Esse fim de semana descobri outro seriado na minha vida, Huff. Nem penso em fazer uma crítica, pois sei que estou ultrapassado: a série já está, se não me engano, na 2ª temporada. O problema é que eu só assisto a seriados em DVD, por dois motivos: primeiro, detesto a idéia de esperar uma semana para ver o que vai acontecer; segundo, eu não consigo nem organizar minhas contas, quando mais um cronograma com dia/hora/canal dos seriados que eu curto. Eu precisaria ter, em casa, um estagiário com conhecimentos em excel pra me assessorar. Então, para preservar minha sanidade, eu espero sair em DVD mesmo.
Huff foi lançado pela Sony e segue uma tendência forte nos seriados de hoje em dia: Beleza Americana. O filme de Sam Mendes detonou uma onda de vida inteligente na televisão de onde saíram pérolas como A Sete Palmos (criado, inclusive, por Alan Ball, roteirista de Beleza Americana); Família Soprano, que coloca a crise de meia-idade no mundo da máfia, de uma forma que faria os roteiristas de Máfia no Divã morrerem de vergonha; Desperate Housewives, que brinca com as mulheres da faixa entre 30-40 anos; e Huff, que gira em torno de um psquiatra cuja vida degringola totalmente após um de seus pacientes, um adolescente gay, se matar dentro de seu consultório, no meio de uma consulta.
A partir daí - e ao mesmo tempo em que começa a ser investigado, já que os pais do rapaz o acusam de negligência - a vida de Huff (Hank Azaria, que já fez alguns papéis no cinema e dubla um monte de personagens de Os Simpsons) começa a implodir em todos os aspectos. Seu filho está crescendo e ele não sabe lidar com isso; sua mulher e sua mãe (que mora numa casa conjugada à sua) só falta se pegarem de tapas antes do café da manhã; e ele vê seu melhor amigo (interpretado magistralmente pelo subestimado Oliver Platt), mergulhar cada vez mais numa vida regada à orgias e consumo de drogas.
Esse fim-de-semana assisti a 5 episódios e achei um melhor que o outro. Claro, também tenho meus momentos Jack Bauer ou Sidney Bristow, ou até mesmo minhas fases Simpsons e Seinfeld* – não, mentira: toda vez que tenho uma caixa nova de Seinfeld na mão, eu não faço mais nada até assistir todos episódios. E quando o saudosismo aperta, nada melhor que Kirk ou Picard. Mas seriados como A Sete Palmos, Huff, Família Soprano me deixam confortável: afinal, é extremamente importante para uma pessoa que cresceu assistindo a Os Flintstones, Os Jetsons, Corrida Maluca e Scooby-Doo saber exatamente o que assistir quando chegar à crise de meia-idade.
* Não, eu não gosto de Friends. Sim, eu sei, eu sou a única pessoa do mundo.
De forma nostálgica, seguem os Cinco Melhores Desenhos da Hanna-Barbera
01 . Corrida Maluca - quem nunca torceu para o Dick Vigarista, que atire a primeira pedra (ou, de preferência, uma rocha, em cima do carro do Peter Perfeito)
02. Máquinas Voadoras - dobradinha Dick Vigarista no pódium? Não é mera coincidência.
03. A Arca do Zé Colméia - nem era lá essas coisas, mas todos estava ali: Zé Colméia, Maguila, Elefantástico, Peter Perfeito... era uma espécie de best of.
04. A Família Addams - O charme mesmo eram os "personagens lado-B", que apareciam: Mãozinha, Oito (o polvo que morava no porão) e o genial Primo It.
05. Johnny Quest - esqueça a nova versão e fique com a original: só a abertura (com monstros que davam medo a qualquer criança de 4 anos) já era o máximo.
3 comentários:
"Não, eu não gosto de Friends. Sim, eu sei, eu sou a única pessoa do mundo."
NÃO ROB, você (nós) não está (estamos) sozinho(s)! :D
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=801253 bizarro, não?
Seu top 5 está quase igual ao que seria o meu. xD
Só não conheço esse johnny quest.
Espero que o ser do comentario acima tenha tido a curiosidade de conhecer Johnny Quest. Desenho clássico. Do tipo "A humanidade não deu certo. Mas alguns (humanos. ou não) bem que tentaram."
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