8 de dezembro de 2008

O Menino de Onze Anos

Eu me lembro do meu primeiro jogo no estádio. Era um domingo à tarde, no dia cinco de outubro de 1986. O São Paulo iria jogar contra o Sport de Recife. Eu tinha feito onze anos há menos de um mês, e nunca havia colocado os pés no estádio do meu time. E eu já era são-paulino, por causa do meu avô, são-paulino fanático, que havia até mesmo doado dinheiro para a construção do Morumbi, nos anos 50.

Eu já acompanhava os cadernos de esportes e já havia me recuperado da Copa de 1982, tanto que eu vibrei muito com o título paulista de 1985. Curioso que eu me lembro mais da Copa de 1982 que deste título paulista, mesmo tendo sido três anos depois. Lembro apenas que foi contra a Portuguesa, e estávamos indo visitar um tio-avô, e eu fui ouvindo o jogo no carro.

De volta a outubro de 1986. Pedi para meu pai – palmeirense – me levar ao jogo, e ele atendeu. Deste jogo também lembro pouco, apenas que o Sport saiu na frente (meu pai me conta hoje que ficou com medo do time perder na minha primeira vez no estádio), mas o São Paulo virou. 3 x 2. E o primeiro gol que comemorei num estádio foi marcado pelo Careca, de pênalti. E lembro exatamente o que senti na hora deste gol, mas não consigo colocar em palavras.

Mas algo daquela tarde nunca mais saiu da minha cabeça. Quando entramos no estádio (na numerada inferior, pois meu pai jamais me levou na arquibancada quando eu era criança) e eu olhei aquele campo enorme, na minha frente, antes do jogo começar, ele simplesmente abaixou do meu lado e disse:

– Esta aqui é a sua casa.

Nunca me esqueci disso. Toda vez que entro no Morumbi, ouço meu pai falando isso ao meu lado. Os meses se passaram e eu fui ficando cada vez mais apaixonado. Não saia de casa pela manhã sem ler o caderno de esportes e tentava imitar os meus ídolos nas peladas na rua.

Alguns meses depois, meu time ganhou o campeonato brasileiro, batendo, nos pênaltis, o Guarani, numa decisão que marcou não apenas toda uma geração de são-paulinos, mas o futebol brasileiro como um todo. Lembro que aquela noite eu senti muito orgulho de torcer para o meu time. Me senti como se tivesse recebido a confirmação de que a primeira escolha que eu fiz na vida tinha sido acertada.

Aquela noite foi muito especial para mim. Não apenas pelo título em si, mas pela forma que ele foi conquistado. E, como todo são-paulino, até hoje, em algumas noites, antes de dormir, eu fecho os olhos e vejo o gol daquele mesmo Careca, no final da prorrogação, acontecendo novamente na minha frente. E volto a ter onze anos de idade.

O tempo foi passando. Meu amor pelo meu time foi crescendo. E, com o passar dos anos, vieram outros títulos. Mas também vieram derrotas. Muito do que eu sei sobre ganhar e a perder na vida aprendi nos anos 80, com o radinho de pilha da minha mãe colado na orelha. E com o José Silvério. Mais da metade do que eu sei sobre futebol passa pelo meu pai e pela voz do José Silvério. Eram noites de quarta-feira que eu ficava até tarde vendo (escondido da minha mãe) os jogos na TV sem som, com o radinho colado na orelha, e tardes de domingo que eu ficava no quarto, com o mesmo radinho na mesma orelha, sofrendo a cada minuto. Se amar é sofrer, a voz do José Silvério eleva isso à máxima potência – para meu desespero, todo lance adversário era narrado pelo José Silvério como se estivesse acontecendo na pequena área do São Paulo.

Mas, na voz do José Silvério, meu time me ensinou a ganhar e a perder. Me ensinou que às vezes a derrota é amarga demais, é doída demais, mas sempre haverá outro campeonato no ano seguinte. E que, por mais que doa, vai passar, mesmo que você tenha que enfrentar todos os seus amigos no dia seguinte, na escola ou no trabalho – o que pode ser um tormento para um garoto de onze anos.

Mas, mais importante ainda, me ensinou que, as vitórias são momentos que você vai guardar para sempre e que você não precisa humilhar o adversário para elas serem inesquecíveis. Eu guardo todas as minhas vitórias e todas as conquistas do meu time muito bem guardadas. E se você é torcedor de algum time de futebol, qualquer que seja ele, você sabe do que estou falando.

Entramos na década de 90, com Telê Santana no banco. A única coisa que eu lembrava do Telê – porque, quando eu era criança, eu não acompanhava futebol pelos jornais, eu acompanhava o São Paulo – dizia respeito àquela maldita Copa do Mundo, que meu pai até hoje diz que perdemos porque o tal do Telê tinha mandado o Serginho se comportar em campo. Ou seja, as referências não eram muito boas.

A história todo mundo conhece. Fomos campeões brasileiros, ganhamos uma Libertadores – nos tempos em que a Libertadores ainda era um torneio sem regras ou leis – e fomos para o Mundial. Com quinze anos, eu apenas imaginava o tamanho daquele título (um título mundial é sempre algo digno de respeito), mas somente anos depois eu entenderia realmente a importância daquele jogo para o time. E, quando Raí virou o jogo para cima do Barcelona, e o juiz apitou o final da partida, lembro de sair com meus amigos na rua, comemorando madrugada adentro. E soube que eu havia ganhado um novo amigo: Telê Santana. E nem imaginava que este mesmo Telê Santana estaria ali um ano depois, quando eu desmaiei na sala com o gol do Müller sobre o Milan, e acordei somente depois do final do jogo, acudido pelo meu pai e por meus amigos.

Mas eu soube, naquele momento logo depois do jogo contra o Barcelona, que meu avô estava sorrindo para mim, de algum lugar.

Daquele jogo contra o Sport de Recife para hoje, fui muito ao estádio. Talvez menos do que gostaria e mais do que deveria. Vi finais de libertadores, finais de campeonatos paulistas e brasileiros. Mas até hoje, toda vez que eu olho o exterior do Morumbi antes de entrar no estádio, minha barriga ainda esfria, e ainda ouço meu pai cochichando que ali é a minha casa. Já tomei chuva, já escapei de briga, já comemorei gols, já comemorei títulos... E lá continua sendo a minha casa. E se você é torcedor de futebol, independente do seu time, sabe que a chuva que você tomou naquela decisão era muito mais gelada e incômoda que a mesma chuva que caiu sobre a torcida adversária.

Mas, o mais importante, é que depois daquele jogo contra o Sport, meu amor pelo meu time apenas aumentou. Jamais fiz apostas para colocar a camisa de outro time caso o São Paulo perdesse, porque eu jamais vou colocar a camisa de outro time. É traição. Da mesma forma que eu não tenho times no Rio, em Minas, ou na Europa. No campeonato carioca eu sou São Paulo, no italiano e espanhol também. Aliás, eu nunca fiz aposta nenhuma em relação a meu time – seria o mesmo que fazer uma aposta sobre seu filho entrar ou não no vestibular.

Por outro lado, eu não sou fanático a ponto de dizer que meu time jogou bem quando não jogou. Isso eu herdei do meu pai: para amar o seu time, é preciso amar o esporte. Não sou fanático, mas amo meu time. E é amor puro, de chorar em derrotas. E, principalmente, de chorar em vitórias.

Exatamente como eu chorei hoje, sozinho na sala, durante cinco minutos, quando o jogo acabou. Chorei. E não vou entrar em méritos de dificuldade de decisão, de superação do elenco, porque este não é um texto sobre futebol. Chorei porque a cada título que o São Paulo conquista, toda essa história que eu contei acima passa pela minha cabeça. Todas as vezes que eu chorei, todos os gols que eu vi, todas as dores que enfrentei por causa deste time, voltam à tona, como num filme.

E o curioso é que – e percebi isso agora, escrevendo aqui – é que todos os títulos do São Paulo que eu vejo me atingem como se fosse o primeiro. Eu posso discutir a tática do jogo ou o desempenho de um jogador com frieza jornalística – ou quase isso – mas, quando o São Paulo é campeão, eu me dou o direito de passar o resto do dia com onze anos de idade, sentindo exatamente a mesma coisa que eu senti quando o Careca fez aquele gol de pênalti.

Pai, obrigado por aquela tarde de cinco de outubro de 1986. Vô, esteja onde você estiver... É nosso!

Este texto é dedicado a vocês dois.


P.S. – Este não é um texto sobre futebol. É uma carta de amor. Pela primeira (e, se Deus quiser, última) vez neste blog, comentários ofensivos serão apagados e ignorados.
P.S. 2 – Eu não faço apostas sobre meu time, mas faço promessas. E as cumpro. A barba está devidamente raspada.

28 comentários:

Climão Tahiti disse...

NÃOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!

A BARBA NÃOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!

A melhor coisa: o Vasco foi rebaixado.

A pior coisa: também.

Sou flamenguista sadio. =p

Felicidades a seu time... Finalmente calaram os flamenguistas doentes por causa do pseudo-penta.

Anônimo disse...

parabéns rosados...

Anônimo disse...

Parabéns pelo título, Rob!! E parabéns pela coragem na declaração de amor. É muito legal ver alguém ser tão devotado a um time assim, mas sem perder a racionalidade.
Jura que você desmaiou com o gol do Müller?

Varotto disse...

Então, toda noite, antes de dormir você fica imaginando a bola do Careca entrando? Estranho...

Desculpa aí (piada babaca, mas irrsistível mode: on)

P.S.: Bom texto!

Anônimo disse...

Dragus:
Barba sempre cresce.

Felipe:
Valeu pelos elogios! E, sim desmaiei. Para você ter uma idéia, quando o jogo começou, eu abri um maço de cigarros. No final do jogo, tinham 3 cigarros no maço. Fumei 17.

Gomex:
Como este blog não tem preconceitos, aceito todos os tipos de parabéns, de todas as cores e credos. Mesmo os rosados. Aliás, fico bastante feliz, como seu amigo, que você lide tão bem e tão abertamente com as escolhas que faz. :-)

Anônimo disse...

Varotto, Varotto... Comporte-se.

Unknown disse...

Muito bom!

É Fantástico torcer pro São Paulo!!!

Beijos

Anônimo disse...

heuheuheuheuhuee...

Anônimo disse...

(Esse nick era muito perfeito.. n deu pra escolher outro)

cara.. e pensar q o primeiro jogo que vi foi um "curintia" x Guarani, no pacaembú, pq era perto de casa. Como foi difícil não gritar no gol do guarani... hahaha
Ainda bem que isso não me tirou a paixão que herdei da minha avó (é... avó).
Sinceramente, nesse título eu não fiquei tão nervoso.. na verdade nesses 3 últimos brasileiros não deu pra ficar nervoso como foi naquele mundial, com o gol do miller (de lado, rebatido).

Don disse...

Quem viveu sabe, hoje mais do que nunca!
Abs e saudações tricolores

Don disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Parabéns para você e não pelo título. Mas pelo texto emocionante e cheio de lembranças mágicas.

Um abraço.

Anônimo disse...

Que post mais feliz! Nós, são paulinos, estamos felizes hoje sim, mas sendo assim, exatamente como você, torcendo de uma forma saudável pelo nosso time.

Hexacampeão!!!!!! :-)

Um abração, Rob!

Anônimo disse...

Ser são paulino é mt fácil... rs... eu sou vascaíno. Vivi minha época gloriosa de 97 a 2000, depois, tem sido foda.

E me fez pensar na minha primeira ida a um estádio com meu pai: Vasco 2 x 3 SPFC. Perdemos, mas depois nos tornamos campeões.

A segunda vez, na minha casa, São Januário, foi só em 2002. 3 x 3 com a Ponte. Curioso que não lembro quando foi a primeira vitória. Deve ter sido 2006, ou 2007, porque fiquei um tempão sem ir a estádios. Fui em quase todos os jogos esse ano. E tive a maior emoção, seja de felicidade ou tristeza, no mesmo jogo: Vasco 2 x 0 no Sport, finald a Copa do Brasil. Festa linda. Edmundo me fez chorar por dois motivos opostos em 20 minutos: o gol aos 44 do segundo tempo e o pênalti pra fora minutos mais tarde. Enfim, futebol é muito bom. Ano que vem tem mais.

mais um disse...

enquanto isso,

eu estava aqui no estádio do figueirense, em floripa, vendo meu time meter 3 no inter e ainda assim cair prá segundona, esse limbo do futebol.

parabéns aos são paulinos, em 2010 voltamos a conversar

Anônimo disse...

"para amar o seu time, é preciso amar o esporte. Não sou fanático, mas amo meu time. E é amor puro, de chorar em derrotas. E, principalmente, de chorar em vitórias."

essa é a melhor lição que teu pai te ensinou e isso deveria ser ensinado para todos os torcedores deste país! =D

Pedro Dal Bó disse...

Rob,

Lindo seu texto. Visite o www.saopaulinosnorio.com.br e descobrirá que você disse o que muitos sentem e não tem como mostrar ao mundo. Estou divulgando seu texto e como são-paulino aqui no Rio e leitor do seu blog devo dizer que em muitos momentos chorei por me ver nas suas palavras.

Parabéns para nós.

Saudações de outro tricampeão.

Pedro Dal Bó disse...

Ah... Só pra saber.

Posso publicar seu texto no nosso blog? Deixarei os devidos créditos, pode ter certeza.

Espero um contato.

dalbo1201@spfc.com.br

Barlavento disse...

Não sou Sãopaulina, na verdade meu time (o tricolor pernambucano) tá muito mal na tabela, mas tenho que confessar que chorei muito ao ler sua carta de amor. Fiquei imaginando seu pai dizendo ao seu ouvido e respeitando a sua escolha, mesmo não sendo a dele. Fiquei pensando que talvez seu pai tenha sonhado em levar você pra ver o Palmeiras, vestido de verde e branco, mas que respeitou e curtiu a ida ao Morumbi. Ele sabia que era um momento único. Agora todos nós sabemos quem te ensinou a ter e respeitar a liberdade de escolha.

Perci Carvalho disse...

Parabéns pelo Hexa! e pelo amor pelo seu time...

Me lembro tb da primeira vez que entrei na minha casa: o Mineirão. Modestamente menor do que a sua casa, mas lá cabe o mesmo tanto de paixão. Não lembro de muita coisa, eu era bem novinha, apenas da minha tia torcendo como se fosse final de campeonato, coisa que nao era, e de uma puta defesa do Dida, de quem ainda me pego sendo fã. Hj, ainda bem que existe um Fábio lá. rsrs
Não fiz promessas, tb não faço apostas, mas tô rouquíssima. E feliz tb, pelo porco ter perdido, pelo urubu ter perdido e, principalmente - mesmo isso nao alterando nada para o cruzeiro, pelo galinho garnizé ter perdido... é sempre bom ve-los perder...hihi


bjo! a gente se vê na libertadores? rs

Thiago Apenas disse...

1ª Vez no estádio e quase que perde para o MEU Glorioso Sport!!!

Parabéns coloridos(Colorido pode?Afinal é vermelho, preto e branco.)Tá, forcei. :)

rbns disse...

Bunitinho.
Todo São Paulino é meio emo né?

:-P

Rbns.

Lou disse...

Parabéns São Paulo. Uma bela equipe.

Isso vindo de um neopalmeirense...

Anônimo disse...

Rob, o ministério da Saúde adverte: ser são paulino faz mal à saúde. 17 cigarros num jogo!!! Depois de ler seu post fiquei lembrando de momentos inesquecíveis como torcedor, não tenho muitos, já que não sou um torcedor tão aficcionado, e também só tenho 22 anos, portanto, o Fluminense ainda não teve tempo de me proporcionar momentos tão inesquecíveis (desculpa esfarrapada mode on). Mas sempre vou me lembrar do gol de barriga do Renato Gaúcho contra o flamengo na final do carioca, o qual eu ouvi pelo rádio, quando ainda era um menino. E também da final da Libertadores, onde acreditei até o final e mesmo perdendo, aplaudi meu time, apesar de nenhum daqueles putos saber bater um mísero penalti corretamente. Não ia mencionar, em respeito a vc, mas o gol que mais comemorei esse ano foi o do Washington contra o São Paulo no finalzinho daquele jogo dramático da Libertadores. O mais curioso é que eu fiquei tão incrédulo que não estava acreditando que aquilo era verdade, quando percebi que era real, e quis gritar, lembrei que todos em casa já dormiam, daí só me restou arrebentar o travesseiro que eu já estava agarrado há um bom tempo devido a ansiedade. Foi jogo sensacional!! São momentos como esses que tornam a vida de um torcedor recompensadora. Vitórias e derrotas fazem parte do futebol. Mas saber apreciar esses momentos e torná-los eternos é a verdadeira arte.

Thiago Dalleck disse...

Tenho 17 anos, sou corintiano e só fui uma vez ver meu time jogar. Considerando o que eu sinto pelo Corinthians e pela forma que torço e acompanho, acho uma desonra particular com o time de não ter ido ao estádio mais vezes, mas mudarei isto. De qualquer jeito, assistir os jogos do Corinthians pela TV é sofrimento na certa, choro pelo gol chorado, pelo gol tomado, pelo gol roubado, mas independente do time, sabemos como é inexplicável esse amor!

Marcio Sarge disse...

Amar o futebol e seu time do coração transcende qualquer tipo de explicação e me emociona sempre que vejo uma declaração dessa em prol desse espetáculo que cabe em quatro linhas.
Sou meio como você, amo meu time e nem mesmo sei como começou, não usaria camisa de outra federação nem mesmo por dinheiro e se a seleção jogasse contra ele eu iria de contra minha pátria mãe com prazer.
Sei quanto pesa a lágrima de um torcedor, seja ela de alegria ou tristeza. Sei quão rápido o coração dispara e a pupila dilata quando a bandeira em tamanho colossal desdobra triunfal sobre parte da torcida na arquibancada. Sei que nenhum matemático poderá quantificar o orgulho de ver os jogadores que vergam o brasão do seu time entrar em campo.

O meu time é revestido de glórias que infelizmente, por causa de um não nascimento, eu deixei de ver e tantas outras que, ja nascido, pude acompanhar, mas o que mais marca em mim foi uma derrota, na decisão da Libertadores, ao qual meu glorioso time seguia invicto e solene até então e em um noite fatídica caiu diante de um Boa Juniors.

Choro até hoje.

teodorO disse...

ótimo texto.
belo sentimento esse pelo seu time, nos faz esquecer um pouco as tragédias que acontecem pelos estádios a fora.

parabéns!

Matheus Carvalho disse...

Sabe... tudo isso que foi descrito no seu texto, me remete a tudo aquilo que vi meu Cruzeiro conquistar... inclusive aquela Copa do Brasil que, foi em cima do seu São Paulo... eu lembo perfeitamente de tudo aquilo... dois anos após a primeira vez que pisei no Mineirão e ouvi da boca do meu pai quase as mesmas palavras que você, a única diferença é que meu pai também é cruzeirense e me disse que ali é a nossa casa... esse amor indescritível e irrestrito é o pão do meu dia dia...

Forte Abraço