que ele havia assistido na televisão três anos antes, e não lembrava o título,
o nome dos atores e, às vezes, nem mesmo o assunto.
Isso aconteceu no ano de 1998.
Isso aconteceu no ano em que Titanic foi lançado em vídeo.
E se hoje você tem vinte e poucos anos e tem apenas vagas lembranças de
Titanic, acredite em mim: o filme foi grande. Aliás, o filme foi muito grande, maior
do que qualquer coisa que exista hoje. Acredite em mim. Inclusive, vem daí o
ódio que as pessoas têm até hoje pela música tema do filme, cantada pela Celine
Dion.
Naquela época, as coisas funcionavam assim: você ia escovar os dentes e,
ao abrir a torneira, não saía água, mas sim:
Near... Far... Wherever you are...
Aí você fechava a torneira correndo e corria para outro banheiro,
com a escova de dente na mão. Abria a torneira e, mais uma vez:
I believe..Tthat the heart… does go on…
E isso não acontecia somente nas torneiras, mas em tudo, desde
geladeiras até fogões, passando, evidentemente, por rádios e televisões. E isso
não apenas com a música, mas com o filme em si: para qualquer lado que você
olhasse, lá estava um pôster do Leonardo Di Caprio com uma multidão de
adolescentes ensandecidas ao redor. E a maldita música, claro, saindo de algum
bueiro.
Era a Titanicmania.
E quis Deus que eu trabalhasse na locadora quando o filme foi
lançado em vídeo. Quem frequentava locadoras na época deve se lembrar da caixa
que vinha com duas fitas VHS e mais uma porção de mimos (tipo uma película do
filme) e, claro, uma turba de pessoas atrás, desesperadas para comprar sua
cópia, feito refugiados de uma guerra civil em busca de um saco de arroz.
Foi uma semana enlouquecedora. De cada dois clientes que eu
atendia, um queria uma cópia de Titanic. Até aí, tudo bem. O problema eram os
carentes, que não satisfeitos em comprar o filme, precisavam me explicar porque
ele era o maior filme da história, em explanações que duravam de dez a quinze
minutos.
E meu saco enchendo.
E, se existe uma regra infalível no planeta é que todo saco que
enche um dia arrebenta. E isso vale para qualquer coisa. Seu saco pode estourar
com seu chefe, com sua namorada, com seus pais, com a testemunha de Jeová que
toca sua campainha às sete horas da manhã no seu único dia de folga. Já deve
ter acontecido com você.
Comigo aconteceu com o cara que queria o pôster do filme.
O filme já havia sido lançado há uns quatro ou cinco dias quando
ele entrou na loja. Era mais velho que eu, com algo entre 25 e trinta anos. E comprou
três cópias do filme – explicando que uma era dele e as outras eram presentes.
Eu o tratei como um cliente qualquer até a hora do pagamento.
Eu estava no caixa e, logo atrás de mim, havia um pôster do filme.
O Titanicboy colocou os olhos no pôster e seus olhos brilharam.
E meu sentido de aranha disparou, pressentindo o perigo.
- Será que você não pode me dar o pôster do filme?
Não, eu não podia. A rede de locadoras tinha uma política de não
dar pôsters aos clientes. No que dependesse de mim, eu entregaria os posters –
eu mesmo consegui muitos nas locadoras perto de casa – mas como era ordem
superior, ninguém discutia. Não se davam posters e pronto. E foi o que eu
expliquei para o cara.
- É que eu adoro este filme, foi a resposta dele.
- Eu sei, mas é que a empresa não permite que os clientes ganhem
posters. Sinto muito.
Ele não se deu por satisfeito. Aparentemente, o amor dele pelo
filme do James Cameron deveria contar mais que a política da empresa – e, por consequência,
que o meu emprego. Assim, ele insistiu.
- Mas eu estou levando três cópias do filme. Você não acha que eu
mereço?
E a fila de clientes atrás dele crescendo. Por mim, eu teria
respondido que “não, você não merece”. Porque, sejamos sinceros, se ele
estivesse falando dos dois primeiros O Exterminador do Futuro ou de Aliens – O Resgate,
eu teria tentado entregar o pôster para ele.
Não, minto. Se fosse qualquer um
destes filmes, eu já teria roubado os posters para mim, mas mesmo assim eu
concordaria com ele. Agora, de todos os filmes do Cameron, você escolheu Titanic?
Não cara, você não merece. Mas claro que eu não respondi isso. Apenas fiz minha melhor cara
de Clint Eastwood em Os Imperdoáveis e respondi:
- Merecer não tem nada a ver com isso. A questão é que eu tenho
ordens de não dar posters aos clientes.
- Você não está entendendo! Eu preciso deste pôster! Este é o
filme da minha vida!
- Então tenho certeza de que você vai conseguir o pôster em algum
outro lugar.
E a fila de clientes crescendo.
E meu saco enchendo.
Ele abriu a carteira para pagar – eu dei um passo para trás, com
medo da música da Celine Dion sair dali também, mas felizmente ele tirou
somente o cartão do banco. Contudo, ele não havia desistido.
- Se eu levar mais uma cópia, será que...
- Olhe, tem uma locadora aqui na rua de trás. Tenho certeza que lá
você consegue o pôster.
- Mas eu não entendo... O pôster está logo aí atrás de você.
- Sim, e ele ficou bom ali. Vamos deixar ele ali mesmo?
- Eu preciso deste pôster!
- Certo. Mas isso não altera as normas da empresa.
- Eu amo esse filme!
A fila de clientes crescia a cada minuto. E alguns deles já
olhavam para mim, me culpando pelo caixa estar ocupado há cinco minutos com
somente um cliente. Aposto que metade dos clientes achava que era um
funcionário em treinamento; já a outra metade devia achar que eu era
débil-mental. E todos eles deveriam estar com vontade de me matar. Eu precisava
dar um jeito naquilo.
- Olhe, eu entendo que você gosta bastante do filme, mas eu
realmente não posso dar o pôster para você. Sinto muito.
- Para começo de conversa, você sabe quantas vezes eu assisti ao
filme no cinema?
Meu Deus.
- Não. Quantas?
- Sete!
- Sete vezes?
- Sete vezes!
- Que engraçado. Você precisou de tantas vezes assim? Porque eu
assisti uma só, e entendi tudo.
- Como assim?
- Sim, não precisei ver sete vezes. Na verdade, eu achei o filme bem
fácil de entender. O vilão é o iceberg, não é? Você chegou a entender esta
parte?
- Rob!
Evidentemente, não foi ele quem gritou isso, mas sim minha
gerente. Minutos depois, eu estava nos fundos da locadora – outro funcionário terminou
de atender o sujeito – levando um esporro maior que o Titanic. E ela disse que
eu não deveria ter falado aqui ao cliente, que era falta de respeito, que não
importava se ele era insistente. Eu nem tentei argumentar. Ela tinha razão.
Mas, ao final da conversa, eu me virei e disse:
- Mas a resposta foi boa, né?
Ela começou a rir.
- Foi. Admito que foi.
Eu ri de volta e voltei correndo para o balcão.
Afinal, a música da Celine Dion já estava tocando novamente, o que
certamente queria dizer que as postas da locadora haviam se aberto para mais
uma dezena de clientes queriam sua cópia de Titanic.
E hoje eu me pergunto... Quantas vezes será que este sujeito já
assistiu a Titanic 3D?
46 comentários:
Acho que com a tecnologia 3D ficou mais fácil pra ele entender o que acontece no filme e chuto que ele assistiu ums 3 vezes.
Rayssa:
Três vezes deve ser suficiente. Afinal, com o 3D o iceberg fica maior e mais perigoso. Mas seria mais fácil para ele se o iceberg estivesse no poster com uma cara ameaçadora e vestido de negro!
Beijos!
Rob
Não falei? Não falei? Taí ó... jamescameroniano!!!!!
Gomex:
Na mosca!
Abraços!
Rob
Eu era uma pré-adolescente inocente, pura e besta quando ele estreou. Por inocente, pura e besta entenda-se "chorou de soluçar quando o Jack afundou nas profundezas do Atlântico". Mas eu só vi uma vez, e mesmo sendo pirada pelo Leo Di Caprio na época, ainda assim assistir o filme mais de uma vez parecia demais pra mim.
Agora que ele saiu em 3D... então, tenho coisa melhor pra fazer, hehehehehe.
Quando Titanic foi lançado em VHS, eu tinha uns 7, 8 anos, e lembro até hoje de ter que rebobinar a fita, trocar e tals... Bons tempos...
Mas sério, tô me acabando de rir de imaginar a cara de desespero desse rapaz ao saber que não podia levar o pôster HAHAHAHAHAHA
E, realmente, ótima resposta!
Elise:
Na verdade, eu não tenho nada contra o filme em si. Lembro que quando eu assisti nos cinemas (também vi uma vez só), acheo o filme "ok", e bem longe de justificar aquela comoção toda. E eu até tenho vontade de ver em 3D, não apenas para ver se a transformação foi boa (e deve ser, porque é Cameron) e para matar a saudade dos anos 90.
Mas, meu problema mesmo era com o babaca que não entendia que eu não lhe dava o poster porque não podia, e achava que o amor dele pelo filme poderia mudar isso.
Beijos
Rob
Natália Maximo:
Agora eu fiquei meio deprimido... Acho que eu rebobinei mais fitas do que assisti a DVDs - e olhe que eu assisti a muitos e muitos DVDs. Eu realmente sou velho. :)
Beijos
Rob
Eu teria colocado a gerente na roda. Queria ver como ela iria se sair dessa. rs
Nem preciso dizer que me mijei de rir com o lance da música saindo de tudo que é buraco. :P
A única coisa que me lembro da primeira vez que assisti Titanic, foi do diálogo entre eu e meu amigo durante a cena em que o navio fica na vertical e as pessoas começam a cair, batendo nas paredes, grades e mastros:
Meu amigo: "Olha... Não parece Pinball?";
Eu: "É... Até o barulho é igual."
Bons tempos de ir assistir filmes no cinema por pura falta do que fazer. XD
Bjs!
E eu me pergunto se o sujeito conseguiu o poster em algum outro lugar.
Adorei sua resposta...kkkkk
Eu tinha 9 anos quando o filme foi lançado, lembro dessa comoção toda, claro que com outra dimensão de tudo. A professora da escola levou a trilha sonora e gastou uns bons tempos de aula com aqueles instrumentais. Um saco!
E no ano seguinte, quando saiu em VHS, eu já tinha me mudado pro RJ (nasci em São Paulo), e a família era fascinada com Titanic. Alugaram, e foi um evento: todo mundo se reuniu pra assistir, uma farra. Um primo mais palhaço ficava imitando gritinhos de menina toda vez que o DiCaprio aparecia na tela, os mais novos (incluindo eu) deram tchauzinho naquela cena inicial, quando o navio parte. Foi divertido.
Sua resposta foi sensacional!
Eu assisti o 3d, e nem achei muito bacana (que ninguém me jogue pedra por isso). Assisti boa parte sem os óculos, até.
Beijos!
Eu já era adulta quando vi o filme no cinema. Ler os comentários anteriores fez eu me sentir velha... As pessoas se acabaram de chorar e eu não derramei nenhuma lagriminha (Mr. Freeze mode: on).
Eu gostei bastante na época, mas mais pelo tema (tragédia com milhares de mortos) e pelos efeitos especiais.
E a Celine Dion entra fácil no meu top 5 "mulheres cantoras que eu ODEIO".
Ainda bem que naquela época processar não era moda :P
Aaahhh! Foi o Icebeeeerg! Agora faz sentido!
Brincadeiras à parte, minha prima foi ver o maledeto filme sete vezes também, e chorou em todas as vezes.
Já viram um meme "ciência vs. Rose" ou "ciência vs. Titanic" que mostra que naquela budega de madeira cabiam ela e o Jack?
Como eu já te disse, eu sou um dos poucos aliens que nunca viram este filme. E nem é por falta de oportunidade, já que há algum tempo comprei uma edição especial em DVD, mais pela edição para a coleção do que pelo filme, e, até hoje, não tive o ímpeto de pegar o filme para assistir.
Não sei... talvez o que tenha me afastado seja o fato de ser uma história muito complexa. E se eu não entendesse o filme? Mas agora que você fez o favor de me contar o final e dizer que o assassino é esse tal de Rosenberg, nem sei mais se vou assistir...
@Varotto
Passei pela mesma situação no filme "A Paixão de Cristo". Falaram na fila do cinema que o protagonista morre...
Ta bom, eu confesso, adoro Titanic.
Mas, veja bem, foi o segundo filme que eu vi no cinema na minha vida.
É, eu morava numa cidade pequena que não tinha cinema. fecharam um teatro antigo para exibir o filme. Só faziam isso com ~grandes estreias~
então significa mta coisa.
WickedLeel:
Quanto a colocar a gerente na roda... Bem, ela era gerente. Chefes não precisam passar por algumas coisas, justamente porque eles são chefes. Sad, but true.
Já a respeito da música saindo de tudo quanto é buraco... Hoje isso pode ser engraçado. Em 1997 / 1998 não era legal, não - porque, vai por mim, eu não estou exagerando!
Rob
Hydrachan:
A sacada do pinball foi genial! E ter tempo para ir ao cinema somente por não ter o que fazer... Que sonho!
Beijos
Rob
Claudia:
Com certeza ele conseguiu. Eu deveria ter falado mais sobre o olhar maníaco do sujeito... Ele não ia desistir tão fácil!
Beijos!
Rob
Dani:
Você falou dos gritinhos adolescentes e eu lembrei de quanto vi o filme nos cinemas - se eu não me engano, foi no Shopping Paulista. Naquela famosa cena em que o Di Caprio desenha a Kate Winslet, tem um close tipo Sergio Leone nos olhos dele. Exatamente nesta cena, uma menina - que estava acompanhada de umas duas amigas e não deixava ninguém ver o filme em paz - gritou:
- Gente, o que é esse olho?
E eu imediatamente gritei de volta:
- Gente, o que é essa vaca?
O cinema inteiro veio abaixo e a menina não abriu mais a boca até o final da sessão.
Beijos!
Rob
PS - O 3D nem vale a pena, então?
Ana Claudia:
Eu lembro de ter achado o filme "ok", porque todo mundo tinha colocado tanta pilha que era o maior filme de todos os tempos que eu entrei no cinema certo de que ele iria mudar minha vida. Quando o filme acabou, eu pensei: "mas é só isso?".
E, sim, nós somos (bem) velhos.
Beijos!
Rob
Hanna:
Se fosse, eu teria me ferrado, fácil! Mas teria valido a pena do mesmo jeito - além disso, qualquer coisa, eu podia alegar insanidade temporária. :)
Beijos
Rob
Infinito:
Foi o iceberg sim! Agora tudo se encaixa, né?
Eu nunca vi esse meme, mas me lembro de outro, nos primórdios da internet, que era algo como "XX Razões que Star Wars é Melhor que Titanic". Tinham duas que eu lembro até hoje:
- Princesa Leia se disfarça de caçadora de recompensas e invade o palácio do Jabba para salvar Han Solo; Rose deixa Jack morrer.
- Han Solo teria desviado daquele iceberg de olhos fechados (essa eu passo mal de rir até hoje)
E sim, eu sempre me perguntei porque eles nem tentam ficar juntos em cima daquela tábua, ou porque ele não pega outra coisa para boiar, já que estavam no meio de um mar (sem trocadilhos) de destroços!
Abraços!
Rob
Varotto:
Você deve ser o único ser no planeta que nunca assistiu ao filme. Mesmo assim, você parece manjar do assunto, já que desenterrou a piada do Rosemberg, que foi criada nos anos 40. :D
Abraços!
Rob
Otavio:
O segundo filme que a gente vê no cinema, a gente nunca esquece - e vai sempre adorar, indendependente de qual ele seja.
Dúvida: qual foi o primeiro?
Abraços!
Rob
Rob, se quiser matar a saudade dos anos 90, american pie estreou hoje no cinema.
sobre titanic: ô filminho chato, viu? mas pelo menos essa desgraça de música serve pra ensinar "opposites" com seu "near... far..."
sobre posters: eu tbm vivia indo nas locadoras de santos e conseguindo posters. cheguei a ter mais de 50 em casa... de vários tipos de podreiras e filmes bons. e era amiga de quase todos os atendentes de locadoras.
aliás, eu queria trabalhar em uma locadora quando era adolescente. *-*
se n pagassem tão mal(consegue ser mais baixo q o salário de professora!), eu até seria... deve ser mt massa trabalhar com filmes *-*
e eu ia esquecendo...
sobre ver um filme VÁÁÁRIAS vezes no cinema... eu tbm já ví um. n foi titanic(visto q nem me dei ao trabalho de ver no cinema esse... preferi ver pânico ou pânico 2, algo assim). foi power rangers e eu ví 9 vezes =)
(ok, pode zuar)
Rob, cada dia mais sou sua fã! "Gente, o que é essa vaca?" foi ÓTIMO!
Olha, na minha humilde opinião, não valeu. Nem "o cara" do filme, o iceberg, fica majestoso nesse 3D. Foi beeeeem simplesinho, viu?
Beijos!
Por que será que as pessoas acham que repetir as coisas mudam alguma coisa? Por exemplo, cliente chega e pede um produto, atendente diz que não tem, cliente diz "Ah, é que eu queria esse produto sabe..."
As pessoas esperam que o atendente, por conta desse comentário, vá dar um jeitinho (o "jeitinho brasileiro")? Vai conseguir o produto por mágica. Ou as pessoas só pensam que é má vontade mesmo?
E ótimo texto, como sempre. Ri muito da situação.
Rob, essa WickedLeel era eu, usando outro email (nem percebi que tinha logado com meu username alternativo, rs).
Então, tipo, eu vivi essa época MUITO bem. Tive o maior trauma ever de idas ao cinema porque não conseguia ouvir o filme por causa daqueles adolescentes retardados. Só voltei a ir ao cinema quando mudei de cidade, muitos anos depois.
Dei risada justamente porque era desse jeito mesmo - só a minha mente que não foi tão longe pra imaginar a música saindo da torneira. HAHAHAH
Pra mim, gerentes deveriam resolver os pepinos que os funcionários comuns não conseguem resolver. Just saying. rs
kkkkkkkkkk é verdade a música saia de qq canto, acho que nem a celine dion gostava mais da música hahha
Esses dias eu disse para um aluno que eu tinha as duas (!!!) fitas VHS de Titanic e ele me perguntou, abismado: "Meu Deus, quantos anos você tem?"
Me tirou para velha, mas tudo bem.
Acho que por ter assistido o filme várias vezes (não por escolha própria, claro) não me interessei em assistir a versão 3D. O filme é bom, foi uma super produção quando lançado pela primeira vez, mas né, ok, já chega.
E um palpite sobre o cliente fã de Titanic: ele deve ter assistido umas 10 vezes só para admirar a qualidade da imagem 3D.
Michele:
American Pie... Eu gostei do primeiro, mas somente por resgatar aquele clima de comédias adolescentes dos anos 80 (tipo Porky's, Loucademia de Polícia etc). E, olha, trabalhar com filmes é muito, muito trabalhoso... Mas é demais! :)
Beijos!
Rob
Michele:
Power Rangers?
Michele:
NOVE vezes? :p
Dani:
E juro que o "gente, o que é essa vaca?" foi de bate pronto, não foi planejado!
Quer dizer então que o 3D não vale a pena? Mas a transição pro 3D, ao menos, está boa?
Beijos!
Rob
Rodrigo:
Isso que você apontou é um dos maiores males dos tempos modernos. As pessoas acham que a vida é tipo um programa de fidelidade, no qual você precisa juntar pontos. Assim, a cada vez que você repete o que quer, você ganha um ponto. Quando você junta cinco pontos, a resposta da pessoa irá mudar e você conseguirá o que precisa.
Agora, que gente que pensa assim enche o saco nem se discute!
Abraços!
Rob
Lilian:
Então era você? Descobrimos sua identidade secreta, agora!
Agora, você tem razão quando diz que o gerente do cinema deveria resolver estes problemas. Mas o pior é que os "adolescentes retardados" que frequentavam os cinemas por causa de Titanic se multiplicaram, e agora eles estão em qualquer cinema de shopping nas sessões de filmes da moda, incomodando todo mundo - e, claro, os funcionários do cinema continuam sem fazer nada a respeito.
Beijos!
Rob
Mari:
Ninguém mais conseguia ouvir a música. E quanto mais as pessoas não aguentavam a música, mais ela tocava. :/
Beijos!
Rob
Camila:
Eu fiquei curioso para ver o 3D, mas iria ver de novo somente para isso. Sabe, acho que o grande problema de Titanic era a expectativa criada... Como todo mundo falou que era o melhor filme da história, eu acabei indo ao cinema com a expectativa de que fosse um filmaço. E, quando acabou o cinema, as luzes se acenderam e eu pensei: "pô, mas é só isso?"
Beijos!
Rob
huashuashaus Adorei a imagem da música da Celine Dion saindo das torneiras, das geladeiras, dos poros das pessoas etc etc etc. Realmente, na época, parecia que todo e qualquer orifício da galáxia tocasse essa música! rsrs
Seu post me fez lembrar uma história bonitinha. Eu fui ver Titanic no cinema e lembro que, mesmo sendo adolescente na época, achei o filme "ok". A época de lançamento das fitas (era um box com DUAS porque o filme era GIGANTE!) foi mais ou menos na época do meu aniversário. E meu pai - que nunca me comprou presente de aniversário NA VIDA - me deu as fitas de presente. Eu nem tinha gostado tanto assim do filme, mas ele foi tão bonitinho de ter comprado o presente pra mim que, mesmo errando, eu adorei. E assisti depois mais umas vezes, só pra mostrar que eu tinha gostado e pra ele ficar feliz. Essa historinha de família me comove até hoje. Meu pai... me comprando presente. Me comove. :)
Kel:
Sua história é melhor e mais emocionante que o roteiro do filme! :)
Beijos!
Rob
Ué? O vilão foi o iceberg? Puts, vou ter que assistir de novo então. Tu tem o filme ai pra me arrumar? =p
Ulisses:
Tenho sim! Desta vez, você assiste sabendo que o iceberg é o vilão, verá como o roteiro faz sentido, sim! :)
Abraços!
Rob
Postar um comentário