É engraçado como o segundo encontro é sempre mais estranho que o primeiro.
Foi assim com a psiquiatra. Acabei de sair do consultório dela. Na primeira consulta, no início de setembro, tudo estava diferente. Na verdade, passei boa parte de julho e agosto resistindo à primeira consulta. Era um pouco de preconceito. Não queria me tornar uma pessoa que precisa tomar remédios para ser feliz. Eu sei, a visão era errada, mas era a que eu tinha.
Com o tempo, me convenci do contrário, mesmo antes da consulta. Cheguei a um ponto, especialmente durante o mês de agosto, que minhas crises tinham uma frequência e duração assustadoras. Conversando com a Ana, conversando com amigos e, principalmente, conversando comigo mesmo, me conscientizei de que os remédios me fariam bem. Que o papel deles seria ajudar, e não me afundar em longo prazo.
A primeira consulta durou quase duas horas. Neste tempo, eu tive que contar sobre minha vida, minha rotina, minhas crises, o que detona cada uma delas, há quanto tempo eu tenho estes sintomas, se eu penso isso ou aquilo, se sinto vontade disso ou daquilo. Fui o mais sincero comigo, mas devo ter omitido muita coisa – não por falta de coragem, mas sim de tempo, pois não é exatamente fácil você colocar sua vida inteira na mesa em pouco mais de 100 minutos.
Mesmo assim, saí de lá muito mexido e revirado. Mas saí otimista. Não porque eu sentia que iria ficar bem, mas pelo simples fato de estar agindo, de estar fazendo algo. De lá para cá, tenho me cuidado. Tomo meu remédio todos os dias, evito situações e locais que possam me fazer mal – o que nem sempre é possível – e tento viver como sempre vivi, fazendo minhas tarefas até o cansaço chegar – algo que hoje acontece com muito mais rapidez que antigamente.
Melhorei? Melhorei. Mas sei que ainda estou longe de estar 100%. Como já disse aqui, semana passada tive uma nova crise que, se não me jogou na apatia completa, me fez passar três ou quatro dias agarrado na beira de um fosso, lutando para não cair.
E esta semana foi marcada pela volta das crises de ansiedade. Foram três, sendo que a última aconteceu ontem, enquanto ia para o Shopping Eldorado. Foi mais fraca, mas ainda forte o suficiente para fazer com que eu não almoçasse direito, precisasse voltar de táxi para casa e passasse o resto do dia fora do ar.
Mas ontem eu conquistei uma grande vitória: mesmo com a crise, ontem eu fiquei sozinho em casa, à noite, pela primeira vez em semanas. Conversando com a Ana, chegamos à conclusão de que era hora de experimentar isso. Fiz quase como um viciado que pretende abandonar o vício: me cerquei de revistas e livros, filmes e jogos, comida e cigarros para ter esconderijos para onde correr. Nada poderia me atrapalhar – e, se algo me atrapalhasse, eu tinha a segurança de que ligar para a Ana faria com que ela chegasse aqui em no máximo uma hora.
Tudo o que eu precisava fazer era não me afundar, que era exatamente o que acontecia quando eu ficava sozinho. Bastava eu ficar sozinho para os demônios cercarem minha cabeça, me traindo e me puxando para baixo, até eu me entregar totalmente. E consegui. Pode parecer pouco, mas foi uma grande vitória – confesso que eu estava com medo de ficar sozinho assim.
E hoje eu contei isso na psiquiatra. A segunda consulta foi um pouco estranha... Eu não precisei me apresentar e numerar meus demônios um por um. Ela já me conhece, então, eu entrei no consultório dela e todos os demônios entraram comigo. Todos eles.
Mas conversamos muito. Sobre como estou e o que os remédios tem feito. Sobre a minha maldita incapacidade de dormir – mesmo morrendo de sono, eu deito e fico rolando na cama, pensando em tudo ao mesmo tempo agora, sem conseguir relaxar – e sobre os pesadelos que giram sempre em torno dos mesmos assuntos e são cada vez mais recorrentes.
Conversamos muito. Contei pra ela que atualmente, uma noite bem dormida e sem sonhos (porque elas acontecem) é uma das coisas mais valiosas na minha vida. Justo comigo, que era famoso por dormir praticamente em qualquer lugar que me encostasse. Faz parte, acho. Mas também contei sobre efeitos colaterais do remédio: minha falta de apetite durante boa parte do dia, o que eu penso e sinto – tanto quando estou bem, conseguindo ver tudo com clareza, ou quando não estou.
E contei sobre meu blog.
Na verdade, eu já havia contado para ela na primeira consulta – ela ficou com os endereços dos dois blogs. Hoje eu contei sobre como escrever sobre a depressão e sobre a síndrome do pânico me acalma e me dá paz. Porque, além de ser autêntico comigo mesmo, enquanto escrevo sobre isso estou digerindo as doenças, pensando sobre elas de forma organizada. E, claro, é desabafar, tirar do peito.
Mas nada disso funciona sem publicar o texto. Para mim, texto escrito e não publicado é texto não escrito. Publicar é o último estágio do processo – e, no caso da depressão, é quando eu tenho a coragem de fazer as pazes com o mundo e comigo mesmo, ao menos por algumas horas.
E contei a ela sobre vocês, sobre o apoio que vocês me dão e como isso tem sido importante, me mostrando que sou uma pessoa que sofre de doenças e não um desajustado, como eu mesmo me julgava algumas semanas atrás. Contei sobre alguns comentários, sobre o fato de muita gente ter se identificado com o que sinto... Sobre os e-mails que recebi de leitores que preferiram um contato mais próximo. Tudo isso é muito importante.
A consulta foi boa. Nos primeiros minutos, desatei a falar sobre tudo, talvez evitando dizer “ainda não estou bem” por receio de falar isso em voz alta, ou por receio de dizer “estou melhor” e ser contrariado abertamente. Mas conversamos bastante... Hoje foi mais uma sessão de terapia que uma consulta médica – o que ficou claro nas três ou quatro vezes que ela gargalhou alto na sala com algo que eu disse.
Mas se um passo foi dado, falta todo o resto da caminhada. O laudo continua o mesmo, e o número de remédio aumentou. Além do Lexapro e do Rivotril, preciso tomar também Donaren, que, teoricamente, irá me ajudar a dormir com mais facilidade – no que diz respeito aos sonhos, continuo por conta própria.
Mas hoje eu sei que os sonhos são apenas os demônios brincando. E sei que os remédios podem fazer com que eles se acalmem, mas exterminá-los depende apenas de mim. Vai ser uma luta constante, diária, para enterrá-los no fundo da memória. E depende apenas de mim. Como a Ana diz, o remédio é apenas uma arma, a guerra mesmo é travada dentro de mim.
Em um mês eu volto para uma nova consulta. Até lá, tenho as sessões regulares de terapia. Mas se existe algo que eu aprendi neste mês de setembro é que eu não preciso me preocupar, agora, em saber como estarei daqui a um mês. Porque eu não faço ideia, na verdade, nem de como eu vou estar amanhã.
Mas eu torço muito para estar bem amanhã. E amanhã vou torcer ainda mais para estar melhor depois de amanhã. Porque, de amanhã em amanhã, outubro ficará para trás, e, se eu estiver ao menos de pé, será mais uma batalha vencida.
E assim, mesmo com mais um remédio, vamos em frente, com passos pequenos, e sempre vivendo um dia após o outro.
Obrigado por todo o apoio aí desse lado.
Obrigado de verdade.
Rob
PS – Como eu disse antes, escrever sobre outros assuntos tem me feito bem. Caso você não tenha visto, tem um texto aqui no Chronicles sobre a polêmica campanha da Hope, e este aqui, no Malvadezas, sobre uma invasão de mortos vivos narrada pelo Datena. Independente da qualidade deles, me diverti fazendo ambos, e isso os torna especial demais para mim – daí a vontade bem grande de compartilhá-los com vocês. Inclusive, se este texto acima pareceu um pouco confuso, deve-se ao cansaço de emendar um texto grande (o do Chronicles) em outro, algo que eu ainda tenha dificuldade de lidar.
31 comentários:
Me identifiquei com seu post em algumas coisas... rs. Descobri seus textos no malvadezas e as vezes passo nos outros dois blogs (sem comentar) e sempre acho legal escrito. Sorte ae nessa batalha, já fizeste o mais dificil que é arrumar coragem para enfrentar... rs
E nós continuamos aqui, de mãos dadas com vc, mesmo à distância. Vai dar tudo certo.
Esse é o pensamento, Rob: um passo de cada vez, com calma e paciência. E a gente tá aqui, sempre que você precisar. Estou muito feliz por você ter conseguido passar uma noite sozinho! É um passo enorme e nem imagino o quão difícil tenha sido para dá-lo.
Apesar desse turbilhão que está acontecendo contigo agora, seus textos não perderam nada da qualidade.Não li ainda o texto do Malvadezas, mas o do Chronicles tá fantástico! Gargalhei muito alto aqui no trabalho!
Beijos!
Como já disse, todos por um aqui, e o um é você!
Nada como um dia após o outro, um passo de cada vez, essa é a chave de enfrentar o que você está passando.
Vai firme, Rob, nós estamos aqui, cada um com sua fé, orando, rezando, vibrando, mentalizando, desejando o seu completo restabelecimento. Ainda que demore, esse dia vai chegar e nós vamos estar todos juntos.
Abração, pra você e pra Ana.
Que vc melhore um pouquinho mais a cada dia.. To muito feliz por vc!
ps: me diverti horrores com esses dois últimos textos.. parabéns!
Apenas um escorpião:
Obrigado pela palavra e pelo prestígio aos blogs. Você disse tudo: o mais difícil é arrumar a coragem para enfrentar e não se entregar.
Muito obrigado mesmo!
Rob
Lilian:
Obrigado pela presença, e por cada palavra e gesto que vem com ela. De verdade.
Beijos
Rob
Natália:
É isso mesmo, um passo de cada vez. E obrigado pelos parabéns, confesso que eu estava mais apreensivo em ficar sozinho do que imaginei. Como eu disse, fazia mais de um mês que eu não ficava mais de meia hora sozinho em casa... Fiquei bastante apreensivo, e até um pouco perdido, meio sem saber o que fazer, mas no final, deu certo.
Tomara que eu consiga tentar mais uma vez em breve, e logo vou me acostumando a "fazer companhia pra mim mesmo" sem me afundar em apatia ou tristeza.
E obrigado por ter gostado dos textos - alguns ainda são difíceis de escrever, mas estes foram mais fáceis, que bom que logo você, que conhece meus textos antigos, gostou. Fico bem feliz com isso!
Beijos e obrigado, sempre.
Rob
Helga
Muito obrigado pela energia positiva que você vem enviando! Obrigado de verdade! E esse dia vai chegar sim!
Beijos
Rob
Fernanda:
É assim mesmo, sempre um pouquinho por dia, tomando cuidado para não escorregar e, principalmente, dar o passo maior que a perna.
Que bom que gostou dos textos, fico bastante feliz!
Beijos e muito obrigado!
Rob
Oi Rob,
Se tudo que encontro na internet fosse escrito por você JURO que leria muito mais, inclusive textos da minha área.
Você envolve ainda que seja assuntos "pesados"
Bem eu já tomei Lexapro e o donarem.... do lexapro nem lembro se foi bom ou ruim... provavelmente ruim pq mudei :P mas o donarem... cara o donarem é FODA!
Você vai dormir com os anjos!!!
Aguarde!!!
A maior parte dessa luta você enfrenta sozinho Rob.
Mas, saiba que nos momentos em que você precisar de ajuda, estaremos todos aqui ao seu lado, amigo.
Grande abraço
Ei, Rob, não sei qual foi o veredicto de sua médica, mas saiba que só de você reconhecer seus demônios, saber o que faz as coisas ficarem feias, enfim, você pode não ver, mas está muito melhor. O resto é trabalho. Nada de preguiça, hein? Como os colegas de blog disseram, estamos aqui e continuaremos aqui pra você. Beijão!
Acho que, incrivelmente, você estava melhor com aqueles demônios do setor que usa você como cobaia para os novos brinquedos do inferno do que com esses novos...
Espero que eles (os anteriores, claro) consigam tomar sua posse novamente.
O mais difícil você já fez Rob, deu o primeiro passo e se assumiu como é. Se já me identificava com você antes, agora então nem se fala! Assim como no twitter, eu vou estar sempre aqui.
Beijos na alma!
Layla Barlavento
culpadowalter.blogspot.com
Tula:
Obrigado pelo elogios aos textos. Muito obrigado de verdade. Esses mais pesados, especialmente os que abordo a depressão, creio que eles são apenas sinceros. Como eu disse, é uma forma que encontrei de conversar comigo mesmo sobre a doença, e de lidar com ela melhor.
Quanto ao Donaren, eu fiquei impressionado de verdade. Nos dois que tomei, duas horas depois eu estava completamente dopado de sono, sem conseguir ficar acordado. Bastou deitar e dormir, nas duas noites, e isso tem me feito muito, muito bem.
Obrigado pela mensagem!
Beijos
Rob
Frank:
Só de saber que vocês estão aí, dando apoio, fica tudo mais fácil, de verdade. Como eu já disse antes - creio que no próprio post - eu me sinto menos "freak" por me sentir assim, e isso é absurdamente importante quando o assunto é "eu enfrentando a doença".
Valeu, cara. Valeu de verdade!
Abraços
Rob
Renata de Toledo:
Realmente, os demônios ainda são bastante confusos para mim em alguns apsectos, mas concordo com você: só de saber quais são eles já é sinal de melhora. É um primeiro passo. :)
Obrigado, de verdade!
Beijos
Rob
Varotto:
Torcendo - e com certeza - de que logo aqueles demônios bem mais divertidos tomarão posse de novo. Basta apenas esperar e exorcisar estes atuais, antes.
Obrigado pela amizade, cara!
Abração
Rob
Layla:
Não sei se é certo o que dizem, sobre o primeiro passo ser o mais difícil, mas, aqui no meu caso, ele foi bem difícil. Mas, por outro lado, foi bem importante. Bem importante mesmo.
Obrigado pelo apoio!
Beijos
Rob
É isso aí camarada. E como você deve estar checando os comentários mais frequentemente do que os e-mails, saiba que eu desapareci, mas continuei na torcida.
Saí do país por duas semanas para umas férias em família e fiquei completamente fora do mundo virtual (tipo 5247 e-mails para checar na volta). Mas já estou na área.
I'm back in the saddle again!
Rob, pleeeease, faz uma aula experimental de ioga. Eu sei que tô correndo o risco de ser a chata, mas eu sei o quanto ajuda a relaxar - e, consequentemente, a dormir. Escolha um horário à noite, e sinta o efeito. Porque uma boa noite de sono também é um santo remédio.
Continua te cuidando.
Rob, gostaria de lhe mandar uma mensagem, mas por e-mail, por ter coisas pessoais... acha que seria possível?
Caso sim, me mande um e-mail, para que eu possa responder com a mensagem:
vinicius.acesita@gmail.com
obg!
Ah, Rob, que coisa boa ouvir dessa sua nova vitória! Que bom ouvir que você passou uma noite sozinho e bem!
Eu - sou esquisita, eu sei - adoro ficar sozinha em alguns momentos. Primeiro porque gosto da minha própria companhia (egocentrismo mode: on; modéstia mode: off) e depois porque a gente já convive com tanta gente e fala tanto no nosso dia a dia (talvez nem todo mundo, mas eu falo pacarai) que as vezes eu tenho vontade de ficar só, calada, organizando a vida mental e digerindo as coisas do mundo. E acho gostoso ficar comigo mesma, acho prazeroso ter esses momentos dedicados a mim. Eu espero que você (re)descubra o gosto bom de ficar sozinho, de ficar bem em sua própria companhia, de ter prazer em ficar só (talvez assim mesmo, com seus livros e revistas e DVDs e músicas...). Se sua companhia é ótima pra gente, por que não seria para você mesmo, certo?
Varotto:
Bem vindo de volta!
Abraços!
Rob
Silvia
Estou pensando em começar atividades físicas sim, e a yoga pode ser uma ótima saída, porque qualquer esforço físico me cansa com muita facilidade. Vou ler mais a respeito sim, mas, de qualquer forma, obrigado pela sugestão!
Beijos e obrigado pela mensagem!
Rob
Fox:
Desculpe a demora em responder, mas estou encaminhando um mail para você ainda hoje.
Abraços!
Rob
Kel
Eu concordo demais com tudo o que você disse, e sempre gostei de ter tempo para mim. Sempre adorei o "silêncio" dos dias em que podia fazer as minhas coisas, ler meus livros, ver meus filmes, jogar meus games, ou apenas brincar com o Besta-fera. E eu sei que isso vai voltar. Tenho certeza.
Mas no momento ainda é arriscado. E não porque eu não goste, mas porque basta eu ficar sozinho para começar a pensar coisas que não deveria (ou, melhor dizendo, de uma forma que eu não deveria) e que começam a me puxar para baixo novamente.
A minha última grande crise aconteceu numa sexta-feira, exatamente uma semana antes da consulta com a psiquiatra. A Ana foi para casa dela na quinta e voltou para cá na sexta à noite. Quando ela saiu, eu estava bem; quando ela voltou, eu estava totalmente de volta à estaca zero. Foi horrível, acredite. Não apenas pelo que eu sentia, mas pela sensação de não ter melhorado nada, junto ao pânico da ideia de "eu nunca vou melhorar".
De lá para cá, eu e a Ana combinamos um plano de emergência, no qual eu não fico mais sozinho. Estou 95% do tempo com a Ana e o resto do tempo com meus pais, meu irmão ou algum amigo.
Esta noite que eu fiquei sozinho pela primeira vez depois de todo este tempo foi um teste... Foi bastante difícil - e estranho, porque eu não estava mais acostumado a ficar sozinho - mas consegui. Não fiquei 100% bem, senti um certo desconforto misturado com desânimo, mas consegui chegar inteiro no dia seguinte.
Foi um passo. Agora, o prazer que eu sinto em ficar sozinho às vezes vai voltar sim, tenho certeza!
Muito, muito obrigado mesmo, pela mensagem.
Beijos
Rob
Como uma leitora que nunca comenta, sempre acho necessário me apresentar... rs
Acompanho o seu blog desde sempre, e devido a isto sinto um carinho muito grande por ti.
Estes ultimos tempos estive meio ausente da internet e nao pude deixar um comentário antes. Mas gostaria que soubesse que estou torcendo muito por você, e que de alguma maneira, tenho certeza que irá sair desta logo.
Aproveito para deixar um convite, que sabendo que é fã de videogame e musica clássica, acredito que irá gostar:
http://sinfonicadelimeira.com/2011/10/06/concerto-de-videogame-na-proxima-semana/
Sei que fica meio longe, mas quem sabe vc não tem a oportunidade de assistir...
Mais uma vez, aproveito para dizer que estou torcendo muito por voce nesta fase.
Yole:
Muito obrigado pelo carinho e pela torcida! E, muito importante, obrigado por decidir comentar nesta hora tão importante. E eu vou sair disso, sim, tenho certeza!
Obrigado pelo convite! Está muito em cima, mas deu água na boca, sim!Vou olhar com carinho!
Beijos e muito, muito obrigado!
Rob
Então, posso estar chovendo no molhado, porque foi em setembro esse post e nada indica que isso já não foi tratado.
Mas, já convivi com alguém com Síndrome do Pânico, e uma coisa que você relatou me deixou em alerta: o fato de você ainda estar evitando lugares.
A pessoa a que me referi não conseguia ir ao cinema (entre outros lugares). Depois de alguns meses, foi diagnosticado, começou a tomar remédio e as crises passaram. Mas continuou a evitar cinemas. Um dia, eu insisti e fomos ver um desenho animado (A Era do Gelo). E veio uma crise com menos de 5 minutos de filme. Eu insisti que isso fosse relatado ao médico (coisa que a pessoa não queria fazer pois achou que não tinha importância: era só evitar o cinema!). Quando o médico soube, se assustou, pois pensava que a pessoa estava conseguindo, com a ajuda dos remédios, levar a vida normalmente sem se privar de nada. Resultado: aumentou a dose dos remédios.
Então, se você já contou isso pra sua médica, ótimo. Conte tudo mesmo, porque ela precisa saber pra te dar a dosagem correta. Caso contrário, não deixe de falar na próxima consulta.
Depressão e Síndrome do Pânico são doenças sérias.
Desculpe se falei o óbvio.
Postar um comentário