20 de setembro de 2011

Uma Semana Depois

É difícil voltar.

Passei os últimos quatro ou cinco dias morrendo de vontade de postar no blog, mas, em todas as vezes que tentei escrever, algo parecia me impedir. Ficava olhando a tela em branco, digitando começos de textos que não me agradavam – e, se não me agrada, eu não consigo dar continuidade.

Assim, eu percebi que ainda é difícil escrever quando o assunto sou eu – e, em 99% dos textos deste blog, o assunto sou eu. Não sei se é porque ainda estou mexido demais com tudo o que vem acontecendo, não sei se é efeito dos remédios. Quando a psiquiatra me receitou os remédios, a primeira coisa que perguntei foi se algum dos efeitos colaterais iria mexer com a minha criatividade – afinal, eu vivo disso – e ela disse que não.

Na verdade, enquanto escrevo isso – e é a primeira vez que eu chego a quatro parágrafos tão rapidamente ao escrever um texto para o Champ nestes dias, sinal que estou no caminho certo – estou entendendo que eu não deveria mais escrever no blog enquanto não agradecesse a todo o carinho recebido em cada um dos comentários.

Como algumas pessoas devem ter reparado, eu, agora, faço questão de responder todos os comentários do blog. Todos, sem exceção. Longe de ser para “aumentar” o número de comentários (nunca precisei disso), esta ideia serve para eu me aproximar ainda mais das pessoas.

E aqui, não falo somente de leitores, mas sim de “pessoas” mesmo. Pois uma das consequências da depressão é querer se isolar totalmente em alguns momentos. Assim, acho que responder aos comentários do blog é uma forma de eu lutar contra isso, praticamente “me forçando” a conversar com vocês. Isso irá continuar aqui – no Chronicles não, pois lá, como se trata de ficção, quero sempre que os textos funcionem sozinhos e por conta própria.

Mas o que estou tentando dizer é que o blog funciona como terapia também – algo que eu nunca escondi e que tem sido essencial neste momento tão complicado.

Ficção eu ainda escrevo com facilidade. Ao menos, eu acho. Postei algumas coisas no Chronicles outro dia, mesmo que sejam ligadas diretamente ao que estou passando (este mostra um dia bom; este mostra uma das crises de ansiedade). E sexta-feira teve texto novo no Malvadezas, que escrevi com (relativa) facilidade justamente por conseguir me colocar (ao menos enquanto escrevia) como um simples personagem do diálogo – é outra forma que encontrei de escrever sobre mim atualmente.

Assim, antes de voltar – ou, ao menos, tentar voltar – ao tom normal deste blog, gostaria de agradecer mais uma vez todos os comentários recebidos. Todos, sem exceção, foram importantes e alguns me emocionaram demais. Alguns leitores também me mandaram e-mails ao invés de comentar, e eu faço questão de responder a todos eles – devo fazer isso entre hoje e amanhã. Desculpem pela demora.

E quero agradecer, sobretudo, o respeito em cada um dos comentários, especialmente de pessoas que nunca passaram por isso. Muita gente se identificou com o que escrevi, mas fiquei sensibilizado demais por gente que apenas faz ideia do que essa doença implica se esforçando para entender o que tentei passar aqui, e mostrando apoio e carinho da mesma forma. Pode parecer clichê ou auto-ajuda, mas, nessas horas, isso conta muito.

Claro que certamente teve gente que leu o que escrevi e achou que se trata de frescura, ou que estou tentando chamar a atenção – e eu acho isso compreensível, já que é uma reação normal à minha doença. Não culpo ninguém por isso - e espero, do fundo do meu coração, que estas pessoas jamais passem pelo que passei / estou passando.

Caso você seja uma delas e esteja lendo este texto, meus sinceros agradecimentos por ter permanecido em silêncio, o que mostra, ao menos, respeito pelo que estou passando, mesmo que seja algo que esteja além da sua compreensão. Obrigado de verdade pela educação.

E, agora, vamos tentar tocar a vida em frente, no que diz respeito a textos. Hoje tenho alguns frilas para terminar, e um post para um blog que me convidou a fazer um texto especial. E tenho que colocar minha vida em dia com o Mario e a Marina, a equipe do Terapia, que pacientemente soube lidar com meus sumiços – que, espero, se tornarão cada vez mais raros.

Mas estou começando a ter ideias para novas crônicas e posts no velho estilo Champ. E, se no começo me forçarei a escrever num tom mais leve, espero de verdade que logo este tom mais leve apareça naturalmente em cada texto e, principalmente, em cada dia. Como disseram mais de uma vez nos comentários, hora de passos pequenos, sempre para frente.

É difícil voltar. Mas eu vou voltar.

Obrigado de verdade pelo apoio.

Obrigado de verdade.


Update: Em tempo, ainda com a política de me aproximar cada vez mais dos leitores estou com perfil oficial no Facebook. Basta clicar aqui e me adicionar.

42 comentários:

Brunín Assis disse...

Um dia de cada vez, Rob. Um dia de cada vez.

E pode ter certeza que nós, leitores/amigos estaremos juntos com você =]

Bia Nascimento disse...

Sigo na torcida pelo seu melhor.

bjs

Trauti Lang disse...

Passos de formiga, mas ainda assim caminhando, né Rob? :) isso é o importante. Pressa não serve pra nada, você tem que seguir em frente, mas no seu tempo. Se 'forçar' é importante sim, até porque depressão não é brincadeira. Ela toma conta mesmo, se a gente deixa.

É necessário manter a cabeça ocupada, nem que seja com textos só pro seu blog. Aliás, o blog é uma ótima terapia também! Escrever, sem se preocupar muito, apenas desabafando, vai te ajudar e muito.

Estamos todos na torcida! Você é um cara forte, teimoso!, vai sair dessa :D

Rob Gordon disse...

Brunín Assis:

"Um dia de cada vez" tem sido a regra aqui. Obrigado pela amizade!

Rob

Rob Gordon disse...

Bia:

Sua torcida conta muito, de verdade!

Obrigado, de coração.

Beijos

Rob

Rob Gordon disse...

del

Caminhando sempre. É quase um lema. E, sim, me forçando, me desafiando e desafiando a depressão e as crises de ansiedade. Lutando para que não se tornem maior que eu. E contando com a ajuda de vocês, sempre - e dos textos - para isso!

Muito obrigado, de verdade

Beijos

Rob

Hally disse...

Em tom leve ou não, queremos você de volta. Cru, sem fingimentos. Queremos acompanhar sua melhora em cada texto, perceber gradativamente que seu tom vai voltar a ser aquele que conquistou (e conquista) muitos leitores.

Vá no seu tempo, devagarinho. A gente te acompanha e se for preciso, senta e espera. Vamos juntos, que tal?

Tô torcendo muito por ti, e por todas as pessoas que estão aí, do teu lado, dando forças pra que você saia dessa.

=)

Anônimo disse...

Um dia de cada vez. É assim que todo mundo deveria viver.

Estaremos sempre aqui, Rob. Sabe disso.

E ainda quero que vc brinque de DJ no meu blog. Quando se sentir à vontade pra isso, claro. (Nada de cobranças. Só pra dizer que o convite ainda tá de pé, pra quando vc quiser.)

Fagner Franco disse...

Cara, não sabia disso. Sei, e acho que você também sabe, que isso vai passar quando menos imaginar. Muito em breve. Coincidentemente, ando sumido daqui também, trabalho corrido, um tanto de coisas aí. Saiba que pode demorar uma porrada que quando aparecer vai ter um monte de gente te esperando. E não duvido que voltará ainda mais criativo, leve e tudo mais. Abraço e, precisando, só gritar (sério).

Te cuida.

G7 disse...

Na bíblia há um texto que diz, "deixa para cada dia o seu mal". é assim que se administra depressão. Nao morri hoje? Bacana! Nao é momento de tomar grandes decisões. Daqui a uns dias a bolinha faz efeito e, bingo, tudo fica muito mais simples e a vida volta ao normal. Freud escreveu que a química é parceira inseparável da felicidade, e pena que eu só aprendi isso aos 31 anos. Viva a sertralina! Abraços G7

Helga disse...

Rob, fiquei um tempo afastada do blog e só fiquei sabendo da sua depressão hoje, por uma amiga.
Quase não acreditei que um cara solar como você pudesse sucumbir à maldita, mas ninguém esta livre de nada nesta vida não é?
Eu passei por isto, estou em tratamento ainda e sei que é dose pra elefante, a gente tem que ter muito apoio e amor neste momento.
Sinta-se fraternal e fortemente abraçado, acho que aqui somos todos por um hoje, e este um é você.
Beijão

Claudia Iarossi disse...

Entre uma coisa e outra você começou a encontrar forças e com certeza esta proximidade que vem buscando com seus leitores/amigos só será benéfica.
Seu fã clube cresce a cada dia (percebemos isso em cada comentário)e isso porque você é uma pessoa muito especial e sem máscaras.

Saúde sempre!!!

Beijos

Juba disse...

Rob, é isso aí! Força, e grita, pede ajuda quando precisar. Isso tem cura. Eu passei e estou aqui, muito feliz, totalmente bem. Você também vai ficar. Terapia você já faz. Pode precisar de remédios (eu usei) e com certeza vai usar de muito amor e amizade para sair dessa.

Keep walking!

Kel Sodré disse...

IIIIIIIIEEEEEEEYYYYYYYYYY!!!!!!!!

Te "ouvir" falar assim me encheu de alegria! Uma semana depois e você já está tão diferente, tão mais positivo, já tão mais leve! Que bom, que bom, que bom!!! :) :) :)

Sil disse...

Estou feliz em vê-lo reagir.

Não desista meu querido, seus amigos estão aqui, sinta-nos em seu coração e continue lutando porque estamos lutando ao seu lado (and you have my sword).

Tenho certeza que você vai vencer.

Um beijo

Sil

1a disse...

Nem sou de comentar nos blogs que leio, mas devo dizer, os próximos episódios do Terapia serão realmente fodas.

E já falei no Twitter outro dia, Rob, escute "canção da depressão" d'Os Seminovos, a música (provavelmente) é bem diferente do que você está pensando!

Natalia Máximo disse...

Rob, acho ótimo que você queira se aproximar da gente, e tenho certeza que todo mundo vai curtir isso também! Desejo muito sucesso pra você e muita força nessa fase, que vai passar logo logo e, de verdade? Espero que você receba tantos e tantos comentários que precise contratar um time de estagiários - que, sem dúvidas, renderão ótimas histórias - para te ajudarem a responder. Porque, se for pra te ajudar, a gente vai fazer questão de sempre dar uma passadinha aqui!
E pode ficar tranquilo, porque eu tenho certeza que esse tom leve vai surgir naturalmente muito antes do que você imagina. Senão, o que será da Teodoro Sampaio? O que será do Pão de Açúcar? O mundo precisa de você! =D

Fernanda Fefis disse...

Rob.. te adimiro cada dia mais, não só pela excelência dos seus textos.. mas por vc compartilhar das suas fraquezas e estar dando a volta por cima dela! cada dia é um passo e cada passo uma vitória!
leio seus texto já faz tanto tempo que me sinto já sua amiga, ok uma amiga platônica, pq não sou muito (quase nada) de escrever.. então o que eu queria mesmo, desde o último post, era te dar um abraço e te dizer que tudo vai melhorar.. e pode gritar, pq a gente está aqui para o que der e vier!
Parabéns por se abrir com nós! isso ajuda muito na recuperação. .. Um grande abraço, desses de urso! hehehe.. estou sempre por aqui...

Fernanda disse...

É isso aí, Rob! Um passo de cada vez, fazendo seus leitores-colegas, amigos e familia mais e mais orgulhosos da sua força pra voltar ao Old Rob, saudável e bem. Tenha o seu tempo, descanse, tome os remédios na hora certa, ligue para o porteiro periodicamente e fique ligado na vizinhança. Nunca se sabe quando uma ótima história vai pintar por aí, e vc tem que estar bem, pra aceita-la e repassa-la para nós.

Aliás, e o Besta Fera, vai bem? Tá te ajudando direitinho? Lambendo sua careca, dando aquele apoio moral canino cheio de pêlos e baba?

Abração!

IsabelVeronica disse...

Com calma e aos poucos.
É assim que você vai voltar ao seu normal e de forma definitiva. Sem pressa, para que tudo fique muito bem sedimentado.

No mais, você sabe que a gente sempre vai estar aqui pra te ouvir e ajudar no que for possível, mesmo sendo de muito longe, como é o meu caso.

Obrigada por confiar na gente pra te ajudar nesta luta.

Beijos!

Nelson disse...

É, esse "um dia de cada vez" é a síntese da nossa vida, mesmo quando não falamos de depressão. Minha vida mudou muito depois que aprendi que dar um passo de cada vez é mais fácil e produtivo do que tentar saltar um quilômetro, tropeçar e se machucar.
A gente lê ou escreve um texto uma palavra por vez, andamos um passo por vez, tocamos um acorde por vez e vivemos um dia por vez. A vida é simples, a gente é que tem mania de complicar ela.

Uma coisa que aparece na cabeça de todo mundo que toma anti-depressivo é o pensamento do "dependo dessa merda pra ser feliz". Nosso corpo, querendo ou não, é um saco de "dispositivos" que funcionam baseados em reações químicas. Se o nosso corpo não produz essas substâncias, a gente tem que tomar remédios pra corrigir essa incompetência do nosso organismo, e é assim que funciona. Do mesmo jeito que ninguém estranha quando minha mãe toma os remédios pós-infarto dela, ninguém deveria estranhar alguém tomando anti-depressivos. Por mais que não pareça, é só mais um remédio pra mais uma doença que pode ser tratada, controlada e curada.

Você está no caminho certo, Rob. É assim que se sai dessa: continuando a vida. Se escrever aqui te faz bem, escreva. Juro que comento quando tiver algo decente pra falar.

grande abraço.

Pedro Lucas Rocha Cabral de Vasconcellos disse...

Eu te adicionei no fb antes de virar mainstream hahaha.

E é aquilo de sempre cara, mutia força, e pra qualquer coisa que precisar, estamos aí. Quem sabe em alguns anos vocês não vem me visitar e passeamos juntos por onde quer que seja?

Porque você, mesmo segurando essa barra toda, é um baita amigo, e merece o melhor, sempre.

Que bom então que está com a Ana, porque melhor que ela, não existe.

Pra não fugir ao clichê, você vai sair dessa, mais forte do que era antes, e vai voltar a poder receber um presente, ler um comentário, ou escrever um texto, sem problemas.

Um grande abraço.

Pedro

Bel Lucyk disse...

Rob, acompanho este blog desde quando criei o meu. Confesso que me afastei da blogosfera nos ultimos meses, mas quando quis voltar a ler textos dos meus preferidos, o seu foi o primeiro que entrei.
E me surpreendi porque nao fazia a menor ideia do que estava acontecendo contigo. E o que posso dizer, como psicologa e como quem ja foi vitima da depressao é que você está no caminho certo. E que tudo isso vai passar. Nao vai ser facil, mas vai.
=)
Fica bem!
Bjs

Rob Gordon disse...

Hally

Eu vou voltar sim - e, como sempre foi a regra aqui, nunca com fingimentos. Hoje mesmo eu estava conversando isso com a Ana, sobre a autenticidade dos meus posts, especialmente estes mais difíceis.

E, como sempre, vamos juntos, sim.

Obrigado demais pela amizade

Beijos

Rob

Rob Gordon disse...

Lilian

Um dia de cada vez. E prometo que a brincadeira de DJ vai ser logo - mesmo porque vai me fazer bem.

Beijos

Rob

Rob Gordon disse...

Fagner

Relaxa, nem todo mundo estava sabendo mesmo. Aproveito para pedir desculpas pelos e-mails não respondidos. Sei que não é exatamente justificativa por não ter dado nem um sinal de vida, mas desculpe assim mesmo.

Obrigado não apenas pelos comentários mas pelas DMs no Twitter.

Abraços

Rob

Rob Gordon disse...

G7:

"deixa para cada dia o seu mal". Bela frase. Bela. Obrigado, cara, pelos anos de amizade e pelos papos, especialmente o último.

Abraços

Rob Gordon disse...

Helga:

Sinto muito que você tenha passado - ou, pior, que ainda esteja passando - por isso. Mas me sinto orgulhoso de mesmo assim você encontrar forças para me apoiar. Me sinto feliz de verdade com isso e devolvo este abraço enorme para que você melhore logo também.

Beijos

Rob

Rob Gordon disse...

Claudia Iarossi:

Sabe... Eu nunca vi como fã clube. Mesmo. Converso isso com a Ana muitas vezes, e digo sempre que esta relação de amizade que tenho com os leitores é importante por ser verdadeira - melhor dizendo, autêntica. E é justamente por isso que, como você disse, essa relação vai ser benéfica demais pra mim.

Obrigado por tudo

Beijos

Rob

Rob Gordon disse...

Juliana Leodoro:

Se existe algo que eu aprendi nos últimos tempos é justamente isso: "grite, quando precisar". Ajuda muito ter gente disposta a ajudar ao lado, mas foi algo que tive que aprender na marra, quando as coisas apertaram.

Já estou com os remédios e continuo na terapia, e contando com o apoio da Ana, dos meus amigos e família, e de vocês, deste lado aí da tela.

Muito obrigado, de verdade.

Beijos

Rob

Rob Gordon disse...

Kel:

Obrigado! :) Depois tive uma grande recaída, e por isso sumi uns dias. Mas agora estou melhor (dá uma olhadinha no próximo post, eu explico melhor).

Mas não pude esconder o sorriso em reler seu comentário agora que estou melhor.

Beijos e muito, muito obrigado

Rob

Rob Gordon disse...

Sil:

Desistir, não vou nunca. Você sabe. Mesmo que a batalha seja mais difícil que o imaginado. Pois contando com apoio de vocês, tudo fica mais fácil.

Beijos

Rob

Rob Gordon disse...

Eu!:

Não sei até onde isso influenciará o Terapia. Mas, se acontecer, deve ser somente no futuro, quando eu entender melhor a situação como um todo. E vou atrás da música sim (eu vi seu tweet), e te aviso. Valeu pela indicação!

Rob

Rob Gordon disse...

Matheus Silva:

Teve um dia que eu gargalhei alto e, de verdade, fiquei até meio emocionado com isso. Um dos problemas da depressão é que mesmo as emoções boas, como essa, devem vir em doses homeopáticas, pois senão fica "muita coisa para lidar". Mas, as boas são sempre bem vindas, sempre.

Abraços e, mais uma vez, obrigado!

Rob

Rob Gordon disse...

Natália:

Assim como você disse, me aproximar cada vez mais de vocês vai me fazer bem demais. Hoje mesmo eu comentei com a Ana que escrever os posts sobre a depressão e a síndrome do pânico não me cansam tanto (emocionalmente falando) quanto responder os comentários de vocês. Mas é um cansaço bom - é o que eu disse na resposta que te dei no post anterior e falei agora há pouco, acima... Que os sentimentos bons também me assustam um pouco - e a intensidade e força dos comentários tem sido enorme. Para mim, são até mais intensos que os próprios posts.

E o carinho que eu tenho recebido de vocês vem chegando em doses cavalares, e - mesmo com o "cansaço", que, repito, é ótimo - tem me ajudado muito, muito mesmo!

Muito obrigado por tudo, sempre.

Beijos

Rob

Rob Gordon disse...

Fernanda Fefis:

É o que eu disse acima... Essa proximidade que eu tenho com vocês - e da qual me orgulho muito - aconteceu simplesmente porque meus textos sempre foram autênticos. Como eu disse mais de uma vez aqui, eu não sou (ou tento ser) o que escrevo, eu escrevo o que sou.

Mesmo assim, foi muito difícil para mim abrir isso com vocês. É delicado, poderia ser mal interpretado, não sei. Seria uma exposição muito grande. Mas conversei com muita gente antes, até mesmo com minha psicóloga sobre isso. Porque não seria justo - especialmente comigo - não tornar este assunto público (ou ao menos tentar), pois este blog sempre foi uma válvula de escape para mim, para muita coisa.

Muito obrigado pelo abraço e pelo apoio.

Beijos

Rob

Rob Gordon disse...

Fê:

Não se preocupe com os remédios, estou tomando todos religiosamente - tentei mudar o horário de um e já deu merda (leia o post seguinte, "Pequenos Passos"), então voltei ao primeiro horário.

E, assim como vocês, estou torcendo muito para que o "Old Rob" volte logo à tona, porque a sensação de ver algo acontecendo na rua e imediatamente fabricar uma história na cabeça é uma das melhores sensações que eu tive, e sinto muito falta dela.

Mas isso vai voltar. Tenho certeza.

Obrigado por tudo, de verdade.

Beijos

Rob

Rob Gordon disse...

Isabel Verônica:

Realmente, com calma e aos poucos, e tomando cuidado para evitar alguns "tombos", como o do post seguinte a este. E eu agradeço muito pela ajuda, e pretendo "pagar" isso me esforçando muito para melhorar.

Beijos e muito, muito obrigado

Rob

Rob Gordon disse...

Nelson

Essa sua receita ("A gente lê ou escreve um texto uma palavra por vez, andamos um passo por vez, tocamos um acorde por vez e vivemos um dia por vez") é perfeita para isso que estou vivendo. Nada de saltar quilômetros, é preferível, atualmente, caminhar alguns metros de mãos dadas.

Quanto aos remédios, eu ainda tenho uma certa dificuldade de encará-los assim (como "remédios"), mas estou me acostumando com a ideia.

Você sempre tem algo de bom para falar, e sempre faz muita diferença. Mesmo.

Obrigado por tudo, cara.

Abraços

Rob

Rob Gordon disse...

Pedro

Se Deus quiser, eu sairei mais forte. Ou, ao menos, mais calejado em relação a certas coisas. Tomara. Quanto ao passeio, depois que eu melhorar, será um puta prazer.

A Ana vem sendo fundamental nisso, e segurando uma barra enorme com tudo isso. Foda. Não sei de onde ela tira forças, mas tira - graças a Deus.

Abraços e obrigado, de verdade, pela amizade.

Rob

Rob Gordon disse...

Bel:

Antes de mais nada, obrigado por colocar meu blog entre os seus preferidos. É uma honra para mim - e, hoje em dia, algo que me emociona bastante.

Sinto muito por você ter passado por isso também e fico feliz que você tenha melhorado. Não vejo a hora de passar por isso também, e deixar essa merda toda para trás.

Muito obrigado pelas palavras e pelo incentivo.

Beijos

Rob

Varotto disse...

Pois é, fiquei algumas semanas afastado do mundo virtual, mas não poderia deixar de registrar aqui meus desejos de "toca o bonde", camarada!