Este é o macho em seu habitat natural.
A fêmea do bando foi caçar no mercado, então ele está
sozinho com seu filhote. E assim já podemos aprender bastante sobre a dinâmica
do grupo. A fêmea procura alimento no mercado, pensando se o filhote está seguro
com o macho. Na toca, o macho torce para que a fêmea não se esqueça de comprar
Coca-Cola.
Porém, o macho sabe que é sua obrigação cuidar do filhote. É
preciso defendê-lo de outros predadores
mantê-lo alimentado. Para isso, ele mantém por perto uma pequena
mamadeira preparada pela fêmea. Quando o filhote está com fome, o macho corre
até a cozinha e pega a mamadeira.
Este é o macho alimentando seu filhote.
Existe uma diferença nas formas que o macho e a fêmea
alimentam seu filhote. A fêmea sempre alimenta o filhote segurando-o com as
duas mãos, para fazer com que ele se sinta protegido. O macho tenta equilibrar
o filhote e a mamadeira com apenas uma mão, para poder mudar os canais da TV
enquanto o bebê se alimenta.
Além disso, a fêmea sempre testa a temperatura do alimento
deixando-o cair uma gota em sua própria pele. O macho tenta repetir esse
movimento, mas não é tão hábil quanto a fêmea e quase derruba metade do
alimento na pia. Mas, por fim, ele consegue medir a temperatura e, como seu
braço não queimou, acha que a temperatura está boa.
Este é o macho tentando fazer seu filhote dormir.
Ele anda com o filhote em seus braços. Conversa com ele,
explicando coisas sobre o mundo, a vida e o futuro que aguarda pelo filhote...
Mas deixa todas as explicações em aberto quando sai um gol no jogo que está
passando na TV e ele se desconcentra totalmente. Quando assiste ao replay,
pergunta ao filhote “do que estávamos falando?”.
Como o filhote não responde, o macho decide cantar Beatles
para fazer o bebê adormecer. Em alguns momentos, isso dá certo, até a hora que
o macho decide colocar o filhote no carrinho. Aí o bebê acorda e começa a
chorar e o macho comenta que tudo seria mais fácil se você me dissesse de quais
bandas vocês gosta.
Este é o macho trocando a fralda do filhote.
Vemos aqui o macho no canto mais protegido da toca limpando
seu filhote. O macho ainda não se entende direito com fraldas e tantas peças de
roupas. Na verdade, existem momentos em que ele acredita que bebês poderiam ter
menos pernas e braços. Ou que as pernas e braços se mexessem um pouco menos.
Mas o macho sabe que manter o filhote limpo é sua obrigação.
Assim, ele tira a roupa e a fralda do filhote. Com um algodão úmido, limpa com
cuidado o bebê, usando depois um lenço umedecido. Porém, ele encontrará
problemas. Ao levantar as pernas do bebê para ajeitar a nova fralda, o macho é
surpreendido por um esguicho pastoso do corpo do flhote.
Este é o macho coberto de merda.
O macho está estático, como se sentisse a presença de um
predador. Mas, na verdade, ele está sentindo uma espécie de merda pastosa
descendo pela sua barriga e sua coxa. O bebê olha para o teto, distraído com a
lâmpada, como se nada tivesse acontecido. O macho olha ao redor e vê rastros de
merda pelo chão.
Ele não sabe o que fazer. Ele sabia que filhotes podem
urinar nos pais, mas, cagar... Ele tem certeza de que, em toda a floresta, isso
aconteceria apenas com ele. Seu primeiro pensamento é pegar o filhote, correr até o lava-jato da esquina e perguntar se “eu
passar junto com ele vocês cobram só uma lavagem?”. O filhote começa a se
mexer, espalhando a merda.
Este é o macho tentando limpar novamente o filhote.
Ele está de pé, com as pernas abertas, porque onde seu pé
esquerdo estava há uma poça de merda. Mesmo assim, ele limpa mais uma vez o
bebê com algodão e lenço umedecido, e prepara-se para colocar a nova fralda.
Porém, descobre que ela também foi atingida pelo jato de merda e a joga no
lixo.
O macho, então, apanha outra fralda na gaveta. Certo de que
esta está limpa, começa a colocá-la no filhote até descobrir que ela também
está suja de merda. Pergunta para o filhote se “você está de sacanagem
comigo?”, mas logo descobre que a culpa não é do bebê, e sim dele, que está com
um pedaço do braço cheio de merda e não tinha percebido.
Este é o macho tentando limpar a si mesmo.
Ele já arrancou sua camisa coberta de merda e jogou em um
canto da toca (avisando ao bebê que “se você cagar em mim quando eu estiver sem
camisa, eu vou cuspir na sua mamadeira”). Com uma mão ele segura o bebê; com a
outra, ele se limpa com lenços umedecidos, torcendo para que a janela da toca,
que está atrás dele, esteja fechada.
Ele inverte as mãos. Segura o bebê com a mão que usou para
se limpar e usa um novo lenço para limpar o outro lado do corpo. Subitamente o
filhote joga as pernas para o alto e as abre, como se estivesse executando uma
dança. Por instinto, o macho se abaixa, mas respira aliviado quando vê que o
filhote não disparou outra rajada de fluido orgânico.
Este é o macho tentando descobrir como vestir seu filhote.
Ele coloca a fralda em seu filhote, enquanto pede para que o
filhote pare de mexer as pernas por um momento. Com o máximo de perícia que ele
possui – o que é bem pouca, pois machos dessa espécie são naturalmente
desastrados – ele consegue fechar a fralda e prepara-se para colocar a calça do
filhote.
O macho não se entende com a calça. A cada tentativa, os pés
do bebê parecem desaparecer no meio da calça e ele precisa colocar tudo de
novo. O filhote, movendo as pernas, não ajuda muito e o macho pergunta se “você
realmente não consegue se vestir sozinho? Eu posso passar as roupas que você
escolher e você vai colocando, que tal?”
Este é o macho ainda tentando descobrir como vestir seu
filhote.
Quando finalmente conseguiu colocar a calça no bebê, o macho
percebe que esqueceu de puxar o body para baixo e fechá-lo. O filhote parece
ter percebido isso e mexe as pernas com mais velocidade para celebrar sua
pequena vitória. O macho considera a hipótese de fechar o body por cima da
calça e foda-se, mas desiste ao perceber que a fêmea está para chegar.
O macho abaixa a calça novamente, ajusta o body do filhote e
o fecha. Segura o bebê pelas pernas mais uma vez e ajusta a calça. Parece que
boa parte do trabalho está feita, mas o macho sabe que o pior está por vir.
Afinal, com a calça colocada, é hora de colocar as malditas meias.
Este é o macho olhando as meias do filhote.
Para o macho, aqueles pequenos pedaços de pano são um
mistério. Ele segura uma na frente do rosto e fica analisando. A primeira parte
é fácil, porque um lado é aberto e outro não, então o pé do filhote deve entrar
no buraco. Mas o macho não sabe onde é o calcanhar da meia. Ele procura a
inscrição “este lado para cima”. Como não a encontra, resolve ir na sorte.
O bebê parece gostar de colocar meias e resolve demonstrar isso levantando as pernas e balançando os pés.
Enquanto isso, o macho, tomando cuidado para não encostar a calça cheia de
merda em algum lugar, fica tentando pescar o pé do bebê e vestir a meia. “Se
você parar de mexer a perna por cinco segundos eu deixo você correr na rua
depois”, ele propóe ao filhote.
Este é o macho limpando a toca.
O bebê já está no carrinho, em outro aposento da toca – suas
meias não parecem muito certas, mas o filhote não está reclamando (e como o
macacão vai por cima das meias, ninguém vai perceber). O macho não está perto
do bebê. Ele está de quatro, no outro canto da toca, limpando os rastros de
merda do chão com desinfentante.
O filhote começa a chorar. O macho fica aflito ao ver que
seu filhote está chorando longe dele, e grita um palavrão. Está de cuecas, com
a mão cheia de desinfentante e segurando papel toalha, procurando por indícios
de merda no chão e nos móveis. “Vai vendo o futebol que o papai já desce”, o
macho grita para o filhote. O bebê continua a chorar.
Este é o macho com o bebê no colo.
O macho carrega o filhote no colo, dizendo coisas como “o
papai está aqui, você não precisa chorar, e além disso nem motivo para chorar
você tem porque não foi em você que cagaram, porque você é um bebê esperto e estava
do lado mais seguro do cu, então para de chorar, agora está tudo bem e você vai
dormir.”
O macho finalmente coloca o bebê para dormir e joga sua
roupa coberta de merda no tanque. Esse é o momento que a fêmea volta para casa
com a caça. Ao ver o filhote dormindo, ela sente que o dia foi proveitoso. A
cria está alimentada, limpa e descansando, em paz, longe dos perigos da
floresta.
Este é o macho dando graças a Deus pelo fato de que o
filhote ainda não sabe falar.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAi, Rob. Eu lembro de quando o Konrad era bebê e ele já fez dessas. A gente fica pensando como é que cabe tanta porcaria dentro de um pacotinho tão fofo. Já teve vezes em que tive que dar banho, trocar roupa de cama do berço, repetir o processo e o bichinho dá-lhe dar risada como se tivesse ganho um prêmio.
ResponderExcluirPior é quando eles ficam um pouco maiores e enfiam a mão, olham, e espalham pelo corpo ou pela casa... mas não quero te assustar, hahaha
Eu acho que o bebê e o Gato Ridículo conseguiram chegar num acordo hahahahahaha
ResponderExcluirEsse ficou sensacional,Rob! Manda mais hahaha
ResponderExcluirKkkk, realmente demais!
ResponderExcluirTomara que isso tudo dê XP.
ResponderExcluirE a coluna com os melhores do ano?
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