Não foi muito tempo. Somente quatro dias.
Este foi o período em que fiquei sem sequer chegar perto de um PC e mal usando o celular. Mas o suficiente para eu desaprender tudo.
Passei boa parte da manhã sentado na minha mesa estudando o teclado com a desenvoltura de um homem de Neandertal, maravilhado com aquele instrumento. Passava os dedos por ele, reconhecendo alguns dos símbolos em suas teclas, e maravilhado com um botão grande sem símbolo algum, localizado na parte inferior.
Passei boa parte da manhã também mexendo no mouse e encantado com o fato de que, na tela à minha frente, uma flechinha acompanhava todos os meus movimentos. Ainda limitado dentro da minha pré-história, cheguei até mesmo a olhar atrás da tela para ver se não tinha alguma outra pessoa (ou até mesmo uma divindade) mexendo a setinha. Não tinha ninguém. Era eu mesmo quem controlava aquela setinha na seta.
Sou o senhor da setinha!
Agora que dominei a setinha – um avanço tecnológico incrível para quem está apenas no terceiro dia do ano – é hora de começar a escrever.
Preciso fazer os tops 5 de 2010, e, claro, os posts da viagem.
Mas não consigo me concentrar. Fico apertando incansavelmente aquele botão comprido e sem símbolo algum, tentando entender porque ele faz um barulho diferente dos outros, menores.
Mas... Que barulho é esse? Parece um pássaro... Será que é o botão comprido? Não, não é. Parei de apertar e o barulho continuou.
Acho que vem dessa caixinha preta aqui ao lado. Eu me lembro disso. Como é mesmo o nome disso? Tem a ver com biologia... Ecossistema? Recessivo? Citoplasma?
Não... Não é isso. Mas é perto de citoplasma. Citoplasma... Núcleo... Célula!
Celular!
Lembrei! Isso é um telefone!
Observei a telinha. Um número que não conheço. Pelo tamanho, de outra cidade. Atendi.
– Alô?
– Já falei com ele e está tudo certo. Você vai pegar o Palio. Ele vai deixar a chave em cima da roda dianteira, da mesma forma que fez com o Golzinho. E vai estar no mesmo lugar. Resolve isso, por favor.
– Oi?
– Não tem o que errar. Só procurar a chave na roda e pegar o carro. Aí a gente vê o que faz. Abração.
– É... Ok. Abraços.
Suspirei. Finalmente, me lembrei de tudo.
Meu nome é Rob Gordon.
E, aparentemente, o ano promete.
11 comentários:
E feliz 2011.
Mudou de profissão, Rob? Virou "puxador" de carro?
Contemplem Rob Gordon, o senhor da setinha!
Que isso rob, nem puxar carro você consegue direito? Gol e Palio, pff...
E se 2011 não começasse assim não seria o Rob Gordon.
Ahahaahahahahahahaahhahahahahahaahahahahaahahahahahaahahahaahahahahaaahahaahahahahahahahahahah!
Estava faltando uma estréia de ano assim, tipicamente robgordoniana, por aqui!
Chorei imaginando a cena do Neandertal olhando pro teclado com a boca aberta e olhos abobadamente curiosos...
Bjs! E, como nunca é tarde, Feliz 2011!
Feliz 2011, Rob!
Essas coisas só acontecem contigo mesmo, né?
Ah, Mr. Gordon!
Senhor de todos os sortilégios...
Feliz 2011. Ou "dois mil e ô fase?" (ai!)
Eu pensei que era telemarketing. hahahaha
E aí, buscou o carro novo, o Palio, que deve ter sido objeto de furto?! ;D
UAAUHAUAHUA... O Rob começa o ano em grande estilo já! rsrs
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