15 de novembro de 2009

O Amor nos Tempos do Cólera

A Besta-Fera está, neste exato momento, se digladiando com uma mosca que está presa na porta de vidro da varanda. A luta não tem favoritos, porque ambos enfrentam grandes desvantagens: enquanto a mosca não consegue entender que aquilo é uma porta, e fica tentando voar para fora através do vidro, a Besta-Fera, com sua famosa miopia, perde o inseto de vista a cada 10 segundos.

Mas, pelo andar da carruagem, se eu fosse obrigado a fazer uma aposta agora, colocaria R$ 10,00 na mosca.

Contudo, o ponto não é esse. O ponto é que estava no computador procurando algum assunto para escrever, e acabei me distraindo com isso. E fiquei pensando sobre o estilo de vida do meu cachorro.

Hoje, logo depois que acordei, fui obrigado a brincar com ele e com um dos seus brinquedos destruídos. Eu jogo o negócio para o outro lado da sala, ele sai correndo, morde o bicho e traz de volta para mim. Às vezes, ele banca o difícil e não devolve o brinquedo, fica apenas ameaçando colocá-lo na minha mão, e eu sou obrigado a arrancar da boca dele para começar a brincadeira de novo.

E assim, ele passa seus dias: ontem, por exemplo, tive que brincar de luta com ele. Aliás, não é luta, é luta e dança, porque eu e ele dançamos, às vezes. Aliás, se alguém for escrever um dia minha biografia não-autorizada, deixo uma dica aqui: eu danço apenas quando estou a) bêbado o suficiente ou b) quando estou sozinho em casa com meu cachorro. Isso, claro, sem contar as danças lentas, de rosto colado, já que um dos meus hobbies sempre foi tirar minha mãe (às vezes, minha avó) para dançar no meio da cozinha, enquanto elas faziam almoço.

Mas voltando à Besta-Fera: minha conclusão é que eu queria ter os problemas dele. Seu dia se resume a brincar comigo, dormir, ou brincar sozinho (ele está se aprimorando cada vez mais na arte de pegar meu travesseiro na cama e trazer para a sala). E seus problemas se resumem a eu cuidar dele (o que envolve desde dar comida a brincar). Ou seja, os problemas dele, na verdade, são meus.

Assim, não é preciso muita análise para descobrir qual de nós dois leva uma vida de cão.

Mas ele tem seu papel social aqui em casa, e o desempenha com esmero. Mais que um animal de estimação, ele é um roommate. Já tive outros cães antes. Aliás, cães e gatos. Mas a Besta-Fera é diferente, justamente porque eu moro sozinho. Ele é minha válvula de escape, às vezes, meu confidente, quase minha consciência.

Ontem, voltei para casa lá pela meia noite e me sentei no chão, encostado na porta, para brincar com ele. Mas, assim, que eu coloquei os pés em casa – ainda estava em pé, colocando minhas coisas na mesa – ele já havia explodido de alegria.

Eu estava fora há algumas horas, mas a felicidade dele era de uma sinceridade notável. Sim, eu sei que isso acontece todos os dias com quem tem cachorro, mas resolvi escrever sobre isso hoje. Porque, para quem tem cachorro, essa demonstração de alegria é algo banal: toda vez que você entra em casa, seu cachorro faz festa por causa disso. Ou seja, não valeria a pena nem começar a escrever sobre isso.

Por outro lado, uma demonstração de alegria como essa, tão sincera, tão “simplesmente feliz”, é algo raro hoje em dia. Chega a ser curioso você ser recepcionado por alguém (sim, ainda estou falando do meu cachorro, apesar do termo “alguém”) que está feliz apenas porque você está ali, e faz questão de demonstrar isso.

Porque a regra, hoje em dia, é você ganhar um sorriso daqueles que dizem “que bom te ver, mas ainda temos que resolver tal assunto”, “é bom te ver, mas estou muito chateado com o que você falou” ou o clássico “que bom te ver, mas estou meio sem tempo hoje, depois a gente se fala”. E ele não. Ele sempre tem tempo.

O que estou tentando mostrar aqui é que ele tem tempo não graças ao fato de não fazer nada, ele tem tempo porque, mesmo se não tivesse, ele arrumaria.

Quando eu coloco os pés em casa, ele arruma tempo e engole todas as nossas brigas e vem apenas mostrar que está feliz porque estou ali. Talvez seja o jeito dele demonstrar que, se eu estou ali e ele está ali, mais uma vez, talvez a briga que tivemos não tenha sido tão séria assim. Ou talvez seja, mas jamais será maior que a gente.

Claro que não estamos falando de um organismo psicologicamente perfeito. Descontando tudo o que falo dele aqui no blog, ele ainda tem um temperamento um tanto quanto difícil de lidar, especialmente na teimosia. Por outro lado, eu, sem parar para pensar muito, tenho toneladas de defeitos (incluindo a teimosia) – ou seja, provavelmente a desvantagem fica com ele.

Mas o número de defeitos dele – ou os meus – não importa. Porque algo está mais do que claro aqui. Mais do eu aceitar os defeitos dele e vice-versa, nós nos gostamos justamente por causa dos nossos defeitos (eu ia usar o termo “amamos”, mas dois amigos homens não fazem isso). Os meus defeitos me tornam menos “dono da casa” aos olhos dele; e os defeitos dele o tornam mais humano aos meus olhos.

Nossos defeitos, mesmo sendo diferentes, nos transformam em iguais. Essa é a graça da coisa. Assim, ele me admira como eu sou, incluindo defeitos e qualidades. E eu e ele sempre deixamos claro um para o outro que pedidos de desculpas são necessários apenas quando um de nós faz algo errado, e mais nada. Ele jamais teve que me pedir desculpas por ser quem ele é, e eu jamais tive que pedir desculpas a ele por ser quem sou.

Aliás, essa é a base da nossa convivência: a partir do momento em que nos gostamos por causa dos nossos defeitos, é fácil aprender a cada um de nós lidar com os defeitos do outro. E, com isso, as qualidades se sobressaem. Porque, sejamos sinceros: quando há amor (agora tive que usar, Besta-Fera que me desculpe) dos dois lados, há respeito. Ele me respeita, e eu o respeito. Logo, não existem defeitos, existe apenas a frase “é o jeito dele”.

E aí, penso no relacionamento que ele construiu comigo. Aliás, penso na forma que ele construiu este relacionamento. Explodindo de alegria quando eu entro em casa; pedindo para brincar quando está com vontade; não perdendo nunca uma oportunidade de ficar do meu lado – o que inclui também quando estou dormindo; colocando a cabeça sobre meu pé quando estou no computador, apenas para “ficar junto”.

E acredito que todo cachorro seja assim. Mudam as manias, as brincadeiras, as demonstrações de afeto, mas a essência é a mesma. E a nossa essência... Bem, é aquilo que conhecemos.

Nunca temos tempo para nada, sempre temos algo nos preocupando, estamos sempre chateados com fulano, com o saco cheio das atitudes de sicrano. E nunca encontramos tempo (ou vontade, ou coragem) de dizer para alguém, quando encontramos com esta pessoa, o quanto estamos felizes por ela estar ali. O quanto estamos felizes apenas por isso, por ela estar ali, com todas as qualidades e defeitos que ela possa ter.

E isso é algo que o meu cachorro, como qualquer outro cachorro, faz todos os dias.

Assim, toda vez que penso nisso, fico com uma pergunta na cabeça: quem são os verdadeiros animais: eles ou nós?

Eu sempre disse que a humanidade não deu certo. Cachorros, por outro lado, deram. Não seria nada mal se a gente conseguisse aprender um pouco com eles. Porque eu acho que eles teriam a paciência de nos ensinar - ao contrário de nós, que não temos paciência para mais nada.

O nome disso não é Preguiça; é Consciência Tranquila.

37 comentários:

Flavia Penido disse...

Ué, mas aceitar o outro como ele é não é a premissa de qualquer relacionamento afetivo, seja ele carnal ou não? Gostar dos defeitos do outro (ou ao menos, isso não te incomodar tanto?).
Eu acho que é.
E a humanindade deu certo sim. Quando olho pra lordrastajr tenho certeza disso. Mas eu sou uma otimista.

Renata Schmitd disse...

texto perfeito.

Lari Bohnenberger disse...

Pois é, eu sempre disse e continuo repetindo! O único amor completamente incondicional que existe neste muito, é o amor entre um cachorro e seu dono.

Chorei de rir imaginando a luta entre Besta-Fera e a mosca. Aliás, ele é LINDO! Dá vontade de esmagar ele, nesta foto!!!

Bjs!

Natalia Máximo disse...

Olha, acho que todo ser humano deveria ter um cachorrinho. É como se completasse a vida, sabe?

Ótimo texto.

MaxReinert disse...

Pois... eu sempre achei essas coisas que vc falou aí sobre os cachorros... e sobre a humanidade, também!

Mas, com o tempo, aprendi a tentar trazer certas qualidades dessas para os meus relacionamentos... tem dado certo!

Por isso que, mesmo não acreditando na humanidade, resisto a desistir completamente dela.... em alguém lugar, intuo que há algo de "animal" em nós - no bom sentido do termo!

ANA disse...

Nunca imaginei que o Besta-Fera fosse tão fofo assim... para mim ele era um SRD, ou até mesmo um daqueles "demoninhos" chihuahua.. hehehe

Thiago Pacheco disse...

Vamos lá Rob, vamos criar o Besta-Fera Day! Vai ser um grande dia. :)

Ah... concordo com a Ana. Pensava que o Besta-Fera era um daqueles cachorros de medio porte que comem até coco verde. Não que ele não consiga... kkkkkkk

Grande abraço, Rob! E um abraço pro Besta-Fera!

Anônimo disse...

como cachorreira convicta, devo dizer que me vi no seu texto. tenho duas cadelas e tenho o amor mais incondicional do mundo por causa delas.
não acho que a humanidade aprenda mais nada, mas se quisesse, poderia aprender muito com o modo de vida dos animais.
é triste pensar que o ser humano é o único que não faria falta alguma se desaparecesse da Terra.

Lua Durand disse...

"Eu sempre disse que a humanidade não deu certo. Cachorros, por outro lado, deram. "

É Rob, esse teu texto me fez ver as coisas agora de um modo diferente...
Essa alegria demonstrada quando o outro chega em casa, multiplique por 4 aqui, é são 4 cachorros, e quando eu chego, tarde, ou cansada, ou triste, ou de qualquer forma, lá estão eles, felizes, porque eu cheguei, abanando o rabo, talvez, de alguma forma, sorrindo...
Essa quase humanidade deles, percebo bem no vira-lata que eu tenho, que digam o que quiserem, mas ele é quase humano. quando eu era pequena e ia para a escola, ele fugia pela fresta do portão e me acompanhava até a parada de onibus, e esperava meu onibus chegar do meu lado, e uma vendedora da parada uma vez me disse que ele ficava olhando ate meu onibus sumir de vista, e depois [sério] olhava para um lado e outro da pista e atravessava a rua novamente, de volta pra casa.
esse cuidado, esse "carinho", esse explodir de alegria, essa simplicidade que eles tem para superar as brigas, os defeitos nossos, e gostar de nós, homens.

"Não seria nada mal se a gente conseguisse aprender um pouco com eles. Porque eu acho que eles teriam a paciência de nos ensinar - ao contrário de nós, que não temos paciência para mais nada.
"

Lua Durand disse...

ah sim, o besta-fera é um fofo.
Dá vontade de esmagar ele, nesta foto!!! [2]

May. disse...

Besta-Fera é um fofo (3)
E de verdade, eu as vezes acho que gosto mais de cachorro que de gente. Principalmente quando eu to aqui, nerdiando, e a minha pequenininha vem arranhar minha perna - dai eu sei que é só pegar ela no colo, ela dá meia dúzia de lambidas na minha orelha e desce. Só pra eu saber que ela tá aqui. E gosta o bastante de mim pra acordar e vir me mimar um pouco.

Advogado disse...

Boa a inversao de papeis no texto.

Este texto não mereceria o comentário de ninguém. É o tipo de texto que conseguiu dizer tudo e de mais nada precisa.

Mas o comentário vai de estímulo para próximas produções, já que o pão do blogueiro é comentário +D

Camila disse...

Ah...o q dizer? Somente que é lindo...a besta fera, o relacionamento de vcs...
Não tenho cachorro em casa, mas tenho gato( o Otto), e é mais ou menos assim, já q ele tb acha q é um cachorro(persegue gatos, faz a mesma brincadeira de buscar o brinquedo e faz festa qdo chego em casa)...
Acho q é bem isso...o relacionamento basicamente perfeito...

Claudia disse...

O nome daquilo na foto é cachorrofofice em grau avançadíssimo... incurável, devo dizer.

Isabella disse...

OHNNNNNNNNN!

Que lindo... Lembrei das minhas (cadelas e relações humanas!). hehehe.

Mas continua o toque: se eles pudessem nos fazer pequenos favores, tudo seria mais fácil.

Beijos!

Benito Bondoso disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Gabi Bianco disse...

Óun, Besta-Fera.

Sem dúvida o cachorro mais fofinho da blogosfera.

Vou lançar a campanha "um texto Besta-Fera por semana".

Afinal, ele é BEM mais fofinho que você, meu amigo. =)

Becka disse...

Meus olhos só não encheram d'agua porque eu escolhi me controlar. E tudo que eu quero fazer depois de ler tudo isso é sair do meu quarto, ir até a sala, pegar aquela coisa branca/cinza que vai rosnar por eu tirá-la de seu sono e abraçá-la só por ela ser um cachorro.

Thais Gama disse...

Lindo texto Rob, também tenho uma cachorrinha e a alegria que ela me recebe todo dia em casa é algo absurdo, sempre que a chamo ela está aqui ao meu lado...acho que bichinhos estão se tornando "quase-humanos", porque a minha só falta falar! Mas pode ter certeza que ela é muito mais amável que muita gente por aí!

Kel Sodré disse...

huahuahuahua

Velho, Gabi Bianco rocks demais!

Li o seu texto e vi o Otelo - meu cão, um scottish terrier tão teimosos quanto a Besta-Fera que também luta contra moscas presas no vidro da varanda. Mas, ao contrário do que você afirmou, que quem tem cachorro acha a coisa mais normal ele ficar imensamente feliz de você chegar em casa, eu fico comovida. Te juro: toda vez que eu chego em casa e o Otelinho late, choraminga, pula quase um metro de altura, coloca as orelhinhas pra trás, late mais e chega a chorar de alegria eu fico imensamente comovida. E mais, fico me sentindo muito culpada por ter deixado ele sozinho, mesmo que tenha sido por algumas horas e porque eu tinha que estar no estágio e ganhar minha bolsa-escragiária que compra a ração e os brinquedos dele. Morro de pena de ele ter que ficar sozinho em casa, sendo que ele gosta tanto tanto quando eu estou lá pra ficar com ele. Meu coração parte todinho.

Lívia Aguiar disse...

"Me chame de Besta-Fera. Ou de Fofinho!" hahaha

Bruna disse...

Senti falta da minha cachorrinha... Vc tem razão... todas as vezes que entro em casa lembro dela mordendo meu cadarço e me arrastando o corredor inteiro até a sala, para subir no sofá e brincar comigo. Ou quando passava o dia inteirinho brincando com ela e só com ela. Era minha maior companheira.
Adorei o texto. É o que eu sinto.. realmente os humanos não tem mais paciência para nada.. e eu tbm não tenho mais tanta.
Parabéns.

Gilmar Gomes disse...

Mais uma vez um post sobre a Besta-Fera e mais uma vez com foto... Realmente o Rob continua tentando trazer mais "leitoras" pro Blog... Lembro-me bem a quantidade "que fofinho", "que lindinho", e etc. que a foto do cãozinho rendeu num post antigão daqui...

Daniela disse...

"Eu sempre disse que a humanidade não deu certo. Cachorros, por outro lado, deram." Tão perfeito que não existe nada à dizer depois...

Layla Barlavento disse...

Não há o que comentar Rob. Apenas concordar.
Belo texto.

Luzia Magnoni disse...

oooohn...não tem como não amar, mesmo ele sendo macho! =)

Crisolda disse...

Valeu por dividir isso com a gente, Rob Gordon.

Gilmar Gomes disse...

Acabei de perceber que esqueci algo muitoooo importante...

www.thegilgomex.blogspot.com

como pude??? deve ter sido a foto do Besta-Fera...

Renan Becker disse...

Eu ja havia visto o Besta-Fera em outra foto, haha cachorros são assim a relação com o meu é igual, basta me ver pra ficar feliz :D

Varotto disse...

Legal você botar para fora essa coisa do amor que não ousa dizer seu nome, entre dois machos de espécies diferentes.

Até mesmo porque se resolver botar para dentro, que seja dentro de casa pois alguns corações mais sensíveis podem não aguentar assistir a isso (papo de borracharia mode: on).

Mudando de assunto, não sou assim um Gomex, mas vou fazer um merchandising. Fiz uma referência a seu post de Vitória em meu post quase semestral, que acabei de postar.

ticoético disse...

é simplesmente lindo só o fato d alguém perceber isso,tanta coisa no mundo,as pessoas nem falam mais das flores porque não mais as vêem,não têm tempo pra isso,e é ótimo encontrar relatos como estes aqui,dá vontade d ter meu cachorro morto d novo !
abraço!

Anônimo disse...

Putz, que falta de assunto... falava assim do meu gato. aí tive um filho e o gato se tranformou, como num passe de mágica, em um gato. isso aconteceu com os cachorros também. e também com toda a frescura. a sensibilidade foi pra onde importa. talvez você esteja precisando desesperadamente de um filho. gente, isso é um grito de socorro! ou então é só falta de assunto, mesmo.

abraços, adoro seus textos,

K.

Bel Lucyk disse...

Eu vivo escrevendo sobre o Zeca no meu blog! Adorei saber que vc tem histórias e histórias do besta-fera aqui. Vou voltar mais vezes!
PS - essa é a foto dele? É lindo! =)

paamps disse...

AHAHAHAHAHAAHA, adoro seus textos, mas os posts sobre a besta-fera MEUDEUS! são os melhores na minha opinião.

deve ser pq sou amante de cachorros...

parabens, AGAIN!(Y)

Pulo no Escuro disse...

"Isso, claro, sem contar as danças lentas, de rosto colado, já que um dos meus hobbies sempre foi tirar minha mãe (às vezes, minha avó) para dançar no meio da cozinha, enquanto elas faziam almoço."

Minha mãe odeia quando eu faço isso com ela. "Me deixa cozinhar criatura, não gruda. Para com isso. Tá bom vai, só essa música aí você me deixa trabalhar em pa."

Carlos Cruz Jr. disse...

Pensei nisso esses dias, de apesar de TODOS os pesares, seu dia pode ter sido um lixo, a do cachorro pior ainda (estar sem agua), ele vem com aquele rabo dele abanando mais que ventilador, seu dia pode ter sido um lixo, mais só aquela demonstração de afeto ja faz seu dia valer a pena.
;]

Elise disse...

Eu estava pensando nisso esses dias, quando passei 15 dias fora e, ao chegar em casa, fui recebida pela Pitchu, minha poodle. Mal cheguei no portão de casa e ela saiu correndo, só faltou pular o muro pra chegar até mim.
(Minha mãe me disse que ela chegou a ficar doente na minha ausência.)
Agora ela está deitada ao meu lado, onde sempre fica quando estou trabalhando no notebook. Gosto de vê-la sonhando, mexendo as patas no sono... E quando ela olha pra mim como se dissesse "precisa de ajuda aí?", eu sinto que nenhum amigo no mundo é igual a ela.

=)