29 de abril de 2010

Uma Vida em Copas: México – 1986

(Texto anterior: Espanha - 1982)



Em 1986, eu não era uma pessoa muito diferente do que eu havia sido em 1982. Mas eu entendo isso apenas hoje, quando olho em retrospectiva. Pois o Rob Gordon de dez anos de idade certamente acharia o Rob Gordon de seis anos uma criancinha. Mas, hoje, o Rob Gordon de 34 anos sabe que os dois eram duas crianças, que mal entendiam o que acontecia ao seu redor.

Mas, se eu não havia mudado muito, minha vida estava totalmente diferente daquela que eu levava na última Copa do Mundo, especialmente no que diz respeito ao futebol. Ao voltar de Manaus, no final de 1982, voltamos a morar na mesma casa em que eu havia nascido, no bairro de Moema. Morava numa rua pequena – uma vilinha – com vinte casas e diversos moleques da minha idade. E (ao menos na minha rua) o coletivo de meninos era “time”.

Assim, boa parte da minha vida se resumia a futebol. Ou melhor, a futebol de rua, que tem regras um pouco diferentes das elaboradas pela Fifa, como “prensada é da defesa”, “não vale gol fazendo tabela com carro ou portão” e a clássica “vira 5, acaba 10”. E isso tanto nos jogos entre amigos (com goleiro-linha) ou nos clássicos com turmas de outras ruas que, normalmente acabavam em brigas.

Desta forma, eu passava o dia na rua (se eu ficava em casa, ou estava no quintal com a bola no pé, ou no meu quarto, jogando futebol de botão, seguindo os campeonatos enormes que meu pai montava para mim, com turno e returno), correndo atrás da bola, e, modéstia à parte, jogava razoavelmente bem para minha idade. Fazia gol de placa, fazia gol de bico, fazia gol dando chapéu e – minha especialidade – correndo para um lado e chutando a bola para o outro, deslocando o goleiro. Fazia gol de todos os tipos.

Os palcos dos jogos maiores (leia-se, com turmas de outros lugares), aconteciam no estacionamento de um supermercado ao lado de casa, que não existe mais. Hoje, ali, há um prédio com mais ou menos uns dez andares e habitado por pessoas que não fazem idéia das glórias que senti naquele lugar, ao fazer gols que definiram partidas, ao acertar passes de calcanhar ou, claro, ao colocar a bola entre as pernas de alguém, glória maior que um moleque de dez anos pode ter na vida.

E foi graças ao hábito de jogar bola o tempo todo que eu compreendi muito mais a Copa de 86 que a anterior. Enquanto a de 1982 foi uma enorme festa para mim, a de 86 foi meu primeiro campeonato de verdade, entre todas as Copas que vi. Além de entender mais o que estava acontecendo dentro de campo, em termos de passes e lançamentos, chutes e dribles, comecei a prestar atenção em alguns jogadores de nome, como o francês Platini, o argentino Maradona, o dinamarquês Lineker e o espanhol Butragueño.

E, como todo garoto brasileiro de 10 anos, eu depositei todas as minhas esperanças na seleção de Telê Santana. Afinal, no papel, o time era excelente: Careca, Zico, Sócrates comandavam uma equipe que reunia remanescentes do time mágico de 82 com diversos novos talentos do futebol.


Em pé: Sócrates, Elzo, Josimar, Edinho, Branco e Carlos.
Agachados: Toninho Cerezo, Müller, Júnior, Careca e Alemão.
Com 10 anos de idade, eu queria estar nesta foto. Agachado.

Mais uma vez, eu com apenas 10 anos de idade, sabia que não tinha como dar errado. Sabia que a Copa era nossa. E o fato da Copa ser realizada no México – o que remetia diretamente à Copa de 70, especialmente em todas as vinhetas da televisão – não ajudava em nada a frear isso.

Desde 1970, o México era território brasileiro, e os mexicanos adoravam nossa seleção. Ou seja, mais uma vez eu fui contagiado pelo talento de jogadores que eu apenas havia ouvido falar, como Pelé, Rivelino, Jairzinho, Gérson. Mais uma vez, heróis que não eram os meus – mas sim do meu pai – me faziam acreditar que havia chegado o momento de eu ter os meus próprios heróis.

Com um time de astros e com o que eu jogava no estacionamento daquele supermercado, não havia modo de perdermos a Copa.

Assisti a todos os jogos do Brasil junto com meus amigos, na casa de um deles, menos a estréia do Brasil, quando derrotamos a Espanha com um gol de Sócrates e muita ajuda do árbitro – não me recordo onde eu vi este jogo, mas creio que foi na casa um tio.

Mas a partir do embate com a Argélia, que teve vitória do Brasil por 1 x 0, acompanhar os jogos com meus amigos virou uma espécie de ritual. Cerca de meia hora antes do jogo, começávamos a chegar à casa dele e assistíamos ali, no chão da sala.

Foi lá, do chão, entre pernas de adultos, que assisti às cenas mais inusitadas da Copa: os gols do lateral direito Josimar (um deles, do meio de campo, contra a Irlanda do Norte), que figuram entre os mais lindos da história do torneio e são as duas únicas coisas que ele fez na vida, desaparecendo por completo logo depois disso.


No dia seguinte ao jogo de estréia, eu comprei esta Placar.
Eu ainda compraria mais quatro revistas como esta.

E, desta forma, o Brasil foi para a segunda fase, mesmo sem empolgar a imprensa, mas encantando todos os meninos de 10 anos que assistiam aos jogos sentados no chão gelado daquela casa. E, quando o juiz apitava o final de cada partida, já estávamos na rua, com uma bola nos pés e nos separando em times, ou com bombinhas na mão, prontos para explodir o muro da Velha Louca – toda rua que tem uma turma de moleques obrigatoriamente possui uma Velha Louca, e não seria diferente na minha rua.

E foi encantando aquela turma de meninos que o Brasil deu um verdadeiro show contra a Polônia, ganhando de 4 x 0 nas oitavas de final. Estávamos nas quartas – mesma fase que havíamos sido eliminados em 1982 – e pegaríamos a França, um dos times mais fortes do torneio.

A imprensa começou a eleger o jogo como a final antecipada da Copa e a expectativa era grande. Mas eu tinha um problema maior que o medo de Platini.

Poucos dias antes do jogo, meus pais me avisaram que assistiríamos à partida na casa de um parente (acho que um tio-avô meu), pois era aniversário dele. Eu protestei, insistindo que eu deveria assistir na casa do meu amigo, já que isso havia dado sorte em todas as partidas. Mas, quando você tem dez anos de idade, seu poder de vetar algo dentro de casa é nulo.

Fomos.

E foi lá que, em meio a dezenas de pessoas que eu não conhecia, e ao redor de uma televisão colocada sobre uma mesa num gramado, vi o Brasil abrir o placar e a França empatar. Fiquei com medo. O Brasil não havia levado um gol sequer, até então.

Mas foi lá também, naquele quintal, que vi o lateral Branco cair na área e o juiz marcar pênalti, na metade do segundo tempo. Lembro claramente das pessoas ao meu redor – e dos jogadores brasileiros – celebrando como se fosse um gol.

Eu comemorei também, pois tudo estava resolvido. Bastava fazer 2 x 1 e estaríamos na semifinal. Prometi a mim mesmo que eu assistiria aos dois jogos seguintes na casa do meu amigo (ou seja, sem risco de perdermos), de qualquer jeito. Não importa o que meus pais falassem, eu não daria mais sopa para o azar. Bastava apenas converter aquele pênalti. Era tudo o que precisávamos. Os últimos quatro anos da minha vida e os próximos quatro estavam ali, concentrados naquele pênalti.

Acho que fiquei quase cinco minutos estático, sem conseguir falar, após Bats defender o chute de Zico. Acho que o Brasil inteiro teve esta reação. Passei anos amaldiçoando o jogador do Flamengo por isso.

Eu ainda não havia me recuperado totalmente deste baque no final da prorrogação. A partida iria para os pênaltis e, de repente, em surpreendi temendo – de verdade – que o pior poderia acontecer.

Zico bate o pênalti contra a França.
Segundos depois, a Copa de 1986 acabaria para mim.

Três cenas me marcaram muito ao longo da disputa de pênaltis. A que eu mais lembro, claro, é cobrança francesa na qual a bola explodiu na trave, voltou, acertou as costas do goleiro Carlos e entrou. Ali eu vi que estava tudo perdido. Ali eu soube que comigo as coisas sempre seriam mais difíceis e que se você gosta de futebol, a vida pode ser ingrata demais às vezes.

Mas dois outros momentos permanecem na minha memória. Na metade da disputa, alguém, tentando fazer graça, desligou a TV gritando que “amanhã nós vemos nos jornais”. Muita gente riu, outros gritaram fazendo bagunça, e a TV foi religada rapidamente. As pessoas voltaram a assistir.

Menos eu. Eu fiquei alguns segundos em silêncio, olhando com ódio aquela pessoa e provavelmente o jurando de morte. Como alguém podia brincar desta forma com o que eu estava passando? Como alguém podia tratar o meu sofrimento e minha angústia desta maneira? Será que ninguém percebia que eu estava prestes a passar novamente por toda aquela dor que havia sentido quatro anos antes?

O outro momento foi antes da cobrança de Platini, quando ele beijou a bola antes de arrumá-la para chutar. Imediatamente após este gesto do craque francês, meu pai se abaixou atrás de mim e sussurrou:

– Ele vai chutar esta bola na torcida.

Ele não falou com voz de torcedor, mas sim como quem atesta um fato, como se já soubesse o que iria acontecer, como se tivesse vindo do futuro com o resultado escondido no bolso. E eu, desesperado, me agarrei a isso com unhas e dentes.

Dito e feito. Bola para a torcida. A partir daquele dia, eu nunca mais duvidei das previsões do meu pai sobre futebol, coisas que ele repetiria muitas vezes ainda, com uma margem de acerto impressionante.

Mas o erro de Platini não foi a salvação brasileira, foi apenas um suspiro aliviado que adiou o pior por alguns instantes. Foi a melhora antes da morte.

A cobrança de Júlio César explodiu na trave, e a França converteu mais um.

Estávamos fora da Copa. Eu olhei para o meu pai desesperado, procurando alguma ajuda, algum consolo, algum resquício de que ainda tinha jeito. Não tinha. Ele resmungou um palavrão, e mais nada.

Não era justo. Eu não havia feito nada de errado, eu não precisava passar por tudo aquilo de novo. Porque eram sempre os outros meninos de dez anos que podiam comemorar as Copas do Mundo e não eu? Porque eu era obrigado a viver de glórias que foram conquistadas antes mesmo de eu nascer?

Talvez tenha sido neste dia que eu me tornei pessimista, adivinhando que “vai ser sempre assim”.

Eu estava errado, e hoje sei que nem sempre você perde. Você perde mais que ganha, mas nem sempre perde. Contudo, isso é difícil demais de entender quando você está no meio de uma derrota, e impossível de se compreender quando você tem dez anos de idade.

Passei o resto do dia amaldiçoando meus pais em silêncio, culpando-os pela derrota. Com a sabedoria arrogante dos 10 anos de idade, eu tinha a certeza de que se tivesse assistido ao jogo na casa dos meus amigos, tudo teria sido diferente. Eles eram tão responsáveis pela desclassificação do Brasil quanto os jogadores da França.

Meu ódio diminuiu apenas à noite. Voltamos para casa e eu fui direto para a rua, compartilhar minha dor com meus amigos. Era tudo o que eu precisava. Porque os adultos já conversavam sobre outros jogos, arriscando palpites sobre quem levaria a Copa para casa. Tudo o que eu precisava era encontrar pessoas que estivessem passando pela mesma dor que eu, que entendessem o que eu estava sentindo. E queria ficar apenas em silêncio com eles, sem jogar bola. Naquela noite, eu não queria driblar ninguém, não queria marcar gol nenhum.

E, aparentemente, meu pai, que, além de ter sido moleque um dia, carrega o fardo da Copa de 50 nas costas, entendia o que eu precisava melhor que ninguém. Naquele 21 de junho, ao invés da minha mãe me chamar para entrar e dormir por volta das 10 da noite, ela o fez quase meia-noite. E, entrando em casa, perguntei o motivo disso, e ela respondeu:

– Seu pai deixou você ficar na rua até mais tarde hoje.

Eu entrei e fui dormir. No dia seguinte, Maradona marcaria um dos gols mais bonitos da história das Copas (e outro, que entraria na lista dos mais roubados) contra a Inglaterra, e, conseqüentemente, levaria a Argentina ao título, literalmente ganhando a Copa sozinho, a exemplo do que Garrincha havia feito em 1962.


Era deles.
E, desta vez, eu tinha idade para entender isso.

Mas confesso que não me recordo disso. Certamente eu assisti aos jogos, mas não me recordo. A Copa havia acabado para mim dias antes.

Mas, quando os jogadores argentinos ergueram a taça após derrotar a Alemanha por 3 x 2, eu já sabia que seria campeão do mundo inúmeras vezes pelos próximos quatro anos, mas somente no estacionamento do supermercado ao lado de casa. Eu passaria pelo menos mais quatro anos levantando taças imaginárias.

E, pior, eu tinha apenas que me conformar com o fato de que meus gols não valiam nada, absolutamente nada, fora daquele estacionamento.

(Próximo Texto: Itália – 1990)

14 comentários:

Gabi Bianco disse...

ô, garoto.

Acho bonito demais esse amor pelo futebol.

O que aconteceu em 90, hein? :)

Bia Nascimento disse...

vc se acha pessimista?
Eu nasci bem no meio dessa Copa que a Argentina ganhou! puta que pariu! Tenho certeza que sou zicada nessa vida por isso! rsrsrsrsrs
Agora falando sério... Assim como a Gabi, acho lindo demais essa amor pelo futebol. Eu lembro apenas de alguns fatos em cada Copa que vivi mas não lembro de tantos detalhes, lances e jogadores como você.
Agora Copa do Mundo com penaltis no final... Caraca, tá no meu Top 10 de emoções preferidas e odiadas nessa vida.
Não vejo a hora de você postar o nosso grande triunfo de 94!!

Varotto disse...

Cara, eu realmente invejo essa sua relação com o jogo. Quase me faz passar a gostar de verdade de futebol.

Eu sou famoso pela minha memória de fatos de que ninguém mais se lembra, mas isso só acontece com coisas de que eu gosto muito (90% das vezes é com música, e o restante com filmes, séries, desenhos animados, etc.). Mas em relação às Copas do Mundo, eu acabo lembrando mais quando associo a outros acontecimentos. Como na de 94, em que eu tinha 22 anos, e assisti à final na festa de aniversário de um amigo de escola.

Mas siga com o bom trabalho, e, dependendo do seu ritmo de escrita, vai dar para fazer o resumo da Copa deste ano em tempo real...

@pettersonfarias disse...

[Mesmo lendo há um tempinho, este é meu primeiro comentário no blog. :)]

Vai demorar muito pra chegar em 1994?
Tenho pouquíssimas lembranças de Copas do Mundo, mas sei que minhas primeiras memórias são da campanha do tetra. Inesquecível.

Ps: Quando fores escrever não vais esquecer de falar do Galvão gritando: Acaboooou! É tetra! É tetra!
Acho que ele, assim como tu, tava com esse grito preso na garganta há anos.

Abraço.

Pedro Lucas Rocha Cabral de Vasconcellos disse...

Fez muito mal em culpar o Zico Sr. Rob... A culpa de termos perdido a copa de 86 é claramente, e repito: CLARAMENTE, sua!! Se o Sr. estivesse no chão da casa dos seus amigos, com certeza qualquer outro jogador brasileiro teria cobrado e acertado o penalty. Só te absolvo por antecedência da Copa de 90, pois esta copa foi no ano em que eu nasci, ou seja, a culpa é minha...

Mari Hauer disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Varotto disse...

Acho que eu tinha essa Placar também...

Tyler Bazz disse...

Eu já tinha lido esse texto antes, e ainda assim me arrepiei uma meia dúzia de vezes enquanto lia agora.

Dani Cavalheiro disse...

Ótimo texto. Me emocionei só de imaginar como seria pra mim ter visto o pênalti do Zico (por isso que eu odeio flamenguistas...) nos meus dez aninhos.

Besos

Fábio Megale disse...

Eu nasci minutos antes da partida contra a Polônia e "assisti" a partida do quarto, com meus pais, tios, avós...

Ou seja, a culpa de 86 não foi minha: nasci pé quente.

O que nos leva a concluir que a culpa, talvez, tenha sido de fato daquele chão frio. Ou do Zico.

Natalia Máximo disse...

Lendo esses textos sobre a Copa, dá vontade de assistir algum jogo com seu pai, porque ele deve entender muito do negócio.

E a próxima Copa é do ano do meu nascimento, e que eu vi a Alemanha ganhar lá dentro da barriga da minha mãe...

Kel Sodre disse...

Sabe o que eu acho mais legal? É que você tem umas frases ótimas. "E (ao menos na minha rua) o coletivo de meninos era 'time'" é sensacional! Me fez construir exatamente a imagem dos moleques da sua rua, jogando "ranca", dividindo os 54 meninos em times: 27 pra um lado e 27 pro outro!

Agora, sabe o que eu acho impressionante? Saber que o Branco e o Junior jogaram juntos. Porque, do Branco, eu lembro na copa de 94 (ou foi 90? Perdoe, não sei...)como jogador. Mas do Junior, eu sempre lembro como ex jogador e comentarista da Globo. Também é embasbacante saber que o Müller jogou em 86, porque também me lembro dele como jogador.

Na copa de 86 eu tinha um ano e meio. Tem fotos lá em casa de mim, com poucos dentes na boca, cabelo sarará, fralda e camiseta amarela e verde, usando uns óculos do McDonalds - provavelmente brinde dos Mc Lanche Feliz que meu pai comeu só pra me dar o brinquedo - e um sombrero enorme. Só agora descobri o porquê do sombrero!

Alexandre Greghi disse...

Me juntei a vc no luto, e em várias situações, inclusive nas bombinhas e jogos na rua pós jogo da seleção (mesmo morando no centro de São Paulo).
Mas a parte mais engraçada foi o "Com 10 anos de idade, eu queria estar nesta foto. Agachado."
Caraco... com 34 vc em pé ficaria na altura do Müller agachado (jogador que não se destacava pelos seus gols de cabeça, diga-se de passagem). Imagine você com 10 anos, agachado, ficaria na altura da bola nas mãos do Junior.

Lígia disse...

Acho que pelo mesmo motivo, talvez, eu seja otimista demais. A primeira copa que eu assisti foi a de 1994 - na de 1986 eu tinha dois anos, e a de 1990 eu me lembro só vagamente.

Mesmo tendo ido para os pênaltis contra a Itália, eu sabia que a seleção ia levar. Afinal, eu estava ali, torcendo com todo o meu coração - como isso haveria de não dar certo?

Levamos, viramos tetra, e pra mim não existia jejum de 24 anos, pra mim, era como se a primeira copa da história tivesse sido ganha pelo Brasil.

Eu não ligo pra futebol. Mas copa não tem como não assitir, né?

Bjinhos