Foi o texto mais longo que eu escrevi.
Mas não foi o texto que pensei durante mais tempo. Eu tive a
ideia original, acho, em agosto ou setembro – e já teve textos que cultivei na
cabeça por mais tempo.
Enfim, em agosto ou setembro, escrevi o começo e acabei
deixando de lado. Mas ele ficou na cabeça. Semana passada, abri o Word numa
trade mais tranquila e fui em frente, em frente, em frente até o final.
Mas, aí, me vi com um problema nas mãos. Estava grande
demais para ser publicado numa tacada só, quase vinte mil toques – ou seja, o
dobro dos maiores posts daqui. Consultei os leitores nas redes sociais pedindo
por opiniões sobre isso e o limão acabou se tornando uma limonada.
Gigantesco, o texto passou a servir para testar um formato
que, se der certo, vai ser bem comum na minha vida: o conto dividido em
capítulos. Ou a “novelinha”, como eu estou chamando informalmente. Porque meus
textos estão ficando cada vez maiores e mais trabalhados e este formato pode
ser uma saída. A história se desenvolve melhor, sem cansar o leitor – e de
quebra ainda faz as pessoas se envolverem com os personagens ao longo dos dias.
Com essa forma de publicação por intervalos, acabei ganhando
tempo para revisar com calma os capítulos, antes de cada publicação. Ou, era o
que eu achava. Acabei reescrevendo tudo, desenvolvendo melhor alguns trechos,
mexendo em ritmo... Ou seja, lapidando, deixando ele o melhor texto possível.
Com isso, ele ganhou mais uns dez mil caracteres.
E, mais importante, ficou como eu queria.
Por isso que este blog anda meio parado. Porque tudo está
acontecendo no outro.
O assunto? Caso você não esteja acompanhando, é o tema mais
universal possível: o primeiro amor. Criei dois personagens – Mateus e Júlia,
com nomes sugeridos no Twitter, porque eu detesto dar nome aos personagens – e os
coloquei no Word, jogando o primeiro amor em cima deles.
Porque quando você chega a uma certa idade, o primeiro amor
se torna real. Ele deixa de ser perfeito, com frases perfeitas e violinos e se
torna o que todo primeiro amor deve ser: desajeitado, confuso, tímido,
inseguro... E totalmente apaixonado, mesmo que não se dê conta disso.
Mas, também, quando você chega a uma certa idade, escrever
sobre adolescentes é quase tão delicioso quanto ser adolescente. Confesso que
nunca havia feito muitos textos sobre isso – os personagens das minhas crônicas
são normalmente adultos, às vezes crianças – e me apaixonei. Da mesma forma que
me apaixonei por Mateus e por Júlia e suas dúvidas cheias de certeza.
Caso você esteja acompanhando, espero que tenha se
apaixonado também. Caso não tenha lido ainda, os links das três partes – com dois
capítulos cada – estão abaixo. O final, já escrito e guardado aqui, entra no ar
amanhã, no começo da tarde.
E, se vocês se apaixonarem, espero que tenham se apaixonado
como eu por esta história. Pois quando você chega a uma certa idade, você também
sabe que não adianta nada se apaixonar se você não vai se apaixonar como um
adolescente.
Por fim, não deixe de dizer se gostou da história, e do
formato. Se você lê mas não tem o hábito de comentar, peço que desta vez faça isso (aqui ou lá). Porque a próxima ideia já está aqui na cabeça. E duvido que ela demore
tanto para ser escrita e publicada.
Foi o texto mais longo que eu escrevi.
E um dos que mais me orgulho de ter escrito.
6 comentários:
Lembrei de todos os meus "amores" de adolescência. Os correspondidos, os não correspondidos, os impossíveis, os que aconteceram e os que jamais deveriam ter acontecido (ou não, vai saber). E lembrei com carinho e saudade. Obrigada, Rob.
Estou sofrendo, torcendo e amando.
Muito bom Rob, a "novelinha" me deu vontade de escrever também.
Rob! Que delícia de texto!
Quero logo que o final seja publicado!
Gostei do formato de capítulos!
bjo
Assim que eu puder lerei a sua minissérie em 6 capítulos.
Eu li o primeiro capítulo, adorei... mas como estou com problemas de coração, rsrsrs. Prefiro deixar pra ler o restante qdo estiver melhor! ^^
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