13 de maio de 2011

Carta Aberta à Banda Restart

Cara banda Restart:

Antes de tudo, peço desculpas antecipadas pelo tamanho desta carta. Tentei resumi-la ao máximo para o maior conforto de vocês, mas creio que falhei nisso.

Fui surpreendido, ontem, com a declaração de um de seus integrantes, afirmando à imprensa que uma das inspirações para suas composições seriam as musicas da banda inglesa Black Sabbath.

Creio que posso afirmar ser admirador do Black Sabbath. Tenho todos os álbuns de estúdio da banda e já assisti a shows de dois ex-vocalistas do grupo: Ozzy Osbourne e Ronnie James Dio, que se apresentaram no Brasil. E esta informação é pertinente, visto que a declaração não cita uma “fase” específica da banda britânica como influência – logo, devo admitir que nada menos que toda a discografia da banda funciona como inspiração para suas composições.

Contudo, vamos à declaração em si, dada à imprensa por Pe Lanza. Aliás, antes de prosseguir, desculpem minha falta de conhecimento, mas eu não faço ideia de qual seja o “cargo” do Pe Lanza na banda (e não vou perder tempo procurando qual instrumento ele toca, visto que esta informação será desnecessária aqui. O que me interessa é ele ser integrante do Restart).

Enfim, a declaração é:

“A gente escuta Black Sabbath e, em seguida, coloca a nossa emoção nas músicas".

Ok, Pe Lanza. Antes continuarmos este texto, é hora de começarmos a numerar algumas informações essenciais aqui. De acordo com sua frase, fica claro que Black Sabbath é a maior influência musical nas composições do Restart. Este dado será extremamente importante mais para frente – até coloquei-o em negrito para facilitar. Vamos chamá-lo de “Informação Rosa Choque” (eu pensei em chamar de “Informação 01”, mas vou trabalhar com cores, pois, aparentemente, vocês se sentem mais confortáveis assim). Pronto.

Agora guardemos a Informação Rosa Choque para usá-la mais tarde. Vamos falar um pouco sobre Black Sabbath? Ou melhor, vamos falar sobre a importância do Black Sabbath. E a melhor maneira de fazer isso é traçar uma linha do tempo do heavy metal. Mas vamos fazer isso de uma forma bem rasa (e o mais sucinta que eu conseguir), apenas para ilustrar a importância da banda, considerando somente os grupos principais de cada época.

Para facilitar ainda mais para vocês, vamos ser puristas e não abordar o hard rock praticado nos anos 60 (por bandas como Led Zeppelin, Deep Purple, Blue Cheer, The Jimi Hendrix Experience e até mesmo pelos Beatles, na música Helter Skelter), arredondando a conta e apontando o Black Sabbath como verdadeiro e único criador do heavy metal – o que, de qualquer forma, não deixaria de ser verdade em hipótese alguma.

Então, Pe Lanza e demais membros do Restart, acompanhem comigo. Vou tentar fazer a coisa da forma mais simplificada possível, ok?

O Black Sabbath criou o heavy metal e influenciou diretamente o Judas Priest que, por sua vez, “geraria” toda a New Wave of British Heavy Metal (cujo maior expoente é o Iron Maiden, do qual vocês devem ter ouvido falar, visto que a banda se apresenta no Brasil com freqüência). Tendo a NWOBHM como novo ponto de partida, podemos cruzar o Atlântico e chegar ao thrash metal californiano (cujo maior nome, Metallica, irá tocar no Rock in Rio este ano e contém bastante material na internet, caso queiram pesquisar).

Entenderam tudo? Se precisarem reler – são muitos nomes, eu sei –, não tem problema. Eu espero.

Ok. Vamos continuar.

A partir daí – estávamos no início dos anos 80 – o heavy metal se multiplicou totalmente, ganhando inúmeras novas vertentes e estilos. Death Metal. Speed Metal. Doom Metal. Gothic Metal. Funk Metal. Melodic Metal. A lista é enorme. O que importa, para nós, é saber que a árvore ganhou ramos e mais ramos, mas seu tronco permanece formado por Judas Priest, Iron Maiden (e demais bandas da NWOBHM) e Metallica (e as outras bandas da Bay Area).

Contudo, o que precisamos olhar aqui é a raiz. E o nome dela é Black Sabbath. Todo e qualquer tipo de heavy metal tem sua fonte em na banda do guitarrista Tony Iommi. O gênero está em constante evolução, e (evidentemente) cada banda apresenta influências diretas da geração anterior à sua, mas todas elas têm como base o Black Sabbath, seja na temática, nos riffs, ou até mesmo no visual.

Pronto. Agora, vamos lá: onde eu queria chegar? Estou provando aqui que existe uma regra: Black Sabbath influenciou todas (sim, todas) bandas de heavy metal existentes. Da mesma forma, toda banda influenciada primordialmente pelo Black Sabbath pertence ao heavy metal.

Esta é a segunda informação importante do texto – viram como ela também está em negrito? Vamos chamá-la de “Informação Verde Limão”.

Agora sim podemos começar a brincar de verdade.

Combinando a Informação Verde Limão (“toda banda influenciada por Black Sabbath pertence ao heavy metal”) e a Informação Rosa Choque (“Black Sabbath é a maior influência musical nas composições do Restart”) não é preciso ser um gênio para deduzir o resultado:

Restart é uma banda de heavy metal. Ao menos, Pe Lanza, é isso o que sua declaração aponta. Restart e heavy metal. Nunca achei que fosse encontrar estas palavras na mesma frase, mas, paciência. Nem sempre as coisas são como queremos. Vamos em frente.

Aliás, não vamos em frente. Vamos além.

Se Restart é uma banda de heavy metal, como já comprovamos, é nossa obrigação tentar encaixá-la na evolução do estilo, arrumando um lugar naquela árvore do heavy metal.

Ok. Restart é uma banda influenciada DIRETAMENTE por Black Sabbath (afinal, a única outra influência das músicas da banda é o vasto repertório emocional de seus integrantes), creio que podemos fazer uma projeção aqui.

Afinal, como eu disse, o gênero está sempre evoluindo. As bandas da quarta geração são influenciadas pelas três gerações anteriores; as bandas da terceira geração, pelas duas anteriores, e por aí vai. Consequentemente, uma banda de heavy metal influenciada somente por Black Sabbath (que sozinho, é a primeira geração) pertence obrigatoriamente à segunda geração do heavy metal.

Até agora, o maior expoente da segunda geração do heavy metal era o Judas Priest (esta geração contaria também com Blue Öyster Cult, mas não quero me aprofundar tanto). Uma banda que, influenciada diretamente por Black Sabbath, desenvolveu o estilo e inspirou o trabalho de grupos como Iron Maiden, Saxon, Metallica, Slayer, Megadeth, Anthrax, Diamond Head e Pantera.

Bem, analisando sua declaração, Pe Lanza, acabei de descobrir que a história do heavy metal foi mudada. Os dois maiores nomes da segunda geração do heavy metal são Judas e Priest e Restart. E, como quase 40 anos separam estas bandas, podemos ir mais além ainda e concluir que, de acordo com Pe Lanza, Restart é o novo Judas Priest.

E, não, Pe Lanza, não estou colocando palavras na sua boca. Estou apenas usando o pouco que conheço sobre heavy metal para interpretar a fundo o que você disse.

E eu gosto muito de Judas Priest. Sempre gostei. A banda tem algumas das músicas que considero verdadeiros hinos do gênero, como Victim of Changes, Metal Gods, Painkiller, Eletric Eye e Breaking the Law, além de praticamente ter criado o conceito das “guitarras gêmeas”, que seria aplicado depois a tantas outras bandas, com destaque para o Iron Maiden. Isso sem falar que seu vocalista, Rob Halford, é, em minha opinião, o mais competente de toda a história do metal.

Bem, se existe uma banda que pode ser chamada de “novo Judas Priest”, é a minha obrigação conhecê-la. E cabe aqui um mea culpa, Pe Lanza: desculpe pela completa falta de interesse que eu havia demonstrado até hoje com seu trabalho. Se o Restart é o novo Judas Priest, eu que marquei bobeira em não ir atrás e não conhecer mais.

Mas precisei de dez minutos e três canções para entender que suas músicas passam longe – bem longe – do que conheço de Judas Priest. Tanto em conteúdo, como em estilo. Aliás, elas passam longe de qualquer coisa que eu conheça como heavy metal. Aliás, suas músicas passam longe de qualquer coisa que eu goste – e eu sempre gostei muito de rock.

Assim, rock de verdade, sabe?

E, por mais que eu me esforce, não consigo identificar vocês como rock, muito menos como heavy metal. E isso tanto no aspecto musical como no visual. Esta comparação foi mais fácil de ser feita. Existem tantas fotos de vocês espalhadas na internet que passei a acreditar que esta a ocupação principal de vocês: aparecer em fotografias – suas músicas seriam uma atividade paralela, compostas e gravadas apenas para promover as fotos.

Bem, me esforcei para achar alguma semelhança com Judas Priest e Black Sabbath ali. Mas não dá. Me parece que vocês estão mais interessados em lançar tendências usando roupas com cores que existem apenas num guia Pantone – algo que parece não ter propósito algum, a não ser vender roupas. Bem, teoricamente, o punk foi criado por um empresário inglês que desejava vender roupas, mas, ao menos, os músicos do estilo (The Clash, Sex Pistols, Ramones) tinham mais atitude que aparecer em fotos mostrando a língua ou fazendo caretas. Ou seja, tinha um pouco mais de conteúdo.

Talvez esta “atitude” funcione com seus fãs, mas não funciona com alguém que goste de Black Sabbath. Pois, quem ouve Black Sabbath normalmente espera um pouco mais de maturidade musical. E não vou entrar aqui no mérito das canções da banda inglesa servirem como metáfora da situação da classe operária inglesa. Seria entregar pérolas aos porcos.

Agora, Pe Lanza: o interessante é a arrogância da sua frase. Ao dizer que “vocês ouvem Black Sabbath e colocam suas próprias emoções nas músicas”, sou obrigado a fazer duas leituras. A primeira é que vocês, do Restart, ouvem Black Sabbath e, não identificando nenhum tipo de emoção ou sentimento na música deles, resolvem preencher esta lacuna por conta própria. A segunda: vocês escutam Black Sabbath, não concordam com a emoção que eles transmitem em suas músicas e decidem alterá-la, usando seu próprio repertório emocional para isso.

Em ambos os casos, vocês “aprimoram” a música do Black Sabbath. Aparentemente, as músicas do Black Sabbath não possuem emoção suficiente (ou as emoções erradas) e é preciso “arrumá-las”. E vocês fazem isso em canções como: Música do Chupim, Final Feliz, O Meu Melhor e Pra Você Lembrar.

Música do Chupim.

Certo.

Deixe-me encerrar explicando algo a vocês. Na mesma matéria, o Pe Lanza informa que “para fazer rock não é preciso ser mau. Rock é emoção”.

Concordo. Rock é emoção. Mas rock também é talento, é atitude, é coragem, é rebeldia, é um modo de vida. E, sinceramente, não vejo nada em vocês que possa ser associado a isso. Talvez isso funcione com seus fãs, mas é só.

E, caso alguém aqui diga que "rock é apenas diversão", Restart abre mão de ser "apenas divertido" no minuto em que se coloca no mesmo patamar que Black Sabbath. E isso não pelo fato de eu adorar Black Sabbath - estou deixando meu gosto pessoal de fora disso –, mas pelo teor politizado e sombrio das canções da banda inglesa. Então, se você quer ser "apenas divertido", compare-se a um programa infantil, a um brinquedo, ou a um desenho animado.

Acho que vocês devem um pedido de desculpas por ter criado esta expectativa sobre seu trabalho de vocês, com a declaração infeliz do Pe Lanza. E acho que vocês devem um pedido de desculpas aos seus fãs que não conhecem heavy metal, por ter passado a eles uma expectativa tão errada sobre o gênero.

Porque existe uma diferença bem grande por trás de versos como “Generals gathered in their masses, just like witches at black masses” (Black Sabbath), “You're tryin' to find your way through life, you're tryin' to get some new direction” (Judas Priest) e “Eu tô na rádio, eu tô na Metropolitana, ouvir Restart no Chupim vai ser bacana” (É, bem... Vocês).

Falta comer muito feijão ainda.

E não acredito que haja feijão suficiente no planeta. Não para isso.

Sinto muito.

Grandes abraços e boa sorte,

Rob Gordon


43 comentários:

Camila Batista disse...

Até mesmo quem não conhece a história do heavy metal achou essa comparação de Restart com Black Sabbath absurda. Ninguém lembrará do Restart daqui a dez anos; se duvidar, no próximo ano ninguém se recordará deles. O garoto falou isso para causar, tá na cara.

Só mais uma coisa: Música do Chupim? WTF?

Anônimo disse...

Caramba,
Isso é o que dá falar sem pensar.
Gostei da explicação toda, Rob, muito bem embasada.
Ao contrário da declaração do citado rapaz.

Ana Savini disse...

Se algum deles ler essa carta, ou mesmo algum fã, não vão entender a metade.
É muito autismo em um lugar só. :P

Música do Chupim? Oi?

Leo B. disse...

São cartas abertas como esta, crônicas estupendas que digo, com o maior orgulho, que sou teu fã, Rob! Chamar só de tapa de luva tudo que tu disse ali em cima seria pouco. Tu foi "só" a voz de gerações influenciadas por todo o poder que o heavy metal exerce, em cima de quem o sabe apreciar.

rbns disse...

- Tem muito desenho animado sombrio e/ou politizado.

- O Malcolm McLaren não queria vender roupas, queria é veicular uma ideologia política anarquista, que não estava ali originalmente, e que no final acabou sendo incorporada pelo movimento punk

- O Punk-Rock (incluindo aí o Punk Buble-Gum do Offspring e do Green Day) vc posicionaria como nessa árvore? Pra vc. tá no ramo do Black Sabath ou é uma planta paralela?

- E o metal industrial, tipo Rammstein? Vc encaixa como?

O Lerdo disse...

Felipe Neto, Restart... sabe que vão colar chiclete na sua cadeira, né?

Falando sério agora... acho que foi uma infantilidade deles: o tio sacaneou e ele, pra posar de mais velho do que é, tascou essa: "Eu ouço Black Sabbath, tá?". Coisa de criança que cai na pilha e todo mundo ri da cara depois. Como você fez rs.

"Restart é o novo Judas Priest"
-genial

Rob Gordon disse...

Rbns, por ordem:

- Tem muito desenho animado sombrio e/ou politizado.

Eu sei. Cabe a eles escolherem um que se adeque ao que eles propõem. Que não peguem Akira.


- O Malcolm McLaren não queria vender roupas, queria é veicular uma ideologia política anarquista, que não estava ali originalmente, e que no final acabou sendo incorporada pelo movimento punk

Sim, mas como disse, qualquer alusão a história do rock ou de algum movimento seria feita de forma rasa.


- O Punk-Rock (incluindo aí o Punk Buble-Gum do Offspring e do Green Day) vc posicionaria como nessa árvore? Pra vc. tá no ramo do Black Sabath ou é uma planta paralela?
Não, pra mim é uma planta paralela. Sei que há "encontros entre ramos", mas você que me conhece bem sabe que nunca fui fã de punk, salvo bandas específicas como Ramones e Clash. Então, mantenho só heavy metal na minha árvore.


- E o metal industrial, tipo Rammstein? Vc encaixa como?
Como metal industrial. É mais um ramo.

Climão Tahiti disse...

Não foi a galera do Punk-rock que ao perceber que foram usados pelo mercado que tanto diziam combater e serem "inimiguinhos" passaram a renegar a própria sombra como o diabo nega a cruz? (tipo o João Gordo)

Restart pra mim ainda é botão de pc... por isso evito televisão e outras merdas.

Natalia Máximo disse...

Não precisa nem ser muito inteligente pra perceber a presunção sem tamanho dos integrantes do Restart ao fazer esse tipo de declaração. Eu, que nem sou fã de Black Sabbath ou de nenhuma banda de heavy metal, acho que é, sei lá, o fundo do poço.

Eu vejo as coisas dessa maneira: muitas bandas vão surgir, vão se comparar a gênios e, claro, estarão errados. Mas, no final das contas, o que vale mesmo é saber que faz 40 anos que se fala em Black Sabbath. Em Beatles. Em Led Zeppelin. Em Pink Floyd. Daqui a 40 anos, o mundo inteiro ainda estará falando sobre eles, sobre as inovações que eles trouxeram para a música. E o Restart? Se souberem quem eles são daqui a seis meses, já é muito.

E só um complemento no seu texto. No trecho "Aliás, suas músicas passam longe de qualquer coisa que eu goste – e eu sempre gostei muito de rock.", acho que é importante lembrar que o que o Restart faz passa longe de qualquer coisa que possa ser chamada de "música".

Natalia Máximo disse...

Esqueci de falar: o Besta-Fera vai se pronunciar sobre esse caso?

L.Inafuko disse...

Ow!!
A declaração do Pe Lanza foi bem infeliz, mas disso saiu um ótimo post de heavy metal for dummies xD

Mas senti falta dos xingadores anonimos huahua
Me divirto à beça com eles huahua

Hally disse...

Os xingadores anônimos virão, pode esperar pra ver.

Hoje eu tive mais uma aula sobre rock. Conheço alguma coisa do Heavy Metal da 1ª, 2ª e 3ª geração. Gosto de fases do Black Sabbath, Judas Priest, Iron Maiden entre outros. Mas a propriedade com que você expõe os dados é inquestionável.

Pra terminar, a declaração "Restart é o novo Judas" foi, ao contrário da declaração do rapaz de cabelo esquisito e estilo questionável, coisa de mestre. Parabéns Rob, por mais uma carta aberta que provavelmente vá causar mais que as outras até então.

O Besta-Fera vai se pronunciar sobre esse caso? [2]

Davis Sousa disse...

O Restart tá longe de fazer rock de verdade. No máximo, um pop rock.

Se eles começarem a fazer rock de verdade do jeito q se vestem vão acabar evoluindo pra isso: http://www.youtube.com/watch?v=erP2MjmzQvc

Dani Cavalheiro disse...

Só tenho um comentário, vindo de Killer Instinct:

CO-CO-CO-COMBO BREAKER no Restart!

http://www.youtube.com/watch?v=XERZywq9o_g&

rbns disse...

É. Eu tmbm acho que o Punk é uma planta separada, só queria ver se vc concordava.

Alessandra Costa disse...

Foi mais ou menos isso que fez a cantora Claudia Leite, ao dizer que o rock sempre teve interferência em seu trabalho, e que sua vida é rock'n roll.
E não, eu não inventei isso.
Pois é.

Kel Sodré disse...

Comentário antes de ler o post: coloca o link da matéria pra abrir em outra página.

Além disso: depois vai ter nego da família Restart reclamando no Twitter (Muito) e você vai reclamar.

Varotto disse...

Onde é que eu amarrei a minha lhama? Parem o mundo que eu quero descer...

P.S.: Para comparar o Black Sabath a um brinquedo de criança, só se fosse ao Chuck...

Kel Sodré disse...

Comentário depois de ler o post: ah, Rob, sei não... gostei de algumas partes do seu texto só, pra falar a verdade. Eu concordo plenamente com você na mensagem que você quis passar, ou seja, Restart não é rock. Mas acho que você já construiu outros raciocínios que foram mais bem amarrados. Achei que em algumas partes você pecou pelo excesso e deu uma forçada na barra. Aliás, acho que as duas informações (a Rosa Choque e a Verde Limão) foram forçadas. Por um lado, a declaração do tal Pe Lanza (falo "tal" porque não conheço) foi realmente infeliz, mas o fato de você interpretá-la como se Black Sabbath fosse a única referência deles também é flácida.

Enfim, o que eu estou tentando dizer é: concordo com o conteúdo do seu texto, mas não com a argumentação que você utilizou para expô-lo. E, que fique bem claro, não sou fã de Restart. Na verdade, conheço pouquíssimo do trabalho deles e, do pouco que conheço, não gosto nada. Não gosto também do frisson dos fãs deles. Não gosto dos cabelos, nem dos óculos, nem das caretas, nem das combinações de cor de roupa que eles fazem (apesar de o color block estar na moda, mas esse já é outro papo). Ou seja, não gosto de nada. Então, meu comentário do texto é pelo texto mesmo.

Agora, numa coisa preciso concordar com você: puta pretensão eles acharem que podem "aprimorar" a emoção das músicas do Black Sabbath. Porque né?

E preciso te complementar: o povo esquece que ouvir um determinado tipo de música ou uma certa banda não significa que ela te influencie no trabalho de música que você faz.

Bequinha disse...

Taí, daí eu me pergunto por que passei tanto tempo sem dar uma passada aqui de vez em quando!


Show.

Michele disse...

Depois de ver essa do Pe Lanza, só penso uma coisa... será que é mesmo melhor ver do que ser cego?

e sim, como boa apreciadora de punk rock E de heavy metal, digo: são árvores totalmente diferentes!

.a que congemina disse...

Li a carta toda com War Pigs na cabeça.

Espero que algum desses meninos leia a aula dada aqui e aprenda que não, eles não podem se dizer influenciados pelo Black Sabbath, se não o parecem ser. Francamente!

Aguardo ansiosamente um posicionamento do Besta-Fera.

Santista. disse...

chupa restart, chupa corinthians, chupa rob.

Lígia disse...

Ai, acho gongar Restart tão batido... Desculpa, Rob!

Bob Mussini disse...

Obrigado, Rob.

Seu post é a manobra de Heimlich indicada para qualquer um que conheça Black Sabbath e principalmente para quem gosta de Black Sabbath e que tenha sido vítima da leitura desse comentário do Pe Lanza da Banda Restart.

Era a resposta entalada na minha garganta.

Obrigado.... estou bem melhor, agora.
[]s
Bob Mussini

Fernanda disse...

Nossa, esse comentário *infeliz* da banda Restart pode causar ulceras, infartos e aneurismas. Ouvir a musica deles ou só passar os olhos numa revista e ver uma foto deles já poderia causar isso, mas falando uma bobagem dessas?!

Nem curto muito heavy metal, mas eu, na minha ignorância pessoal, sei que isso é quase um pecado mortal se for dito.

Que eles queimem no inferno 3 vezes! rsss

Ótima carta aberta, Rob. Só falta o comentário do Besta Fera mesmo.

Rob disse...

Kel,

Como eu disse no texto, se o sujeito coloca que "ouvimos Black Sabbath e colocamos nossas emoções nas músicas", tenho que partir do princípio que não há outra influência musical. Eu lidei com o que ele disse :)

Ligia:

Mas eu não to gongando Restart. Estou defendendo Black Sabbath. :)


Beijos

Rob

Carol disse...

Eu ainda não acredito realmente que ele disse isso. Eu, fã de heavy metal há uns 5 anos, não consigo entender a ~comparação~

Por mais leigo e idiota que você seja, você deve respeitar uma entidade como o Black Sabbath!

Achei genial essa linha do tempo, situando o Restart nela, junto com o Judas.

Tem que rir pra não chorar, porque senão fica difícil hein..

Thayz Figueirêdo disse...

perfeito!

mamahelp disse...

Você é perfeito ! Tenho pavor dessa banda, acho um desaforo com as bandas que já fizeram história na nossa infância e adolescência, porque o que ouvimos aquilo sim era música, agora o que escutamos não passa de lixo !
parabéns acho que eles tinham qe ler isto !

Pri disse...

Uahauhauha... fiquei emocionada Rob!

relosilla - chaverinho disse...

é como uma vez li no twitter: tudo que é ruim colocam "universitário"no final, forró universitário, sertanejo universitário e agora, com o restart, rock universitário.

Benito Bondoso disse...

Só existe o crack, porque existem consumidores totalmente idiotas.

Só existe o oxi, porque existem consumidores totalmente idiotas.

Só existe Restart, porque existem
consumidores totalmente... Pérai...
(Não consegui nenhum adjetivo que possa ser relacionado a um ser humano.)

Anônimo disse...

Que perda de tempo, tenho certeza que você nunca ouviu uma música deles, e está julgando pela aparencia..

Rob Gordon disse...

Caro Anônimo:

Qual parte de "Mas precisei de dez minutos e três canções para entender que suas músicas passam longe – bem longe – do que conheço de Judas Priest" você não entendeu?

Por outro lado, a frase "que perda de tempo", se aplicada ao que acabei de dizer, está bastante correta.

Parabéns.

E, claro, obrigado pela visita.

Rob

Caio Ranieri disse...

Rob, você AINDA responde aos anônimos?

Gilmar Gomes disse...

Felipe Melo, Restart... Próximo passo será o quê? Brigar com Bruno Mazzeo??? Ou com Tiago Leifert???

Kel Sodré disse...

Então, Rob, eu enxerguei que você lidou com o que ele disse, mas ainda assim, achei que a argumentação foi meio forçada. Você considerou que a única influência deles é o Black Sabbath e (fiz questão de reler a matéria que você indicou) ele não diz isso. Aliás, em outro trecho da matéria, outro integrante da banda até fala que eles escutam todos os tipos de música e até cita Tom Jobim. Então, não achei que o argumento de que a única influência da banda seja Back Sabbath se sustenta. Pela matéria que você indicou, Black Sabbath parece mais um elemento, o que deixa a argumentação frouxa.

E, repito, não sou fã de Restart. Ao contrário, não conheço e morro de preguiça. Mas, como eu sou sua leitora há tipo uns 4 anos (!!) e já li outras argumentações mais bem amarradas, quis te contar o que achei desse texto.

Agora, o move das emoções (que, se eles colocam as emoções deles nas músicas é antes não havia ou porque as outras estavam "inadequadas") eu achei de mestre!

(Comecei a achar a discussão sem sentido. Fui só eu? hehe)

Beijos.

Benito Bondoso disse...

Kel.
Vai lavar uma louça, tu é fã de restart sim!Vem toda mimosa mas absorve esse lixo. TENHO DITO.

Bruno disse...

Gostei muito da carta... Mas percebi um erro que não pude deixar de comentar. Metallica é Thrash Metal, e não trash.

Rob Gordon disse...

Bruno,

Tem razão. Digitei errado, mas já arrumei. Obrigado pelo toque.

Abraços!

Rob

Camila disse...

Benito,
não gostei do seu comentário machista "Vai lavar uma louça". Qualquer pessoa com o mínimo de evolução intelectual sabe que esse tipo de piada (prefiro acreditar que foi) só reforça a cultura machista que tanto se combate.
Esse não é um blog onde se prega preconceitos ou apoia discriminações.
Acho que "tu é fã de restart sim!" que você digitou, bastaria.
Sem ofensas por favor.

Anônimo disse...

Olha seus textos são muito bons e eu admiro mas preciso fazer uma correção em relação ao punk. Maclaren não foi o criador do punk, o punk surgiu nos Estados Unidos muito antes e a intenção de Maclaren ao empresariar os Pistols não era vender roupa. Mas é óbvio que a questão de vender roupa foi apenas uma brincadeira de sua parte, ou pelo menos eu acho que foi, mas se a questão é roupa, na verdade eram as bandas de hard rock que faziam questão de vender roupas. Já viu o visual deles?