Às vezes, parece que faz apenas alguns dias que eu fui morar
sozinho.
Eu havia me inscrito numa pós-graduação, mas o dinheiro
acabou sendo devolvido quando o curso não atingiu o número suficiente de
alunos. Juntei esta grana com o pagamento que eu havia recebido por um trampo gigantesco
que havia realizado meses antes e decidi que era hora de crescer.
Abandonei o bairro que cresci e me mudei para perto do
trabalho. Assim, ganhei definitivamente as ruas de Pinheiros, que passaram a se
tornar meu novo território. Era um apartamento modesto, com quarto e sala, mas
me recordo de ter me apaixonado por ele – especialmente pela sua varanda – no momento
em que coloquei os pés lá dentro com uma corretora.
Poucas semanas depois, eu havia reunido toda a papelada e
recebi as chaves. A mudança, claro, foi um caos – como toda mudança deve ser.
Móveis novos montados pela manhã, minhas coisas pessoais sendo descarregadas à
tarde. Tudo com a ajuda da minha mãe que teve a honra de dividir comigo a
primeira refeição que tive no meu novo endereço: comida chinesa, que comemos acomodados
ali mesmo no chão da sala.
Estávamos no começo de março de 2006. Faz exatamente seis
anos, mas, na minha cabeça, parece ter acontecido somente poucos dias atrás.
Mas mesmo com esta sensação – culpa de outra sensação,
aquela de que o tempo passa cada vez mais rápido – eu me recordo de muita coisa
que vivi ali dentro. A primeira delas é o orgulho que senti ao poder convidar meus
pais para almoçar na minha casa; e o mesmo ao receber cada amigo que colocou os
pés lá dentro – seja em busca de um bom papo, seja em busca de um lugar para
dormir.
Mais que receber amigos, dentro daquele pequeno apartamento aprendi
a me virar sozinho. Contas, refeições, limpeza... Organização nunca foi meu
forte, mas consegui atravessar seis anos morando numa casa limpa e com todas as
contas pagas.
Também descobri muito sobre mim ao longo deste tempo. Em
alguns momentos, descobri o prazer de ficar sozinho por horas; em outros,
percebi que esta é uma das coisas mais difíceis que um homem pode fazer. Lá
aprendi que possuía qualidades que nem imaginava ter e, ao mesmo tempo,
descobri algumas das minhas limitações.
Lá dentro pulei de pura felicidade ou chorei de tristeza; comemorei
vitórias ou amarguei derrotas. Entre aquelas paredes eu sonhei e brinquei,
ganhei e perdi, caí e levantei, gargalhei alto e chorei baixinho. Acertei e
errei. Amor, tristeza, paixão, raiva, alegria: não há nenhum sentimento que eu
não tenha experimentado em algum momento destes seis anos.
Um bom pedaço da minha história está naquele lugar. Pois, à
primeira vista, aquele imóvel poderia ser somente um apartamento como outro
qualquer, num prédio qualquer, no meio de São Paulo.
Mas, para mim, era um lar.
Para vocês, leitores, também poderia ser apenas um
apartamento como outro qualquer. Mas eu nunca deixei isso acontecer.
Muitos de vocês moraram naquele prédio comigo, seja correndo
de medo da Síndica Mafiosa; seja discutindo com o Jonas, o fantasma que
assombrava o imóvel; ou se apavorando com os rosnados do Bebê das Trevas do
prédio ao lado. E, claro, devem se lembrar de quando eu quase me matei com uma
lasanha da Sadia, ou daquela vez em que minha vizinha resolveu se suicidar num
domingo à noite.
Histórias é o que não faltaram ali.
Pois eu escrevi muito não apenas dentro deste apartamento –
boa parte dos posts deste blog foi escrita, ou ao menos idealizada, lá dentro –
mas sobre ele. Afinal, quando você escreve sobre sua aldeia, você escreve sobre
o mundo.
E durante seis anos, aquele apartamento (bem como o bairro
de Pinheiros) foi o meu mundo. Entre um texto e outro, vocês andaram a esmo
pela Teodoro Sampaio, brigaram por carolinas na padaria ali ao lado, exploraram
a Fnac ou encontraram as pessoas mais estranhas do planeta nos corredores do
Pão de Açúcar.
E muitos de vocês estavam lá quando eu dancei pela sala com
o Besta-Fera, às vezes celebrando uma vitória ou simplesmente o fato de eu estar
vivo e ser eu mesmo; e muitos de vocês estavam ali quando eu me sentei no chão
exausto, pedindo que ele apenas ficasse quietinho ao meu lado porque eu não
queria ficar sozinho.
Afinal, se eu estava lá, vocês também estavam.
Pois ali era o meu mundo.
E ele permaneceu como meu mundo até alguns dias atrás,
quando eu apaguei a luz da sala – vazia, como na primeira vez que coloquei os
pés lá dentro – e olhei ao redor. Em uma fração de segundos, me recordei de
muita coisa que vivi ali dentro. Seis anos que pareceram dias. Seis anos que
valeram por uma vida. Dei um pequeno sorriso e tranquei a porta.
Desta vez, para sempre.
(Ex) Home sweet home. |
E, com este mesmo sorriso, inicio uma nova fase. Mais que um
novo endereço: uma nova vida. Seis anos atrás era hora de crescer; agora é hora
de crescer novamente. E, desta vez, crescer ainda mais.
Esta nova vida, aos poucos, será descortinada aqui no blog. Prometo.
Mas, nesta nova fase, vocês estarão comigo, como sempre estiveram. Afinal, como já
compararam mais de uma vez, este blog é uma espécie de Show de Truman, com as
pessoas “assistindo” a minha vida – a diferença é que o Truman não se ferrava o
tempo inteiro, como eu, mas isso é apenas um detalhe.
Pois hoje, com anos e anos de blogs nas costas, acho que existem
dois bairros de Pinheiros: um que fica na Zona Oeste de São Paulo, e outro que
existe aqui dentro deste blog. E posso garantir, com toda a certeza do mundo,
que muito deste “nosso” Pinheiros foi construído com a ajuda de vocês.
O mínimo que eu poderia fazer é convidá-los a criar um novo
bairro – ou um novo mundo, por que não? – a partir de agora.
E vai ser divertido. Afinal, se existe algo certo sobre o
mundo é que ele está repleto de síndicas mafiosas, padarias toscas, avenidas
infernais e pessoas estranhas. Basta apenas saber olhar para eles e descobrir
suas histórias.
Quer dizer, no meu caso, basta apenas esperar, pois é certo que
todos eles conspiram para atrapalhar minha vida de uma forma ou de outra, mais
cedo ou mais tarde. Aliás, leitores mais atentos já devem ter percebido que
personagens e locais novos já deram as caras aqui em postagens recentes.
E muito mais vem por aí. Muito, muito mais.
Afinal, sejam sinceros: vocês realmente acham que as expressões “a
humanidade não deu certo” e “ô fase” ficariam para trás na minha vida?
69 comentários:
Antes de tudo: parabéns, Rob. Fico muito feliz por essa mudança na sua vida. Primeiro porque acredito que mudanças são sempre boas, mesmo quando são ruins - temos que considerar todos os aprendizados que aparecem pra gente.
Não estou conseguindo acompanhar o blog, mas tinha que vir comentar nesse post, porque não sei o que está acontecendo com você agora, mas espero que tenha a ver com uma conversa que tivemos na varanda do seu - agora - antigo lar, numa noite muito gostosa com amigos incríveis. E sei que isso vai ser muito bom, porque você merece!
E muito obrigada por criar um bairro de Pinheiros muito mais divertido pra mim. Obrigada por me ensinar a ver personagens no meu prédio, na minha rua, no caminho entre minha casa e meu trabalho.
Vou sentir muitas saudades das suas histórias desse bairro, porque ele nunca mais vai ter a mesma graça sem você, mas ficarei muito mais feliz com as histórias que virão nessa nova região da cidade - seja São Paulo, seja qualquer outra - porque sei que é o lugar que você pertence agora :)
me deu um aperto ver essa foto. mas não um aperto ruim. acho que vc me entende.
Engraçado Rob. Eu tenho passado por muitas mudanças também. Comecei a morar sozinho não tem nem 2 meses....e tive que mudar de estado. Eu sou de Santos, SP e agora estou em Porto Alegre. É muita bacana sentir que está crescendo e ter algo para chamar de seu. Belo post e espero que um dia possa olhar para o meu apartamento e dizer: "ah, se esse apartamento falasse..."
Odeio e adoro mudanças. Elas sempre têm um efeito emocional muito estranho em mim.
Boa sorte nas suas mudanças, Rob. Será um prazer acompanhá-las, como sempre.
:)
Parabéns a todos os envolvidos ; )
Mal posso esperar pelas novidades!
Abs
@Nenéia
Parabéns pela nova fase!!!!!!!!!!!
Feliz por você estar feliz em mais essa caminhada!
:*
Um passarinho analisa a borda do seu ninho, que ficou pequeno, e só vê o chão lá longe. Mas o ninho ficou pequeno, e ele tem essa urgência que nem sabe explicar, precisa ir.Para onde? Ele não sabe, o futuro é um sujeito engraçado que não se dá a conhecer assim tão fácil. Mas o ninho tá pequeno, fazer o quê. Ele suspira e se joga no vazio.
Aí ele descobre que pode voar.
Manda ver, Rob! (tava com saudades...)
Eu não choro em casamentos.
Pode apostar que você deu uma nova interpretação (pelo menos pra mim) pras ruas de Pinheiros. E é você que está me fazendo planejar, na minha visita aos meus conterrâneos paulistanos no final do ano, uma saída pra comer cabaninhas! Quando a hora estiver chegando vou até pedir endereço, viu? rs
Boa sorte na nova fase, Rob! Que tudo dê certo pra você e pra Ana (com certeza já deu certo, né?).
Beijos!
Parabéns pela nova fase!
Muito do que essa casa te proporcionou vai te acompanhar pra onde quer que vc vá, então acho que vc sempre vai sentir um pouco dela. Uma nostalgia saudável, como acontece com todo bom momento da vida. :)
E que essa nova etapa traga muita felicidade, muito crescimento e, principalmente, muita história pro blog!
Poxa, perdi agora um dos meus passatempos prediletos ao ir ao Pão de Açúcar da Teodoro - que era ficar tentando imaginar se aquele baixinho careca que estava no corredor de cerveja era ou não o Rob Gordon! (claro que o mistério era maior antes das fotos, mas eu ainda me divertia com isso)
Brincadeiras à parte, super parabéns pela mudança. Tenho certeza que vamos descobrir, pelo seu blog, como outros bairros podem ser tão pitorescos como Pinheiros. Quem sabe um dia sai uma saga com os personagens de cada bairro por onde você passa...
Sucesso na nova fase, Rob! :)
Que feliz! :)
Assim como a Nat, também não estou conseguindo passar aqui em todos os novos posts (e, quando passo, nem sempre comento). Mesmo assim, passo agora para desejar só coisas boas na nova temporada. E dizer que esse bairro que existe aqui dentro do blog me deixou bem tranquilo quando vim de BH para São Paulo e descobri que ia morar em Pinheiros também. Não seremos mais vizinhos e a chance de nos encontrarmos sem querer na Benedito ou na padaria da esquina diminuiu bastante. Mas tem coisa que é pra sempre. Espero que você saiba disso ;)
Mudanças são sempre para melhor Rob.
Felicidades em sua nova fase e que Deus ilumine seus caminhos sempre.
Beijos
Sil
Mudança é uma bosta, dá uma trabalheira infernal... mas "mudanças" na vida são ótimas. E são ônus e bônus, não é?!
Desejo uma boa sorte danada, que mesmo que os síndicos mafiosos te sigam, que o bebê bizarro fique pra trás. Sucesso e felicidade nesse novo caminho!
Eu choro em mudanças. Há oito anos não sei o que é passar mais de um ano no mesmo lugar.
Mas mudar é um sinal de evolução.
E que evolução heim?
Mudar é necessário, ainda mais pra quem vive no mundo das letras e do mundo das letras!!
(off topic proposital: o aluguel era bacana? Tô procurando onde ficar, rs)
Sabe, acredito muito no poder da mudança, seja físicamente de lugar - como uma mudança de casa - como mentalmente - pra se adaptar ao novo lugar... E, estranhamente, isso me lembra, DEMAIS, o arcano "O Louco" do Tarô...
Abrace a mudança, meu caro!!!
Grande abraço, deste que é um grande fã!
Eu, que sempre acabei me mudando muito durante minha vida (devo ter morado em mais de 20 casas diferentes), conheço bem este sentimento de deixar as coisas (antes fossem somente coisas) para trás. É uma dor, um medo, expectativa, dúvida, sonhos, alegria, tristeza. Enfim, tudo fruto do crescer. Ver casa vazia assim dá um aperto retado no coração. E como leitor assíduo (já fui mais, mas sempre sumo e volto, após algumas semanas), imagino o que sente, até porque, como vc mesmo disse, sabemos de muita coisa que aconteceu aí. Sentiremos falta da síndica, do porteiro, dos vizinhos, daqueles que você encontrava na rua etc. Mas deixa a nostalgia (recente) pra lá (pelo menos, por enquanto, porque essa aí sempre assombra a gente). Do lado de cá, só desejo o melhor pra você nesta nova etapa. Muita felicidade, Rob.
Agora, o importante é continuar compartilhando seus momentos hilários (ou não) que, com certeza, não acabarão.
Ixi, então não estás mais em Pinheiros? Adoraria marcar um café contigo.
Boa sorte nesta nova fase, Rob. Tens um fã e diversos amigos por aqui.
Só digo uma coisa: vou sentir falta do Jonas. hahaha'
Piadas a parte, parabéns por mais esse passo importante na sua vida Rob. Boa sorte, e muito sucesso!
poxa, vc não levou o Jonas junto?
e... vc e a Namorada foram morar junto, foi? a namorada virou Esposa?
diz que siiiiiiim *-*
vai, diz q n fui só eu qm casou por agora *-*
enfim, em todo caso, sorte na casa nova, e não se esqueça... BATIZE A PORRA DO CHÃO DE CERVEJA, ANTES QUE ALGUM AMIGO TEU FAÇA ISSO POR TI! ¬¬
felicidades, =*
Você feliz + sua criatividade + novidades = leitores felizes!
Se minhas contas estão certas (e eu acredito que estejam), ótimo!
Boa sorte com a mudança! De vez em quando faz bem. Um beijo!
Engracado voce mencionar que sua grande mudanca foi em Marco de 2006.. Exatamente nesse mes foi que eu soube que estaria me mudando pra Italia (o que aconteceu em julho).
Antes disso achava que ia terminar o 2o grau, fazer UnB e virar jornalista esportivo.
Hoje, 6 anos depois, vivi em 3 paises diferentes, nunca terminei o 2o grau, comecei a UERJ e agora curso faculdade no Canada, e tenho muito mais chances de virar fotografo do que de virar Jornalista Esportivo...
Vou sentir saudade de Pinheiros, nao do bairro, mas do mundo magico que conheci atraves do Champ.
Parabens pra voce e para a Namorada, boa sorte nessa nova aventura. Quem sabe aonde estaremos daqui a 6 anos...
Boa sorte na nova fase, Rob. A nostalgia é inevitável, mas são as mudanças que fazem a gente andar.
Continuarei acompanhando o blog como sempre!
Beijos
É uma honra bisbilhotar a sua vida, Rob. :) Queria saber o que o Besta-Fera tá achando da mudança... hehe
Mas só uma pergunta, onde você vai morar tem Pão de Açúcar perto? E se vc precisar comprar lasanha de calabresa de madrugada, comofaz? =P
Boa sorte e que o novo place te traga bons momentos!
Que legal, Rob! Não tenho vindo muito aqui no Champ, mas gostei de voltar aqui hoje e ler este post!
Tenho certeza que outro mundo será criado na sua casa nova, e vai ser tão bom estar "vendo" este mundo ser criado quanto foi acompanhar o seu mundo em Pinheiros.
E eu tou achando que o Jonas vai te seguir... será?
Eu sou muito nostálgica, e acho que vc também é, às vezes me pego sentindo saudade de algo que ainda não passou... no seu lugar eu ia querer ser dois: o que vive sempre neste apartamento repleto de boas lembranças e o que se lança a uma nova vida, cheia de novidades!
Eu nunca pisei em Pinheiros. Eu nunca vi uma cabaninha na vida. Eu nunca entrei num Pão de Açúcar. Mas a Teodoro Sampaio faz parte da minha imagem de São Paulo, sei onde comprar cabaninhas e tenho um pouco de medo de entrar no Pão de Açúcar. Tudo por causa do Champ.
Agora é hora de conhecer um novo bairro, porque a gente tá aqui com você e você muda e a gente muda junto. Ou você acha que um amigo ia deixar de visitar o outro só porque ele mudou de casa?
Tô curioso para saber o porquê da mudança, mas tudo indica uma mudança muito positiva. Então tô tranquilo, porque você parece estar bem. Boa sorte com sua nova fase.
(Lá vem a Raquel com os comentários infinitos dela... Mas é por uma boa causa, acho que você vai gostar.)
Seguinte. Quando eu tinha 18 anos, eu estudava em uma escola ítalo-brasileira e estudava História italiana a fundo, mas fundo mesmo. Aí eu ganhei de aniversário, do meu pai, uma viagem de um mês pra Itália, pra "testar"meu Italiano (presentasso!). Eu ia ficar sediada em Roma. Quando cheguei na cidade, foi um tal de chorar porque eu estava vendo ao vivo (e podia tocar!) as coisas que eu estava estudando na escola que nem te conto! Fontana di Trevi, Capela Sistina, Panteon, Praça Navona, pinturas e mais pinturas renascentistas, o meu amado Tondo Doni do Michelangelo e mais infinitas coisas que eu nem sei nomear.
Bem. E por que raios eu estou contando isso? Porque em 2010 eu fui a São Paulo. Foi a primeira vez depois de ter começado a ler o Champ. E, coincidência das coincidências, fiquei hospedada na casa do Otavio, que era seu vizinho na casa antiga. Rob, foi TÃO divertido reconhecer ao vivo as coisas sobre as quais eu vinha lendo havia uns quatro anos!! É claro que foi diferente de quando eu fui à Itália, mas foi o mesmo gênero de admiração. Eu passava pela Teodoro Sampaio e pensava "GENTE, ESTA É A TEODOOORO!!" (e, sim, eu penso em caixa alta). Passei na frente do supermercado e pensei "O Pão de Açúuuucar!!!!!". Quando passei na frente do restaurante, quase gritei em voz alta "CARACA, O DEEEEGAS!!!!!!!" hahaha Ah, e é claro que eu, com "jacu da roça" pintado na testa, uma mochila enorme pendurada nas costas e aquele sorriso besta na cara teria virado personagem de algum post na época como personagem esquisito da Teodoro caso você tivesse dado um encontrão comigo na rua. Sorte que você, provavelmente, estava no trabalho ainda naquela época.
Pinheiros é, com certeza, um bairro diferente para quem lê o Champ do que ele é para quem não lê. Pra gente é bem mais divertido. A parte boa de você se mudar, pra gente, é que mais um bairro de São Paulo vai ficar divertido e a cidade vai ganhar mais um ponto turístico. :)
No mais, vida próspera pra você e pra Ana e pro filho da Ana e pro Besta-Fera (que, aliás, como encarou a mudança?). Estamos aguardando ansiosos pelas novas histórias, com os novos cenários e novos personagens! BRING IT ON, ROB!!! :)
Demorei, cheguei tarde, e já peguei o apartamento vazio. O porteiro não sabia me informar, com a síndica, nem pensar e saí assustado quando vi de longe os pequenos demônios da vila sombria.
Mas aí vi umas nuvens negras de chuva ao longe. Hum, que chuva é essa em um dia tão ensolarado? Acho que já sei para que direção seguir...
Não cheguei a me preocupar com seu afastamento do Pão de Açucar porque um supermercado é só isso: um supermercado. Um monte de prateleiras cercadas por tijolos. Mas o espírito do Pão de Açucar vai te seguir (infelizmente, isso é fato) aonde você for.
Não me surpreenderia se você descobrisse que seu novo síndico (ou síndica) é chefão da Camorra, ou que seu porteiro é alienígena.
Enfim, boa sorte, ou não (Uahahahaha! - isso, para quem não notou, é uma risada sinistra), no seu novo esconderijo e vai descobrindo onde tem uma picanha legal por lá para comemorarmos da próxima vez que eu passar por aí.
Keep on rockin'!
Posso dizer que muito da minha São Paulo de hoje, de um recém-adulto, é criada com parte dos teus textos. Muitos fatos e lugares me lembram coisas que você viveu, e você, sendo o puta amigo que é, tá sempre comigo, mesmo que seja em forma de lembrança/texto quando recordo-me disso. Obrigado por ajudar a criar a minha São Paulo.
E além de tudo mais, obrigado por ter me permitido conhecer a tua casa. Fumar um charuto contigo na sacada às 4 da manhã vai ser daquelas coisas que lembrarei pro resto da vida.
Não suma, seu róbi. (:
Natalia:
Muito obrigado pelos parabéns! A mudança tem, sim, a ver com aquela conversa que tivemos na varanda do meu antigo apartamento naquela noite. Muita coisa do que foi falado ali ainda é projeto, mas as primeiras coisas já estão se concretizando. E quanto ao bairro de Pinheiros mais divertido que eu criei para você, espero fazer o mesmo por aqui. E pode esperar por isso. :)
Beijos
Rob
R:
Eu entendo. Não é um aperto ruim, é apenas um aperto. Mas faz parte do processo, acho.
Beijos
Rob
Mario Areias:
Vou lhe dar um conselho: aproveite esta experiência ao máximo. Nada faz crescer mais do que morar sozinho - ainda mais longe da família, como no seu caso. E, quanto ao "se este apartamento falasse", pode ficar tranquilo que isso vai acontecer. Basta apenas dar tempo ao tempo. Boa sorte aí!
Abraços!
Rob
Marina:
Acho que isso que você disse vale para todos. Este efeito emocional das mudanças... É uma porta que se abre, mas é muita coisa que fica no passado. Não sei se chego a adorar e odiar, mas o sentimento é conflitante, sim.
E obrigado pelo "boa sorte". :)
Beijos
Rob
Ana:
(L)
Beijos
Rob
@Nenéia
Obrigado! E pode esperar sim, pelas novidades. Bairro novo, vida nova, posts novos!
Beijos!
Rob
Luciana Costa:
Muito obrigado! De verdade!
Beijos!
Rob
Renata de Toledo:
"O futuro é um sujeito engraçado". Bela frase. E o segredo, acho, é o que você disse: "suspira e se joga no vazio e descobre que pode voar". E vamos que vamos! :)
Beijos e muito obrigado!
Rob
Rbns:
Eu choro em alguns. No seu, especificamente, eu estava bêbado demais para isso.
Rob
Dani Cavalheiro:
Espero que esta visão que eu passei para você sobre as ruas de Pinheiros seja tão divertida quanto foi para mim. E, quanto às cabaninhas, pode ir com fé que você vai adorar! Quando precisar, é só pedir o endereço!
E obrigado pelos votos de boa sorte!
Beijos!
Rob
Winnie Afonso:
Dentro desta casa, tive momentos ótimos e péssimos - cada um ao seu tempo, cada um ao seu modo. O negócio é tentar aprender com os ruins e se lembrar para sempre - esta nostalgia saudável - dos bons!
Muito obrigado!
Beijos!
Rob
Unknown:
Não precisa se preocupar - outros Pães de Açúcar existem por aí. E, sim, eles (assim como outros bairros) podem ser tão pitorescos quanto tudo o que escrevi aqui até hoje sobre este Pão de Açúcar e sobre Pinheiros.
Muito obrigado pelos votos!
Rob
Bia Nascimento:
Obrigado, Bia! Obrigado de verdade!
Beijos!
Rob
Beatrice:
Obrigado!
Beijos!
Rob
Otavio:
Muito obrigado pelos votos de boas coisas. E, se as chances de nos encontramos por acaso na Benedito, na padaria da esquina ou na Teodoro diminuíram bastante, as chances de nos encontrarmos em algum outro lugar de própósito continuam as mesmas. Pois, como você disse, certas coisas são para sempre.
Abraços!
Rob
Sil:
Muito obrigado! Muito obrigado de verdade!
Beijos!
Rob
Fê:
Nem me fale em trabalheira infernal - foram praticamente dez dias (talvez mais) trabalhando somente por causa disso. Mas não se preocupe que se o Bebê das Trevas ficou para trás, outras... Bem... criaturas destas aparecerão no meu caminho. Quanto a isso, você pode ter certeza!
Beijos!
Rob
Dragus:
Em mim, elas têm um efeito maior, acho, pois sempre morei muito tempo nos mesmos lugares - e tenho a tendência a me apegar a cada um deles. Mas, como você disse, é um sinal de evolução!
Abraços!
Rob
Cmmarcondes:
Mudar é necessário, sim, às vezes. Mais do que pelas letras, pela alma; as letras apenas acompanham isso. Curiosa sua comparação com o Louco do Tarô. Gostei. Gostei bastante.
Quanto ao aluguel... Caríssimo. Este é um dos principais problemas do bairro - cobra-se mais do que seria realista, apenas por causa do "charme" dele.
Abraços e muito obrigado, cara!
Rob
Fagner Franco:
Como você mesmo disse, é um "aperto retado no coração". Afinal, por bem ou por mal, foram seis anos naquele apartamento. E, da mesma forma que você afirmou, vocês fizeram parte disso, acompanhando diversos momentos - e, em muitos casos, se afeiçoando a muitos dos personagens daquele bairro.
Mas a vida se vive para frente, e é para frente que vamos! E obrigado pelos votos e por, como você mesmo colocou, sempre voltar para cá.
Abraços!
Rob
Tiago Cordeiro:
Pode ficar tranquilo: o café não precisa ser em Pinheiros. Basta apenas marcar, cara!
Abraços!
Rob
Frank_London:
Quem sabe o Jonas não veio com a mudança? Ele ainda não se manifestou aqui, mas... Nunca se sabe...
Abraços!
Rob
Michele:
Como eu disse, talvez o Jonas tenha vindo junto - não sei ainda. :)
Quanto a onde / como estou morando, calma, calma, calma... Em breve, tudo isso vai ficar claro por aqui. Mas não vou batizar o chão com cerveja não - afinal, amigo é para essas coisas!
Beijos!
Rob
Hanna:
Vamos torcer para você ser boa em matemática! :)
Beijos e obrigado!
Rob
Pedro:
Acho que existem períodos de mudanças onde muita coisa muda na vida de todo mundo - conheço algumas pessoas que passaram por grandes mudanças junto comigo, e acho que isso deve acontecer também com outras pessoas, em outras épocas.
Quanto ao Pinheiros deste blog, não precisa se preocupar. Outros bairros virão. Sempre.
Muito obrigado, cara. Por tudo.
Rob
Camila:
Muito obrigado! Não apenas pelos votos, mas por continuar acompanhando as desventuras aqui!
Beijos!
Rob
Mariana Silva:
Calma que teremos um post especial sobre o Besta-Fera e a mudança em breve! E quanto ao Pão de Açúcar... Tem um aqui perto, sim. Não é tão perto quanto o outro, mas é pertinho sim!
Beijos!
Rob
Elise:
Obrigado por ter voltado! E pode ter certeza de que outro mundo vai "ser criado" aqui. :)
Beijos!
Rob
Giovana:
Realmente, nostalgia é algo que faz parte da minha vida. Mas de uma forma saudável, na maior parte das vezes. Quanto a este apartamento, por exemplo: quero levar comigo somente os bons momentos que passei lá dentro. Os ruins - porque eles existiram, sim - serviram para me ensinar muita coisa. Mas não precisam vir na bagagem!
Beijos!
Rob
Brunín Assis:
Fiquei até um pouco emocionado com isso que você disse, sobre a imagem de São Paulo que você tem estar ligado ao blog. Essa identificação que vocês, leitores, têm com algumas das coisas que escrevo e que vocês transportam para fora do blog (ou seja, ela funciona mesmo quando vocês não estão lendo um texto sobre o assunto) é uma das coisas mais recompensadoras que alguém que escreve pode desejar.
E pode ficar tranquilo que com o tempo mais informações sobre a mudança vão aparecendo por aqui. Afinal, a casa ainda é de vocês.
Abraços, cara!
Rob
Kel:
Sem palavras para o seu comentário. Claro que as proporções entre sua viagem para a Itália e para Pinheiros são totalmente diferentes, mas o seu "é o mesmo gênero de admiração" me quebrou as pernas aqui. Fico muito feliz de poder ter criado esse bairro para / com vocês ao longo de todos estes anos. E vou fazer de tudo para criar um novo ponto turístico para vocês aqui!
Muito, muito obrigado, de verdade, pelo seu comentário - e eu adoro seus comentários quilômétricos!
Beijos!
Rob
Varotto:
Você resumiu bem ao dizer que "o espírito do Pão de Açúcar vai te seguir". Vai sim. Independente do bairro, o espírito (do blog, e não do mercado, que é apenas um monte de prateleiras cercadas por tijolos) continuará o mesmo.
E já estou pesquisando a picanha por aqui!
Abraços!
Rob
Sir Lucas:
Antes de mais nada, eu que agradeço pela amizade. De verdade. Quanto a são Paulo que criei para você, a honra disso é minha, por ter conseguido traduzir a cidade - ou, ao menos, alguns cantos dela - de forma que seja tão marcante para algumas pessoas. E, de verdade, fico feliz de andar com você por estes lugares mesmo que seja somente em forma de textos, na maioria das vezes.
E, quanto ao charuto... Não há mais sacada. Essa é a única diferença. Pois todo sábado tem suas 4 horas da manhã. Basta apenas aparecer.
Abraços!
Rob
Quantas palavras pra dizer que não precisava ir no motel para transar, Rob.
Enfim, boa sorte e felicidades!
Eu!:
O post é sobre um assunto um pouco maior que este. Mas obrigado pelo boa sorte!
Rob
Caralho Rob,
tinha um tempasso que eu não vinha aqui no blog, entrei, comecei a ler e descobri que tudo mudou!!! Que vc se mudou, que vc tava tomando remédio pra dormir, que vc investigou um assassinato... eu fui lendo essa investigação e, na hora, me veio na cabeça todas as imagens que eu sempre fiz de pinheiros e, então, leio esse post e descubro que não é mais lá que vc vive.. puta falta de sacanagem!! Só, por favor, não me diga que Besta-Fera tb não está mais entre nós, essa seria demais pra aguentar... Eu acho que eu sou um dos leitores mais antigos do seu blog, sem brincadeira, descobri sozinho a personalidade por trás de Rob Gordon, sou seu amigo no orkut (chupa leitores novos).. Uma vez eu comentei com vc o quanto o Champ tinha mudado minha vida, e, hoje eu vejo o quanto, realmente, mudou. Não lembro mais quem me apresentou o Champ, mas sei que já tem anos e anos que venho aqui ler seus textos, me imergir nas suas confusões com o Cartão Aura, TIM, o velho do Alice Cooper lá do Pão de Açúcar, a rua sem saída das crianças assassinas... desde 2007/2008 mais ou menos. Tudo isso que vc disse nesse post, é até engraçado pensar nisso, pois se esse blog é um Show de Truman do Rob Gordon, eu sou um grande espectador!! Quantas vezes ri com vc, me emocionei com vc... Ri das suas histórias de moleque, quando vc foi proibido de entrar no shopping - só não lembro qual agora -, mas isso não importa tb... quando vc deixava sua mãe doida... eu vi quando sua sobrinha(o) nasceu... não lembro o sexo do nenem tb, mas eu lembro disso, lembro de vc dando boas vindas a ele pelo mundo.
É muita coisa, cara... muita coisa mesmo... Eu te considero um grande amigo, apesar de vc nem saber quem sou eu!! Considero vc um companheiro... que estava aqui quando eu tava sozinho, triste, feliz, muita coisa passou, mas o Show do Rob permaneceu... e mais do que permaneceu, me ajudou, somou em minha vida!!! Acho que foi por isso que eu tinha sumido, pra poder chegar aqui e ficar 5 dias direto lendo seus textos sem parar!!
Forte abraço, Rob!!! De um cara que te considera bastante sem nem nunca ter te visto pessoalmente!!
a propósito.. conseguiu parar de fumar?? eu consegui!!
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