7 de maio de 2010

Uma Vida em Copas: Itália - 1990

(Texto anterior: México – 1986)



Em 1990, eu estava com 14 anos. E, como todo garoto de 14 anos, eu tinha certeza de que já era adulto. Na verdade, isso foi apenas um desdobramento do que havia acontecido durante a Copa de 1986. Com 10 anos, eu tinha certeza de que não era mais criança; e com 14 anos, eu tinha certeza de que era adulto. Hoje, eu vejo claramente o quanto eu estava errado. Nas duas ocasiões.

Mas, ao menos com 14 anos eu tinha motivos para ao menos acreditar que era adulto. Na verdade, eu estava vivendo aquela horrorosa fase de transição típica desta idade, em que as pessoas não são nem crianças nem adultos, e sim um pouco dos dois – e, às vezes, são os dois ao mesmo tempo. Então, ainda me comportava como criança a respeito de muitos assuntos – se bem que isso eu faço até hoje – mas agia (ou, na maioria das vezes, tentava agir) como adulto.

E, claro, estava começando a descobrir alguns dos pecados que tornam a vida mais colorida, como a bebida e o cigarro, já que foi nesta época que comecei a dar meus primeiros goles e tragadas. E, como a maioria dos adolescentes, estava começando a procurar abrigo na música, seguindo o mandamento de que, quanto mais podre e incômodo o som, melhor. Assim, mergulhei de cabeça no heavy metal.

Sexo? Bem, eu tinha 14 anos. E, acreditem em mim, ter 14 anos em 1990 era bastante diferente do que ter 14 anos hoje. Por isso, com 14 anos, minha vida sexual era parecida com uma daquelas seleções da Ásia ou da Oceania, que conseguiam participar de no máximo umas duas Copas, sendo sempre eliminado na primeira fase. Mas vontade, claro, não faltava.

O que eu vejo hoje, olhando em retrospectiva, é que no mesmo ano em que as seleções disputavam a Copa do Mundo nos melhores gramados da Itália, minha vida seguia o caminho contrário e caminhava livremente na direção de uma várzea total, que culminaria em duas bombas na escola e porres homéricos.

Mas, a respeito de Copas do Mundo, meu comportamento permanecia inalterável. Eu depositava toda a minha vida naquele torneio. E, “por toda a minha vida”, falo tanto sobre o lado criança quanto a respeito do adulto. Em 1990, eu continuava apaixonado por futebol e já tinha conquistado algumas alegrias com ele, em especial meses após a Copa de 1986, quando o São Paulo foi campeão brasileiro em cima do Guarani, naquela que permanece como a final mais emocionante da história do campeonato.

Ao mesmo tempo, eu já havia tido meu quinhão de desapontamento com o futebol. Não com o jogo em si (pois isso ocorreu em 1982), mas sim com a entidade futebol. No início do segundo tempo da partida jogo contra o Chile, no Maracanã, durante as Eliminatórias, o goleiro Roberto Rojas aproveitou que uma mulher nas arquibancandas disparou um rojão em direção à grande área e simulou um corte no rosto.

O jogo foi paralisado, a farsa de Rojas foi descoberta. O goleiro foi banido do futebol e o Chile suspenso por duas Copas do Mundo. Agora, aquilo poderia ter muito bem tirado o Brasil da Copa, já que o jogo foi num estádio brasileiro. De repente, o Brasil poderia não ir mais a Copa do Mundo por causa de uma imbecil que resolveu fazer graça no estádio. Felizmente, a FIFA, sabendo que ter uma Copa do Mundo sem o Brasil seria péssimo negócio, ignorou isso e puniu apenas a seleção chilena.

Em minha opinião, a mulher deveria ter sido expulsa do país. Mas, meses depois, ela estampava a capa da Playboy brasileira, com uma foto acompanhada da chamada “A Fogueteira do Maracanã”. Acho que foi neste momento que comecei a me desencantar um pouco pelo futebol, e perceber que as pessoas que levavam a sério as Copas do Mundo – algo que me tirava o sono, a fome e que era totalmente determinante para a minha felicidade – eram uma minoria no país.

Ou talvez eu não tenha começado a me “desencantar” exatamente, mas sim a cair na real de aquele esporte pelo qual eu era apaixonado era, antes de tudo, um negócio como outro qualquer. Afinal, a mulher que havia colocado em risco a minha Copa do Mundo (e a de milhões de outros brasileiros) não apenas não foi expulsa do país, como ganhou uma fortuna pelo que fez.

E eu gostaria muito de poder dizer aqui que transformei esta mulher em minha inimiga mortal durante uns anos, organizando protestos e boicotes à revista. Mas isso seria mentira. Mesmo porque eu comprei a Playboy dela. Convenhamos, é difícil demais ser fiel a uma ideologia (ou mesmo manter uma linha de pensamento coerente) numa época em que seu corpo produz hormônios em escala industrial.

E esta minha contradição homem x menino chegou às vias de fato na Copa do Mundo. Afinal, eu ainda sofria como menino em todos os jogos, mas havia achado um jeito um pouco mais adulto (ao menos, pelo que eu entendia como adulto, à época) de lidar com isso: os palavrões, que me acompanham até hoje. Na Copa de 90, eu já havia aprendido na prática que Mark Twain estava certo quando afirmou que “em certas circunstâncias, um palavrão provoca um alívio inatingível até pela oração”, e assistir aos jogos do Brasil era uma experiência que deixaria a Dercy Gonçalves roxa de vergonha, tamanho o festival de impropérios que eu disparava em direção a TV.

E, apesar dos meus 14 anos, isso não era uma tentativa de chocar os mais velhos, era raiva. Porque, se você se lembra da Copa de 1990 – e em especial da seleção brasileira, sabe do que estou falando. A equipe montada por Sebastião Lazaroni talvez tenha a “honra” de ocupar o posto de pior seleção brasileira a participar de uma Copa do Mundo. O Brasil havia vencido a Copa América logo antes, mas isso não conseguia disfarçar suas deficiências, que jogava no estilo europeu, com um líbero à frente da zaga, o que deixava o jogo truncado e o talento da seleção abafado.

Em poucas palavras: o Brasil jogava feio.


Em pé: Taffarel, Ricardo Rocha, Mauro Galvão, Ricardo Gomes, Jorginho e Branco
Agrachados: Müller, Alemão, Careca, Dunga e Valdo.
O pior Brasil que vi entrar em campo numa Copa.


Na verdade, a Copa de 1990 foi marcada por diversos times retranqueiros, e até hoje é lembrada como uma das piores copas disputadas até hoje. Mas claro que meu lado menino, que explode em todas as Copas até hoje, não se importava com isso ou com padrões táticos. Eu queria ver o Brasil ganhar.

Curiosamente, os primeiros palavrões que soltei durante a Copa do Mundo foram de celebração. Na tarde de uma sexta-feira fria, voltei da escola e, sozinho em casa, me enrolei num cobertor para assistir à abertura da Copa e o primeiro jogo: Argentina X Camarões. Com 14 anos e muitas Copas América nas costas, a seleção argentina já ocupava o posto de minha inimiga mortal, dividindo esta honraria com a Itália.


Argentina 0 X 1 Camarões
A minha Copa começava com o pé direito
.

Assim, vibrei feito um camaronês no gol da seleção africana, e vibrei feito um desalmado quando o lendário goleiro portenho Pumpido quebrou a perna na partida. Hoje eu sinto vergonha da minha atitude – ter comemorado o fato de alguém ter quebrado um osso – mas, na época, eu vibrei mais que um gol. A Argentina havia começado a copa perdendo um jogo e um goleiro. Não poderia ser melhor.

Quer dizer, poderia, se o Brasil resolvesse jogar bola. E talvez o time até tivesse certo potencial – o ataque era comandado por Careca e Müller, dupla que tantas alegrias havia me dado no São Paulo – mas tudo começou a ir por água abaixo quando o elenco começou a brigar internamente. Assim, os primeiros jogos da seleção foram catastróficos, a não ser no placar. Jogando feio e de forma defensiva, a equipe ganhou da Suécia por 2 x 1 e da Costa Rica e Escócia por 1 x 0.

Talvez isso tenha escancarado, aos meus olhos, o nível da Seleção. Apenas oito anos antes, havíamos derrotado a Escócia, nos gramados espanhóis, por 4 X 1. Agora, havia sido 1 x 0 e suado. Nascia a Era Dunga – o que considero uma das maiores injustiças do futebol, já que o volante (e hoje técnico da seleção) estava longe de ser culpado pelo esquema tático do Brasil.

Curiosamente, não me recordo de muitos detalhes a respeito dos jogos do Brasil, a não ser que assisti a todos na minha casa, ao lado dos meus pais e de uns amigos – que já haviam apontado meu pai e minha casa como espécies de amuletos futebolísticos, algo que duraria ainda por muitos anos. Mas me lembro de que cada gol do Brasil, pela primeira vez, não era comemorado com festa, mas sim com alívio. A seleção avançava aos trancos e barrancos.

E, como acontece em todas as Copas, alguns favoritos começaram a surgir. Enquanto a seleção de Camarões encantava o mundo jogando bonito numa copa em que todos jogavam feio, a imprensa começou a apontar dois possíveis candidatos ao título: a Itália, que, além de jogar em casa, sempre é a Itália; e a Argentina, que também jogando feio, se recuperou da derrota da estréia. Ou seja, a Copa do Mundo de 1990 começava a ganhar ares de problema pessoal na minha vida.

E isso se concretizou nas oitavas de final. Graças ao cruzamento das chaves, pegaríamos a Argentina. Eu, vendo o futebol que o Brasil estava jogando, comecei a me borrar, sentindo que uma tragédia se anunciava no horizonte. E as coisas não melhoraram quando descobri que não assistiríamos ao jogo em casa, mas sim numa casa de campo que tínhamos na época, em Vinhedo. Eu tentei argumentar com meus pais que eles estavam repetindo o mesmo erro da Copa de 1986, mas foi em vão: o jogo seria no final de semana, e eles queriam ir para lá.

Assim, no sábado pela manhã, eu, meus pais e o Théo partimos para Vinhedo. O Théo – creio que nunca falei deste no blog – era a minha grande paixão da época: um basset-hound preguiçoso, adoravelmente temperamental e teimoso, que estava na minha casa desde antes da Copa do México.

Nascido no dia em que Tancredo Neves foi eleito (o que fazia com que meu pai chamasse o cachorro de Nova República) o Théo foi o cachorro que definiu minha vida, ao menos como menino. Todo garoto precisa ter um cachorro que o defina, e o meu foi o Théo. Era o meu grande amigo – e sua morte, dois ou três anos depois, mexeu tanto comigo que até hoje, quando vejo um basset-hound na rua, sinto meu dia inteiro indo pelo ralo.

E, assim, eu e meus pais na sala de Vinhedo, nos preparamos para assistir a Brasil X Argentina, ignorando os gritos de um dos vizinhos, que estava dando uma festa em sua casa e já estava totalmente embriagado.

Eu esperava pelo pior, mas fui surpreendido. O Brasil fez uma apresentação digna de sua tradição, pressionando a Argentina o tempo inteiro. O gol era claramente uma questão de tempo, já que a Argentina não conseguia fazer nada em campo.

E isso foi providencial para que a catástrofe aumentasse de tamanho. Porque, até o apito inicial, eu tinha a certeza de que seríamos desclassificados e estava começando a me preparar para o pior. “Desta vez eu não vou chorar”, prometi. Mas o fato do Brasil começar a jogar bem fez com que, lentamente, eu começasse a mudar de opinião e, pior ainda, fez com que eu passasse a acreditar levemente que podia dar certo.

Assim, ao final do primeiro tempo, eu estava torcendo desesperadamente pelo time. A derrota não passava pela minha cabeça. Isso até o começo do segundo tempo, quando Alemão não fez falta em Maradona, que, livre, lançou Caniggia na boca da área. O atacante bateu na saída de Taffarel e a bola morreu no fundo do gol brasileiro. 1 x 0 Argentina. Uma hora antes, eu estava certo da desclassificação. Naquele momento, a desclassificação me abateu como um murro no estômago.


Caniggia chuta e a bola entra.
Meu sonho, que havia nascido minutos antes, acabava.


Não lembro se assisti ao resto do jogo quieto ou xingando o mundo inteiro. Mas a raiva em mim crescia de forma desenfreada, por termos jogado bem, e por estarmos perdendo logo da Argentina. Mas me lembro do meu pai comentando que “é uma pena, hoje o time jogou bem”, e entendi que na vida, às vezes você pode fazer tudo errado, mas, quando acerta, dá errado também. Às vezes o futebol não é justo.

Às vezes a vida não é justa.

Era minha terceira Copa do Mundo. Era a minha terceira derrota.

E, desta vez, havia sido a Copa mais curta da minha vida – nas anteriores, o Brasil havia caído nas quartas de final. Quando o juiz apitou, todo o ódio que eu sentia do mundo com 14 anos (mesmo sem entender direito aquele ódio ou os motivos dele) explodiu. Desta vez, eu não iria chorar, eu precisava descarregar em alguma coisa.

Corri pela sala e dei uma voadora com os dois pés numa parede próxima aos quartos, caindo de costas no chão. Eu queria desesperadamente me machucar para sentir outra dor que não fosse aquela, porque, ainda me lembrando de 1982 e de 1986, eu tinha certeza de que não tinha problema nenhum em sentir dor, eu tinha problemas com aquela dor específica.

Depois de chutar um ou dois móveis, me acalmei um pouco. Na verdade, meu ódio se voltou em direção ao vizinho, que mais bêbado que no início do jogo, ficou gritando coisas como “volta para casa, Brasil!” e dando risada.

Aquilo era pessoal comigo.

Ele podia muito bem achar que estava falando somente da seleção brasileira, mas ele estava rindo da dor que eu sentia naquele momento. E, se nas duas Copas anteriores, eu fiquei atônito olhando o Brasil ser eliminado, desta vez eu tinha em quem descontar. Assim, esperei a gritaria acabar, o que indicaria que o bêbado tinha ido dormir, e, armado com uma pá de lixo, recolhi toneladas de cocô do Théo do gramado, perto de onde ele ficava.

Fui até a cerca e atirei três ou quatro granadas de bosta na piscina do filho da puta.

– Pronto, eu não tenho Copa e você não tem piscina, resmunguei antes de voltar para casa.

O resto da Copa foi tão sem graça quanto o começo. Goycochea, goleiro reserva da Argentina, mostrou que era melhor ainda que Pumpido e, junto com Maradona, levou o time portenho à final, contra a Alemanha.

Jogadores alemães celebram a classificação para a final.
A Copa ficaria em Berlim. Dos males, o menor.

A Itália havia caído na semifinal conta os argentinos – o que me fez dar graças a Deus – e, assim, torci desesperadamente para a Alemanha naquele 8 de julho, assistindo tudo apreensivo até o gol alemão, marcado de pênalti, próximo ao final do jogo, que selou o destino do jogo e encerrou uma das piores copas da história.

Assim, ao final da Copa do Mundo de 1990, o mundo tinha três tricampeões (Brasil, Itália e Alemanha) e um triperdedor: eu.


(Próximo texto: EUA - 1994)

16 comentários:

Tyler Bazz disse...

Eu não vi esse time da copa de 90 jogar, tenho uma lembrança muuuuuuito pequena... mas olhando assim, no papel, nem parecia tão ruim, né.

Esse texto, mais do que os outros, talvez pela sua idade em 90, tem MUITO ar de Anos Incríveis.

Que venha 94, com Galvão e Pelé brigando!

paulonando disse...

Lazaroni e Ricardo Teixeira: duas pragas no futebol brasileiro.

Natalia Máximo disse...

Damn it! Como se não bastasse só o Brasil, TODOS os times que estavam na Copa tinham que fazer feio bem no ano que eu nasci. Ô fase ¬¬'
Ainda bem que minha 1ª Copa o Brasil que levou! Quero ler 94 logo =D

Ana Savini disse...

Lembro super bem dessa Copa. Lembro da seleção estar péssima, lembro das pessoas odiando profundamente o Lazaroni (minha avó chamava ele de lazarento nos jogos) e lembro muitíssimo bem da fogueteira que, ao invés de ser presa por soltar um rojão no meio da multidão, foi ovacionada pela massa ignorante. Era uma Geisy da época. Bagaceira para o povo.
E o seu basset-hound Théo? Queria muito um basset-hound quando eu era criança! A morte deles é sempre algo que nunca superamos muito bem.

Bia Nascimento disse...

Que venha logo 94 pra aliviar pelo menos um pouco a saga da sua vida em Copas do mundo Rob... To ansiosa por esse capítulo, pois foi a primeira Copa que eu realmente lembro e curti!

Gilmar Gomes disse...

Cara, se alguém quiser fazer uma publicação especial sobre a Copa, podia pegar seus textos emprestados e colocar em algum jornal ou revista de circulação nacional...

Puxei saco mesmo...

Pedro Lucas Rocha Cabral de Vasconcellos disse...

Engana-se quem pensa que o termo "lazarento" veio de Lázaro, na verdade veio de Lazaroni... A seleção do ano em que nasci é sem dúvida uma dos piores que já vi, ao vivo ou em VT...

E se o Dunga não tinha culpa do esquema tático lazarento da seleção da época, ele tem culpa agora.

Flávia Higashi disse...

Mas você não explicou a melhor parte, o que aconteceu quando seu vizinho descobriu aquele monte de cocô do Theo na piscina?

Thiago Dalleck disse...

Duas bombas na escola? =O

Essa derrota pra Argentina me remeteu a uma lembrança recente, da semana passada mais exatamente. Corinthians x Flamengo. Exatamente a mesma coisa que eu senti. Conformismo prévio, que se transforma em confiança absoluta, sem medo de perder, até tudo ir pelo ralo em 5 minutos.

Ainda bem que eu tenho um pouco mais de sorte: de 4 copas que foram disputadas depois que eu nasci, o Brasil chegou às finais em 3 e ganhou 2 :D

Raul Aragaki disse...

Cara, é incrivel como me identifico com seus textos. Acho que nunca comentei um texto seu aqui no blog mas sempre que lembro eu dou uma passada para ficar lendo horas a fio. Parabens, mesmo! As vezes eu me pergunto se eu gosto desse blog porque vc escreve incrivelmente bem ou se é porque eu tenho gostos muito parecidos com os seus - amo cinema, futebol, séries, copa do mundo, sou são paulino, curto heavy metal e rock no geral, "Alta Fidelidade" e "O guia do mochileiro das galáxias" tem uma marca na minha vida (e personalidade), entre outras coisas. Eu realmente me vejo em cada parágrafo daqui. Obrigado.

Júlio disse...

Eu ainda vou ler o texto mas de ante-mão venho compartilhar meu sentimento.
É uma das primeiras lembranças que tneho de futebol.
Caniggia pegando a bola e fazendo gol eliminando o Brasil.
Eu lembro de estar na sala e sai correndo chorando.
Muito foda.
Depois só lembro de 1992 com o Fla sendo campeão...

Kel Sodré disse...

"na vida, às vezes você pode fazer tudo errado, mas, quando acerta, dá errado também. Às vezes o futebol não é justo.

Às vezes a vida não é justa."

Não é mesmo?

Kel Sodré disse...

Hum... Relendo o meu comentário anterior me dei conta de que, se lido na intonação errada, pode virar outra coisa completamente diferente do que eu queria dizer. O "Não é mesmo?" deve ser lido na mesma entonação de "E não é que é verdade isso que você disse?!"

Lua Durand disse...

Pouco depois de toda essacatastrofe, eu nasci.
Portanto, não tenho a copa de 1990 como a minha primeira copa, e sim a de 1994, quando eu do alto dos meus três para quatro anos... [eu vou deixar esse resto do comentário para o próximo post, da copa de 1994]

Uma duvida, onde estava seu irmão, enquanto você, seus pais e o Theo, iam Vinhedo?

Lua Durand disse...

iam a Vinhedo*

Alan disse...

Ano 90, dificil para muita gente e para mim apaixonado por futebol pior ainda. Não via a seleção ganhar uma copa e nem o Flu ser campeão, já achava que não veria nunca... rs. Lembro de muitas coisas nas partidas do Brasil e nitidamente de como eu senti a derrota para a Argentina. Nascia ali um ódio pelos platinos (esqueçam que o Galvão Bueno, a Globo, a manipulação midiática)que hoje em dia é apenas uma rivalidade futebolítica sadia.

Iria demorar 4 anos para que ver o Brasil ser campeão do mundo novamente... O Flu ia demorar um pouco mais... rs.

Se eu soubesse disso talvez teria me sentido menos triste naquela tarde de domingo... rs