6 de agosto de 2010

Carta Aberta ao Movimento "São Paulo para os Paulistas"

Caros:

Sou paulista. Nasci e moro em São Paulo. E, assim como vocês, sou contrário à inclusão da matéria “Cultura Nordestina” na grade escolar estadual paulista. Mas, antes que vocês me alistem em suas fileiras, deixe-me avisar que também seria contra a criação de uma matéria “Cultura Paulista” nas escolas de São Paulo, caso isso fosse proposto.

Porque a perda de tempo seria a mesma. Afinal, dada a péssima qualidade da educação pública, creio que seria extremamente mais benéfico promover melhorias no ensino como um todo, e não gastar recursos, tempo e energia com a criação de um curso com pouquíssima aplicação prática. “Cultura Nordestina” e “Cultura Paulista”, na grade escolar, teriam a mesma importância que “Cultura da Polinésia” ou “História do Basquete Húngaro”.

Contudo, fuçando aqui e aqui, descobri que este tema (a inclusão da matéria “Cultura Nordestina” na grade escolar) gerou a elaboração de uma petição online, redigida por uma Fabiana Pereira, que visa “propor formas de encarar o problema da migração”. Cabe dizer aqui que procurei o sobrenome dela pelo site inteiro do movimento e não o encontrei – mas como a primeira assinatura da petição é de uma “Fabiana Pereira”, acredito que seja a mesma pessoa.

Mas é interessante isso que vocês propõem. “O problema da migração”.

Li a petição com calma. Vocês defendem que a origem de todos, absolutamente todos os problemas de São Paulo está na presença dos nordestinos na cidade. Os altos índices de crime, a superlotação dos hospitais, o trânsito – tudo está relacionado à migração nordestina.

Ou seja, o problema não é a migração em si, mas a migração dos nordestinos. E a petição nem tenta esconder isso, ao citar, no primeiro parágrafo, que tudo isso está “relacionado à migração nordestina que a nossa terra sofreu nos últimos tempos”.

Deixe-me ver se entendi: de acordo com vocês, o problema não é alguém morar em São Paulo sem ter nascido aqui, mas sim ser nordestino e morar em São Paulo? É isso? Então, uma dúvida: se alguém nascer no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina ou Goiás e vier morar numa favela na cidade de São Paulo, sem emprego algum, bebendo o dia inteiro e roubando, será muito bem vindo aqui?

Ah, entendi. Então o problema de vocês não é a migração, mas sim a migração de um povo específico. É a migração dos nordestinos.

Mas claro que a petição, logo de cara, já se defende das acusações de racismo e preconceito. De acordo com o texto redigido pela Fabiana, “pré-conceito é um conceito prévio sobre alguém ou um grupo de pessoas. Caracteriza-se por serem SEM MOTIVOS as impressões e declarações sobre os mesmos. Basta então olhar a veracidade das afirmações feitas. Se são verdadeiras, não existe preconceitos.”

Ok. Então vamos olhar as tais “afirmações feitas”, e ver se elas possuem alguma veracidade. As palavras nordestino(s) e nordestina(s) aparecem quinze vezes no texto. Selecionei algumas aqui:

1) “São Vicente tem desde a década de 70 a maior favela do estado (Mexico 70) composta quase que unicamente por nordestinos”.

2) “A grande maioria das confusões diárias, agressões, atendimentos hospitalares, emergências, ocorrências, brigas, deslocamentos policiais, está relacionada a pessoas de origem nordestina”.

3) "Cubatão tem 89% da população de origem nordestina."

Vocês podem me dizer onde estes dados foram coletados? Quais as fontes disso tudo? Qual a porcentagem de nordestinos entre os moradores da favela México 70? Quantos deslocamentos policiais são realizados por dia? Qual o local de nascimento destes 11% residentes de Cubatão que não nasceram no Nordeste?

Não, não podem. Vocês simplesmente não têm como provar isso.

Na verdade, acredito que a Fabiana nem se preocupou com isso. Apenas tentou escrever que “São Vicente tem desde a década de 70 a maior favela do estado (Mexico 70), e só tem baiano lá dentro” de uma forma um pouco mais erudita. E não venha dizer que não é essa a idéia, porque é exatamente isso que vocês querem passar: “A vida em São Paulo está uma bosta porque só tem baiano aqui dentro.”

As semelhanças com o nazismo, ou com qualquer outra forma de fascismo, chegam a doer de tão óbvias.

O texto se opõe à violência e deseja revisões nas leis, fazendo com que elas dêem privilégios aos paulistas (os verdadeiros donos da terra) e uma redistribuição de renda nacional, de forma que São Paulo fique com a maior parte do que produz. E, claro, a valorização da verdadeira cultura paulista.

Ou seja, nada de violência. Apenas uma revisão nas leis. Preservação da cultura. Mais nada.

Da mesma forma que o Partido Nazista, antes de promover o Holocausto, chegou ao poder na Alemanha utilizando os mesmos recursos, aproveitando a crise econômica do país para criar uma política que atacava “os inimigos do povo alemão”. Ah, e dentro da sua máquina de propaganda, estavam também eventos que promoviam a “verdadeira cultura alemã”.

Mas claro que, da forma mais previsível possível, o texto da petição deixa claro, logo de cara, que a proposta é diferente.

Aliás, deixe-me dar uma dica para vocês: quando uma pessoa já abre seu discurso insistindo no fato de não ser nazista, antes mesmo de apresentar suas idéias, é porque a probabilidade desta pessoa ser nazista é altíssima. Desculpe o baixo calão, mas é a mesma história da pessoa que grita “não fui eu quem peidei!” antes mesmo de alguém reclamar do cheiro.

Mas o meu baixo calão (novamente, me desculpe por isso) se encaixa perfeitamente neste texto. Com todo respeito, sua petição fede à merda. Tanto em forma quanto em conteúdo.

Vocês não têm como provar os fatos que apresentam. Bem, eu tenho.

No site da petição, está escrito que nos comentários “não são permitidas expressões ofensivas, racismo, nazismo, baixo calão, nomes de candidatos, ou qualquer ação ilegal.”. E existem, realmente, comentários que foram rejeitados. Ou seja, todos os comentários publicados foram aprovados pela moderação – e teoricamente, estão de acordo com o que vocês propõem e desejam.

Olhei um por um, com calma. E não vou humilhar vocês abordando os comentários do tipo “São Paulo Rules” ou “É noiz” que vi entre as assinaturas. Creio que isso seja um problema interno de vocês, provavelmente uma falha na sua racinha superior.

Entre as pérolas, estão “Paulistas ás (sic) armas”, assinado por Wesley (assinatura 344). Mais para frente, o Rogério (635) colocou o mesmo texto, apenas corrigindo a crase. Já a Márcia Augusto (557) avisa: “Saberemos que essa não será uma luta fácil (...) haverá também os futuros rótulos que a camara (sic) nos dará. Afinal, a peste está em maioria...”.

Por fim, aquele que talvez seja o mais emblemático: “Temos que criar um movimento, sem violência (mas se precisar, paulista nada teme) mas com passeatas, campanhas,defendendo os direitos de nós PAULISTAS, com o nome por exemplo de R.A.P(revolta armada paulista) ou R.P (revolta paulista) (...)”, do Nilo Marques (229).

Armas? Peste? Revolta Armada (mas, claro, sem violência)?

Ou seja, dependendo de vocês, em poucos meses o estado teria campos de concentração e os nordestinos seriam obrigados a se identificarem nas ruas usando braçadeiras, provavelmente com uma sanfona ou um chapéu de cangaceiro.

Porque, se vocês parassem de ler um pouco sobre a Revolução de 32 no Wikipedia, e se interessassem por outros assuntos, veriam que não existe nenhuma ou quase nenhuma diferença entre a forma que vocês enxergam a presença de nordestinos em São Paulo e o modo que o Partido Nazista alemão encarava a presença dos judeus em seu país.

Minto. Existe sim. Ao contrário do Partido Nazista, que conseguiu unir um povo inteiro (se para o bem ou para mal, não importa neste meu argumento), a incompetência de vocês é latente.

A petição conquistou, em meses, pouco mais de 700 assinaturas. 700 pessoas. Isso, num estado com uma população superior a 41 milhões. Só na minha rua, que nem é exatamente grande (tem quatro quadras), devem existir mais pessoas que isso.

Mesmo assim vocês não desistem. A idéia agora é organizar o Movimento Juventude Paulistana.

Aliás, um parênteses: vocês poderiam se decidir, de uma vez por todas, se vocês estão falando do estado de São Paulo ou da cidade de São Paulo? Porque a cada hora vocês se referem a um deles, e a impressão que tive é que o nome Juventude Paulista não foi usado apenas porque rima com Juventude Hitlerista.

O interessante é que a cada passo, vocês se atrapalham ainda mais. E, desculpem derrubar seu castelinho de cartas. Aliás, vocês mesmos desmentem o seu manifesto. Lá, vocês dizem que todos os problemas de São Paulo são decorrentes da migração nordestina.

Mas, infelizmente (para vocês), nenhum nordestino tem culpa no fato de vocês serem absurdamente burros.

E a burrice fica mais clara ainda, nesta entrevista de William Godoy Navarro, de 22 anos, ao portal Terra. Antes, vale ressaltar que Navarro foi escolhido pelo grupo para ser o porta-voz da iniciativa, já que ele possui um discurso “mais moderado”. Ou seja, a preocupação em não soar nazista é evidente – provavelmente, a Fabiana começaria todas suas respostas gritando “Sieg Heil” e exigiria ser chamada de Führer pela jornalista.

Mas vamos deixar de lado o caráter nazi-fascista da coisa e nos concentrarmos na boçalidade das respostas, que são de um primor poucas vezes visto.

Logo na segunda reposta, Navarro deixa claro que não apóia a petição. Vejam: ele não apóia justamente o texto que está representando. Ou seja, desta forma, creio que poderiam colocar qualquer pessoa – incluindo um nordestino – para conceder a entrevista.

A determinação de vocês em se mostrarem imbecis prossegue nas respostas de Navarro, esbanjando contradições (“existe um movimento separatista, que é o MRSP, Movimento República de São Paulo, mas a gente não faz parte. A gente apoia o MRSP, mas não apoia a ideia de separar São Paulo do Brasil") e covardia (“a Fabiana foi muito ousada, colocou palavras bastante fortes nesse manifesto. Por isso que vamos mudá-lo").

A idéia de Navarro é organizar um protesto na ponte Estaiada. “A gente vai fazer alguma coisa na ponte estaiada. Uma faixa, uma mobilização que chame a atenção dos principais veículos de comunicação de São Paulo.” Ou seja, aparentemente vocês se preocupam tanto com os nordestinos perturbando a ordem, que não encontraram tempo para pesquisarem o fato de que a colocação de faixas (seja ela por baianos, amazonenses, capixabas ou – pasmem! – até mesmo paulistas), é proibida pela prefeitura de São Paulo.

A cereja do bolo, contudo, surge quando a jornalista pergunta: “No manifesto, vocês dizem que os "migrantes não construíram São Paulo por serem alocados na construção civil. Seja desmentida tal falácia". Você acha que isso é realmente uma falácia?”.

A resposta de Navarro faz qualquer cidadão que lutou na Revolução de 32 corar de vergonha:

- Essa parte do manifesto não li.

Ponto para os nordestinos.

Então, uma última dica: antes de ficarem repetindo clichês típicos de meninos de 12 anos que ficam trancados dentro de palacetes, observando o mundo da janela sem jamais pisar nele, aprendam a pensar por conta própria. Não, isso já seria pedir demais. Aprendam ao menos a pensar, isso já seria um grande avanço.

Porque, ao invés de ficarem repetindo “Non Ducor, Duco” (para quem não sabe, é a frase escrita no brasão da cidade de São Paulo, e significa “não sou conduzido, conduzo”) a torto e a direito, lembrem-se que, caso você decida “conduzir”, é razoavelmente importante saber para onde conduzir. E vocês, aparentemente, não pararam, em momento algum, para pensar nisso.

Por fim, caso um dia vocês sejam vitoriosos, conquistem o poder, a versão do Minha Luta assinada pela Fabiana seja vendido em todas as livrarias e a matéria “Cultura Paulista” seja inserida na grade escolar, não se esqueçam de ensinarem aos seus alunos que os Bandeirantes eram, antes de tudo, bandidos que assassinavam, estupravam e escravizavam índios, além de roubarem recursos minerais – muitas vezes em regiões onde hoje estão outros estados. E que isto é uma boa (senão a maior) parte da riqueza que serviu como base para o crescimento inicial de São Paulo.

Seria a primeira informação realmente verdadeira que viria de vocês.

Passar bem.

PS – O segundo item de seu manifestozinho informa que “Proibir a livre manifestação do pensamento é pretender a proibição do pensamento e obter a unanimidade autoritária, arbitrária e irreal”. Sendo assim, obrigado por me concederem o direito a redigir esta carta.

67 comentários:

Tyler Bazz disse...

Como paulista, filho de paulistas, neto de italianos e espanhois, não poderia deixar de concordar com a carta toda. Esse manifesto, ou movimento, só não pode ser chamado de ridículo e cômico se não fosse extremamente preconceituoso, nazista mesmo.

Da mesma forma que o manifesto, a entrevista em defesa dele é um primor. Queria copiar um trecho aqui:

"
A ideia é abrandar o discurso para conseguir adesão, não impactar tanto?
- A gente está utilizando métodos de publicidade, de promoção e de marketing, estudo de teses de algumas pessoas, que a gente está elaborando, para poder montar o movimento. A gente quer fazer algo que conquiste o maior número de pessoas possível.Estamos conseguindo adesão de algumas pessoas com influência. A gente tem o presidente de um centro acadêmico de um curso na USP.

Qual curso?
- Ele não me deu autorização para falar.

Mas vocês querem manter o anonimato?
- Ele quer.

Não faz muito sentido. Se vocês querem dar visibilidade ao tema, soa incoerente.
- Ele está representando a comunidade japonesa. É descendente. E tem outras pessoas que trabalham com ele. Eu, do Centro Acadêmico da UNIP, outros de outras instituições. Anhembi-Morumbi... A gente está pegando pessoal da UNINOVE também, da Barra Funda. É um movimento de universitários."

Vamos lá:
1. Qual o nível de influência de um presidente de centro acadêmico de um curso da USP? É tão grande assim?
2. O cara quer se manter anônimo. Ele APOIA um movimento nazista, e quer se manter anônimo. A repórter já sacou a incoerência, o porta-voz do movimento ainda não.
3. "Ele está representando a comunidade japonesa. É decendente." - Deixa eu ver se entendi, ele é descendente.. DE IMIGRANTES???

SIM! Igual eu e a maioria dos leitores deste texto, e a maioria dos participantes do "movimento", com certeza.

No fim das contas, alguém está sendo motivo de chacota nessa história:

OU o tal presidente de CA resolveu falar pra 'galerinha do manifesto' que apoia, mas anonimamente, e ver até onde a imbecilidade vai.

OU o tal presidente de CA apoia de fato. Mostrando o tamanho da própria imbecilidade.


Mas, o melhor de tudo: o defensor do manifesto não o leu por completo. Encerro aqui.

Pedro Lucas Rocha Cabral de Vasconcellos disse...

Simplesmente sensacional. Não tive paciência nem para ler o manifesto todo, a vergonha alheia foi demais para mim.

Eu até pensei em ficar preocupado com esse movimento, mas no segundo parágrafo eu já estava bem tranquilo, as propostas são tão ridículas, e mal fundamentadas, que só mesmo o paulista mais obtuso apoiaria esse projeto.

As cartas abertas do champ são espetaculares, mas essa foi de longe, a melhor.

Esperemos que a tal Fabiana leia e venha comentar, será hilário.

vivis disse...

Parabéns pelo texto.

Se for pra deixar só paulista em São Paulo, então só vai ficar o pessoal da reserva indígena de Parelheiros.

e de novo: muito bom seu texto :)

Varotto disse...

Fucking morons...

Não vou nem comentar a excrescência que é um movimento racista deste, ou de qualquer outro, tipo porque isso já está claro.

Uma das coisas mais interessantes no racismo, é como ele é relativo. Qualquer participante de um destes movimentos raça pura, nossa "classe ariana" aqui do Brasil, essa mistureba que chamamos de país, provavelmente seria espancado se passasse perto de um grupo de skinheads alemães por serem mestiços.

E mais, quão paulista uma pessoa precisa ser para ser o tal paulista de verdade que esses boçais querem defender?

O Tyler, por exemplo, que é da segunda geração, pode se candidatar?

E a miríade de italianos e japoneses (e seus descendentes) que povoam a cidade teriam direito a conseguir uma carteirinha desse clube tão exclusivo?
(de repente, a tal Fabiana e seu bando de imbecilóides acham que imigrante internacional é coisa mais chique).

Novamente: fucking morons...

Natalia Máximo disse...

Bravo, Rob. Eu fiquei tão indignada com a entrevista, com o absurdo do manifesto que ainda estou tentando digerir (mesmo sem valer a pena).
Concordo com tudo que você disse, sem tirar uma letra. Espero que sua carta chegue aos responsáveis por tamanha besteira, para ver se eles se dão conta de quanto babaquice estão defendendo.
E, só para acrescentar: sou paulistana, morei (e moro) em São Paulo minha vida inteira, tenho 19 anos e sou universitária. Me encaixo em todas as características da maioria das pessoas que assinaram ese manifesto. Mas, diferentemente dessas pessoas, fui muito bem educada - e meus pais, veja só isso, não são paulistanos. Meu pai é do interior e minha mãe é mineira - e, antes de qualquer coisa, aprendi a respeitar os outros, independente de classe, cor, origem, crença.
E são eles, essas pessoas que não nasceram aqui, que não tem nenhum laço com essa cidade, que, de acordo com esse manifesto esdrúxulo, são tão indignas dessa terra, são meus exemplos de vida e em quem me projeto - hoje e sempre - para ser alguém no futuro.
E, sim, sou o que pode ser chamado de "paulistana da gema". Amo minha cidade, sempre achei um lugar incrível; sou completamente apaixonada por São Paulo. Tenho certeza que os responsáveis por esse movimento também pensam assim.
Mas o que eles esqueceram foi que São Paulo seria um lixo de cidade se não tivesse todas as culturas que tem, todas as influências que agrega, todas as pessoas que acrescentam valores importantíssimos a esse lugar.
(Falei muito e num falei nada. Mas obrigada pelo espaço, Rob)

Vinicius Duarte disse...

Estava fazendo um post esculhambando esses imbecis, mas você me poupou de escarafunchar esse lixo.

Obrigado.

Climão Tahiti disse...

Sou estrangeiro.

Não posso me envolver nessa briga ou a SS desse pessoal vai me matar.

Bando de ******...

Varotto disse...

Ihhh... Dei mole. Já estou na lista para eliminação...

Bel Lucyk disse...

Rob,

não sou paulista ou nordestina, mas sou brasileira e me envergonho com essas coisas.
Parabéns pelo texto. Não é uma petição online, mas esse eu me orgulho de assinar embaixo! =)

Cilla Carvalho disse...

Rob,

Adoro suas cartas abertas!
Essa está ainda mais fantástica que as outras... Confesso que a primeira vez que vi o site do "movimento", demorei pra acreditar que não era fake, criado apenas para polemizar. Uma vergonha.

Lígia disse...

E eu, que sou filha, neta, bisneta, prima e sobrinha de baianos, que calhei de nascer aqui, e que de vez em quando como uns acarajés com vatapá e solto uns "oxê!", como fico????

Marina disse...

Eles ainda são contra a migração de pessoas do interior paulista pra São Paulo. Bando de arrombados.

patricia disse...

Bravo!

Renata Santos disse...

Este Rob, é, infelizmente, o "preço" da democracia e da liberdade de expressão.
Penso ser pequeno face à magnitude que é ser livre.
A gente acaba ouvindo este tipo de atrocidade, e grande parte das pessoas sequer se dá ao trabalho de prestar atenção, e de fazer o que vc acabou de fazer, mostrar sua total indignação, e fazer isso de maneira responsável, decente.
Mesmo assim, ando tão temerosa das leis que vêem sendo editadas (não bote fumar, xingar, bater, zoar) não pelo seu conteúdo mas pela forma, que ainda prefiro ouvir essa gente "careta e covarde" falar esses absurdos e poder responder, do que sermos todos condenados ao silêncio.
Lindo texto.
Viva! A liberdade de expressãO!!!
Lindo texto.

Stephanie disse...

Rob,

eu gosto muita das suas cartas, da lucidez coma qual você argumenta e expõe as falhas em discursos cambetas, cínicos e reducionistas.

Aqui no Rio volta e meia tem algum comentário do tipo: se os "paraíbas" (forma como são chamados os todos os nordestinos por aqui) voltassem pra sua terra, os morros ficariam vazios!

como se fosse muito simples, como se a classe média que brada esse discurso não ficaria sem doméstica, porteiro, motorista e funcionários mal remunerados de suas empresas.

aiai, esses preconceitos da classe média, de filhinhos de papai... uma coisa, viu

por essas e outras que a humanidade não dá certo.

beijos

Alícia Melo disse...

Hitler Vive!
Heil Fabiana Pereira! o/

¬¬

É isso, né? Esse é o tipo de coisa q me faz repensar a vontade de ter filhos, pq, sério, botar gente no mundo com pessoas q escrevem, e pior ainda, pensam assim é perigoso e triste.
Acho q ainda vamos ouvir falar muito dessa 'petição'.

Rob, tô com vc.
bjo

Varotto disse...

Parênteses:

Lendo o comentário da Stephanie, eu me lembrei de um filme (ao qual eu ainda não assisti), mas que mostra uma situação parecida nos EUA. Um dia todos os mexicanos da Califórnia desaparecem, o que leva a uma crise sem precedentes, já que não há que faça aqueles serviçinhos que ninguém quer.

Odil disse...

Bravo, Rob, bravo. Ontem tasquei umas tuitadas sobre esses emo-nazis, não sei se chegou a lê-las. O mais triste é: por que raios o Terra Magazine deu voz pra essa meia-dúzia de idiotas? Audiência a qquer custo? Só para polemizar? Foda, viu.

Abraço,

Odil

Hally disse...

"Sou estrangeiro.

Não posso me envolver nessa briga ou a SS desse pessoal vai me matar." [2]

E, mais uma vez, Rob se supera numa carta aberta. Parabéns!

Silvana da Costa Alves disse...

Escrevi dois comentários para o tal "manifesto" que, obviamente nem devem ter sido lidos até o final e menos ainda consideraram publicá-lo, visto que não é um espaço democrático. Afirmam que ninguém "de fora" deve meter a colher, (só aqueles que concordam com eles) e acabei escrevendo um desabafo http://tartarugamiga.blogspot.com/2010/08/por-um-movimento-pro-cultura-paulista.html que foi mal-interpretado por alguns, confirmando, infelizmente, minha sensação de discriminação.

Marina disse...

Sou a primeira nordestina a comentar? Boa parte dos meus amigos nordestinos já leram a carta antes de mim e está a maior discussão no twitter. Enfim...

Só posso dizer que é uma pena que haja tanta imbecilidade em uma mesma nação. E fico muito feliz que exista gente como o Rob e todos os leitores que aqui comentaram para provar que não somos só nós, nordestinos, que achamos esse movimento uma grande manifestação racista.

Jrgarou disse...

Q se dane!
Como se isso fosse dar em alguma coisa ou como se pudessemos mudar a mente desses tais.

Esse deve ter sido o 242º movimento desse tipo, da internet no Brasil.

Fabi disse...

Cara, desde o primeiro parágrafo, eu só tenho uma coisa pra te perguntar: você quer ser meu amigo?

Beijo e muito obrigada por ser tão eloquente e lúcido. Razão é, cada vez mais, artigo de luxo.

@eroguro disse...

Rob, meus parabéns!
Tentar colocar um pouco de juízo na cabeça dessa gurizada é uma titude louvável. E o tapa de luva que deu, com esta Carta Aberta, é de tirar o chapéu. Parabéns!

Barlavento disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Não sei nem o que comentar...
Sou mineira, moro em Minas e amo meu estado.
Já morei na Bahia, no MT e em São Paulo... e posso afirmar que existem pessoas de caráter ou sem caráter em qualquer lugar.
O que muda é que as pessoas do Sul, Sudeste e Centro Oeste tem mais oportunidades que nordestinos e nortistas.
E na verdade nós deveríamos ter orgulho desses BRASILEIROS que migram para melhores oportunidades de vida.
Seria bem melhor se estes tivessem a oportunidade que vocês "babacas" tiveram para escrever esta petição on line... acredito que seria bem mais útil.

O Antagonista disse...

Caro Rob, estou "temporariamente" afastado do mundo dos blogs, mas não pude resistir de comentar nesse tópico.

Ao contrário de você, eu não nasci, não moro e nunca fui em São Paulo. Sou nordestino, moro no nordeste desde que nasci e não tenho intenção alguma de morar em outro lugar no Brasil que fique fora da minha região.

Porém, CONCORDO inteiramente com seu texto. Sou nordestino mas não morro de amores por tudo de nosso cultura; gosto de umas coisas, não suporto outras; mas o caso é que essa proposta de incluir a cultura nordestina na grade escolar é absurda mesmo, absolutamente descabida.

Quanto ao manifesto, não me espanta em nada. Não é de hoje que existe sim o preconceito contra nordestinos. Aliás, diga-se de passagem, um dos tipos de preconceito mais aceitos em nossa sociedade. Não há punição nenhuma, censura pública ou, sequer, cara feia para quem discrimina um nordestino.

A nossa Constituição assegura o direito de ir e vir; não obstante a isso, os paulistas tão orgulhosos de suas riquezas deveriam parar e pensar de que maneira e às custas de quem essa riqueza foi construída. Para isso, seria preciso uma certa formação em história, em sociologia, em economia e uma boa pitada de bom senso.

Será mesmo preciso falar os motivos que levam os nordestinos (os mais pobres e desprotegidos daqui) a deixarem suas casas, família e amigos, abandonarem sua terra e seus costumes, para embarcarem numa aventura, geralmente, frustrante e escravizadora? Não, não é. Todos já sabem!

Quero, por fim, parabenizá-lo pelo equilíbrio e bom senso de seu texto, e convidá-lo a, no dia, mês e ano que você puder e quiser, visitar nossa terra, conhecê-la e desfrutá-la. Em JP e/ou Natal, farei questão de recebê-lo em minha casa. Verás, então, que aqui é uma terra linda, cheia de belezas naturais e culturais, cheia de pessoas sorridentes e de bem com a vida. E, por fim, verás que ao revelar que és paulista, serás tao bem tratado quanto qualquer outro de outra origem, porque a riqueza com a qual nos preocupamos é outra.

Valeu!

Chantinon disse...

Rob,
Seu texto tocou em duas coisas mais importantes que esse "movimento de desocupados":
1. A propaganda Nazista
2. A Educação no Brasil

Votei 2 vezes em FHC esperando que por ele ser um homem de alto nível intelectual, a educação melhoraria. Seus governos promoveram uma reforma educacional, e não foi para melhor. Criaram um sistema onde metas são fantasias numéricas criadas para exibir números de uma forma escalonar onde "crescimento é tudo".
Votei em Lula quando não tinha mais outra opção. Ou ele ou Serra, e eu nunca gostei do Serra (nem do Lula).

Mas nunca imaginei ver um país inteiro acreditar em propagandas ao ponto de um governante conseguir +80% de aceitação.

Não é que eu seja contra o Lula, eu sou contra o sistema que ele ajudou a criar. Foram construídas várias escolas e faculdades, é verdade. Como também se distribui bolsas e renda (No estado mais beneficiado pelo bolsa familia, o valor da esmola corresponde a 0,3% do PIB do estado, PE)

Tenho que assumir que estou me tornando menos tolerante, e isso é reflexo da injustiça presente e latente. E ver pessoas tão jovens assinando coisas desse tipo, me faz odiar gente burra.

O grande problema é que os burros hoje tem voz, poder... Ou pelo menos pensam que tem. E é assim que os dominantes querem, um povo iludido.

O populismo foi inventado exatamente por Hitler, e se eu fosse um alemão naquela época, com um sujeito me prometendo justiça e que a paz reinaria na Alemanha, certamente ele ganharia meu voto.
A socióloga Maria Lucia Victor Barbosa lembrou muito bem essa estratégia:
http://por-outrolado.blogspot.com/2009/04/nazismo-tropicalista.html

O maior problema é que sem educação, esses movimentos crescem, e se multiplicam.

Vendemos a imagem de que o Brasil é um país pacifico e alegre, povo caloroso e amigável. Esquecem de dizer que nossos avós já incentivavam o ódio pelos ricos, ou pelos pobres, ou negros ou nordestinos.

Fui um dos que acreditavam ser a internet a solução para a educação. Me enganei muito. Os erros começam em casa, na escola... Quando não se tem uma base firme, o poder corrompe. Esses "manifestantes" também são vitimas, como os nordestinos, negros e gays... E mesmo sabendo disso, odeio eles por serem burros.
E eu culpo o sistema por me fazer sentir algo tão ruim.

(não tenho partido, votarei em branco... Se a urna deixar dessa vez)

Chantinon disse...

Sobre o comentário do Vladir Duarte:
Cara, eu sou Pernambucano, já morei em João Pessoa e o Rio Grande do Norte pra mim é o lugar mais bonito do Brasil.
Mesmo você sendo amigável e conciso, note você mesmo o tom de crítica a "riqueza". Esse papo de "às custas de quem essa riqueza foi construída" não cola mais.
Desses 2 ultimos anos de governo "socialista" eu vi unicamente ricos ficando mais ricos, e eles agora se autodenominam, socialista. :P

Aconselho a todo nordestino visitar SP, RS, SC, PR... Como todos os países continentais temos grandes diferenças. Mas uma das coisas que eu adoro em SP é poder conversar com um pedreiro que sabe falar, tem dialética e conhecimento geral. A miséria tosca que você vê na TV existe sim, mas o Luciano Huck ou Silvio Santos gostam de exibir o mais excluído de todos, é um circo.

Mesmo tendo cara de "gringo" já passei por um constrangimento por ser nordestino em SP, e o sujeito realmente iria partir para violência, somente por ver um nordestino do lado dele.

Mas aqui no NE já vi pessoas próxima a mim xingando Cariocas, Paulistas, Alemães...

Quanto mais o Nordestino for tratado como "coitadinho" mais isso existirá.

Os nordestinos não precisam de esmolas. São tão trabalhadores ou vagabundos como qualquer outro brasileiro. Sofrem ou se divertem como qualquer um outro...
Infelizmente somos mais vulneráveis a miséria, já que aqui existe a cultura de ser pobre é bonito, ser humilde diante dos poderosos e só reclamar falando baixinho pelas costas.

Existe uma forma simples de explicar...

Conheci um jovem cubano, e desses que conviveu com pessoas de esquerda radical desde que chegou ao Brasil. Morou em Brasilia, Recife e agora está em São Paulo.
Segundo as palavras dele: O melhor lugar que já morou no Brasil.

Ele tem uma vida pobre lá, como eram nos demais lugaes. A diferença é a oportunidade e a cultura, que propiciam o crescimento da pessoa, não só do dinheiro.

Adoro São Paulo, adoro Natal, e sei que gente idiota tem em qualquer lugar.

Unknown disse...

Ola

Sou paraibano, e eu tenho a dizer que essa foi a melhor coisa que li na net desde o "laçamento" do tal manifesto.
E gostaria de compartilhar, que aqui na minha cidade, muitas pessoas do sudeste, e principalmente de SP, quando se aposentam ou ou estam perto disto, vem para ca e sossegar. Seja para passar ferias ou para morar.
Que é uma coisa que nao acho ruim, acho bom, ja temos um pais com tantas misturas. E ser neo-nazi, nazi (ou sei la o que) aqui no Brasil...

Lua Durand disse...

Olá, Rob.
Sou Nordestina, mais precisamente Pernambucana. Nunca fui a São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, ou qualquer outro Estado Brasileiro abaixo do Norte/Nordeste no mapa geográfico do País.
Sou estudante universitária, estudo na Universidade Federal do Estado em que moro. Graças a minha mãe, tive acesso a educação de qualidade (que infelizmente no nosso país não é a pública) que me propiciasse ingressar numa Universidade de qualidade e melhor ainda, gratuita. Sim, porque as politicas educacionais no nosso país, são medidas paliativas para educação básica e fundamentadas em intensa propaganda, e ao menos o ensino superior público é de alguma qualidade, mas não alcança a todos.
Ainda sobram (na verdade, são maioria) outras oportunidades nas faculdades e universidades particulares, com preços muitas vezes exorbitantes. Mas, ainda assim, tem muita gente que não pode pagar, que não tem acesso a educação de qualidade, seja básica ou superior porque não pode pagar. Vejamos nós, que Educação de qualidade a todos, deveria ser garantida pelo Estado, mais ainda, pelo País, enfim.
Muitas destas pessoas que não tem acesso a determinadas oportunidades na vida, acabam por ir "tentar a vida" em outro lugar, acreditando nas promessas (não prometidas) de que seria mais fácil, conseguir emprego, dinheiro, viver, sobreviver.
Essas pessoas podem não possuir educação (no sentido de intelectualização), mas possuem Cultura (no sentido antropológico), possuem seus valores, suas crenças, seus medos e anseios também.
São Paulo pode até sofrer realmente, com problemas demográficos, de trânsito, superlotação em hospitais, entre outras coisas, vejamos nós, que esses problemas também ocorrem, ainda que em menores proporções, em outros Estados Brasileiros. Enquanto isso, em São Paulo, os jovens (que no discurso de muitos são o futuro do país) se preocupam com a "limpeza cultural" do seu Estado ou Cidade, colocando a raiz de todos os problemas nas massas migrantes que aí se acomodaram, e não lembram que no mais das vezes, foram os nordestinos que limparam a sua casa todos os dias, ou preparam as suas refeições, dirigiram os carros, construiram os prédios, sem eles, quem iria fazer esses serviços. Será que as pessoas que redigem e assinam esse Manifesto, iriam "descer" dos seus "altos níveis de intelectualização" para limpar a casa, dirigir um ônibus, tapar os buracos das ruas? Será?.
Esses jovens, ganhariam mais em procurar soluções eficientes para esses problemas, que afetam não só a São Paulo (mas não desconsideraremos aqui as proporções do problema aí) ao invés de perderem tempo e neurônios, apostando em idéias Autocratas, que mesmo maquiadas, por trás escondem profundas semelhanças com o Nazismo de Adolf, o Fascismo de Franco, ou Benito. Que Fabianas e Willians nos poupem [nós brasileiros] de tamanha vergonha. Lembremos sempre, que num país de grandes proporções continentais como o Brasil, e com a história de colonização aqui ocorrida, não há um ser nascido nesta terra que não traga em seu sangue uma mistura, ainda que infíma. No projeto da Unesco de 1950, os pesquisadores vieram estudar raça no Brasil, porque consideravam aqui como o "paraíso racial", onde pessoas de diferentes ascendências conviviam pacificamente. Não, não somos esse paraíso, mas é fato que não temos nosso sangue "puro", e é isso que nos torna a todos, diferentes. E pequenas são as pessoas que julgam que nessas diferenças existem superiores ou inferiores, isso lembra e muito um ponto de estudo da Antropologia Cultural que é o Etnocentrismo.

Bom, Rob.
Queria agradecer a você, por mais esta Carta Aberta, que vem a falar com fundamentos, por muitos de nós, que também sentimos a mesma indignação.
E agradecer também, pelo espaço aqui concedido, para TODOS, poderem se expressar.
Se essa sua Carta Aberta fosse um manifesto, eu assinaria em baixo.

p.s.: Quando você e a Sra. Gordon, vierem a Pernambuco, avisem, terei o maior prazer em receber vocês!

Abraço.
Lua.

Kel Sodre disse...

É interessante ver como o discurso se repete em várias partes do mundo. O primeiro caso que ganhou a História foi o fascismo italiano; depois veio o nazismo alemão. Esse povinho aí não vai ganhar tamanha notoriedade - porque são de uma incompetência ímpar - mas repetem um discurso velho e desgastado, ainda que não o queiram admitir. É o mesmo que fazem os italianos hoje em dia com romenos e albaneses: estupros, roubos, assaltos, tudo culpa dos "rom". E, vê lá, eles têm Berlusconi - mafioso; filiado à Lega Nord, partido fascista italiano; metido com todos os tipos de trambique possíeis - como presidente. As eleições estão aí, cuidado para não ter um similar tupiniquim no governo de São Paulo.

Nelson disse...

Essas horas dá vergonha de ser paulista, e o pior é que conversando por aí, tem muito idiota que acha que esse conceito nazipaulista está certo.

Os idiotas se orgulham de morar numa megalópole, mas não pensam que se não fossem os migrantes (tanto nordestinos como de outras áreas do país, ou mesmo imigrantes de outros países), São Paulo não teria 5% do tamanho que tem.

E pensar que o Brasil é reconhecido pela hospitalidade de seu povo, rs.

Uma dica a nazipaulistas: mudem de estado, ou mesmo de país. Vão lá pros EUA pra ver como é boa a vida de imigrante, e quem sabe o cérebro evolue um pouco.

Joelson disse...

Não se pode tapar com a peneira algumas observações que passaram totalmente obscuras dos comentários aqui,é real que maioria dos moradores de rua,que se drogam,alguns roubam,destroem e sujam,sejam realmente de pessoas vindos do norte/nordeste e centro oeste,quem trabalha em centros de recuperação sabe disto,a preocupação é controlar esta entrada como diz claramente na estrevista,nao so de nordestinos,mas também de outros estados,nao podemos ser tão hipocristas como alguns foram aqui e atribuir que no texto so fala dos nordestinos,leiam a entrevista se isto sabem fazer,claro..nao concordo inteiramente com tudo,criar disciplinas com tema nordestino é puro ignorancia,paulista também seria..discordo que parte dos investimentos que são paulo arrecada seja só investido aqui,se for investido fora,melhor..desenvolve outros estados e cria mecanismos de evitar evasão de pessoas para outras regiões do pais como acontece muito aqui para cidade de são paulo,outra..invés de restringir entrada deles aqui,seria mais justo criar programas para incentivar aqueles que não conseguiram se fixar aqui,a retornarem para suas familias e cidades de origem,acho isto mais justo e parem de ser ignorantes e atribuir entrevista somente aos nordestinos..a reportagem que rapaz deu ao terra deixa claro que é de todos os estados.sejamos mais inteligentes.

André Oliveira disse...

Tendo lido o manifesto e essa carta ao movimento, não há o que se argumentar sobre a irracionalidade brutal de quem pensa que pensa e escreve um manifesto desses. Ainda bem que vivemos em tempo de liberdade de expressão, ainda que seja para expressar idiotices. Sobre o ser paulista...ou como o próprio manifesto restringe, sobre o ser 'paulistano'...eu gostaria que alguém definisse o que é ser paulistano? São Paulo, a cidade de São Paulo, uma metrópole global, não pode nunca ser enquadrada nos mesmos termos que uma Porto Alegre, Florianópolis, Recife ou Fortaleza (cidades onde já morei). Essas cidades possuem uma endogenia cultural que as caracteriza e pretender transformar São Paulo numa endogenia cultural seria ao mesmo tempo rebaixá-la de metrópole global e cosmopolita para apenas mais uma cidade qualquer e com isso diminuir o brilho e a intensidade que fazem de São Paulo o que ela é. Que fazem de São Paulo o que ela é, essa mistura, esse espaço plural, tal como Londres ou Nova York. Eu não gosto de orientais, da cultura e nem da culinária, mas eu sei que se de repente a Liberdade desaparecesse do mapa, São Paulo ficaria com um vácuo cultural. São Paulo não é uma face, são multiplas. O Paulistano não é assim também uma face, não é só o playboy que mora nos Jardins e estuda na UNIP, são múltiplas faces. O Paulistano também é o cara que acorda cedo, que pega metrô, que mora no subúrbio, que compra 'dois pastel e um chopps'. São várias cidades dentro de uma mesma cidade. Vários universos dentro um único espaço e isso faz de São Paulo o que ela é hoje. Pensar em São Paulo sem todo esse movimento migratório das diversas regiões não apenas do País, mas do mundo (vide os irmãos bolivianos e de outros países latino-americanos que se dirigem a esta cidade), seria como que uma castração intelectual, cultural, enfim, uma castração do que é. São Paulo tornaria-se numa cidadezinha qualquer. Acho que essa não é a pretensão de ninguém, nem dos próprios idealizadores desse movimento São Paulo para os Paulista(no)s (detalhe que eles hostilizam até mesmo os provenientes do interior. São Paulo é isso, é diversidade, é poder ver uma mesquita do lado de uma sinagoga, é comer baião-de-dois e dançar forró e depois ir comer churrasco com chimarrão num CTG do lado. Realmente a inclusão de uma disciplina 'cultura nordestina' serve apenas para inflamar esse tipo de sectarismo tolo e querer forjar um sentimento contra não-paulista(no)s que não existe.

Arthurius Maximus disse...

Isso não me surpreende em nada. O racismo teve sua força ampliada nesse governo de uma forma sem igual. Fomentado pelo falso preceito de combater esse mesmo racismo, o governo deu asas a um grupo que deseja apenas obter poder pela manipulação das "minorias". Hoje, ao invés de brasileiros, temos "nordestinos", "brancos", "negros" e inúmeras outras classificações.

A imbecilidade dessa gente não tem limites, da mesma forma que a ânsia pela "pureza" também não.

Esse movimento é nauseante e fruto da realidade distorcida que foi criada em nosso país graças a importação de uma realidade sectária e que jamais participamos ou vivemos.

O racismo sempre existiu, mas ele era restrito a uma minoria imbecil e atrasada da nossa população. OS racistas eram envergonhados e exercitavam seu racismo apenas particularmente em sua esfera de poder privado.

Hoje, graças ao fomento desses ideias que criaram os "afrobrasileiros", os "nordestinos", os "isso" ou os "aquilo"; os racistas ocuparam um lugar de destaque no Brasil e parecem ter perdido a vergonha de expor as suas idiotices cada vez com mais frequência.

Somos todos brasileiros e ninguém tem raça. Temos que erguer as nossas vozes de forma a calar os imbecis que propagam barbaridades como essas e procuram apagar uma das evidências mais óbvias e que desmente tudo o que esse pessoal teima em pregar.

Se não sabe qual é essa evidência; pare de ler e dê uma simples olhada pela sua janela. Quantos negros, brancos, nordestinos, sulistas ou pessoas de raças diferentes você vê?

Claro que nenhuma. Somos uma terra de mestiços meus amigos. Somos um país miscigenado e "revirado" no bom sentido. E é nisso que está nossa força cultural e como nação.

Separar isso em meros conceitos errôneos como "negro", "branco", nordestino", "amarelo" e etc é uma idiotice sem tamanho e uma negação da realidade.

É assim quando um governo prefere abraçar o populismo e negar a verdade simples e clara, criando na mente de seu povo que há diferenças entre nós. Começaram transformando mestiço em negro e agora qualquer um acha que é mais "puro" do que o seu vizinho.

Bando de idiotas.

Rob Gordon disse...

Augusto,

Obrigado pelo seu comentário. Ele traz muitas informações pertinentes ao assunto, mas creio que você leu apenas a entrevista, e não o texto original da Petição, que, a meu ver, é o grande problema. A entrevista, na verdade, tenta justamente colocar panos quentes sobre a petição (o próprio entrevistado não tenta esconder isso), mas o faz de forma tosca. Contudo, ela é mais amena, sim, que a petição, cujo texto é absurdamente mais agressivo.

Abraços

Rob

Carlos Cruz disse...

Acho que esqueceram as origens do nosso Presidente.

Nunca fiquei tão feliz por ter o Lula onde ele está hoje hahahaha


Estou frustrado de ter alguem fazendo algo desse genero, e mais ainda de outros apoiarem. Vamos fazer então uma manifestação para que cada pessoa que assinou a lista seja deportado para o Nordeste, e tentem continuar o movimento lá.


Carlos Cruz Jr.

Carlos Cruz disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Tukow disse...

Deus do céu.

Meus ascendentes são Imigrantes e Migrantes. Como faço? 2 vezes assasinado pela SS deles? 2 vezes expulso do Estado de São Paulo? Minha vaga no campo de concentração já é garantido?


As pessoas simplesmente esqueçem que todos são migrantes e imigrantes. A terra não é de ninguem. Só pertence momentaneamente a quem paga. Ou seja, se os nordestinos ou qualquer outra pessoa paga seu imposto, é deles também.

Ou já que aqui esta cheio de nordestino, que eles vão para outro lugar e que leve todos os que assinaram para criarem sua Utopia.

Abraços Rob... 6 anos te acompanhando no silêncio (mas agora resolvi abrir a boca, ou soltar os dedos)!!!

Tukow disse...

P.s. Sou totalmente a favor de que seja criada no Nordeste uma cidade como Las vegas, para que haja interesse das empresas de jogos e hotéis e que a região cresça, gerando assim empregos e assim, fazendo com que muitos migrantes não vejam as regiões Sul/Sudeste como meio de alimentar a familia!!!

Abçs

O lado imbecil da força. disse...

[...]Primeiro leia o manifesto (arght), e depois leiam o texto FODA do Rob Gordon sobre o assunto, que já trata da questão RACISTA da coisa. Pronto? Continuemos.[...]

Bereba disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Bereba disse...

Parabéns por todas as suas palavras, integralistas malditos, não passam de burgueses incomodados com a violência causada pela própria burguesia, pela classe elitista, exploradora e carrasca.
Cada embrião nazi-fascista que surgir devemos combater nas ruas também. Falando de nazismo/facismo acredito que todos aqui estão sabendo sobre uma tal passeata nazista marcada para o dia 14/08 as 16:00hrs no vão do MASP na Av.Paulista em homenagem a Rudolf Hess(o braço direito de Hitler) que por um motivo não muito convincente foi proibida pelo ministério público após algumas denúncias do Movimento Anarco Punk, reportagem que saiu também no Diário de São Paulo, nós militantes do movimento punk e anarquistas resolvemos que é preciso dar uma resposta a esses neo-nazistas que insistem em tentar algo com o seu ideal falido, foi marcado um ato Anti-Fascista convocando a população em geral, independente de sua classe social, raça ou cultura, esse tema é uma preocupação para todos. Quem for de São Paulo e puder comparecer o ato ocorrerá no dia 14/08/2010 na Praça Roosevelt às 13:00 hrs e caminharemos até o MASP distribuindo panfletos de alerta contra fascistas, nazistas, sexistas, rascistas e xenofóbicas, tais como as que escreveram essa petição anti migração. Será uma resposta da população para eles também. Compareça tragam faixas e placas com dizeres anti-fascistas, tragam suas panelas, tambores e apitos, queremos chamar a atenção pois os fascistas estão se organizando e isso não poderá acontecer de novo.

Resistência e Luta sempre.

Saudações Libertárias

M. Ulisses Adirt disse...

Como vc é paciente, Rob...

Sil disse...

Não me dei ao trabalho de me incomodar com algo tão ridículo como esta petição. Mas é uma vergonha que 700 pessoas tenham coragem de assinar algo assim.

Sua carta foi, como sempre certeira Rob, parabéns.

Tatiane disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Noblesse disse...

Pra vocês verem que com tantos outros assuntos bilhões de vezes mais pertinentes para se tratar como distribuição de renda justa, oportunidades de crescimento, investimentos e melhora de infra-estrutura em outros estados, criação de empregos etc e tal as pessoas perdem tempo e se expõem ao ridículo para fazer uma petição meramente racista abordando questões puramente culturais... E num país extremamente miscigenado, numa cidade COSMOPOLITA!

Incrível... aliás nem tanto, se parar pra pensar é a atitude mais óbvia de gente porca e preguiçosa simplesmente achar alguém para por a culpa e achar que isto vai resolver todos os problemas... enfim... haja desgosto.

Anônimo disse...

Xi.cara, sua campanha naum deu certo. O manifesto dos caras ta bombando.

Letícia disse...

Caríssimo, voce é lindo. Sem mais a dizer..... caralho!

Carlos Henrique (Paulista) disse...

Sou Paulista e sou contra o manifesto:

Quando eu li este manifesto no blog da tal "Fabiana Pereira",eu identifiquei este manifesto com o nazismo,porque ela culpa os nordestinos por causa dos problemas sociais da cidade de São Paulo igualmente Adolf Hitler culpava os judeus dos problemas da Alemanha.
Este movimento não é sério,é realmente fasci/nazista,os manifestantes dizem serem contra a imigração,mentira,na verdade é somente contra os nordestinos.Eles não falam dos mineiros,paranaenses,gauchos e outros imigrantes.

O nome diz "São Paulo para os paulistas",tem uma passagem da entrevista que o entrevistado diz que é contra a migração de pessoas do interior de SP para a capital...Então eles querem dizer que os interioranos não são paulistas?...Porque eles não mudam o nome do manifesto para "cidade de São Paulo para paulistanos".

Outra parte hilariante da entrevista foi quando o entrevistado disse que a maioria dos integrantes do manifesto eram descendentes de "italianos e japoneses",japoneses e italianos não são paulistas,são imigrantes!!!

Este manifesto é uma vergonha para SP...

Unknown disse...

Um lixo esse manifesto e escrito por quem nada entende de São Paulo e muito menos de Brasil. Deveriam pelo menos antes de escrever tanta idiotices, se dar ao trabalho de compreender minimamente a história brasileira e que descobririam que 32, que tanto reverenciam, não passou de uma atitude golpista da direita reacionária paulista, de base agrária, que foi desbancada do poder por Getúlio Vargas, que de fato elevou o Brasil à modernidade. A tentativa de se fazer "revolução" em 1932 não passou de uma ação contra-revolucionária para colocá-la novamente no poder e fazer o que ela fez na chamada República Velha (1889-1930). Um período de descontrole econômico no qual a velha elite carcomida (elite paulista e mineira principalmente) quando sofria prejuízos este era socializado. O estado pagava a conta. E quando obtinham lucros aí eram apropriados privativamente.

Entrar agora nessa onda querendo tornar aquele momento uma referência é de uma babaquice e ignorância sem tamanho. Isto só tem uma razão de ser se considerarmos que esse ódio contra nordestinos, por parte de uma pequenina parcela de jovens direitistas, fascistas e cretinos é resultante do mesmo ódio que a elite paulista tendo à frente a imprensa reacionária (revista Veja, Folha de São Paulo e o Estadão), mantém contra Lula que, como nordestino assumido e corajoso, tornou possível a melhoria das condições de vida de milhões de brasileiros em todos os quadrantes do país. E quem iniciou essa reação nazi-fascista foi nada mais nada menos que a candidatura Zé Serra sustentada pelo PSDB/DEM/PPS e aliada a meia dúzia de padrecos pedófilos e pastores evangélicos extremistas. Esta é a militância do PSDB que, com o seu apoio, Serra pretende continuar pleiteando o poder. Ou seja, praticando a xenofobia, o racismo e a intolerância querem malandramente separar São Paulo do Brasil e usar os nordestinos como bodes expiatórios.

É hora do Ministério público e da Polícia Federal agir em nome da Constituição Federal para botar essa gente no seu devido lugar. Se São Paulo tem dificuldades ( e certamente as tem) isto se deve em grande medida a incapacidade dos governantes tucanos que por 16 anos estão à frente do Estado de São Paulo e nada fizeram de bom para o povo, só mazelas. Esses bocas aluguel que propugnam por restrições aos nordestinos deveriam se dar por satisfeitos de que nestas eleições federais de 2010 o poder central não caiu na mãos de tucanos/pefelê/PPS que quando no poder entregaram a preço de banana o patrimônio dos brasileiros ao capital estrangeiro e pretendiam fazer o mesmo com o petróleo da camada pré-sal e outro bens públicos.

Se São Paulo vive uma crise educacional se deve a incompetência dessa gente que em nome da boa gestão precarizaram os serviços essenciais e que em matéria de educação, hoje São Paulo, o Estado mais rico da federação, encontra-se em 6º lugar na avaliação do ENEM. Se o metrô está ruim a culpa é da tucanalha que em 16 anos de (des) governo construiu apenas 16 quilômetros de linha. Um absurdo para uma cidade que necessita de pelo menos mais 150 quilômetros para atender a sua população dentro dos parâmetros recomendados pela a Organização Mundial de Saúde (OMS) que são 6 passageiros por metro quadrados e, não 09, como agora.

Esses grupelhos direitistas e cretinos não possuem capacidade para entender os problemas do Brasil, mas na medida que são maior de idade têm discernimento suficiente para saber que praticam crime inafiançável e que devem pagar por isso. O lugar desses babacas é no xadrez. Com essa atitude da justiça ganha o povo e São Paulo e perdem seus incentivadores: Zé Serra/PSDB/DEM/PPS e companhia limitada que com sua pregação utra-reacionária durante a campanha eleitoral são os responsáveis por gestar o ovo da serpente.

Unknown disse...

Um lixo esse manifesto e escrito por quem nada entende de São Paulo e muito menos de Brasil. Deveriam pelo menos antes de escrever tanta idiotices, se dar ao trabalho de compreender minimamente a história brasileira e que descobririam que 32, que tanto reverenciam, não passou de uma atitude golpista da direita reacionária paulista, de base agrária, que foi desbancada do poder por Getúlio Vargas, que de fato elevou o Brasil à modernidade. A tentativa de se fazer "revolução" em 1932 não passou de uma ação contra-revolucionária para colocá-la novamente no poder e fazer o que ela fez na chamada República Velha (1889-1930). Um período de descontrole econômico no qual a velha elite carcomida (elite paulista e mineira principalmente) quando sofria prejuízos este era socializado. O estado pagava a conta. E quando obtinham lucros aí eram apropriados privativamente.

Entrar agora nessa onda querendo tornar aquele momento uma referência é de uma babaquice e ignorância sem tamanho. Isto só tem uma razão de ser se considerarmos que esse ódio contra nordestinos, por parte de uma pequenina parcela de jovens direitistas, fascistas e cretinos é resultante do mesmo ódio que a elite paulista tendo à frente a imprensa reacionária (revista Veja, Folha de São Paulo e o Estadão), mantém contra Lula que, como nordestino assumido e corajoso, tornou possível a melhoria das condições de vida de milhões de brasileiros em todos os quadrantes do país. E quem iniciou essa reação nazi-fascista foi nada mais nada menos que a candidatura Zé Serra sustentada pelo PSDB/DEM/PPS e aliada a meia dúzia de padrecos pedófilos e pastores evangélicos extremistas. Esta é a militância do PSDB que, com o seu apoio, Serra pretende continuar pleiteando o poder. Ou seja, praticando a xenofobia, o racismo e a intolerância querem malandramente separar São Paulo do Brasil e usar os nordestinos como bodes expiatórios.

É hora do Ministério público e da Polícia Federal agir em nome da Constituição Federal para botar essa gente no seu devido lugar. Se São Paulo tem dificuldades ( e certamente as tem) isto se deve em grande medida a incapacidade dos governantes tucanos que por 16 anos estão à frente do Estado de São Paulo e nada fizeram de bom para o povo, só mazelas. Esses bocas aluguel que propugnam por restrições aos nordestinos deveriam se dar por satisfeitos de que nestas eleições federais de 2010 o poder central não caiu na mãos de tucanos/pefelê/PPS que quando no poder entregaram a preço de banana o patrimônio dos brasileiros ao capital estrangeiro e pretendiam fazer o mesmo com o petróleo da camada pré-sal e outro bens públicos.

Se São Paulo vive uma crise educacional se deve a incompetência dessa gente que em nome da boa gestão precarizaram os serviços essenciais e que em matéria de educação, hoje São Paulo, o Estado mais rico da federação, encontra-se em 6º lugar na avaliação do ENEM. Se o metrô está ruim a culpa é da tucanalha que em 16 anos de (des) governo construiu apenas 16 quilômetros de linha. Um absurdo para uma cidade que necessita de pelo menos mais 150 quilômetros para atender a sua população dentro dos parâmetros recomendados pela a Organização Mundial de Saúde (OMS) que são 6 passageiros por metro quadrados e, não 09, como agora.

Esses grupelhos direitistas e cretinos não possuem capacidade para entender os problemas do Brasil, mas na medida que são maior de idade têm discernimento suficiente para saber que praticam crime inafiançável e que devem pagar por isso. O lugar desses babacas é no xadrez. Com essa atitude da justiça ganha o povo e São Paulo e perdem seus incentivadores: Zé Serra/PSDB/DEM/PPS e companhia limitada que com sua pregação utra-reacionária durante a campanha eleitoral são os responsáveis por gestar o ovo da serpente.

Fábio disse...

Sou paulista nascido na cidade de São Paulo e nunca assinaria uma petição destas. A razão é simples: conheço a história de minha família.

Meu bisavô era um abastado baiano. No século XIX ele liquidou as propriedades e negócios em Salvador e veio para São Paulo. Estudou Direito no Largo de São Francisco e depois foi Promotor e Juiz Imperial. Constituiu família onde serviu como Juiz Imperial na comarca de Siririca e lá mesmo morreu aos 57 anos de idade. Meus avós e meus pais nasceram em Xiririca (atual Eldorado), eu nasci na Liberdade. Tecnicamente sou paulista de origem baiana.

"São Paulo para os paulistas?" Isto é a coisa mais idiota que já escutei. Quantas gerações seria preciso retroceder para provar que a maioria destes 600 idiotas que assinaram esta petição racista tem antepassados fora de São Paulo e mesmo fora do Brasil?

Ilustrar esta matéria com uma foto nazista não é inapropriado. Afinal, o racismo é e continua sendo uma coisa tão irracional quanto no princípio do século XX. Como os tais "estudantes paulistas de sangue puro" sabem (ou deveriam saber) Goering, Reinhard Heydrich, Erhard Milch e Eichmann, todos eles nazistas importantes, eram 1/2 judeus e perseguiram de maneira sistemática os judeus. Quantos destes estudantes são 1/2 nordestinos que perseguem nordestinos?

O mais curioso desta história é a reação suave da mídia. Até o presente momento somente a Folha de São Paulo se posicionou de maneira clara e incisiva contra a perseguição de nordestinos. O que está ocorrendo? Os jornalistas que apoiaram Serra são simpáticos a este movimento porque Dilma ganhou a presidência com o voto dos nordestinos?

Os tais estudantes reclamam que a história das Bandeiras Paulistas deveriam ser ensinadas nas escolas públicas. O que eles querem que seja ensinado? A história real das bandeiras ou a mistificação que foi criada em torno das mesmas?

Os bandeirantes paulistas, que eram caboclos e cafusos ou mulatos (ou seja, descendentes de negros/índios, brancos/índios, brancos/negros) eram brutais. Bárbaros que mal sabiam usar a língua portuguesa. Bandeirantes caçavam índios no interior como se eles fossem bichos. Faziam isto para liberar terras que os colonos portugueses ocupariam, bem como para fornecer mão de obra escrava barata para os colonos do litoral que não podiam comprar negros (no Brasil Colônia o escravo índio era mais barato que o negro africano). Bandeirantes destruíam Quilombos e aprisionavam os negros fugidos que não matavam. Do ponto de vista histórico os paulistas sempre foram os jagunços da Colônia e do Império. Não existe absolutamente nada de belo ou de edificante nas Bandeiras Paulistas.

Na verdade as Bandeiras Paulistas só começaram a se tornar uma tradição positiva na virada do século XIX para o XX, quando São Paulo começou a crescer e a elite paulista sentiu a necessidade de construir um passado memorável para si mesma. Até o século XVIII São Paulo foi uma cidadezinha sem graça, miserável, povoada por uma gente inculta que falava predominante a língua geral (ou seja, o tupi-guarani) e que morava em casas de taipa-de-pilão. Quando comparamos as aquarelas feitas por Thomas Ender http://pt.wikipedia.org/wiki/Thomas_Ender no Rio de Janeiro e em São Paulo temos uma exata noção da diferença entre a cidade carioca e a vila paulista naquela época.

Comparada a Salvador, Recife e Rio de Janeiro, São Paulo ainda era ânus do Império antes da proclamação da República. E no entanto muitos paulistas acreditam que Salvador, Recife e Rio de Janeiro são cidades historicamente menos importantes que São Paulo. O problema dos paulistas não são os nordestinos, mas a absoluta ignorância que os paulistas tem de sua própria história.

Carolina Suzuki disse...

Sou paulistana da gema, nascida na avenida mais paulista dessa cidade e estou escandalizada com o poder de mediocridade desse povo (ainda bem que minoria)que ainda acha que é mais poderoso que qualquer nordestino - aliás, vamos relembrar história e ver que São Paulo era um nada, talvez nunca tenha sido nada, se acha tão poderosa e nunca foi nem capital.

Não defendo os nordestinos apenas, defendo um povo todo brasileiro que tem que aguentar a cara de c* dos paulistanos na hora de ser atendido, sendo que os sonhos das garotinhas paulistanas para se formar no Ensino médio é ir para Porto Seguro.

Quanta hipocrisia!

E lá, sempre estão dispostos a te ouvir e ajudar.

Que vergonha, que vergonha...

João Alberto Gonçalves Salvador disse...

Sou paulista e fiquei envergonhado com esse movimento anti-nordestinos.Fiz um comentário no site da petição e, obviamente fui censurado. Não podemos admitir que meia dúzia de desocupados com crise de identidade descarreguem seu ódio e se auto intitulem. Gostaria de parabenizá-lo pelo brilhante texto contido em sua carta aberta a esse movimento medíocre.

Paula Traganini disse...

Meu Deus, na qualidade de paulista, estou profundamente envergonhada diante do mundo, ao perceber que temos esses vermes nazistas no nosso estado.

Meu Brazil querido, perdoe-nos, pois esses vermes que infestam o nosso corpo não representam a grande maioria de paulistas que são de bom caráter. Espero que o remédio para nos curar dessa doença venha em superdosagem.

Anônimo disse...

MEU JOVEM BLOGUISTA,SOU MINEIRO MAS DE DESCENDÊNCIA PAULISTA, MEUS AVÓS VIERAM DE SÃO PAULO PARA MINAS GERAIS NO INÍCIO DO SEC. XX. FIQUEI SEU FÃ, A PARTIR DESTE MOMENTO SEU BLOG ENTRA PARA OS MEUS FAVORITOS DE LEITURA DIÁRIA, JUNTO COM LUIS NASSIF, PAULO HENRIQUE AMORIN, BRIZOLA NETO,VIOMUNDO, ESCREVINHADOR, ETC. PARABÉNS PELA LUCIDEZ DE SEUS COMENTÁRIOS. DE FATO ESSES "POBRES MEDÍOCRES" PRECISAM É ESTUDAR, LER UM POUQUINHO MAIS SOBRE A HISTÓRIA DA HUMANIDADE JÁ SERIA UM BOM COMEÇO. GRANDE ABRAÇO. ROBERTO. POÇOS DE CALDAS - MG.

Lena Bauhausen disse...

Eu parei de ler o manifesto, logo quando vi a questão do dinheiro, PIB etc.

Mas este texto do Rob Gordon , é mais agradável e coerente. E concordo com essa questão da inclusão da matéria sobre a cultura nordestina. Acredito que os políticos ou estão desocupados, ou tentando desviar atenção. Uma matéria a nível Nacional, que deveria ser obrigatória na grade curricular do ensino público são os "Estudos Políticos". Educando desde cedo nossos filhos, sobre optar pelos mais Éticos, de seguida poderíamos avançar sem nenhum problema, para a cultura em geral.

Como bom filho de migrantes e nascida em SP, repudio os preconceitos e por ser acima de tudo brasileira, tenho extrema tristeza daqueles que tentam o cerceamento ao direito dos outros de ir e vir nesta República.

Lena Bauhausen disse...

Seria temerosa se os nordestinos se sentissem ofendidos ao ponto de aceitarem a separação, e impedissem os Paulistas de passar férias nas suas praias lindas, limpas de águas quentes. Não imagino ter que usar passaporte para ter que viajar no Brasil, e se tivesse que escolher SP e o NE, perdoemo mais eu ficaria com o NE.

Martin Eikmeier disse...

O Amor à Pátria, o Ódio às Pátrias

O Senhor Keuner não achava necessário viver num determinado país.Ele dizia: "Posso passar fome em todo lugar". Mas um dia
passou por uma cidade que era ocupada pelo inimigo do
país no qual vivia.

Então cruzou com um oficial do inimigo, que o obrigou a
descer da calçada. O sr. K. desceu, e notou que estava
aborrecido com esse homem, e não apenas com ele,
mas sobretudo com o país ao qual ele pertencia, de modo
que desejou que esse país desaparecesse da face da Terra.

"Por que me tornei um nacionalista por um minuto?", perguntou o sr. K. "Por ter cruzado com um nacionalista. É por isso que se deve eliminar a estupidez, porque ela torna estúpido aquele com quem cruza."

Bertolt Brecht in Histórias do sr. Keuner

Anônimo disse...

Lei de Goldwin.
Chamar o outro de nazista. Haha. só se vê isso nessa porcaria de "carta aberta"
Eu assino, minha familia e amigos, todos estamos contentes por podermos nos manifestar como paulistas.
Assinem pessoal.

Anônimo disse...

Parabéns Paulistas! É isso aí. Hora de se manifestar e acabar com a farra.

Anônimo disse...

Os 2 anônimos anteriores a mim realmente mostram sua condição de ratos. Apoiam o imundo "manifesto" separatista e nazistóide sem argumento plausível algum, ao contrário do autor da carta aberta, que redigiu texto soberbo. Parabéns pela carta e pelo blog!

O Brasil é uno e indivisível. E São Paulo é a locomotiva que orgulhosamente conduz o Brasil rumo ao futuro. Aqui cabe o mundo todo. Por que não caberiam Brasileiros de outras origens?

Os irmãos brasileiros podem ficar tranquilos: essas viuvetas de Hitler NUNCA vão levar adiante seus planos excludentes e facinorosos. Há aqui em São Paulo verdadeiros patriotas atentos e prontos pra cortar as cabeças da hidra neonazista caso essas ousem se erguer...

Anônimo disse...

Os 2 anônimos anteriores a mim realmente mostram sua condição de ratos. Apoiam o imundo "manifesto" separatista e nazistóide sem argumento plausível algum, ao contrário do autor da carta aberta, que redigiu texto soberbo. Parabéns pela carta e pelo blog!

O Brasil é uno e indivisível. E São Paulo é a locomotiva que orgulhosamente conduz o Brasil rumo ao futuro. Aqui cabe o mundo todo. Por que não caberiam Brasileiros de outras origens?

Os irmãos brasileiros podem ficar tranquilos: essas viuvetas de Hitler NUNCA vão levar adiante seus planos excludentes e facinorosos. Há aqui em São Paulo verdadeiros patriotas atentos e prontos pra cortar as cabeças da hidra neonazista caso essas ousem se erguer...

ArkAngel disse...

Racismo e outras espécies de discriminação não cabem em lugar nenhum.
Mas sem hipocrisia, confesso que me desagrada quando ouço certos comentários:
"Ah, esta cidade é uma merda, lá na minha terra que era bom..." (Ué, então volte para sua terra!)
"Paulista é trouxa, se mata de trabalhar pra sustentar nossas mordomias" (ALGUÉM tem de trabalhar, não é?)
Bem, não preciso citar tudo que já ouvi desse tipo de coisas, até concordo que SP está um caos, mas...ruim aqui, pior fora daqui, porque por mais que possam negar, aqui é o lugar de oportunidades.
Talvez o texto sirva para representantes da raça humana que pensam igual aos autores das frases acima, seja de que região ou nacionalidade sejam.

Anônimo disse...

"começaria todas suas respostas gritando “Sieg Heil” e exigiria ser chamada de Führer pela jornalista."

Se não provar que a pessoa é nazista, vc vai levar processo por Calunia.
Aquela turma não deixa barato.