14 de janeiro de 2012

Num Sábado de Sol



Eu me lembro apenas que era um sábado e fazia sol. Com oito anos de idade, eu já estava começando a me apaixonar por futebol, um amor herdado do meu pai. Santista de nascimento, ele havia assistido a toda a geração de ouro do futebol brasileiro de pertinho, no estádio.

E sempre que me contava os feitos desses atacantes, armadores e até mesmo de goleiros lendários, eu me encantava cada vez mais com o esporte e sua história. Nesse sábado em especial, minha paixão entrou em campo num campeonato da escola. Todas as turmas da minha série disputariam o torneio, cada uma delas defendendo a camisa de um grande time brasileiro. No sorteio, minha classe ganhou as cores e o brasão do Flamengo.

Claro que se tratava de um futebol disputado por crianças, ou seja: dois meninos no gol e outros vinte amontoados e gritando ao redor de uma bola. Mas, para mim, aquilo tinha um sabor de Copa do Mundo, especialmente por um grande charme: a cada partida, um pai seria o técnico do time. No primeiro jogo, entramos em campo obedecendo às instruções do meu pai.

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4 comentários:

Benito Bondoso disse...

Esse texto me emocionou,lembrou muito a minha infância. Tem certas coisas que não se explica, não se compra, ... vou chorar de novo...
Valeu, Rob.

Silvio.

Rob Gordon disse...

Benito:

Muito obrigado pelos elogios! Fazia tempo que eu queria contar esta história, este texto da Lipton veio bem a calhar!

E você está absolutamente certo ao dizer que "certas coisas não se explica".

Abraços!

Rob

Cléo Pinheiro disse...

Momento nostalgia total...rsrs...adorei!

Rob Gordon disse...

Cléo:

Obrigado!

Rob