15 de junho de 2008

Rob Gordon X Pokémon, Naruto e Cia.

Hoje em dia, só se fala no centenário da imigração japonesa no Brasil. Não importa onde você estiver, qual revista ou jornal você estiver lendo, é apenas uma questão de tempo até dar de cara com imagens de imigrantes orientais do começo do século ao lado de uma foto da Daniela Suzuki ou da Sabrina Sato – esta última vestindo seu tradicional nada.

Deixo, então, os cumprimentos à toda nação nipo-brasileira – algum leitor habitual daqui é japonês? –, mas com ressalvas. Sim, ressalvas. Afinal, os japoneses trouxeram muita coisa boa, como os filmes do Akira Kurosawa, os livros sobre o Musashi e centenas de jogos de videogames. Mas, por outro lado, eles trouxeram os mangás. E, com isso, surgiu um dos grupos sociais mais detestados por este blog: os leitores débil-mentais de mangá.

Antes que você pegue sua coleção de Cavaleiros do Zodíaco e comece a jogar em mim, deixe-me ressaltar uma coisa: não tenho problema nenhum com os leitores de mangás; meus problemas são com os leitores débil-mentais de mangá. Da mesma forma que existem leitores de mangás que são pessoas normais, tenho certeza de que o Homem-Aranha, a Mônica e o Tio Patinhas também devem possuir leitores que apresentam deficiência de fosfato no cérebro.

Além disso, existem, sim, mangás que eu gosto. Inclusive, para não parecer tendencioso, vou explicar o que é um leitor débil-mental usando como exemplo um leitor débil-mental de quadrinhos em geral.

Duas pessoas (um leitor normal e um leitor débil-mental) entram numa banca e vêem que um X-Men novo foi lançado.

Enquanto o leitor normal dá uma rápida folheada, provavelmente decidindo se compra agora ou depois, o leitor débil-mental pega a revista e fica em pé, lendo quadrinho por quadrinho. E ele faz isso no meio da banca (o que atrapalha quem quiser quer andar por ali) ou com o corpo colado na seção de quadrinhos (o que atrapalha quem quiser dar uma olhada das revistas daquela prateleira), babando, inerte e totalmente alheio ao mundo ao seu redor.

Você olha na cara dele e é óbvio que ele está numa espécie de transe. Ainda no exemplo dos X-Men, cada vez que a Vampira aparece, o leitor débil-mental dá uma discreta olhada ao redor para ver se ninguém está olhando e fica admirando os peitos dela no desenho e pensando como ela deve ser na cama. Looser demais. Mas o pior é quando ele está com os amigos, ocasião em que ele se sente na obrigação de, a cada 10 segundos, gritar uma frase (totalmente mal-elaborada, às vezes até mesmo sem um verbo) envolvendo as palavras “bem lôco” e “wolverine”.

Mas os leitores débil-mentais de mangá são os piores. Aliás, perto deles, os outros leitores débil-mentais são inofensivos. E isso se deve a alguns motivos, listados abaixo:

Os leitores débil-mentais de mangás só andam em grupo; e nunca é um grupo com menos de seis pessoas. Aliás, acredito que o número de integrantes de cada grupo varia de acordo com o universo preferido. Ou seja, se a turminha gosta de Cavaleiros do Zodíaco, eles andam em 12; se gostam de Battle Royale, andam em 45; e se gostam de Pokémon, andam em mais ou menos 650.

Agora, o pior é que eles incorporam os personagens. Primeiro, estão sempre fantasiados. Não é difícil você estar num shopping e dar de cara com uma manada de adolescentes usando capas, cartolas cheias de lantejoulas e botas azuis de vinil até o joelho – em grupos grandes, é normal até você avistar um deles portando um enorme machado feito de cartolina. E eles se chamam usando nomes dos personagens. Uma vez eu estava no McDonald’s e um grupo de guerreiros medievais de alguma dimensão paralela estava na fila ao lado. Um deles queria comprar uma casquinha, mas não tinha troco, então ele gritou ao amigo:

– Hiroshito-san, você tem 2 reais trocado? Depois eu pago!

Olhei para trás esperando ver um japonesinho e dei de cara com um loiro de olhos azuis mexendo na carteira. Ou seja, totalmente Hiroshito. Mais Hiroshito impossível. O nome dele deveria ser, provavelmente, Hans Hiroshito, Fritz Hiroshito, algo assim. E, quando o nipo-germânico emprestou o dinheiro, o amigo respondeu com uma piadinha do tipo:

– Depois eu uso minha magia azul para conjurar umas moedas da sorte!

E todos riram. Gargalharam. Se eu tivesse um virgem-detector na mão, ele teria sofrido uma sobrecarga e explodido.

Mas nada, nada, me incomoda mais que o comportamento deles dentro de uma banca ou de uma livraria. Toda vez que eu entro na Fnac para ver quadrinhos, eles estão ali. E aí o problema não são as capas, os machados e as botas. Nem os gritos. O problema é tudo.

Claro, começando pelo comportamento deles. Porque eles romperam as barreiras já conhecidas da inconveniência. Enquanto os leitores débil-mentais de qualquer coisa simplesmente encostam na prateleira de quadrinhos, tapando toda a visão – algo que eu resolvo com facilidade colocando o nariz atrás da orelha dele e fungando o mais alto que eu consigo – os leitores débil-mentais de mangás sentam no chão da livraria.

Veja bem, existe uma regra social não formalizada que implica no fato de que você só pode se sentar no chão de uma livraria se for criança. É quase um sistema de compensação: “como você não sabe ler, você está em desvantagem a respeito das outras pessoas que estão aqui dentro, então você pode se sentar no chão; mas, a partir do momento em que você aprende o alfabeto, você entende o que é uma livraria e aprende que só pode se sentar no sofá”.

Os leitores débil-mentais de mangás não sabem isso. Eles se sentam no chão, normalmente numa curva e ficam lendo aquelas merdas. Ou seja, toda vez que você anda pela livraria, você corre o risco de pisar em um deles a qualquer momento – o que não seria má idéia, a não ser pelo fato de que a turma dele pode estar perto e começar a lançar raios em você. A única coisa que sobra é você tratar o sujeito como se ele fosse uma bosta de cachorro: você olha com desprezo e desvia o caminho, torcendo para o segurança da livraria limpar aquilo logo.

Sexta-feira foi pior. Entrei na Fnac e fui ver os quadrinhos. Quem já entrou na Fnac de Pinheiros sabe que as edições especiais ficam na parte de baixo da seção de quadrinhos, numa espécie de degrau. Eu virei o corredor e dei de cara com um débil-mental lendo Naruto e, claro, sentado. Mas não no chão, e sim em cima das edições especiais. Os amigos dele estavam em outro corredor, vendo revista de mulher pelada e gritando que iriam “usar a magia da estrela no peito dela” ou algo assim.

Eu parei na frente do moleque e funguei. Bem alto. A livraria inteira olhou para mim, menos ele, que continuou babando em cima da porra do Naruto. Respirei fundo. Parei em pé na frente e esperei um pouco, para ver se ele se tocava. Nada.

Chutei (com menos força do que eu gostaria) o pé dele e ele olhou para mim, com aquele olhar tipicamente boçalizado. Eu disse a ele:

– Olhe, eu não tenho nada a ver com a sua vida, mas você está sentado sobre as revistas que eu quero ver.

Tudo que ele conseguiu arquitetar como resposta foi:

– Ahn?

Deus do céu.

– Eu quero ver as revistas que estão sob sua bunda.

– Ah.

E ficou me olhando.

– Não adianta falar “ah”. Tem que falar “ah” e levantar. Aliás, se levantar, não precisaria nem ter falado o “ah”.

– Ah, calma aí.

E começou a levantar. Sim, começou, porque se coordenação motora fosse modalidade olímpica, ele estaria longe de ser convocado. Manja aqueles moleques que crescem 25 centímetros em uma noite e não sabem mais como controlar o corpo? Então você sabe do que estou falando. Depois de uns 20 minutos, ele se levantou – processo com o qual exibiu seu cofrinho para a Fnac inteira – e saiu com suas pernas fora de controle, e segurando o maldito Naruto, para junto dos amigos.

Mais do que depressa, peguei meu Homem de Ferro especial e fui pagar, antes que um martelo de cartolina voasse na minha cabeça. E, na dúvida, agora, eu só vou na Fnac de chuteiras e entro ali parecendo um punk em show dos Ramones, dando chute para tudo o que é lado.

Não dizem que pisar na merda dá sorte? Os débil-mentais que lêem mangás no chão da Fnac que me aguardem.

E, antes que eu chute o primeiro deles, deixo vocês com o Top 5 Mangás Essenciais para qualquer ser humano (normal):

1. Gen

2. Akira

3. Gen

4. Akira

5. Gen

35 comentários:

Silvinha disse...

Ah, um pouquinho de maldade, Rob Gordon... Leio Marvel e mangàs da Clamp, e até acho cosplay engraçadinho (mas longe de mim, fique bem claro).
Mas devo concordar, o pior de tudo isso são realmente os bandos que se formam na Fnac (e na Virgin). Eu deixo para comprar pela internet sò para evitar isso.

Mata ne, Gordon-san! hahaha

Lari Bohnenberger disse...

Ahahahahahahahahah!
Que maravilha visualizar este ser completamente desengonçado, caracterizado e com o adjetivo débil-mental estampado na cara!
Rsss!

Destaque: " Eu quero ver as revistas que estão sob sua bunda"

Bjs!

Tyler Bazz disse...

aJUAuhaUHAuhaUHAauh Muito bom!!!

Compartilho com você desse ódio pelos leitores débil-mentais de mangá! Eles realmente ultrapassam qualquer limite de inconveniência.

Como eu moro no interior de SP, meu contato com a Fnac se resume às vezes que eu estou aí em Sampa. Eu vou sempre na da Paulista, já que é por ali que eu fico. Juro, Rob, não teve UMA vez que eu fui lá que nao tinha um moleque com cara de bobo sentado no chão lendo algo japonês.

Stress. :/

Thiago Neres disse...

Tô com o Silvinha e simpatizo tanto com cosplayers que já fiz uma matéria com alguns.

Mas isso aí que você descreveu na Fnac é pra irritar qualquer um.

E tava me segurando, mas estourei de rir quando li isso aqui no final:

"Mais do que depressa, peguei meu Homem de Ferro especial e fui pagar, antes que um martelo de cartolina voasse na minha cabeça."

Barretão disse...

Nunca permitam que eu e Rob sejamos obrigados a trabalhar na mesma convençao de animê... seria uma hecatombe!

Tem muita gente inteligente ali, mas esses sao inteligentes demais para se exporem e ficam em casa... os retardados são simplesmente abomináveis.

Rob, e agradeça, pois, os que andam na Fnac podiam usar as plaquinhas de convençãoes. Do naipe: quero abraço, beijo 1 real, qualquer porcaria escrita em japonês que todos eles acham que entendem pacas!

hehehehe

Leva a Besta Fera pra Fnac e solta neles!

Jullyana Albuquerque disse...

"E todos riram. Gargalharam. Se eu tivesse um virgem-detector na mão, ele teria sofrido uma sobrecarga e explodido."
Huahauahuahauahauahauahua, acabo de dar gargalhadas, como meu pai ouviu e veio ver o que era vou ter que ler o restante do blog depois. Daqui a pouco ouvirei as risadas dele tbm.

Climão Tahiti disse...

É bom se preparar, na sua profissão pode acontecer de um dia ser escalado/contratado para cobrir um evento freqüentado por esse povo.

E a propósito, eles não são virgens, pelo menos uma boa parte. Existem escândalos sexuais nesse meio de menininhas de 12 anos que lêem hentai e vendem seus corpos por dez reais em eventos de anime. =/

Obviamente são virgens de relacionamentos de verdade, mas isso é outra história. =p

Ah, eu também odeio otaku.

Anônimo disse...

Dragus:

Isso já aconteceu. MAIS de uma vez.

Barreto:

Bem lembrado. O que é aquela história das plaquinhas ridículas em convenções?

Anônimo disse...

Olá,

Atendendo a pedidos, amanhã seu blog será tema do programa BLOG TRACKS pela DELAS WEB RADIO.

Abraços e parabéns pelo sucesso.
Acho que já é a 5ª vez que faremos a reprise.

Khrisna Ferraz
contato@delaswebradio.com.br
www.delaswebradio.com.br

Perci Carvalho disse...

aah. eu gosto de mangás. mas juro que nao sou debil mental (eu acho) aheiuhiur.. mas leio Naruto (u.u'), Death Note e Bleach.
Ainda bem que moro no interior. os Cosplays daqui viajam pras Capitais pra brincar de Cosplay. Não dou de cara com um Yagami Raito a cada esquina. apesar de quê...esse ano eu quaaaaaase fui fantasiada de Rukia na Festa da Fantasia...mas pow...era a festa da fantasia... rs


bjuuuus

Thiago Neres disse...

Rob Gordon, leia as sugestões de posts lá no Orkut!

=P

Barretão disse...

Rob:

Aquela vez que fui forçado a ir até a AnineCon, uma delas no Arqui, eu fiquei passado quando descobri as plaquinhas.

Como esse povo nao tem muita capacididade de interagir ou de puxar papo, eles vão ao extremo da carência e usam plaquinhas (mini-lousas com canetão, aliás, os kits são vendidos na porta do evento) ou pedaços de papel impressos em casa.

As mensagens mais tradicionais são:
- Quero beijo!
- Abraço 1 real!
- Me add!
- Tô carente
- Beijo 2 reais!

E tem gente, especialmente garotas sem muitos parâmetros de pudor ou bons costumes, que ganham uma boa grana com isso.

Agora, o pior, é como eles se comportam. Você está andando dentro do tal evento, olhando os stands quando, de repente, um indivíduo fantasiado ou capaz de fazer o virgem-detector explodir, PÁRA na sua frente e levanta a plaquinha. E fica te olhando com uma cara "condizente" com o termo. E fica esperando você reagir de alguma forma. Infelizmente, dar um tapa no pé da oreia desse povo seria considerado agressivo demais! Mas vender beijo não tem problema, né?
hahahahhaha

Gilmar Gomes disse...

Sabe o que eu mais odeio nesse tipo de post???
Ter que ler que existe um lugar quase paradisíaco, onde a gente possa chegar e escolher um gibi que a gente queira, pagar e ir pra casa se divertir.
Pois eu mudei de cidade, mas o problema perdura... NÃO TEM NADA AQUI. Não posso comprar o gibi que eu quero, quando quero um edição especial, só tem uma saída: Comprar pela internet e ser esfaqueado pelo frete.
Mas eu não quero dizer com isso, que só faltam as edições especiais. Não. Falta tudo. Mas eu que não vou entrar num site e comprar um monte de gibis mensais, todo mes, sem ver a capa de perto, sem sentir o peso do gibi (apesar de eles terem um peso padrão, mas quem gosta entende) e sem poder simplesmente pagar o preço da capa do gibi e ir embora. Pela internet, só edições especias e com muita dó.
Sobre os mangás, prefiro não opinar. Até hoje eu só li a coleção (que eu consegui completar) dos mangás do CDZ, que a Conrad lançou. E prefiro o desenho na TV. Já vi que não gosto de mangás. Hum... Acabei cometnando sobre os mangás.. heuehuehuehuehuehueheu

Gilmar Gomes disse...

ah... e PS: fiquei realmente imaginando um grupo de 650 fãs de pokemón andando na rua...

Anônimo disse...

Cara, essas plaquinhas são MUITO bizarras. Essas PESSOAS são muito bizarras. Não tem nada mais freak que evento de anime. Eu fui em um acho que na sexta série atrás de animes piratas de Sakura Card Captors e consegui ver, em menos de vinte minutos, cerca de trezentos casos de obesidade mórbida vestidos de Sailor Moon, 60% deles com plaquinhas de "Aperte a minha bunda por dez centavos!", e um concurso meio bizonho de coreografia com braços. Medo.

Helen disse...

Nossa.
E eu que achava que cosplay era o limite...
PLAQUINHAS? Vendendo beijo?!
Máénunca que eu vou num evento desses!

Anônimo disse...

axo que tudo tem seu lugar certo, axo COSPLAY até legal .. desde que seja em um lugar apropriado (festivais de animes & mangás) naum precisa sair andando na rua fantasiado de shinigami (death note) em qq ocasião como se fosse a coisa mais legal do mundo!! os caras q são verdadeiros devoradores de mangá são geramente RPGistas e conheço um bocado q age desta forma .. eh muito triste ver um cara de 29 anos nas costas com aquele bigodim tipico d nerd RPGista entoando barulhinhos com a boca como se fossem armas LASERS ou raios CÓSMICOS ... q estereotipo mais engraçado.

Marcio Sarge disse...

Inpressão minha ou você esqueceu do Evangelion no top 5?

R. O. disse...

Poxa me senti excluída agora... não costumo ler este tipo de leitura, mas quem sabe né... a curiosidade é uma merda mesmo.

bjos ...

Thiago Apenas disse...

Realmente qualquer leitor débil mental enche o saco.

também gosto de mangá, mas ainda prefiro anime.

Fica a dica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Claymore_(mang%C3%A1)

Dattebayo Gordon :D

Varotto disse...

Olha, defendo até a morte o direito de todos fazerem qualquer coisa, desde que não tragam prejuízos para ninguém. Mas esses tipos de quem você está falando, assim como o cara vestido de Darth Vader na fila para assistir a Guerra nas Estrelas... acho um pouquinho demais.

Como dizem lá na terra do W.C.: "get a life..."

PS: Acho que o correto seria "débeis mentais"

Thiago Dalleck disse...

Eu frequento muito eventos de anime, mas AINDA sou uma pessoa normal e não fui afetado por essa doença... Mas do que eu conheço de débil-mental nesses eventos, é brincadeira. O que prevalece neles é claramente a "educação inglesa"...

Nash disse...

A lista do top 5 está errada, tinha que ser:

1.Akira
2.Gen
3.Akira
4.Gen
5.Akira

Eu também colocaria Vagabond no meio, mas tudo bem.

ps.: ODEIO essa maldita verificação de palavras... a do dia: lvfnscf

Sil disse...

Eu colocaria Evangelion e Fullmetal Alchemist no top 5, são dois mangás que gostei de ler apesar de preferir os animes.

Barretão disse...

Hey.. alguém falou mal do Darth Vader? Aí!
Star Wars é religião! E com religião não se brinca! huauhahuahuauh
:P

teodorO disse...

exactoO!!

top 5:
Neon Genesis Evangelion
Berseker
Death note
Cowboy Bepop
Ranma 1/2

Barretão disse...

O meu top five é mais fácil:
Akira
Akira
Akira
Akira
Vagabond

Deise Rocha disse...

com um palpite a parte, mas tenho duas teses conclui´das com este que:

a)Brasília é o lugar mais normal deste planeta - por simplesmente não se ver crianças com mais de 10 anos fazer este tipo de coisas, e olha q eles usam roupas normais

2)Brasília é o lugar mais sem graça deste planete - por em todo os luigares possíveis haverem anormalidades como essas e eu nunca, nunca ver estas coisas ridicularmentes engraçadas se não for na tv...


sim, eu gosto de mangás, mas sinceramente, gosto mais de vê-los com movimentos na tv do q em quadrinhos/revistinhas...

e de quadrinhos mesmo, só gosto da turma da mônica...

nada além disso...


e Rob, vc precisa de umas férias disso, vem pra cá pra brasília... aki num tem nada disso...

>>o q eu não sei ser um privilégio ou uma pena...

Deise Rocha disse...

e só kerendo te lembrar uma coisa...

vc verá pessoas com olhinhos puxadinhos por alguns meses ainda, já q esse ano tem olímpiadas em pequim...

vá se acostumando, meu caro...

Raquel M. Linhares disse...

Tenho um veterano na faculdade que é uma variação desses "Débil-mentais leitores de mangá", que é "débil-mental jogador de RPG".
Do tipo que vai ao cinema fantasiado, faz festas de aniversário medievais e obriga os pobres amigos a se vestirem de cavaleiros com armaduras e tudo o mais.
Quando ele terminou a graduação e começou o mestrado eu realmente achei que ele iria perceber que a época do mundo da fantasia tinha acabado e tava na hora dele virar homem. Mas não. Ao contrário, ele, numa dessas reuniões de adoradores de qualquer palhaçada (dessas que todos os débil-mentais vão fantasiados de cavaleiros medievais, carregando espadas de papelão) ele conheceu a namorada dele. Agora eles viverão felizes pra sempre no século 14.

rbns disse...

Além de Akira e Gen, vc. está perdendo:

Vagabond
Lobo Solitário
Dragon Ball
Dragon Ball Z
One Piece
Dr. Slump

... e mais um monte de coisa legal.

Durante uns anos eu até suspendi minhas compras Marvel/DC para dar espaço à invasão nipônica.

Isso deve ser uns 15% do acervo hoje lá em casa.

rbns disse...

. . . e Ranma 1/2 que é mesmo muito bem bolado.

A Filha da General disse...

Eu sou uma leitora acidental de quadrinhos e fã de graphic novels que namora um fã de quadrinhos e leitor acidental de graphic novels. Esses dias estávamos conversando exatamente sobre esse tipo de leitor - o débil. Ri muito com esse post, pois parece uma transcrição da minha conversa com ele.
Mas eu dificilmente saberia indicar algum mangá... nunca consegui acompanhar direito! Prefiro Animês.

E entre esses, indico o Evangelion (e apesr de nunca ter lido, sei que o mangá tb é excelente).

ps: Admito que, no auge dos meus 11 anos, era fanática por Cavaleiros do Zodíaco. Naquela época que passava na Manchete mesmo... :P

Anônimo disse...

O problema não é que sejam leitores débil-mentais de mangás. O problema é que são leitores débil-mentais e ainda são paulistas. Aí em São Paulo surge todo tipo de aberração, é um caldeirão de anomalias.

Jacques disse...

Até hoje, o único mangá que eu li completo foi Akira.
E EU DETESTEI!
Em 93 eu comprei a edição especial da Globo com os números 13 a 18 e achei bem legal, desenhos incríveis e história interessante.
Poucos meses atrás eu baixei o Akira completo e QUE DECEPÇÃO.
Lá pro final da história, fica naquela enrolação maldita de Tesuo-vira-monstro, Tetsuo-volta-ao-normal irritante e sem sentido.
Ah,pro inferno com isso...
Pelamor...
Mas os leitores débeis podem ser encontrados em qualquer lugar.
Por frequentar lojas de rpg, já discuti bastante com mangazeiros fanáticos que só enxergam mangás e super-heróis na frente.
E se você pergunta "Já leu Watchmen, Preacher ou Sandman?" a resposta é um idiota de um "Quêêêê?".
Um amigo meu xingou legal esses caras aqui:
http://fantasticocenario.com.br/2011/01/28/thundercats/
Até mais.