3 de novembro de 2009

Marcha para Vitória - Parte III

(leia a parte II aqui)

Entrei no terminal e procurei por uma pessoa cabeluda, barbada e de quatro metros de altura. Convenhamos, o apelido do sujeito é "Dragus", não é "Orquídea". Ou seja, ele não deve ser muito delicado.

Nada.

Ou ele não estava lá, ou minha teoria sobre o Dragus (que implica no fato de ele ser o mais próximo de um guerreiro viking que o Brasil iria produzir) estava errada.

Eis que ouço alguém me chamando, ao meu lado. Era uma pessoa cabeluda, barbada e de, no máximo 1.70. Claro que posso estar enganado, afinal, para mim, qualquer altura superior a 1.70m é exatamente isso: 1.70m. Afinal, quando você tem, 1.60, não importa se as pessoas têm 1.70m ou 2.00m - elas são apenas grandes.

– Dragus?

– E aí? Tu está atrasado!

– Cara, eu estou fodido. Eu peço milhões de desculpas, mas o café vai ter que ficar para outro dia. Eu tenho quatro minutos para sair daqui em direção a Vitória, e ainda preciso pegar minha passagem.

Ele estava me esperando há uma hora e eu poderia ficar apenas quatro minutos com ele. Graças a Deus, as pessoas são diferentes. No lugar dele, eu teria enfiado uma faca em mim, virado as costas e me deixando sangrando até morrer no chão da rodoviária. Ele, em contrapartida, apenas devolveu um:

– Então vamos resolver sua passagem.

Saímos correndo em direção ao guichê. Vocês se lembram do Papa, que toda vez que chegava a uma cidade, ajoelhava e beijava o chão? Minhas calças estavam dispostas a fazer o mesmo. Provavelmente, como eu não comia há horas, tinha perdido uns dois quilos. Ela caía mais fácil e com mais freqüência.

No caminho, fomos conversando sobre o trânsito, o problema que tive com o vôo, que ainda não tinha comido. E aí você percebe que tem algo muito errado com o seu dia quando você encontra, pessoalmente, um cara legal e não tem assunto para conversar com ele, a não ser falar sobre as merdas que estão acontecendo para o seu lado.

Chegamos ao guichê da empresa. Olhei no relógio. Eram 21:08. Uma fila de quase dez pessoas me separava da passagem. Cinco pessoas. Não era uma ou duas. Eram quase dez.

Suspirei, e admiti a derrota.

– Fodeu. Perdi a passagem. Não vai rolar tempo.

O Dragus, no ápice da má educação, não me respondeu. Bem, tlalvez ele não soubesse o que dizer, ou como ajudar. Olhei para o lado e ele não estava ali.

De repente, ouço alguém me chamando de longe: era ele, lá na frente da fila. Aparentemente, ele havia explicado minha situação para as pessoas, pedindo para elas cederem o lugar para mim. Ou ele havia soltado os cabelos e, coçando a barba, ameaçou todos de morte. Corri para o balcão:

– Eu tenho uma passagem para o ônibus que sai agora para Vitória. Posso trocar por uma para o próximo ônibus?

– Não.

– Cara, eu ainda não almocei e são 21 horas. Troca para mim, por favor!

– Não.

– Eu prometo que vou no próximo! Você nunca mais vai ouvir falar de mim!

– Não.

– Ok. Eu vou nesse mesmo.

Peguei a passagem e saí correndo, já com meia bunda de fora. O Dragus foi comigo, abrindo caminho até o portão de embarque. Me despedi e subi no ônibus com a certeza de que, em menos de cinco minutos, eu havia conhecido um dos caras mais legais do Rio de Janeiro. E, sim, eu não teria conseguido sair do Rio a tempo sem a ajuda dele.

Dragus: eu te devo um jantar.

O ônibus era muito mais desconfortável que o primeiro. Os motores ligaram e apareceu o motorista, explicando que a previsão de viagem era de oito horas e que o carro iria fazer uma parada em Campos. Eu, agonizando de fome e sentado na janela do primeiro banco, perguntei:

– Mas a que horas acontece essa parada?

– É em Campos.

– Sim, mas daqui a quanto tempo?

– Ah, é quando a gente passar por Campos.

– Você trabalha com números? Eu preciso só de uma previsão.

Mas ele não estava mais prestando atenção em mim. Ele e os outros passageiros olharam para fora, assustados com o barulho dos trovões. Eu olhei também, mas apenas para disfarçar - eu sabia que não eram trovões, mas sim minha barriga roncando.

O ônibus partiu.

Tateei o bolso em busca de metade de alguma bala, mas nenhuma havia sobrado. Só havia uma solução: dormir. Mendigos dormem para passar a fome, deve funcionar. Me encostei no banco e fechei os olhos.

Mas, talvez devido à fome, comecei a ter pesadelos. Eu ficava ouvindo repetidamente a voz do Mumm-Ra dentro do meu cérebro. Mas não me recordo de imagens do sonho. Não era um sonho com imagens, era um sonho com áudio. Mais ou menos como um sonho.mp3.

Abri os olhos.

A voz continuava. Não era um sonho. Não era o Mumm-Ra. Era o velho no banco de trás tentando puxar conversa – aos gritos – com o sujeito ao lado dele. Eu ali, faminto, tentando dormir, e o velho não calava a boca.

Mas a coisa piorou quando ele disse que o filho era dentista e o sujeito ao lado dele respondeu:

– Ah, mas que coincidência. Eu sou dentista também.

Pronto. O Mumm-Ra de Vitória havia encontrado o seu Escamoso. Agora, eram amigos de infância e não calavam mais a boca. E o velho contou (três vezes) que o filho dele havia passado na peneira do Flamengo quando era criança; contou (duas vezes) que hoje o filho trabalhava também com medicina e foi ele quem detectou o dopping do Dodô (explicando quem era o Dodô nas duas); contou quatro vezes (com detalhes) como ele e os amigos estavam tentando voltar para Vitória desde terça feira, e que ele e sua turma haviam até mesmo feito um protesto no guichê da TAM, em Congonhas, exigindo uma solução.

O interessante é que ele contou essa história cheio de orgulho, como se ele fosse uma espécie de Simon Bolívar capixaba, ignorando o fato de que ele estava ali no ônibus comigo. E eu não tinha feito protesto nenhum. E ainda estava sentado na janela e ele não. Ou seja, o protesto não havia sido muito bem sucedido, ao contrário do que ele acreditava. Chupa, velho.

Mas a coisa piorou ainda mais quando ele começou a falar que trabalhava com vendas, e que primeiro havia atendido o Nordeste, e agora trabalhava no Sul. Segundo ele, as cidades do Sul eram melhores para trabalhar, mas as do Nordeste eram mais bonitas.

A única que não prestava, na opinião do inimigo dos Thundercats, era São Paulo. "Aquilo é um lixo". Palavras dele.

Eu juro que tentei levantar para tirar satisfação e explicar que lixo era ele e a porra da família dele, com destaque especial para o filho dentista que na verdade deveria ser um vagabundo escroto e drogado.

Sim, São Paulo é um lixo, mas existe um código de conduta que somente o habitante de uma cidade pode falar mal dela. Ou seja, eu posso falar mal de São Paulo e ele pode falar mal de Vitória. É assim que as coisas funcionam.

Tentei levantar e já estava com o "lixo é você, seu velho filho da puta", mas, no que eu fiz menção de ficar em pé e comprar a briga, fiquei tonto de fome.

Caí sentado, e apaguei uns minutos depois.

Acordei não sei quanto tempo depois, e o ônibus estava em silêncio. O velho havia dormido ou sido assassinado pelos outros passageiros. Não tive tempo de ver. Dormi de novo.

Acordei novamente, com o ônibus encostando num posto de gasolina. Antes que eu percebesse o que estava acontecendo, o motorista abriu a porta e explicou:

– Pessoal, estamos em Campos. Temos...

Eu não ouvi o resto. Saí correndo pelo lado dele e fui em busca de comida.

Mas desta vez eu fui esperto. Desci, olhei para o meu ônibus (era da Viação Águia Branca, Águia Azul, algo assim) e olhei os ônibus ao redor. Um verde e outro amarelo, de dois andares. Meu ônibus está entre um ônibus verde e um ônibus amarelo. Meu ônibus está entre um ônibus verde e um ônibus amarelo. Meu ônibus está entre um ônibus verde e um ônibus amarelo. Decorei isso e entrei correndo no restaurante.

Peguei a comanda e, enquanto a mulher me dava boa noite, cravei os dentes numa coxinha.

Era, de longe, a pior coxinha do Reino de Deus.

Era, de longe, a melhor coxinha que eu havia comido na vida.

Peguei uma Coca Zero, sentei num canto e fiquei devorando a coxinha, rosnando para as pessoas que chegavam perto. Os outros clientes do lugar devem ter acreditado que eu era algum orc de Mória que havia percebido que não viajava faz tempo, não queria passar o feriado na Terra-Média e havia decidido conhecer o Rio de Janeiro. Eu não estava nem aí, eu precisava apenas comer.

Sabem aquelas pessoas que comem com tanto prazer que parecem estar fazendo amor com a comida? Nos restaurantes, sempre tem uma pessoa assim. Ali, na rodoviária de Campos, não havia romantismo entre eu e a coxinha. Eu estava praticamente violando a coxinha.

Levantei, e sai bebendo minha Coca Zero. No caminho para o caixa, ainda peguei um saco de Ruffles. Calculei o tempo: ainda tinha dez minutos para o ônibus partir.

Paguei, disposto a fumar um cigarro já em frente ao meu ônibus, para não ter margem de erro. Eu não iria cometer o mesmo erro duas vezes. Algumas pessoas passam a vida sem entrar no ônibus errado. Eu não iria cometer a mesma cagada duas vezes na mesma viagem.

Coloquei os pés fora do restaurante e procurei meu ônibus. Perdi a força nas pernas e quase caí chorando. Eu não estava preparado para o que vi.

Os ônibus verde e amarelo haviam ido embora.

Uns dez ônibus estavam estacionados lá na frente, mas não havia nem sinal do verde, nem do amarelo. Aliás, dos dez ônibus, uns oito eram da mesma viação Águia Branca– ou seja, iguais ao que eu viajava.

Desta vez, a voz dentro da minha cabeça começou a gargalhar: "Chupa!". Maldito azar.

Comecei a andar procurando a palavra Vitória escrita em um dos ônibus. Encontrei no terceiro, que estava estacionado mais ou menos no mesmo lugar que o meu. Respirei aliviado, acabei meu cigarro e entrei. Dei de cara com uma menina no corredor, logo à frente do meu banco. Pedi licença: ela, obviamente, deveria ir para o corredor e abrir espaço para que eu pudesse me sentar. Ao invés disso, ela se sentou no primeiro banco. Ela se sentou no MEU banco.

– Não, eu preciso me sentar aí onde você está, eu disse, já com a boca cheia de Ruffles e da forma mais educada do mundo. Minto: falei da forma mais educada que consegui, que estava bem longe de ser a mais educada do mundo.

– Mas aqui é o meu lugar!, ela me respondeu, com cara de interrogação.

– É?

– É.

Olhei ao redor e não vi nada familiar. Nem velho, nem minha mala, nada.

Eu estava no ônibus errado. De Novo.

Mas, ao invés de entrar em pânico, me lembrei do Mumm-Ra e fiquei com vontade de perguntar se aquele ônibus também ia para Vitória, e se eles não poderiam me fornecer asilo em algum banco vazio. Eu estava disposto a prometer me comportar, e até mesmo dividir meu saco de Ruffles com os outros passageiros, mas me lembrei também que minha mala estava no outro ônibus. E, como eu sou eu, se eu não viajasse com a minha mala, era capaz dela ser extraviada e ir parar na República Dominicana.

Resmunguei algo como "estou no ônibus errado" e desci, deixando as pessoas rindo da minha cara.

Achei outro ônibus com destino a Vitória e, antes de embarcar, dei uma olhada na cara do motorista. Como ele me parecia familiar, entrei. Min has mala estava ali, mas foi apenas quando ouvi a voz do Mumm-Ra atrás de mim que me senti em casa. Na merda, mas em casa.

Menos de um minuto depois, o ônibus partiu.

E menos de um minuto depois disso, eu havia acabado com minhas Ruffles e estava chupando os dedos, em busca de farelos que tentassem escapar.

Agora, sim, eu iria fechar os olhos e dormir feito um bebê. Me acomodei no banco, cruzei os braços e esperei por Morfeu. Antes de Morfeu, porém, quem apareceu foi o Mumm-Ra, que resmungou (vale citar que um resmungo dele tinha algo em torno de 90 decibéis):

– O problema é que agora eu cochilei um pouco e não consigo mais dormir. Eu me conheço, vou ficar acordado até de manhã cedo.

Tive vontade de chorar.

Olhei para o céu e pedi a Deus que enviasse um anjo com uma espada de fogo para matar aquele velho, mas não fui atendido. Não é possível que nenhum dos dez mandamentos mencione algo a respeito de pessoas que falam dentro de ônibus no meio da madrugada. O pessoal lá em cima cobriu assassinato, adultério, não iriam deixar de fora algo tão básico assim.

Tentei começar a rezar, para ver se Deus me ouvia - coisa que eu acho difícil, já que, com o volume que o velho falava, Deus não iria ouvir nada. Na metade do primeiro Pai Nosso (aliás, antes mesmo de chegar no "seja feita a Sua vontade"), capotei e dormi feito um bebê.

Acordei não sei quanto tempo depois. Era quase dia. Olhei para fora e vi que estava à beira de uma praia, e chovia. Aliás, chovia muito. E ventava. Os coqueiros dobravam, quase encostando na areia.

Fiz as contas:

Praia? Check.

Chuva? Check.

Vento? Check.

Eu havia chegado em Vitória. Ou isso, ou eu havia entrado num vórtex temporal e sido transportado para as filmagens de Apocalypse Now. Peguei o celular e liguei para o amigo-noivo.

– Fala beacho. (sim, ele não diz "bicho", ele diz "beacho"), ele atendeu.

– Estou na sua cidade. Logo chegarei à rodoviária.

– Já está em Vitória?

– Sim, cheguei em Vitória.

– Então, estou saindo para te pegar.

– Beleza.

Mas o Mumm-Ra estava quieto, mas acordado. Na verdade, ele estava ouvindo minha conversa e resolveu dar pitacos.

– Aqui não é Vitória, é Vila Velha.

Normalmente, eu viraria para trás e agradeceria. Mas eu ainda estava com o lance de São Paulo atravessado, e se eu abrisse a boca em direção a ele, sairia apenas um "vá-tomá-no-meio-do-seu-cu-velho-de-merda-filho-da-puta".

Entretanto, a informação sobre eu estar em Vila Velha era importante. Se eu estava em Vila Velha, sabe-se lá quanto tempo demoraria para eu chegar à Vitória.

Mas eu não iria ligar de novo e me corrigir, em alto e bom som. Não. Eu não daria esse gostinho para o Mumm-Ra. Ele jamais teria essa vitória. Ou essa Vila Velha, nem eu sabia mais.

Assim, mandei um torpedo para meu amigo, dizendo algo como "segura mais um tempo, ainda estou em Vila Velha". Segundos depois, toca o telefone.

– Alô.

– Beacho?

– Oi.

– Você mandou um torpedo agora?

– Sim.

– Eu não consegui abrir. O que dizia?

– Porra, tenta ler de novo.

– Não dá, não está abrindo. Diz aí, o que era?

Eu ainda estou em Vila Velha., cochichei, tomando cuidado para o Mumm-Ra não ouvir.

– Oi?

Eu estou em Vila Velha. Depois te ligo.

– Beacho, não estou ouvindo.

– Eu estou em Vila Velha, caralho! Eu não estou em Vitória! Eu estou em Vila Velha!

– Ah, tá.

– Depois te ligo.

Deliguei o fone e ainda tive que ouvir o velho falando:

– Eu disse que aqui era Vila Velha.

Mumm-Ra filho da puta.

Dez ou quinze minutos depois, desci na rodoviária de Vitória. Encontrei meu amigo-noivo, minha amiga-noiva, abracei os dois e senti vontade de chorar. De cansaço, de alívio.

Eu havia conseguido.

Mal sabia eu, do alto da minha inocência, que a coisa ainda iria piorar muito – muito mesmo – antes de melhorar.

(continua aqui)

32 comentários:

Varotto disse...

Rapaz! Difícil imaginar isso piorar...

Varotto disse...

Ah! Esse primeiro lugar nos comentários (provavelmente inédito para mim) foi meio roubado, já que calhei de estar falando com o Rob no momento em que ele postou o texto. ;o)

E complementando: o Dragus vai mesmo para o céu. O cara pastou na Rodoviária e depois ainda deve ter tido de dar um jeito de ir para Paquetá, local aonde só se chega de barco e com horários limitados (ou você já deixou a ilha para trás? :o)).

Unknown disse...

Aí é que você se engana, o Dragus, deve ter ficado muito contente, pois ficou com o Rob tempo o suficiente para entrar numa das homéricas sagas dele...

Benito Bondoso disse...

pô agora vou ter que ler a duas primeiras partes novamente. Eu esqueço os detalhes....

Parabéns cara, tú é massa.

MaxReinert disse...

Vc caiu no bolo, né?

fala a verdade!!!

VC CAIU NO BOLO?

Hally disse...

"– Eu estou em Vila Velha, caralho! Eu não estou em Vitória! Eu estou em Vila Velha!"

Imagine uma gargalhada de 90 decibéis. =P

O Max Reinert levantou uma questão importante... Você caiu no bolo? [2]

O Mumm-Ra, além de morar em Vitória, ainda levou vitória.

Depois da coxinha, a calça continuou a cair?

Mesmo sem conhecer o Dragus, sou fã dele. O que seria do resto da viagem (leia-se saga) sem a ajuda dele?

Bom, acho que é só. Acho...

Ah, precisa ter 30 comentários este também? Se precisar, diz de uma vez, que saio divulgando por aí feito doida...

Vai ter cinco partes né?

Chega...

Airon Souza disse...

Putz, uma das melhores sagas EVER. Adoro essas referências implícitas no texto.

Enfim, quando você rezou, pedindo por um anjo com uma espada de fogo, por um momento (só por um momento)visualizei o Dragus descendo do céu, cabeleira ao vento, sandálias de couro, dando uma voadora no pescoço do Mun Rá. YAAAHHHHHH!

"rúts"

Leandro disse...

dica: da pro'xima vez que vc viajar de ônibus, anote o nro do ônibus na rodovia'ria :-)

olha, do pouco que eu conheço de você, no minimo aquela coxinha vai dar uma diarréia heheheh

Abraços

Layla Barlavento disse...

Só falta Munn-Ra também ter sido convidado e levar toda a família. Inclusive o filho dentista-médico-descobridor-de-dopping. E se tiver lugar marcado na mesa, o dele ser ao seu lado!

Climão Tahiti disse...

Eu não entrei em "sagas", entrei na vida dele mesmo.

De amizade "online" para "offline". =)

E Varotto, eu enrolei na rodoviária, comi um sanduíche (pois também estava sem comer o dia todo) e peguei 2 ônibus para chegar na Praça XV.

Um para sair dali e outro para chegar na Praça XV (a estação das Barcas).

Agora é juntar as baterias e me preparar para conhecer o Rob sem capetas dessa vez.

Climão Tahiti disse...

*"conhecer" não, "conversar".

Gilmar Gomes disse...

ri horrores...

essa foi a mlehor parte até agora... noto que a coisa tá melhorando (piorando no seu caso...)...

Gilmar Gomes disse...

aliás... com esta saga... o seu livro já vai passar em algumas páginas, do dicionário aurélio (miguel)...

Penelophy disse...

Cara
Estou chorando de rir por aqui. Parece minhas aventuras quando tento viajar também...

Fred Marvila disse...

Mano, agora q vc falou, capixaba realmente fala beacho! E como capixaba exportado pra SP pela zona franca de Belzonti, eu não percebia isso :P

Comédia d+ sua saga!

Lívia Aguiar disse...

chorei de rir! mesmo.

a tragédia humana é engraçada demais quando não é com a gente.

Natalia Máximo disse...

Acho que fizeram mandinga pra você, Rob! Não é possível tanto azar pra uma só pessoa!

Leonardo Xavier disse...

Cara,

eu viajo desde de moleque... Tem um macetezinho pra você não pegar o ônibus errado nas paradas que é memorizar o número deles: simples assim!

Mas muito divertida a história!

Anônimo disse...

"Sonho.mp3" foi foda, hahaha.

Cara, e vc com a fome de nove mendigos, comeu apenas UMA coxinha??? :o

Renan Becker disse...

Morri de dar gargalhadas aqui, o Mm-ra levou vitoria mesmo eim! Eu entendo perfeitamente a parte da coxinha, mas uma? apenas uma? O.o

Kel Sodré disse...

Com o meu comentário, agora só faltam nove pra próxima parte!

Mas acho que essa eu vou deixar pra ler em casa em vez de ler no trabalho. Em vez de escrever o release sobre o lançamento de um prédio que minha chefe mandou, eu estou lendo o Champ e sufocando as gargalhadas, que inssistem em sair em forma de "pfffffffffff" e eu tenho que disfarçar como tosse!!!

O post tá todo muito bom, Rob! Essa, definitivamente está entre as Top3 séries.

Dee disse...

Hahahahahaha, ler esses posts no trabalho é MUITO perigoso.


E como assim você viaja sem um lanchinho na mala? Inconcebível!

Marina disse...

"Vocês se lembram do Papa, que toda vez que chegava a uma cidade, ajoelhava e beijava o chão? Minhas calças estavam dispostas a fazer o mesmo."

Hhuahauhauahuahuahuaha! Gente, ainda tem mais???

P.S.: O que você tem contra dentistas do Nordeste?

Unknown disse...

Tô super curiosa para "conhecer" o restante dessa saga!

Pri disse...

MEW lendo os posts do Rob constato: Sou EXTREMAMENTE sádica! kkk (sorry[2])...
Como vc sai sem um lanchinho? [2]
P.S.: O q tem q fazer pra conhecer vc? *-*

Pri disse...

OBS.: sem malícia viu?! é só coisa de fã msm...

Unknown disse...

Eu estava no bar esperando o Rob no dia em que ele passou os apuros com o taxista maniaco e vivenciei os minutos que seguiram apos o taxi entrar dentro do bar, ele devorar 3 espetos de picanha, contar o que aconteceu e depois escrever uma saga de 3 episodios, se não estou enganado, mas essa já esta quase virando novela mexicana. Acaba com isso logo

May. disse...

"sentei num canto e fiquei devorando a coxinha, rosnando para as pessoas que chegavam perto."

Me identifico tanto!.. Eu estava assim agora pouco, com o meu macarrão. Enquanto eu fazia o dito cujo, meu pai chegou perto do meu prato e roubou uns pedacinhos de queijo/peito de peru que eu coloco no molho. Eu rosnei. Tá, na verdade eu só disse "TEM NA GELADEIRA.", mas eu poderia ter rosnado.

Varotto disse...

Dragus, você DEFINITIVAMENTE vai para o céu... ;oD

Anônimo disse...

Varotto, duvido que deixem ele entrar lá com aquela barba.

Otavio Cohen disse...

"O velho havia dormido ou sido assassinado pelos outros passageiros."

Filipe Ribeiro disse...

Essa saga é, sem dúvida, a melhor que eu já li. Eu ia deixar pra comentar no final, mas a parte do "existe um código de conduta que somente o habitante de uma cidade pode falar mal dela" não me deixou sequer terminar de ler essa parte antes de comentar. Definiu com exatidão o que eu penso de quem fala mal do Recife, mesmo não dizendo nenhuma mentira.

Só você mesmo pra transformar esse stress numa história sensacional! E com as calças caindo...