11 de agosto de 2011

Atropelamento e Fuga

Voltei.

E, sinceramente, adoraria explicar meu sumiço com algo retumbante como “fui atropelado”. Imagine? Eu, num hospital, entre e a vida e a morte. Marchas na Paulista querendo construir uma passarela com meu nome. As pessoas descobririam que sou escritor e meu livro começaria a vender horrores. Pessoas andariam pelas ruas comentando que “comprei o livro do carequinha atropelado e, olha, ele levava jeito para a coisa, viu?” (porque, como eu estaria lutando pela própria vida, os leitores enxergariam um talento absurdo que nem eu mesmo vejo nas minhas crônicas).

Mas, não. Na verdade eu sumi porque precisei resolver uma série de pendências, com o mundo e comigo mesmo. Resolvidas? Algumas sim, outras não. Na verdade, tudo o que eu quero dizer a respeito disso, no momento, são duas coisas. A primeira é para mim mesmo e deixarei aqui como um lembrete para mim: “Um dia de cada vez, Rob. Um dia de cada vez”.

A segunda coisa é agradecer o apoio de amigos que ficaram ao meu lado durante este tempo, e de leitores que, preocupados com meu sumiço, mandaram mensagens questionando se estava tudo bem comigo. Com o tempo, responderei individualmente cada um de vocês – e vocês sabem quem são –, mas, antes disso: muito obrigado. E que fique claro que quem está agradecendo não é o escritor, mas sim a pessoa (sim, eu sei que eu escritor e eu pessoa somos iguais, mas, desta vez, eu quis ressaltar isso).

Agora, hora de colocar o papo em dia. Meu livro novo vai bem, obrigado. Uma resenha que me deixou absurdamente orgulhoso do meu trabalho saiu no blog Lá no Cafofo – e logo teremos uma entrevista minha ali. Adoraria que vocês prestigiassem o texto, e, claro, que espalhassem entre os amigos.

Outra coisa: alguns leitores têm me procurado para saber como conseguir cópias autografadas do livro. Honestamente, um aviso a todos vocês: minha letra é feia que doi. Se, mesmo assim, você ainda quiser uma cópia dessas, basta comprar diretamente comigo. Entre em contato no champ.vinyl.blog@gmail.com e conversamos sobre isso.

Por fim, é quase certo de que eu darei uma entrevista sobre o livro ainda este mês. Em vídeo. E ao vivo. Ou seja, se você duvida de que eu realmente seja baixinho e careca, e que tudo isso não passa de um personagem criado para entretê-los, reze para que eu não encontre uma máscara legal até o dia da entrevista. Mas eu vou avisando vocês sobre isso.

Será que falta algo? Acho que não.

Ah, sim. Estava me esquecendo.

Fui atropelado.

Foi domingo à tarde, na Vila Madalena. Uma velha que aparenta ter tirado sua habilitação antes dos espanhóis colocarem os pés na América foi estacionar o carro e decidiu que minha coxa direita, aparentemente, era uma boa vaga. Resultado: estou com um roxo enorme na perna e passei dois dias mancando, com um andar que me transformou numa espécie de pequeno “ponto e vírgula” caminhando pelas ruas de Pinheiros.

Mas estou aqui, firme e forte. Parafraseando Jake La Motta (você já viu Touro Indomável, certo?), deixo aqui meu recado para a velhinha, proprietária do ÔFasemobile:

You didn’t get me down, Ray”.

E, mesmo se ela tivesse me derrubado, algo que aprendi – e continuo aprendendo a cada dia – é que você sempre pode se levantar. Sempre. Especialmente quando você tem a Mulher Mais Legal do Mundo (com maiúscula mesmo) esfregando pomada na sua perna. E quando você tem os Amigos Mais Legais do Mundo (com maiúscula mesmo) esfregando pomada na sua vida. Arde? Arde. Mas cura.

Isto posto, vamos em frente?

12 comentários:

Varotto disse...

Cara, senti sua falta por aqui também. Pensei algumas vezes em te procurar, mas acabou não acontecendo. Tá vendo? Se você fosse aquela super-modelo ninfomaníaca, talvez eu tivesse dado um jeito.

Quanto a essa coisa do atropelamento, já falei para você não ficar passeando pela sala quando as crianças estiverem brincando de autorama. Presta atenção!

Quanto à cópia autografada, como já disse, devo pegar pessoalmente no fim do mês. E espero que, até lá você já esteja curado, porque essa coisa de passar pomada em você não vai dar certo não.

O que a turma da Rua Yancy vai pensar?

P.S.: Não acredito que você vai revelar sua identidade secreta...

Rob Gordon disse...

Varotto

Só marcar. Autografar sua cópia é quase uma obrigação, cara.

Abraços

Rob

Anônimo disse...

Olha, eu tou no Champ! \o/

Fico feliz que tenha gostado da resenha. MUITO mesmo!

E estou feliz por vc estar de volta. Mas eu não consigo deixar de rir de vc falando do atropelamento, desculpa! HAHAHAHAH

Welcome back to the jungle, dude!

Ana Savini disse...

É a Mulher Mais Legal do Mundo pq tem o Homem Mais Legal do Mundo.
<3

Renata Schmitd disse...

sei que em vez de pomada as vezes uso merthiolate versão anos 80, mas fico feliz que o resultado tenha sido esse. sim, vamos em frente. :)

Pri disse...

Ok, ok Rob! Vc me convenceu... Mas nada vai apagar o fato de que estamos sem seus textos divertidíssimos há tempos.Volta por favor.

Trauti Lang disse...

Acho que tá na hora de rever as CNHs de São Paulo, viu? Porque faz uma semana que meu carro foi atingido por um ônibus em um cruzamento, e cá estou eu, também esfregando pomadas em roxos aleatórios pelo corpo (mas sozinha mesmo). Deuzolivre, viu! Mas a vida não serve pra mais nada a não ser cair e levantar.

Eu quero muito um livro autografado =( mas antes, quero mais ainda uma verba pra comprá-lo =P

Beijos, Rob! Melhoras, viu!? Passa pomada diretinho, toma canja, aproveita a situação e pede quilos de sorvete de flocos!

Anônimo disse...

É estranho não te ver no Tw, não ter post novo. É estranho!

Que bom que tá bem!

Miss Sbaile disse...

Ufa, ainda bem que você não morreu. Senão o que eu faria como entretenimento depois de ler seu blog inteiro?

Uma dica: não morra ainda.

Beijo!

IsabelVeronica disse...

Nossa!! Que bom ter você de volta. Fico muito feliz por você estar bem e vencendo "Um dia de cada vez".

Mas vou te contar. Eu pensei que o Besta-Fera tivesse te dado o cartão vermelho e te expulsado de casa. Rsrs

Agora falando de negócios, como faz pra quem já comprou e já recebeu o livro (chegou ontem) conseguir um autógrafo?

Bem-vindo de volta!!

Juliana Fogaça Pantaleão disse...

Querido! Comece a andar com aquelas roupas de ciclista! Assim conseguirão ver você antes de estacionar! Apareça para conversar com a gente, sua peste!!!

Fernanda disse...

E eu quase mandei email mesmo perguntando se alguém tinha te atropelado e te tirado da vida virtual, ou sei lá. Que medo de saber que realmente a velhinha psicopata quis te matar! Não desejei isso de maneira nenhuma, viu!

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E melhora logo. E não morra!

Abraços