18 de novembro de 2009

O Filho do Demônio

Meu pai sempre quis uma neta. Sempre. Na verdade, ele fala tanto no assunto que, às vezes, desconfio que ele teve dois filhos somente para conseguir uma neta, já que a biologia proíbe que as pessoas pulem uma geração.

Desde que sou adolescente, ouço ele fazer esse pedido a mim e ao meu irmão. Às vezes, ele chegava até mesmo a descrever a menina, dando detalhes sobre cabelo, roupas e sapatinhos, como se a garota estivesse ao lado dele. Sério, a coisa beirava a esquizofrenia.

Já minha mãe... Bem, acredito que ela sempre quis netos, mas nunca tocou no assunto, pois sabe que isso implicaria no fato de pelo menos um dos filhos praticar sexo, o que cimentaria o fato de que eu e meu irmão somos adultos hoje (ao menos, cronologicamente falando), algo que ela, até hoje, reluta em acreditar.

Enfim, isso está próximo de acontecer. Não comigo, já que na equação filho-livro-árvore eu ainda estou no primeiro estágio, mas com meu irmão. Esta semana, fui surpreendido com a notícia de que minha cunhada está grávida, e que meu irmão, aquela pessoa que brincava de Falcon comigo na sala, vai deixar de ser filho e se tornar pai.

E eu, oficialmente, me torno tio.

Tio.

A palavra soa estranha. Sei que já passei dos 30, mas, toda vez que uma criança me chama de tio na rua, acho estranho. Sério, eu me sinto ainda como se tivesse uns 14 anos. Na verdade, toda a minha família parou no tempo, dentro da minha mente. Meus pais têm uns 40, meu irmão está chegando nos 20 e eu fiquei ali nos 14.

O tempo passou. Hora de cair na real. Ou, melhor ainda, hora de cair na real, tio.

Agora, eu vou ser sincero. Esse negócio de tio é muito legal, especialmente na parte de corromper o moleque. Sim, corromper, porque eu e meu irmão sempre tivemos um acordo: a respeito de nossos filhos, eu cuido da parte que me cabe (futebol, shows de rock) e meu irmão fica encarregado daquilo que ele entende (aulas particulares de qualquer matéria de exatas). O resto, as mães que se virem.

Mas isso me fez pensar. Sério, em que mundo nós vivemos? Como assim uma pessoa do nível do meu irmão pode ter um filho? Quem for leitor do blog e amigo meu sabe do que estou falando: meu irmão é o tipo de sujeito que deveria ter uma licença especial do Ibama para se reproduzir. Em muitos aspectos, ele é um Rob Gordon piorado (sim, isso é possível) e é, de longe, uma das pessoas mais bizarras que eu conheço.

O meu irmão reúne algumas características que Deus deve ter colocado na mesma pessoa apenas como caráter experimental, para “ver no que dava”.

Ele tem força sobre-humana e tem a frieza de um computador. Ele nunca chorou e sorriu apenas duas vezes na vida, mas estava distraído. Quando percebeu que estava sorrindo, parou e socou as pessoas que haviam percebido o que ele havia feito. Além disso, ele tem o mesmo gosto por sangue que um serial killer teria. Para se ter uma idéia, classifica futebol como “coisa de viado” e prefere esportes com... um pouco mais de contato, como futebol americano e vale-tudo.

E, antes que vocês comecem a achar que ele é um energúmeno que mal sabe escrever o próprio nome, aviso aqui que ele é físico, e a tese dele foi sobre estatística dos fótons, ou algo assim. Ou seja, o sujeito beira a genialidade.

E minha adolescência foi um verdadeiro horror, por causa da existência dele.

Além de ele ter cinco anos a mais que eu, passou metade da vida fazendo halteres. Sim, você leu certo, não escrevi musculação, escrevi halteres. Então, um dos hobbies dele era arremessar carros no outro lado da rua. Se o pintassem de verde, ele seria quase uma action figure do Hulk. (update: action figure mesmo, porque ele tem poucos (poucos mesmo) centímetros a mais que eu).

E, durante minha adolescência, toda vez que ele colocava o pé em casa e me via na sala, assistindo TV, ele não me cumprimentava com um “oi”. Ele apenas falava:

– Hora da porrada diária.

Assim mesmo, com essa displicência toda. Não tinha uma exclamação, nada disso. Era ponto final. Ele não estava bravo, apenas atestando um fato. Eu, claro, começava a me borrar e tentava escapar de alguma maneira.

– Olhe, eu apenas moro aqui...

Segundos depois, eu estava deitado no chão, gemendo, e ele na cozinha, tomando Coca.

É verdade, brigávamos o dia inteiro. Mas, como éramos apenas nós dois, as tarefas eram muito bem definidas. Eu provocava e ele socava. Cada um fazia sua parte com perfeição. Sim, eu fui um irmão caçula de merda.

E até hoje eu me pergunto o que ganhava provocando o sujeito, já que, quando ele ficava nervoso (ou melhor, quando ele fica nervoso, já que isso ainda não mudou) a coisa pega. Manjam aquelas histórias do Wolverine, quando ele perde o controle e sai fatiando as pessoas? É pior. Numa briga de bar, o Wolverine ficaria mais tranqüilo se o meu irmão estivesse no mesmo time que ele.

Querem uma prova de que não estou exagerando? Quando eu tinha uns 16 anos, tinha me estranhado com um moleque do bairro, que jurou me pegar. Eu consegui evitá-lo por alguns dias (e fiz bem, já que o moleque dava dois de mim), mas, um dia, estava voltando de um lugar qualquer com meu irmão e meu pai. Assim que colocamos os pés na rua, vi que tinha uma turminha de conhecidos perto da minha casa.

E o moleque no meio.

Resignado, aceitei meu destino, mas enfrentei como homem.

Disse a meu pai que não iria para casa naquela hora, e fui falar com o pessoal, pronto para apanhar mais que bife de pensão. Meu pai e meu irmão continuaram andando, e o moleque já veio para cima de mim. Se aproximou e começou a me encarar de perto. A surra inevitável, e uma questão de segundos.

Mas meu irmão viu tudo isso.

Antes que entendesse o que estava acontecendo, meu irmão estava na frente do moleque. A diferença de altura entre os dois era nível Rocky Balboa X Ivan Drago. Meu irmão batia no peito do moleque. Independente disso, ele olhou o sujeito nos olhos e disse:

– Se você encostar a mão no meu irmão, eu vou matar você.

Novamente, sem exclamação, sem grito, sem nada. Só o ponto final. Chupa, moleque que queria me socar. Entretanto, o sujeito ignorou o perigo que corria e deu uma risadinha de lado.

– Como assim?

– É exatamente o que você ouviu. Se você encostar a mão no meu irmão, eu vou matar você. Eu não vou bater em você, nós não vamos brigar. Você vai morrer. Não é difícil de compreender isso, até mesmo para você. Eu vou matar você.

Tudo (tudo!) com pontos finais. Ele falava com a naturalidade de alguém que pedia bebidas a um garçom. Obviamente, o moleque ficou branco, e começou a dizer que não era bem assim, que ele só queria conversar.

Fiquei sabendo depois que meu pai, que observava tudo de longe, morreu de orgulho com isso. Ao menos, por cinco segundos. Quando meu irmão se reaproximou dele, meu pai disse:

– Muito legal isso, você defender seu irmão.

– Ninguém tem o direito de bater no meu irmão a não ser eu. O Rob é meu.

Provavelmente, meu pai discordou disso, mas não teve coragem de argumentar. Ninguém tem coragem de discordar do meu irmão em alguns momentos. Aliás, na maioria dos momentos. Na verdade, em quase nenhum momento.

Agora, vamos voltar ao assunto do post. Meu irmão vai ser pai. Vocês conseguem imaginar o que essa criança vai enfrentar na vida?

Imaginem o (a) filho (a) dele, daqui a uns 15 anos, tentando explicar, durante o jantar, como ele tirou apenas dois na prova de matemática.

– É que eu não consigo entender equação do segundo grau.

– Dois não é nota que se apresente. Isso é uma nota que o imbecil do seu tio tiraria.

– Mas a classe inteira foi mal.

– Mas eu não vou matar a classe inteira. Apenas você. Tem mais suco?

– Mas, pai...

– Esta discussão não tem mais propósito. Continuaremos este assunto quando você receber a próxima nota. E o tom da conversa será definido pela nota.

– Mas, pai...

– Chega.

Pobre criança. Aliás, tenho mais pena ainda da minha cunhada, uma das pessoas mais doces do mundo, que terá que separar as brigas entre meu irmão e o herdeiro, ou herdeira.

Mas, falando sério, espero que a criança sobreviva ao meu irmão. Afinal, é bom demais saber que a linhagem Gordon não irá parar na minha geração. E, cá entre nós, vai ser delicioso viciar o filho, ou filha, do meu irmão, que adora Bossa Nova, em heavy metal. Já estou pensando em coletâneas para apresentá-lo aos clássicos do gênero.

Esta será minha nova missão de vida.

E a cada vez que meu irmão reclamar para mim sobre o “volume que o moleque ouve aquelas merdas que você mostrou”, eu vou dar um CD novo ao meu sobrinho (ou sobrinha) como recompensa.

Por outro lado, sei que meu irmão não se importará se eu moldar a cabeça do infante com alguns outros gostos. Na verdade, ele vai adorar. Segue, assim, o Top 5 Coisas que Meus Filhos e Os Filhos do Meu Irmão Vão (Obrigatoriamente) Adorar:

1. Carne
2. Filmes de Zumbi
3. Jornada nas Estrelas
4. RPG de computador
5. Carne (sim, de novo)

E aí, convenhamos, o problema será todo da minha cunhada. E quanto ao meu sobrinho ou sobrinha, um pedido: daqui a algumas décadas, venha comentar comigo sobre esse post. E não repare se eu chorar quando você fizer isso.

Sim, as pessoas são diferentes do seu pai, elas choram às vezes.

Update: Depois que escrevi este texto, fiquei pensando em algumas brigas com meu irmão. Em especial, uma delas, que, acredito, foi a vez que mais apanhei na vida. E foi merecido. No próximo post, eu conto essa história.

38 comentários:

Anônimo disse...

Juro. Juro. Juro mesmo que quando escrevi o comentário no post anterior, não tinha lido esse post. juro, Juro... mas casou bem, heim?

abraços,

K.

May. disse...

E eu que quero um sobrinho/a e minha irmã não colabora?
Irmãos mais velhos são assim, gostam de mostrar que MANDAM. Fazem quando querem e nem ligam de pedir opinião antes.
Mas ó, você vai ser um tio do caralho. Só temo pela sua vida, no caso dos cds por exemplo.

Anônimo disse...

"Ninguém tem o direito de bater no meu irmão a não ser eu. O Rob é meu."

ESSA foi a melhor parte. Seu irmão é dos meus.

disse...

Adorei o texto. E ter sobrinho é bom demais ;-)

ro disse...

R.
o meu sobrinho(a) também esta em fase de amadurecimento algo perto de 3 meses, pela primeira vez alguem vai me chamar de tio sem que eu responda "vem cá sou irmao do seu pai ou da sua mãe? Então não sou seu tio!"

Babu

Anônimo disse...

Babu:

Traumático, né?

The New Me disse...

Olá, Rob!
Bem esse é meu primeiro comentário aqui no seu blog e fico feliz de ter encontrado textos tão bem escritos e bem humorados.
Estou há uns 5 dias lendo seu blog, não vc não leu errado, posso afirmar honestamente q li uns 90% do seu blog. Parece meio estranho dito assim. Ah eu ri em 100% de todos os seus textos q eu li.

E agora quero comentar esse post. Eu sou a caçula da família. Tenho 2 irmãos, um é 6 anos mais velho q eu,o outro é nove. E sim nós 3 caíamos na porrada. E eu não esva nem aí de ser a menor, pq uma vassoura na mão já me dava uma vantagem.
Mas o mais legal de tudo isso é q se outra pessoa brigasse com um de nós a guerra esva declarada. Não importava se a outra pessoa era a minha mãe brigando comigo, é óbvio q meus irmãos não batiam nela ( afinal, eles queriam continuar vivos) mas começava o discurso:
- Pô, mãe, vai bater na menina. A garota não fez nada. Qnd ela precisa mesmo apanhar a senhora não bate nela.

Está bem, tenho q admitir q não era um discurso digno de Nobel da Paz, mas eles estavam lá, ao meu lado. E isso era o mais importante.


Enfim, adorei o texto. Adorei todo o seu blog.

PS: Já peço desculpas pelos erros de de Língua Portuguesa no meu comentário, estudei esse troço por uns 11 anos na vida, mas parece q ainda não sei usar essa coisa direito.

Varotto disse...

Aí meu tio, fazia apesar de achar que você está numa fase muito inspirada (mesmo tendo em vista a qualidade de sempre dos seus textos), fazia tempo que eu não ria tanto de um texto seu quanto nas descrições do seu irmão.

Se bem que aquela do neurônio que fala da IVO e sai correndo de volta para o cérebro, foi páreo duro (Marcha para Vitória).

Depois que eles fizerem os exames e souberem o sexo, conte aqui para sabermos logo se você vai ser tio ou tia (piada velha mode: on).

Ah! E só para não perder o costume:

"E não repare se SEU chorar"

(penúltimo parágrafo)

P.S.: você viu a história da nota de 1000 lá no blog? Coisa de louco, né?

Isabella disse...

Que medo do seu irmão!

Ficou pra titio, Rob!

Ana disse...

Eu ficaria pra titia, mas não tenho irmãos. to com inveja de você.

Anônimo disse...

Por partes.

K:
Acredito. Acredito mesmo.


May:
Obrigado pelo "tio do caralho".


Maria Isabel:
Seja muito bem vinda ao blog!

Varotto:

Valeu o toque. Não adianta, sempre escapa um errinho de digitação, sempre! E, cara, o seu post do Barão é fantástico. Ainda vou comentar direito e ver o vídeo. Mas, cara, como diabos você achou aquilo? Lupa?

Isabella:

Fazia tempo que não te via aqui, seja bem-vinda de volta. E, sim, as expressões "irmão do Rob" e "medo" são bastante usadas lado a lado.

Matheus:
Ele não é inteligente e musculoso. Ele é inteligente e tem força sobre-humana.

Climão Tahiti disse...

"– Ninguém tem o direito de bater no meu irmão a não ser eu. O Rob é meu."

Já disse essa frase também, na época em que defendia meu irmão de porrada.

A última vez que disse isso tinha surrado um deficiente mental - sério - porque ele implicara com meu irmão.

Enquanto escutava o discurso da minha mãe e da mãe dele, soltei a seguinte:
- Não é porque tem problemas que tem direito de bater nos outros, você que coloque ele longe de confusão.

Não tinha contra-argumento. Venci a porrada e a discussão. =)

Anônimo disse...

Senhoras e senhores, com vocês:

Dragus, a pessoa que "surra deficientes".

Sério, vou contratar você para ir até o Pão de Açúcar comigo.

hahaahaha

Alexandre Greghi disse...

Babu, Robs.... vocês não tem idéia do que seja traumático nesse assunto até ouvirem as palavras "estou gravida!"

Kel Sodré disse...

Parabéeeeeeens, Tio Rob! Depois que o trauma passar, já estou vendo você comprando CDs de AC/DC para crianças e procurando toda a coleção do Asterix para que seu sobrinho/sua sobrinha já comece a vida com seu próprio acervo! Acho realmente que você vai ser um tio do caralho! Keep us informed!

Agora, você instruiu seu irmão a não ler esse post pra não te gerar problemas? Cadê o comentário dele??

Renata Gonçalves disse...

Parabéns Titio!! Vc pode começar comprando roupinhas pro seu sobrinho nessa loja http://www.babyrock.com.br/ Ja to preparando o guarda roupa do meu filhote :-)

Bel Lucyk disse...

Rob, seu irmão deve ser uma figura!
E seu sobrinho... esse deve sofrer. Ou não. Dizem que uma criança consegue amolecer qualquer um.De qualquer forma, vou adorar ler as notícias sobre ele por aqui! beijos e parabéns, ser tio/tia é bom demais! =)

Anônimo disse...

Rob sendo sincero cara seu blog cada vez melhor sem demagogia tá !

Eu tenho dois sobrinhos e sei o que a minha irmã passa,
Imagina seu sobrinho que sua irma quer que vire jogador de futebol vira para ela e fala mae vou fazer casacos para os meus ursinhos e meus power ranger......... tenso né !

Climão Tahiti disse...

Rob,

Eu fiz terapia até os 11 anos porque era uma criança violenta.

Por causa dele descobri meu Qi e que meu problema era que a burrice alheia me irritava e eu me aproveitava de ser mais esperto que os outros para tirar proveito.

Hoje em dia ainda sou, mas aprendi a direcionar minha violência em palavras... Pelo menos por enquanto.

Matheus Carvalho disse...

Rob, eu entendo seu irmão perfeitamente, eu e meu irmão, as vezes, saímos na pancadaria... quer dizer.. nao é pancadaria, é espancamento: eu espanco ele. Já cheguei ao ponto de usar golpes de jiu jitsu contra ele, um dia que eu fiquei muito puto quando ele gritou com minha mãe, mas, agora, eu tenho dó do cara que ousar encostar o dedo no moleque, sério... e eu assumo, não é pq só eu que dou porrada nele... é pq eu amo aquele pedaço de merda...
aaaa... isso sem falar na minha irmãzinha 12 anos mais nova que eu... por ela eu mataria, depois suicidaria só pra poder matar o cara de novo lá no além...
a propósito, meus parabéns pela notícia, eu sou tio (familia gigante mode: on) e ver o molequinho te chamar de tio é uma sensação inexplicável... eu só ainda nao levei o moleque pra jogar bola comigo e torcer pro Cruzeiro, mas isso é só questão de tempo... hahahahahaha

felicidades ao seu irmão que nao sente nada e a sua cunhada que ta perdida... e a vc, que vai ter que cuidar do moleque quando os dois quiserem dar uma saida... (vc não vai discordar do seu irmão, vai?)

Natalia Máximo disse...

Meu Deus, que saudades dos tempos de brigas com meu irmão... Acho que vou escrever um texto sobre isso no meu blog, aquele meio morto...

Varotto disse...

Ah! E se for menina, você vai poder, finalmente, botar em prática esse seu plano aqui:

http://champ-vinyl.blogspot.com/2008/01/little-lucy-in-skies-with-diamonds.html

Varotto disse...

Para falar a verdade, se for menino, também...

Pulo no Escuro disse...

Mano... seu irmão me surpeende a cada post.
E quanto ao/a seu/sua sobrinho/a... acho muito justo ele ir de acordo com o gosto do tio, simplesmente porque eu adooooro discordar dos pais.

Lua Durand disse...

"Ele nunca chorou e sorriu apenas duas vezes na vida..."

espera só até a criança nascer... :D

e tenho certeza que você vai ser O TIO.

=D

Beatriz disse...

Juro que quando li o título achei que o besta fera fosse ser pai ): Seria lindo.
E.. Juro que imaginei seu irmão, na hora em que ele encarnou o super-man defensor dos irmãos mais novos, com um sotaque americano do guetto. Medo dele.

The New Me disse...

Tenho q admitir q como Beatriz achei q o mundo teria q se preparar para vários Besta-ferinhas!!!
Seria lindo demais!

Claudia disse...

Rob,

Tomara que venha uma menina. Qdo ela tiver uns 4 anos, eu tenho certeza que vc vai escrever sobre como é surpreendente o poder das menininhas sobre seus pais durões :)
Parabéns!

Anônimo disse...

Tem duas memoráveis.... aquela do compasso e tambem aquela outra quando vc acertou a cara dele brincando de boxe na sala....

ticoético disse...

Poura,fiquei estático com o jeito do teu irmão,parece ser mais foda q o CHUCKY NORRIS,hehehe -ê piada sem graça- enfim,belo texto !
abraço !

Layla Barlavento disse...

Aê tio, você ainda corre o risco de apanhar do seu irmão sabia? Então ou vai "dicunforça" no heavy metal e sofre as consequências, ou... péra! Nesse caso não tem "ou" certo? Uma pergunta: Teu plano de saúde está em dia?
Parabéns tiozão!

Nelson disse...

Quando eu tinha 19 anos, minha irmã me avisou que eu seria tio. Hoje, 5 anos depois, já tenho 4 sobrinhos. Além do fato de eu ainda não ter entendido que eu já fiz 18 anos um dia, o Natal é uma época economicamente depressiva para mim, rs.
Saber que vai ser tio é realmente estranho, mas depois que você vê aquela miniatura de gente na sua frente vê que não é nenhum bicho de sete cabeças. É só uma criança (que você vai achar a mais linda do mundo) que fala "tio, vamos jogar videogame?" e lá vai você, o companheiro de eletrônicos daquela pessoinha. Apesar de as vezes dar nos nervos a teimosia infantil, é MUITO legal ser tio. Não troco por nada, e foi uma das melhores coisas que me aconteceram.

Felicidades Rob. E você realmente vai adorar ser tio, mesmo com o seu irmão te ameaçando com os cds que você vai dar pro seu sobrinho(a).

E sério, eu não consigo imaginar um cara que nem o seu irmão ouvindo bossa-nova, hahaha.

abraço!

Camila disse...

Rs, ser tio ( no me caso tia) é uma sensação mágica, de verdade.
Eu desde criança fui cercada por música e cultura ( meu pai é guitarrista, minha mãe meio hippie, meu irmão mas velho baixista e assim por diante), mas a pessoa que mais me influenciou musicalmente foi meu tio.
Desde sempre me lembro da gente ouvindo Metallica, Iron Maiden, AC/DC, Led...fora as baladas, as conversas, os porres...
Espero que seu sobrinho(a) tenha a mesma sorte que eu, de ter um tio tão bacana.
PS: Seu irmão ouve mesmo bossa nova???

vivis disse...

Irmãos mais velhos adoram fazer essas coisas. Me comunicaram que eu serei tia faz umas semanas e eu ainda estou em choque.

Cada vez que a filha (sim, pq tem que ser uma menina pro meu irmão pagar todos os pecados dele) me chamar de tia, não vou poder responder: eu não tenho irmã na zona.

Mas eu também farei questão de ensinar coisas que meu irmão e minha cunhada provavelmente vão odiar...

Parabéns, Tio!

paamps disse...

"um dos hobbies dele era arremessar carros no outro lado da rua"

"Ele falava com a naturalidade de alguém que pedia bebidas a um garçom."

sabe aquele negocio que vc disse num post anterior sobre rir de coisas (ou frases) aparentemente bobas que vc escreve?
nessas duas frases que destaquei acima, ri MUITO ALTO.:D

Leandro disse...

cara, eu também tenho essa sensação de ainda ter uns 14 ou 15 anos... seria isso a crise dos 30?

Abraços

Jack disse...

Seus filhos serão vegetarianos, vão ser do tipo de fã de Star Wars que bate em Trekkers e não vão gostar de computadores. Nem vão ler seu blog. E serão vegetarianos (de novo).
HAHAHA, não é uma praga, mas seria muito engraçado.
Acompanho seu blog há algum tempo e só hoje comentei (my bad). Parabéns, você fez com que eu acordasse minha mãe de tanto rir.

Anônimo disse...

Interessante, eu nunca bati em meu irmão e por diversas vezes o livre de uma surra, embora merecida, de meu pai. Paz e bem.
Se santifiquem, esta perto o julgamento final (Mt 24,43-44_