Eu não gostava de Jornada nas Estrelas quando era criança.
Isso pode parecer estranho, eu sei. Hoje em dia, pessoas que não conheço
pessoalmente me passam, via Twitter, links sobre a série ou demais títulos de
ficção científica; e não é difícil algum amigo me ligar ou mandar um e-mail
perguntando o nome de um personagem ou uma nave de determinado filme. Meu amor
por Jornada nas Estrelas (ou ficção científica em geral) é identificado por
todos.
Mas, acreditem: existiu um momento na minha vida em que eu
não dava a mínima para o Capitão Kirk, para o Sr. Spock e muito menos para o
Dr. McCoy, e nem fazia ideia de que existia uma nave espacial chamada
Enterprise. E não estou falando que não gostava da série porque não a conhecia.
Pelo contrário, ela fazia parte da minha rotina, já que minha família sempre
foi apaixonada pelo seriado.
Contudo, quando eu tinha cerca de quatro ou cinco anos de
idade, eu e meu irmão brigávamos todas as tardes à frente da TV por causa do
seriado. Ele tinha dez anos e queria ver Jornada nas Estrelas; eu, do meu lado,
queria ver desenhos animados. A solução do impasse foi dada pela minha mãe:
cada dia seria a vez de um escolher o que assistir.
Comecei a me interessar por Jornada nas Estrelas somente anos
mais tarde, talvez no começo da adolescência. Foi nesta época que a minha
paixão pela ficção científica virou amor. Mas a paixão mesmo nascera anos
antes, graças a outras naves e tripulantes.
Foi em 1983, quando a recém-criada Rede Manchete exibiu o
filme Guerra nas Estrelas. A emissora anunciou a exibição como um verdadeiro
evento, e, apesar de não saber os números de audiência, o evento de verdade
ocorreu dentro da minha cabeça.
Eu me encantei imediatamente com as aventuras de Luke Skywalker
e seus companheiros contra o temível Império Galáctico. Combates espaciais
alucinantes, alienígenas misteriosos, um vilão ameaçador, androides, naves
gigantescas, sabres de luz, um planeta com dois sóis...
Com quase oito anos de idade, me apaixonei imediatamente por
aquilo tudo. Passei dias revendo o filme, que havia gravado com o primeiro
videocassete da família. Pouco tempo depois, aluguei O Império Contra-Ataca e, meses
depois, tive a felicidade de assistir, extasiado, a O Retorno de Jedi num velho
cinema em Serra Negra, cidade onde passávamos finais de semanas e algumas
temporadas de férias.
Foi a primeira vez que assisti a um filme de Guerra nas Estrelas
nos cinemas.
Assim, em 1983, eu respirava Guerra nas Estrelas. Brincávamos
disso na rua o tempo inteiro, discutindo quem seria Luke Skywalker ou Han Solo;
eu colecionei – e completei – o álbum oficial do filme; em casa, assistia aos
filmes ou passava horas no quarto, desenhando as naves e personagens em blocos
de papel.
Mas, com O Retorno de Jedi, a saga havia se acabado. Ao
menos por enquanto, era preciso viver de reprises, e elas não faltavam na minha
casa, sozinho ou com amigos, em ocasiões nas quais discutíamos – às vezes, por
horas – detalhes e mais detalhes daquele universo.
Foi aí que comecei a desenvolver meu autismo (um deles, ao
menos) de saber de cor e salteado diálogos inteiros de cada um dos filmes, e de
mergulhar a fundo no universo a ponto de conhecer o nome de modelos diferentes
de naves e para que – e por quem – são utilizadas.
Contudo, sem novos filmes para assistir, comecei a buscar
novas coisas do mesmo gênero. Mergulhei de cabeça na ficção científica e
fantasia e, enquanto novos cavaleiros Jedi não apareciam, comecei a audaciosamente
descobrir novas civilizações e explorar novos mundos.
Questionei a justiça da morte do androide Roy Batty; fugi
pelos corredores apertados da Nostromo de um alienígena que sangrava ácido;
assisti de perto ao supercomputador Hal 9000 enlouquecer; viajei no tempo diversas
vezes, para proteger o futuro líder da humanidade ou para salvar o casamento
dos meus pais. Enfrentei klingons, romulanos, borgs...
E chorei a morte de Spock. Chorei copiosamente, como quem
perdia um amigo.
Tudo mudou em meados dos anos 90, com o lançamento no Brasil
de Herdeiros do Império, livro que dava continuidade à saga na forma de uma
nova trilogia. Li todos os volumes diversas vezes.
E, no meio disso, fui surpreendido pela notícia de que os
filmes de Guerra nas Estrelas voltariam aos cinemas, em cópias novas. Para mim,
foi um dos momentos mais emocionantes da minha vida. Assisti a cada um pelo
menos duas vezes nos cinemas, e, mesmo discordando de muitas das novas cenas,
me encantei de novo como havia acontecido mais de uma década antes.
E tudo isso era apenas um preparativo para a nova trilogia.
Numa sexta-feira de 1999, entrei no cinema, ao lado de uma
ex-namorada e do meu primo, para assistir a Episódio I. Era o dia da estreia. Ela
questionou sobre o fato de eu vestir uma camiseta do Darth Vader por cima do
casaco – estava muito frio – e eu respondi:
- Eu quero que as pessoas vejam que este filme é meu.
Não era egoísmo. Era paixão. Todo fã se apropria do alvo do
seu amor e comigo não seria diferente.
Poucos meses depois, minha vida mudou radicalmente, quando
comecei a escrever em uma revista especializada em ficção científica. Pela
primeira vez em anos, eu podia passar o dia inteiro pensando sobre um meus
assuntos preferidos. E as pessoas ainda me pagariam por isso!
Foi trabalhando que conversei pessoalmente com alguns dos
meus maiores heróis, como o Alferes Pavel Chekov, o androide C-3PO e tremi ao
tirar uma foto, rapidamente, ao lado do Tenente-Comandante Spock. Também foi a
trabalho que conferi Episódio II – que considero a grande decepção da saga – e Episódio
III, que assisti quase um mês antes da estreia, ocasião em que precisei fazer
um esforço sobrenatural para me comportar no cinema, mesmo praticamente sozinho.
Agora a saga estava completa.
Agora eu havia me tornado adulto.
E, adulto, continuo apaixonado pelo que existe lá fora. A
paixão pela ficção científica me levou para dentro de uma redação; lá, aprendi
a escrever e criei o blog; hoje, vivo deste blog. É correto dizer que a paixão pelo
gênero me trouxe até aqui hoje.
E não apenas profissionalmente, mas pessoalmente. Muito da
minha personalidade se formou a partir dos três primeiros filmes.
Han Solo e Luke Skywalker são até hoje, dois grandes exemplos
de vida, cada um ao seu modo; a Princesa Leia, com sua coragem e obstinação,
permanece como um modelo de mulher ideal; Chewbacca e os androides me ensinaram
muito sobre a lealdade; Vader mostrava continuamente que ninguém, absolutamente
ninguém, está imune ao Mal – e, por outro lado, Yoda provava que a melhor
maneira de evitar o Mal sempre esteve dentro de nós mesmos.
Hoje eu enxergo a Força como um exemplo de fé que sentimos a
respeito de nós mesmos. Saber disso hoje, de uma forma pacífica, talvez mostre
que eu deixei ser um padawan e me tornei um cavaleiro Jedi. E talvez mostre que,
em certo momento, me tornarei um Mestre e transmitirei o meu conhecimento para algum
aprendiz.
Afinal, tenho batalhas, vitórias e derrotas no meu passado,
como qualquer herói de ficção científica. Como você também tem. Crescer
significa apenas aprender a lidar com elas, por mais difícil que isso seja em
alguns momentos. Contudo, “faça ou não faça. Não existe tentar”.
Hoje eu sou adulto, mas, com a estreia dos filmes – desta
vez, em 3D – eu voltarei a ser criança, ao menos por algumas horas, nos
próximos anos. Voltarei a acreditar em tudo o que acreditava quando era menino,
certo de que o que eu vejo na tela é verdade.
Pois foi isso que fez eu me tornar o homem que sou hoje.
Que a Força esteja com vocês.
Rob.
Update: Assim que eu terminei este post, saí para a rua, com a
sensação de que faltava algo. Quando eu cheguei à esquina de casa, já sabia o
que era. Assim, volto aqui e deixo vocês com o Top 5 Coisas que Aprendi
Assistindo a Star Wars:
1. Confie nos seus instintos. – Eles sempre estão certos. Sempre.
E mesmo se você não entender direito – ou não quiser concordar com – o que eles
dizem, tente ao menos escutá-los, porque eles estão corretos.
2. Faça ou não faça. Não existe tentar. – A questão aqui não é
que “tentar” é errado. Afinal, é muito difícil ver a diferença entre tentar e
fazer... Até fazermos de verdade.
3. O medo é o caminho para o Lado Negro. - O medo leva à raiva;
a raiva leva ao ódio; o ódio leva ao sofrimento. Nada é mais matematicamente exato
que isso.
4. Sempre em movimento está o futuro. – Por isso mesmo que
devemos sempre manter um olho sobre ele, mas nunca em detrimento do presente.
5. Nunca jogue xadrez com um Wookie. Nunca. Nunca. Mesmo.
43 comentários:
Amigos, finalmente divulgado um vídeo da infância do Rob, que estava perdido:
http://www.youtube.com/watch?v=R55e-uHQna0
Sabe que quando eu estive no Parque Hollywood Studios, em Orlando, tinha uma brincadeira chamada Academia Jedi, em que eles botavam as crianças para lutar contra o Darth Vader assim:
http://www.youtube.com/watch?v=qxM1NAWFdZo&feature=related
E o meu filho não quis ir!! Quase que eu pedi para ir no lugar dele!
Houve coisas divertidíssimas como um menino disse que se chamava Luke, e a apresentadora disse: "então nós temos que conversar depois disso aqui".
Ou um a quem ela pediu que fizesse um movimento com a mão em direção aos storm troopers que queriam levá-lo e eles saíram voando.
Ou crianças minúsculas lutando.
E para terminar, ainda lá no parque, um vídeo que pode depor contra o homem da capa preta, mas que que é demais:
http://www.youtube.com/watch?v=BhUZmvAEIN4&feature=related
P.S.: O simulador de Star Wars do parque é demais!
Tudo bem, só mais uma e eu juro que paro:
EPIC RAP BATTLES: Vader x Hitler
http://www.youtube.com/watch?v=AFA-rOls8YA&feature=fvst
Acho que eu menti...
Tem a segunda parte da batalha:
http://www.youtube.com/watch?v=CeLrlmV9A-s&feature=related
eu só ví o 2º no cinema. n me interessava por star wars na época(sacrilégio) e não curti muito. somente anos mais tarde que fui entender a coisa. hoje, amooo e tenho um viciado em casa.
tou pensando seriamente em ir rever os filmes todos em 3D. mas sei lá, a triologia nova é tão ruinzinha =/
enfim, que a força esteja com você =)
Eu comecei a me interessar por ficção científica não por produções ocidentais, mas sim por conta de seriados japoneses como Changeman, Flashman e Jaspion, mas como toda criança da minha época não tardou muito a conhecer e me apaixonar pelo universo que Enterprise explorava, muito menos as estórias que se passavam há muito em uma galáxia muito, muito distante.
Numa coisa tenho que discordar de ti, você não é um Cavaleiro Jedi, é sim um Mestre, pois só um mestre ensinaria grandes lições em textos sempre bem elaborados.
Vida longa e próspera, que a Força esteja com Você.
Quando eu era pequena, minha família também assistia muita ficção científica, especialmente Star Wars. Era tipo toda semana. Eu não sou fã como você, mas tenho certo carinho pela saga, assim como todos os programas que eu assistia na infância. Preciso rever Star Wars e assistir Star Trek (eu sei que é quase um sacrilégio, mas eu ainda não assisti...).
Por fim, acho que o maior ensinamento de SW é o número 1 do seu top 5. Tô aprendendo isso aos poucos.
=)
Star Wars = Religião
Todas as respostas estão lá.
E você sabe que o seu nº2 rege minha vida. E o nº1. E o nº4. Enfim...
Realmente, wookies são criaturas difíceis de se decifrar...
Mas também ninguém entende o que aqueles caras falam!
Tenho a impressão que o Han Solo fingia o tempo todo que entendia só para tirar onda.
Sabe aquelas cenas em que o Chewbacca falava alguma coisa e Solo respondia algo como "Não sei, Chewie. Estes caras não parecem amigáveis"? Nunca notaram o grandão com aquela cara de "Que porra esse cara tá falando?! Só disse que tô doido para soltar um barro!".
José Maria:
O spam é o caminho para o Lado Negro.
O spam leva a conteúdo fraco, o conteúdo fraco leva a poucas visitas, poucas visitas levam ao sofrimento.
E eu sinto muito spam em você.
Abraços.
Rob
A lembrança mais antiga que eu tenho é de estar sentada no chão da sala assistindo alguma reprise de Star Wars na televisão. Não me lembro do ano, mas tenho certeza que foi depois de 1986, quando eu tinha lá uns 3 anos. Eu tive ursos de pelúcia, mas só porque a minha mãe não conseguia achar um "maldito chewbacca de pelúcia". Tive um cachorro, que chamei de Falcon, mas só pq ele não poderia ser a Death Star. Não tive os albuns, e nem bonequinhos, mas o meu primeiro DVD foi um de Star Wars... eu esperei e esperei até poder comprar esse, era especial. Gosto de todos os filmes, igualmente, até porque, eu era adolescente quando o episódio 1 estreiou no cinema, tudo ainda era uma tremenda paixão alucinada para mim.
Meu sonho é um dia conseguir ir ao cinema para ver os Episódios 4, 5 e 6, e quem sabe? ;D
Foi com uma grata surpresa que ví que hoje, o marco zero da minha contagem pro filme 3D, que ví seu post. E é com mais orgulho ainda que vou te dizer: Vc é foda, cara. Foda e ainda curte Star Wars. Meu herói.
Varotto:
Mais um comentário e você consegue a marca de deixar exatamente um comentário para cada filme. That's my boy.
Por partes:
O primeiro video eu conhecia, ele bombou na net um tempo - saiu uma continuação esses dias, mas não chega nem aos pés. Quanto ao lance do seu filho, eu teria jogado ele no meio do palco, na frente do Vader, e falado um "se vira". E eu teria ido logo depois dele. :)
E o seus vídeos do duelo de rap entre Vader e Hitler mostram que você, realmente, precisa de ajuda (algo que o seu comentário sobre os wookies deixam mais do que claro).
Abraços!
Rob
Michele:
Para piorar, você escolheu logo o pior filme para assistir no cinema. Mas o que importa é que depois você se apaixonou pela saga. :)
Quanto à trilogia nova, eu acho ela bem fraquinha também, com exceção do Episódio III. Independente de ser melhor que o I e II (e quanto a isso eles nem se comparam), é um filme muito mais corajoso. Um exemplo é a cena em que o Anakin faz aquela chacina no Templo Jedi - no Ep II, uma das cenas mais importantes do filme seria o ataque dele ao Povo de Areia (que mostraria ele metendo os dois pés no Lado Negro pela primeira vez), mas o George Lucas, não teve coragem de mostrar a cena, apenas insinuou - o que é típico dele.
Mas, mesmo assim... Ainda prefiro ver um filme fraco de Star Wars nos cinemas, do que um filme fraco e novo. :)
Beijos!
Rob
Leo PK:
Quando estes seriados japoneses começaram a passar aqui, eu já era apaixonado por FC, então eles nunca fizeram minha cabeça. Mas sei, sim, que eles foram a porta de entrada do gênero para boa parte da molecada desta época - e, mesmo não gostando deles, reconheço a importância destes seriados por isso.
E, quanto ao que você discordou... Não sei. Mesmo. Às vezes, acho que ainda tenho muito a aprender antes de poder começar a ensinar. E acho que na verdade isso ("saber que é preciso aprender ainda") é um grande conhecimento.
Vida longa e próspera.
Abraços!
Rob
Camila:
Eu comecei de forma parecida com você, com minha família inteira apaixonada por FC e Fantasia. Basicamente, meu pai e meu irmão são fãs, enquanto minha mãe "apenas" gosta muito - tanto que hoje ela é fã de Harry Potter. :)
Mas, em casa, a coisa sempre foi muito Star Trek que Star Wars (apesar de todos nós adorarmos as duas franquias). Mas começar a ver Star Trek do zero é algo complicado. São muitas séries, muitos filmes... Quando você quiser começar, me dá um toque e eu faço uma espécie de guia para você! :)
Quanto ao primeiro item do Top 5... Acho que se eu tivesse levado isso à risca nos últimos anos, muito do que passei recentemente poderia ter sido evitado. A "Força" tentava me dizer constantemente que algo estava errado e eu não ouvia - ou preferia não ouvir.
Paciência, acho que é assim que a gente aprende, certo?
Beijos!
Rob
Ana:
Sou obrigado a discordar. Nem todas as respostas ali - muitas estão em Jornada nas Estrelas também. E, em breve, você dará seu primeiro passo em direção a um mundo mais amplo. :)
Beijos!
Rob
Fê:
Eu tenho muitas lembranças de Star Wars. Na verdade, este post teria mais uns 2000 toques, mas eu acabei editando para deixá-lo mais enxuto. Aliás, a gata que falei ao responder o comentário da Dianna Montenegro no post anterior chamava-se Leia. :)
É engraçado como SW se tornou parte importante da minha vida - cheguei até mesmo a dar palestras sobre os filmes em encontros do fã-clube aqui em SP, por causa do meu trabalho como jornalismo. São histórias e mais histórias...
E, olha, o seu sonho vai se realizar, porque a ideia do George Lucas é lançar um filme por ano, nesta versão em 3D. Então, vai demorar um pouco, mas você vai ver sim. :)
E, quanto ao final do seu comentário... Muito obrigado. De verdade.
Beijos!
Rob
A verdade mesmo é que a ideia do George Lucas é ganhar a maior quantidade de dinheiro possível no menor tempo. Acho que mesmo no meio que ele circula, ele é mais mercenário que a média.
Para comprovar é só observar que nunca haverá uma edição definitiva de Star Wars, porque ele guarda tudo no cofre e vai liberando aos poucos. Ele faz isso porque sabe qe a série tem uma base de fãs capaz de comprar os mesmos filmes um monte de vezes só para ter aquele material inédito que nunca saiu nas edições anteriores.
Quando acabar tudo, é só bolar mais umas alterações em CG ou filmar umas cenas novas para "completar as histórias". Ou lançar filmes em 3D, 4D, 5D, 6J, 7W e por aí vai.
Tio Lucas deve ter mesmo uma relação meio doentia com dinheiro. Imagino que ninguém saiba, mas ele deva ter uma réplica da caixa forte do Tio Patinhas, para poder nadar à vontade.
Pronto, falei!
Só incluiria mais um item ao top 5 - transformando, no caso, em top 6: "Seres luminosos somos nós, não esta matéria crua"
:)
Varotto:
Isso é verdade. Ele nunca vai soltar uma edição definitiva da saga, porque 1) sabe que é uma mina de ouro e 2) é o único trabalho que ele realizou na vida. Claro que eles fez muitas outras coisas, mas é SW que sustenta ele. No primeiro trailer de ESB tinha uma cena em que o C-3PO induzia um grupo de soldados do Império a entrar numa sala, na base de Hoth, repleta de Ice Wampas (a mesma criatura que aprisiona o Luke). Isso nunca foi mostrado.
Mas, além do ganância por grana, ele tem um problema que afeta também o Spielberg (mas em menor grau): a babacalização que veio com a velhice. Colocar o Greedo atirando no Han Solo apenas para não mostrar um "herói" atirando primeiro acabou com a personalidade do personagem do Ford - fora que a cena é podríssima de mal feita e artificial.
Mas, paciência. A gente sabe que vai ver os filmes aos poucos, da forma que ele quer. Até me surpreendi das versões 3D não terem 2 minutos a mais em cada filme...
Abraços
Rob
Littlemarininha:
Muito bem lembrado! Esta ganha uma menção honrosa no Top 5.
Beijos!
Rob
Oi. Eu vim visitar o seu blog pela primeira vez (hoje) e gostei muito do seu texto (que eu não li, claro) e gostaria que você visitasse o meu blog que é bem leve (quero dizer, nunca pesei, mas como geralmente escrevo no notebook, não deve ter nem 4 kg)... Gostaria também de linkar seu blog e criarmos uma parceria pois notei que seu blog tem poucas visitas e o meu está igual estádio em Fla-Flu (depois que o jogo terminou há umas duas horas). Seja como for, espero sua visita e de todos que que lêem este blog (maisomeninho) bom.
ass: www.colunadolorida.blogspot.com
(leitores novos do blog, isso é ironia, leitores antigos... visitem mesmo... rs)
Gomex:
Que a Força esteja com você. Porque, aparentemente, sanidade será mais difícil. :)
Abraços!
Rob
Só pra constar: eu me matei de rir com o comentário do Gilgomex... =D
Quando eu era pequena minha tia tinha várias fitas VHS e eu lembro de ler, em uma delas, o nome "O Retorno de Jedi" batido à máquina. Eu lembro também que, sabe lá porque raios isso acontecia, eu enxergava uma distinção clara entre "filmes que os adultos assistem" e "filmes que eu posso assistir". Por isso eu não assisti Star Wars até chegar à adolescência, justamente com o Episódio I. Achei legal, mas só depois de ter assistido o primeiro [sem pensar na cronologia, porque agora ele seria o Episódio 4] eu entendi O QUE É STAR WARS.
Ironicamente, com uns 9 ou 10 anos eu via Star Trek todos os dias, porque a série clássica passava na Record e meu pai pedia pra eu gravar pra ele assistir quando chegasse do trabalho. Então, na minha cabeça, Star Trek eu podia assistir, mas Star Wars não. Engraçado, né?
Anyway, hoje em dia eu queria ter uma replicazinha da USS Enterprise por causa dessa relação que eu tive com Star Trek na infância, mesmo que a Millenium Falcon seja, em alguns aspectos, bem mais legal.
=)
Elise:
Seu comentário tem muito a ver com a minha vida, mesmo que indiretamente. Isso porque a minha coleção de filmes gravados em VHS (que eu comecei com seis ou sete anos de idade), também ganhou etiquetas batidas à maquina.
Mais uma coincidência foi com a exibição da Série Clássica na Record. Eu queria gravar todos os episódios nesta ocasião, mas meu vídeo estava quebrado. Bem, pouco tempo o canal USA começou a exibir a Série Clássica, na ordem original, aos sábados, sempre às 17:00. Eu aí eu gravei todos, sempre na frente da TV, sem programar o vídeo (porque eu queria cortar os comerciais). E me lembro que meus amigos sabiam que nem adiantava ligar para mim aos sábados, entre as 17 e as 18, porque eu não atendia o telefone - e isso valia também para os sábados que eu estava sozinho em casa.
E, quanto à miniatura da Enterprise, eu tenho a minha aqui. :)
Beijos!
Rob
Excelente texto (como sempre), sou mais novo, não acompanhei Guerra na estrelas quando foi lançado. minha primeira lembrança de filme de ficção é com Jornada nas estrelas, lembro que decorei o nome da Enterprise antes de conhecer os personagens. Não entendi bem a história mas sei que seria legal viajar pelo espaço.
Só eu que percebi que tu bateu uma foto com o Spock? Isso é ... incrível.
@Guilherme Fabro
eu ví essa foto e quase tive um treco...
ROB! EU GANHEI UM SABRE DE LUZ NA CAMPUS PARTY!
tá... é um chaveiro de sabre de luz. mas ele acende e eu posso fazer uón, tá? =P
Obrigado Rob!
Rob,você não sabe a inveja que eu sinto das pessoas que assistiram à primeira trilogia no cinema. Eu nasci em 1988, cresci com Star Wars, mas né, nasci na época errada!
Daí veio a segunda trilogia, mesmo com todos os fãs desconfiando do Lucas, eu me animei. Star Wars no meu tempo, Star Wars pra minha geração! Me decepcionei um pouco com os filmes, mas principalmente porque eu, novamente, não pude assistir no cinema. Foi uma frustração muito grande, nas três estreias. hoje eu tenho dvds, action figures, mas, como uma amante do cinema, não ter assistido na tela grande tem um gosto amargo.
Então, esse ano tem um sabor especial. Vai ser minha primeira vez num cinema vendo Mestre Yoda, Obi-Wan, sabres de luz e, se existe justiça nesse mundo, eu estarei alive and kicking pra assistir Uma Nova Esperança nos cinemas! (Tá ok, emoção falou mais forte)
Todos que reclamam, que dizem (com razão) que Lucas só quer grana, ou que 3D não presta, ou ainda que vai ficar uma porcaria... Sério, problema deles. Essa é a minha oportunidade de realizar um dos meus sonhos de infância. Como você, vou voltar a ser a criança que brincava com o irmão na sala usando os controles como sabres de luz (fazemos isso até hoje, aliás), voltar a ser a adolescente que, mesmo amando a trilogia clássica, chorou copiosamente por não poder assistir às corridas de pods no cinema.
(sei que meu comentário tá bem piegas, brega e até idiota, mas que se dane, é Star Wars!)
Beijos!
Rob!
1) [Só pra constar: eu me matei de rir com o comentário do Gilgomex... =D]x2
2) lendo um texto como esse eu tenho quase certeza que te conheço a vida inteira, sei lá, vai ver você é um primo ou vizinho ou colega de classe na escola e nem lembra;
3) A Ana vai conhecer os segredos de um mundo mais amplo "em breve", é? Hum.....
4) VOCÊ FALOU COM O C3PO???? #inveja mode:on
Beijo!
Michele:
o importante 'e brilhar e fazer uón ausahushuas.
o Rob bem que podia mostra essa foto no blog.
É verdade. Agora que você perdeu os pudores de mostrar sua carranca por aqui, bem que podia dividir com a gente seu encontro com o Spock...
Guilherme Fabro:
Então você fez o caminho inverso ao meu, e começou com Star Trek. Mas acho que, neste assunto, a ordem dos fatores não altera o produto - que é sempre positivo.
E sim, bati uma foto com o Nimoy. Qualquer dia conto esta história aqui. :)
Abraços!
Rob
Michelle:
Você ganhou o sabre? Eu vi que você estava participando de uns concursos lá na CP! Que demais! Guarde num lugar de honra - e, às vezes, apavore seus gatos com ele para mostrar quem manda!
Beijos!
Rob
Zoiverd:
Eu que agradeço. :)
Rob
Dani:
Seu comentário, longe de ser piega, é o comentário de um fã, e é isso que o torna sincero. Eu também não gosto da nova trilogia (com exceção do EP III), mas não me importo muito com isso. Para mim, o que é importante, neste caso, é estar dentro daquele universo que gosto tanto.
Justamente por isso que eu sempre tive problemas em escrever resenhas dos filmes de Star Wars e Star Trek, mesmo quando se tratava dos mais fracos - o lado passional sempre falava mais alto, e meu texto não era mais jornalístico, mas sim de fã. Às vezes eu precisava segurar a onda, claro, mas o tom do texto era sempre de fã.
E esqueça o fato de que George Lucas só quer dinheiro (o que é verdade) e qualquer outra crítica: vá ver no cinema. 3D ou não, é uma experiência que todo fã merece experimentar ao menos uma vez!
Beijos!
Rob
Renata de Toledo:
Você não é a primeira pessoa que fala, aqui, sobre essa sensação. Acho que essa é uma das graças do Champ, e fico muito, muito feliz e honrado com isso. Mas quem sabe eu não sou mesmo um vizinho ou amigo de escola? :)
E sim, entrevistei o Anthony Daniels quando ele veio ao Brasil promover a Expo Star Wars alguns anos atrás. Quase enlouqueci. :)
E, sim, em breve a Ana será trekker de carteirinha, pode apostar. :)
Beijos!
Rob
Guilherme Fabro e Varotto:
Como diria Charles Bronson em Era uma Vez no Oeste:
"Someday".
Rob
Rob, adorei sua resposta. Só os outros fãs me entendem!
Beijos
Dani:
Tem razão. Existem coisas que somente fãs - mas fãs de verdade - podem compartilhar. :)
Beijos!
Rob
Talvez por motivos meramente egoístas (pois penso exatamente como você) achei esse um dos melhores e mais emocionantes textos que você já escreveu. Ao contrário de você, sou fã da série desde criança e aprendi a adorar a ciência através dela. Jornada abriu meus caminhos para a física e para a astronomia. Quando olho para o céu sinto inveja dos que por lá já andaram e dos que ainda andarão. Apesar de ser uma simples série de TV, em nenhum tempo houve mensagem tão poderosa quanto a mostrada em Jornada nas Estrelas. Afinal, para quem achar isso uma bobeira, como seria possível pensar ao contrário de uma série que levou - em plena Guerra Fria e em um país amaldiçoado pelo racismo endêmico - uma tripulação composta por um Russo e outros tripulantes de várias nacionalidades; uma negra belíssima que daria o primeiro beijo interracial TV da história dos EUA (em Kirk) e representaria uma inspiração para inúmeras mulheres negras que,até aqele momento (anos 60), só tinham como perspectiva de vida sub empregos ou trabalho doméstico?
Além disso, a mesnsagem de união planetária (mundo sem fronteiras, sem a necessidade de dinheiro e sem religião) era apresentada como única forma de assegurar uma evolução plena para a humanidade era devastadoramente radical.
Arthurius:
Eu não teria descrito a importância "social" de Jornada nas Estrelas de forma melhor. Somente acrescentaria o fato de que a atriz da Uhura ainda ganhou uma homenagem de Nelson Mandela, por ser a única negra no comando de uma embarcação norte-americana. Nesse ponto, Gene Roddenberry estava muito, muito à frente do seu tempo, e é por isso que a série se destaca do lugar-comum dos outros seriados de FC da época. E isso porque não estamos nem falando de todos os avanços tecnológicos "criados" na série e que se tornaram realidade hoje.
E eu compartilho totalmente com você a "inveja" que sente quando olha as estrelas.
Abraços!
Rob
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